Engraçado ouvir, ler e saber de discussões o mundo multicanal… quando não há mais o que se discutir. Cada ume scolhe sua estratégia e segue em frente.
Agora, se a companhia aérea legitimamente vende diretamente, se a operadora de turismo cada vez mais busca o consumidor final, se a hotelaria adoraria ter apenas clientes diretos… por que uma agência de viagens não pode ir direto no fornecedor que quiser? A cadeia do turismo ainda existe, mas é ramificada. Se vender uma passagem para Nova York é fécil no mundo on-line, reservar um hotel e alguns passeios segue pelo mesmo caminho.
Essa “desintermediação”, que às vezes siginifica apenas trocar de intermediário, ou diminuir o número deles, já ocorre no corporativo. Isso é tendência para quem a tendência servir. Isso não é tendência para quem não contempla a prática multicanal em sua estratégia. Simples. E complexo.
Sobre preços diferentes para canais diferentes, é algo também estratégico. No caso das agências de viagens no Brasil, a entidade que as representa assinou um acordo que garante às aéreas a venda sem cobrança de taxa em seus sites… Vai ver quem assinou não sabia o que era site. Mas assinado está e com testemunhas. Cabe revisão? Sim. De ambas as partes, diga-se de passagem. Mais uma vez: tudo depende da estratégia. E dã importância de cada canal.
Prezado Artur,
Falou muito bem…”não há mais o que discutir”…”escolhe sua estratégia e segue em frente”. O que me chateia particularmente é que se um fornecedor importante muda a política comercial, todo o mercado sente a mudança, seja para melhor ou pior. Até comentei no blog do Cássio perguntando qual era a opinião dele sobre o futuro da intermediação no nosso negócio. Ser multi-canal é a solução ? Apostar na fidelização dos agentes de viagens (da ponta de vista do operador) é a melhor estratégia ? Cabem tantos intermediários num cenário onde a venda direta on-line cresce a cada dia ? Como vc disse…”complexo”. Num gancho para o post do Gustavo Syllos (Nova Mudança de Papéis), acho que quando a ocupação está lá em cima ninguém pensa muito no intermediário…mas quando as vendas começam a cair….vem todo mundo passar o chapéu com as melhores condições do mundo.
Para todos nós, resta sermos criativos, rápidos nas mudanças de rumo, traçar uma estratégia e correr atrás, todos os dias ! Abs
Artur,
O aumento da venda direta é uma realidade, afinal todos querem distribuir e isto significa estar disponível para o consumidor em todos os canis existentes. Entretanto, gostaria de ressaltar a importância da cadeia de distribuição no Turismo. As agências e operadoras atuam de forma distinta e essencial ao negócio, pois sem elas seria impossível termos tantos brasileiros viajando como temos atualmente. A simples presença física das agências tradicionais já desperta o desejo de viajar dos consumidores. Gastos com viagens disputam o orçamento familiar com tantas outras opções de consumo que bombardeiam diariamente o consumidor. Os produtos vendidos online são comprados individualmente de cada fornecedor e pré pagos com cartão de crédito, sendo que nem sempre há possibilidade de parcelamento. Imagine quantas famílias deixariam de viajar se não houvesse roteiros (pacotes) financiados pelas operadoras e vendidos pelas agências em parcelas fixas pré determinadas. Abs
Eu ainda defendo que deveria surgir uma nova associação SERIA para as agências de pequeno porte. Pq esperar da ABAV defender os interesses de nos pequenos nesse mundo de tubarões grandes como as operadoras existentes e as OTAs, creio que não iremos sobreviver por tanto tempo. Por isso esse “contra-ataque” das pequenas de ir diretamente na fonte da qual os grandes estão muito incomodados.
Prezado Stelios,
há alguns anos atrás, eu e dois outros colegas estivemos muito perto de criar esta nova entidade, cujo nome inicialmente escolhido, era AFAVI, pois focava no mercado fluminense, em princípio. Porém, não basta apenas criar, pois montar uma estrutura dessas, por mais singular que fosse no início, demandaria custos. Ora, o agente de viagens, em nível nacional, pouco se informa sobre o que o rodeia; muitos até participam de feiras, atrás de brindes e, quem sabe, algum sorteio. Aliás, noto que muitos que participam das várias apresentações que são feitas por destinos, ou Operadoras, a razão da presença de muitos ali, não é aprender as novidades, ou mesmo atualizarem-se e fazer contato, e sim, ver se a sorte os favorece, com uma viagem “0800”. O Agente de Viagem NÃO SE INFORMA, NÃO PARTICIPA, SE PERMITE SER CONDUZIDO E, MUITO MENOS, QUER QUE TUDO SEJA FEITO EM SEU BENEFÍCIO, de graça. Simplesmente não irá acontecer, como não aconteceu.
Surpreendeu-me o Artur ter-se posicionado, tão claramente sobre a necessidade de revisão, na questão da forma como a D.U foi criada. Mas, dizer que o Sr. João Martins não sabia o que era um site, ou mesmo o seu Vice, que logo em seguida foi o presidente da entidade por 4 anos, é absolutamente “fantasioso”. Se o Sr. Martins não sabia, ou era muito limitado, ou muito mal assessorado. Sobre o Sr. “Kaká”, não se cabe em hipótese alguma esta possibilidade, pois se ele tinah alguma dúvida sobre o assunto, não poderia continuar afirmando que as tinha, após uma conversa que tivemso em SP, durante uma apresentação da África do Sul, às vésperas da fatídica assinatura. Este acordo, e a forma na qual foi feita, me fez sempre crer que havia muito mais a se contar, por debaixo dos panos; muito por conta de apoio à Feira das Américas e talvez até mesmo com “favores” pessoais. Porém, esta é apenas uma impressão (?) particular. O pequeno Agente vai continuar sendo pequeno, seja por incapacidade, ou por opção, mas sempre sem ninguém de fato para representá-lo, ou “defendé-lo”. E a culpa disso, é dele mesmo, salvo raras exceções.