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MUROS INVISÍVEIS DE BEIJING

O tempo voa em uma viagem como a que estamos fazendo pela China. Além do pouco tempo e de termos de ter uma noção geral do destino, queremos conhecer tudo, ver tudo, tocar em tudo, fotografar tudo… e a Avant Garde, de Sidney Alonso, ainda tem de mostrar, em parceria com a DMC que representa, a Destination China, que o país é forte em locais, experiências e opções para viagens de incentivo.

Tudo tem dado certo. Mas confesso que, além de estar com a panturrilha (ou batata da perna) dolorida, estou atrasado com o que quero contar por aqui. Agora, por exemplo, já estamos em Xangai (uau!!! que cidade…), mas ainda não falei da diversidade e das dificuldades de se gostar de Beijing.

Há os destinos que chegamos e logo nos encantamos: Rio, Sydney, Nova York, Québec City, Cape Town…e Xangai. Há destinos que temos de desbravar. Juntar as pontas e atrações soltas. São Paulo, Montreal, Dallas, Brasília, Joanesburgo…Beijing.

A cidade tem alguns dos maiores ícones da China (a Grande Muralha, a Cidade Proibida, palácios, os prédios do regime comunista, o culto mais explícito a Mao Tse Tung, a Praça da Paz Celestial, o Ninho de Pássaro e o Cubo de Água…), mas também é difícil de ser degustada. É muito grande, tem ruas e avenidas largas e muito parecidas, trânsito que rivaliza apenas com o de São Paulo, poluição que cria uma névoa sobre a cidade (e agora no frio está ainda pior…enfrentamos zero grau, com névoa e vimos muitas das atrações com essa aura fantasmagórica, até charmosa), lugares feios (os caixotes de prédios em mau estado, bairros sem graça) e uma atmosfera tensa, devido à pressa, à quantidade de gente nas ruas e a essa névoa que nos acompanhou.

Mas tem segredos que valem a pena desvendar. Valem a pena não. São obrigatórios e têm de estar na lista de todo viajante ativo, sensível e curioso.

Mesmo sob a neblina poluída, encarar as construções olímpicas é de arrepiar. Principalmente o Cubo de Água. Achei o Ninho de Pássaro menos impactante que o Soccer City, da África do Sul, mas táo majestoso quanto.

A Cidade Proibida nos leva para dentro de filmes como Lanternas Vermelhas e O Último Imperador. É algo impressionante e apaixonante. Detalhes e detalhes que demorariam dias para serem apreciados e decifrados. Grandes espaços que nos deixam boquiabertos: “eles viviam aqui???”, perguntamos sobre os antigos imperadores.

Mas a China também é trendy, consumista, luxuosa e alternativa. O bairro 798 reúne galerias de arte, espaços culturais, lojas e restaurantes feitos por gente jovem e descolada, que foge da imagem do comunista operário que temos na cabeça. Um lugar e tanto.

Há hotéis novos que também já apostam em formas e serviços alternativos. Beijing tem várias cidades em uma, às vezes com muros bem visíveis, mas na maioria das vezes invisíveis. A China se abre, preserva o novo e enaltece Mao e a Revolução. Quer lugar mais rico e ativo?

Programem sua próxima viagem. A China é o lugar. Aliás, será que nenhuma empresa brasileira vai se interessar por trazer suas aeronaves? A Tam já abriu as lojas. Será um sinal???

Enquanto isso, hoje experimentamos a China Eastern. Voo de uma hora e quarenta minutos, atrasado uma hora por conta do tráfego aéreo e da neblina em Beijing e com serviço de bordo excelente. Vai entender…

Abaixo, mais fotos da diversa Beijing. E ainda faltam muitas, eu sei…

Fábricas viram espaços de arte no bairro 798

E a Revolução está em todas as partes

798 + 41 = eu

Lobby do The Opposite House (hotel descolado e do tipo ame-o ou deixe-o)…cadê o lobby?

Para imaginar…

Luxo

Recepção do The Opposite House…não tem recepção…

Quarto do hotel butique que funciona em cima do charmoso Face Bar & Restaurant

O bom humor está presente na moderna arte chinesa

Pato de Pequim… Receita especial, corte idem

Guardando a Cidade Proibida 1

Guardando a Cidade Proibida 2

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Artur…parabéns pelo maravilhoso texto. Conseguiste em poucos paragrafos me transportar para a China…parece que estou ao teu lado, descobrindo este ainda misterioso país, pelo menos para muitos de nós. Quanto as fotos, são maravilhosas, mas muito poucas!

  • Interessante ver seu texto e suas fotos, uma imagem bem distinta da concepção que tenho da China. Embora tenha tido contato com alguns chineses aqui no Brasil, e já percebia este ar de modernidade e progresso na imagem deles, ainda guardo(amos) um pouco da visão da China de tempos atrás. Bom ver que o progresso pode auxíliar as mudanças para uma sociedade mais humana!
    Muito boa as fotos…Specially…

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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