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NAVEGUE…MERGULHE…EXPLORE…

Não é difícil, em uma viagem, encontrarmos decepções em relação a produtos que experimentamos. Eles são inúmeros, nos aparecem de formas distintas (um convite, uma compra na internet, uma indicação de alguém, uma recomendação, uma dica em uma revista…), podem estar em dias atípicos, podemos estar mal orientados. Mas é bastante difícil atualmente sermos realmente surpreendidos em nossa expectativa. O padrão é a regra. Somos mais um. Amanhã outro estará deitado aqui nessa cama, e para a recepcionista somos números de confirmação, observações no sistema de reservas.

Percebo um passageiro médio muito perdido em suas viagens. Às vezes com uma expectativa absurda e fora da realidade. Frustração na certa. Outras, nas mãos do guia da viagem ou do concierge do hotel. Ou mesmo da internet. Decepções a vista. Em outras ocasiões no lugar errado, na hora errada.

Para tentar evitar as decepções, sendo honesto mesmo quando isso significar um ganho financeiro menor, e aumentar as chances de boas surpresas, é preciso de informação. É quase impossível saber tudo sobre um destino, hotel ou voo. Mas hoje, dá para saber bastante. O suficiente para amenizar a espera no aeroporto, para otimizar o tempo no destino, para realizar os desejos do cliente.

Para isso, é preciso ler, informar-se, participar de cursos, conhecer prpodutos in loco ou por meio das mais diversas ferramentas, perguntar, tirar dúvidas… Ser bastante ativo em relação ao que acontece hoje no mundo real e no mundo virtual. Uma leitura atenta no Twitter por alguns minutos, uma folheada no caderno de cultura do seu jornal favorito, uma ida ao cinema, um happy hour no bar da moda, um curso, um treinamento chato na sexta-feira à noite, uma viagem de visitas técnicas a hoteis, uma troca de e-mails, uma pequena nota na internet… A visita organizada e planejada a eventos do trade, como feiras, convenções e lan;amentos. Tudo é fonte de informação. Tudo tem de ser registrado e organizado na nossa mente, na mente de quem vende, para lá na frente juntarmos as peças e oferecermos o produto certo à pessoa certa.

Hoje em dia quem não souber não apenas os nomes, mas os destaques de navios novos como o Disney Dream ou o Allure of the Seas, não souber dos grandes eventos do ano (do casamento real inglês à Copa América na Argentina e os Jogos Mundiais Militares no Rio), não acompanhar os filmes mais comentados ou assistidos, não souber que programas caíram no gosto das mais diferentes classes, não se interessar pelas novidades das grandes e pquenas cidades do mundo…e tanto mais de nosso mundo pop, clássico, infantil, adulto, promocional, de alto padrão… quem não souber juntar tudo o que passa a sua frente mais adiante, na frente do cliente….vai continuar oferecendo o produto errado à pessoa errado, ou pior, não saber o que oferecer.

Em resumo: informe-se. Invista no seu conhecimento. E treine sua mente. Para que ela lhe ajude a juntar todas as peças e ir além. Além do que seu passageiro imaginava encontrar.

Apesar de trombadas operacionais (ou de bastidores), normais em uma inauguração (no caso o Disney Dream), a Disney continua imbatível em entreter e contar histórias. Porque tem conteúdo, porque sabe unir as pontas para agradar a seu público alvo, as famílias, sem esquecer a individualidade de cada um. Tenha histórias para contar para seu cliente. E ouça as dele quando ele retornar da viagem. Com o tempo, seu repertório vai valer bem mais do que você imaginou. E vai descobrir que entreter também é informar, estar antenado, fazer negócios, colocar o conteúdo e o produto certos na frente das pessoas certas.

Nos bastidores, tudo pode ocorrer. Mas ao abrir o pano: it’s show time. E sua plateia só terá de agradecer e bater palmas. Para no dia seguinte: querer mais.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Perfeito! Com acesso cada vez mais geralizado ao Google e outros sites de busca, quem procura a agência já tem algum conhecimento, fruto de pesquisa teórica. Fará diferença a experiência própria de conhecer destinos e/ou atrações pessoalmente ou proveniente de quem a transmitiu, nos treinamentos especializados.

  • Bom mesmo!
    Como aprendi com minha ” tia” Lúcia, temos que ler de tudo, fazer de tudo, experimentar de tudo. Só assim teremos certeza do que gostamos e poderemos falar com propriedade do que não gostamos.
    E, lógico, quem não vai gostar de ouvir cada um desses causos?!?

  • Oi Artur. Muito bem postado. Infelizmente vemos hoje em dia a preguiça intelectual desqualificando profissionais.
    Para ser um bom profissional em qualquer área é necessário estar “ligado” ao que acontece no mundo. Pergunto-te, existe alguma outra área de atuação além do turismo onde todo o tipo de informação geral é tão necessária?
    Abraço grande

  • Artur,
    Parabéns! Um bom tema para o FÓRUM PANROTAS:NAVEGUE…MERGULHE…EXPLORE…Quem já não ouviu alguém( amigos,colegas,funcionários) dizer:”não preciso ir,já sei tudo”….”Ah,tenho vinte anos de trabalho…já sei tudo”…
    Mente aberta,gente! Ou nos informamos diariamente,ou desapareceremos como profissionais.
    Obrigada,Artur !Prometo nunca me considerar: “Concluída”…Quero continuar navegando…mergulhando…explorando…

  • Bom dia Artur.
    Realmente impossivel não estar de acordo com você. Informaçao e cultura ajudam ao agente e ao cliente final. Mas gostaria de lembrar que ha também muita decepção por conta de economia mal feita. Muita gente esquece que o barato sai caro.
    Ha mais informaçoes no net sobre Paris do que na cidade de Paris, por exemplo. Gente vendendo guias caseiros, indicando programinhas baratos, passeios sem ter empresa e muito agente brasileiro promovendo esses serviços sem saber com quem estão lidando.
    Além de conhecimento sobre os destinos, sobre a sociedade brasileira e suas diferentes necessidades é igualmente importante lembrar que uma venda nao deve ter como objetivo bater uma “meta” estipulada pela empresa e sim deixar o passageiro feliz uma vez que ele esta no destino.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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