A vida não está nada fácil para a maioria das operadoras de turismo brasileiras.
Vejamos:
1) O vulcão chileno praticamente atrasou a temporada de esqui na Argentina. As operadoras estão atrasando a saída de seus fretamentos para a segunda semana de julho, pelo menos, ou cancelando algumas saídas. Pois as estações precisam se preparar (tirar as cinzas, por exemplo) e a população tem de estar mais segura quanto à direção dos ventos, digamos assim. A Argentina fala até em adiar a Copa América…
2) Esse atraso e todo o caos que foi televisionado na semana passada podem afetar a temporada como um todo e ainda respingar seriamente no Chile, pois o vulcão está lá e o fechamento de aeroportos, na cabeça do viajante leigo, afeta todo o Cone Sul.
3) Para os Estados Unidos a coisa está maravilhosa para uns, e temerosa para outros. Quem comprou muito mais bloqueio do que podia vender (ou pensou que podia e náo está podendo), agora está com lugares “micados”, pois a venda não foi tão boa assim. Dizem que parte da culpa é da ganância: preços lá em cima, exagerados. Outros, da supervalorização da demanda. Erro de cálculo mesmo. Há ainda quem diga que a população se endivida cada vez mais e viagens são o primeiro item de corte. As aéreas não querem nem ouvir falar de devolução de lugares. Há operadoras querendo devolver 1,5 mil assentos. Nada feito, pois as aéreas também têm seus prazos e limites.
4) A temporada para a Europa costuma ser mais forte em agosto/setembro e a bactéria na Alemanha assustou e ainda assusta. Os preços também não ajudam.
5) Preço é outra reclamação nos pacotes do Brasil. É a velha discussão: o aéreo doméstico é caro? Resorts são caros? Expliquem pro consumidor e para os agentes.
6) Uma solução pode ser a venda de lugares ou acordos das empresas micadas com assentos para os EUA para as que tinham passageiros querendo esquiar e não vão poder embarcá-los até meados de julho. Um mico salva o outro.
A situação está mais tensa do que previra o Sidney Alonso em seu blog. Até então não havia vulcão, bactéria…
Já, as entidades do setor… bom, não há nada a dizer sobre elas.
A situação está tensa como fica tensa em toda temporada principalmente a de meio de ano… este ano não está sendo diferente; muitas reclamações mas também muitas vendas… vamos olhar mais para o lado positivo e mostrar novos caminhos ou novas maneiras de encarar os mesmos caminhos e assim, quem sabe uma classe mais unida consegue virar o jogo? A verdade é que através de operadoras com bloqueios ou diretamente nas cias aéreas não se consegue confirmar lugares para datas, digamos, ´file mignon´ de julho …. tudo lotado… será que a situação está tão tensa assim?
Olá, Artur.
Vez ou outra passo aqui no seu blog. Gostaria de parabenizá-lo pela qualidade de conteúdos trazidos, tanto para quem é do ramo do turismo – tirar conlusões mais técnicas das informações postadas, ou não.
Eu, como aluno de graduação do curso de Gestão de Turismo, do Instituto Federal de Pernambuco, fico feliz quando encontro blogs assim, com conteúdos de qualidade.
Abraço.
Oi Felipe, bom ver teu entusiasmo. Confesso que ainda preciso me aproximar mais do mundo acadêmico do Turismo. A Marianna Aldruigui, da USP, vive tentando, mas acaba faltando tempo.
Obrigado pela visita
Abração
Artur