NÃO SOU PÉ FRIO

Pelo menos isso não. A emoção do primeiro jogo em uma Copa do Mundo é realmente indescritível e só pensamos, na hora do Gol, que aí no Brasil 200 milhões estão pulando de alegria por causa do que está acontecendo ali na nossa frente. Assisti do camarote da Emirates, com mordomia e sem tumulto, mas cercado de brasileiros nos camarotes vizinhos e logo abaixo. Mas havia mais torcedores da Costa do Marfim (e simpatizantes) do que eu imaginava. Isso porque os africanos em geral querem ao menos uma seleção que salve o continente.

Ao menos em Joanesburgo, a Copa é menos animada do que eu esperava, com menos gente nas ruas (faz muito frio) e com os brasileiros dando show de criatividade e animação. O Soccer City é muito bonito, mas nada extraordinário. A África do Sul seguiu o manual da Fifa e tudo correu bem. Há várias barreiras antes de entrar no estádio e uma revista mais demorada, mas já lá dentro a circulação é livre. Os brasileiros fantasiados são a toda hora parados para “a picture please”… Mas vale ressaltar que público de Copa não é de estádio e é a elite brasileira. Há senhores que ostentam com orgulho camisetas com cinco, seis e até 12 Copas presentes. E muitos pais trazendo os filhos pela primeira vez. Os patrocinadores têm mordomias e mimam seus convidados. A melhor delas foi pegar uma via expressa, sem carros, e evitar o engarrafamento.

No Brasil, em 2014, será outra Copa. Bem mais animada e interativa. E garanto que mais organizada também. Correm aqui as histórias de gente que entra sem crachá, sem ingresso… Eu mesmo circulei por todos os setores do estádio, só com minha pulseirinha de camarote. É legal ver a energia das pessoas antes. O Brasil jogou bem e o gol de Drogba, que era aplaudido insistentemente, foi em impedimento claro. A regra é clara…mas o juiz falível, o que vale também para o gol de Luiz Fabiano (o segundo).

Fiquem com alguns flashes da festa (mais o Parreira de manhã no hotel).

Não somos pés frio: os jornalistas do Brasil convidados pela Emirates – eu (de camisa retrô 1998), José Luis, Mário e Jackson (camisa 2010) e Carlos