Quanto mais converso sobre o “monitoramento de preços” que a Embratur (sim, o órgão federal responsável pela promoção do Brasil no Exterior) instalou para saber se empresários da hotelaria e aviação nacional estão explorando os turistas, mais fico sem entender o porquê dessa iniciativa.
Outro dia vi uma matéria no Globo, onde o escândalo era que o Sofitel Rio de Janeiro custava o mesmo ou pouco mais que os Sofitel de Paris. Só perdia para o da Rússia.
Não entendi a surpresa: se o Ibis Rio fosse mais caro que o Sofitel Paris, aí sim seria um escândalo. Mas maçãs com o mesmo preço são notícia a ser alardeada? E o alto preço dos hotéis na Rússia devem ter alarmado o presidente da Embratur. Que comunistas são esses que exploram os turistas de luxo?
Os exemplos podem continuar, mas o Brasil é um destino caro, por causa do custo Brasil, por causa dos impostos cobrados pelo governo, por causa da falta de investimento. A hotelaria está respondendo à demanda aquecida e se a pesquisa da Embratur incluísse um fenômeno conhecido há pelo menos uma década por quem trabalha com turismo (a venda multicanal) chegaria a números diferentes. Quem vê a lista de tarifas médias hoteleiras das agências Abracorp não entende a gritaria da Embratur. Quem entende como funciona uma OTA (não tem toda a oferta do hotel, às vezes coloca apenas um ou dois apartamentos a preço alto para garantir visibilidade depois de ter vendido sua cota naquele hotel), idem. Quem conhece o turismo e precisa de mais turistas estrangeiros, para trazerem mais receita, para ajudarem a melhorar nossa infraestrutura, não levantaria a bandeira da “moralização da hotelaria que quer extorquir os turistas”. Já falei isso aqui e adoraria que fosse feita uma campanha para que o réveillon em Nova York fosse mais barato. E os hotéis no Super Bowl? Em Roland Garros? Oferta, demanda… coisas assim, sabe?
Pegar a hotelaria para servir de exemplo para sabe-se lá o quê é injusto, inadequado, inapropriado… Como cidadão, quero comprar computadores mais baratos no Brasil, quero sapatos, plano de saúde, táxi, TV a cabo e um monte de outras coisas a preços justos. Queremos a infraestrutura que o R$ 1 trilhão de impostos deveria providenciar…
Não que a hotelaria não tenha maus exemplos, empresários aqui e ali que queiram salvar o ano em um fim de semana (como muitos fizeram no encalhado Reveillon do Milênio), mas essa fiscalização dá um tom que o Brasil não pode mais aceitar. E se o governo achar que o Sofitel Rio tem de cobrar a metade do preço do Sofitel Rússia? Vai obrigar a mudança? E quanto à qualidade?
Pausa para outra reflexão.
Eu assinaria embaixo se a Embratur estivesse preocupada com a qualidade da hotelaria nacional. Hotéis que cobram mais do que entregam aos hóspedes. Hotéis que não investem em melhorias. Aí sim, ele estaria ajudando a melhorar e não a denegrir.
Um exemplo é o Nordeste, campeão em hotéis antigos, sem reforma (somente remendos) e que na hora de serem classificados recebem quatro ou cinco estrelas, mas no Sudeste não passariam de três, com esforço. Pode colocar hotel ruim a R$ 10 a diária, o estrangeiro vem e não volta. Isso sim é preocupante. Ou hotéis que cobram R$ 60 para usar a internet, por dia.
Um assunto com que o governo deveria sim se preocupar. Qualidade em relação ao preço cobrado. Mais uma vez, há casos em que fica difícil aceitar. Mas no geral, especialmente os resorts e a hotelaria de rede, os hotéis brasileiros têm melhorado. É apenas injusto que o hotel que não investe cobre o mesmo que o empreendimento novo e qualificado que fica ao lado.
A discussão é longa, a hotelaria está, com razão, revoltada, e o Brasil continua caro para cidadãos e turistas. Turistas nacionais e estrangeiros. E não é com campanhas de monitoramento de preço que iremos receber dez milhões de visitantes internacionais. E o preço da carne? Alguém está fiscalizando? Nem vou falar dos produtos culturais, da água de coco na praia, dos remédios para dor de cabeça… Vou ali tomar a Neosaldina que me restou.
Artur,
Texto brilhante que dispensa comentários. Deixo apenas o meu agrado e minha concordância além do meu abraço.
P.S. Posso só fazer um apelo ao governo? Estou achando muito caro o IR que pago pelo pouco que recebo em troca. Tem como a Embratur intervir?
Pois é Rui… Impostos que ninguém sabe, ninguém viu depois que são cobrados
Abraços
Artur
au, au
bjs
miau
beijos
Artur
Ótimo post… eu comento exatamente isso toda vez que alguém vem me falar que passagem aérea no Brasil é cara. Tudo que vem de fora é mais caro no Brasil e tudo que é produzido aqui também é mais caro aqui. Alguns produtos como iphone, carro e passagem aérea são os que pagam o pato. Mas e as roupas, os calçados, os eletrônicos, as bebidas, os cosméticos, o transporte, a gasolina…. enfim, quase tudo aqui é mais caro que lá fora e não importa se é fabricado aqui. A gasolina na Argentina é bem mais barata que no Brasil e lá é gasolina, não tem 25% de alcool misturado…gasolina Petrobras!
Será que todos os empresários de todos os setores no Brasil são picaretas ou exploradores? Claro que não, mas foi a forma fácil que o governo inventou pra tirar o dele da reta. É o tal lucro Brasil que adoram falar.
Leonardo, o exemplo da gasolina é um escândalo mesmo. E o querosene de aviação? Tem companhia abastecendo no Paraguai, Argentina… Mas para o governo empresário de turismo é incompetente ou explorador… E assim vamos…
Abs
Artur
Concordo plenamento com os dois, eu recebo muitos amigos do exterior – ir em Shopping para comprar roupas brasileiras é quase um pecado – vai na Osklen ou na Reserva – onde uma polo custa o dobro de peça semelhante na Lacoste em Paris e a metade em Orlando.
Muito bom, diria magnifico. Artur, cada dia te admiro mais.
Que tal os governos darem inicio as melhorias tratando as pasta do turismo e afins como um negocio e não como cabide de emprego, lugar para comodar companheiros?
Pessoas que realmente consigam contribuir por conhecer REALMENTE o assunto e não por terem participado de alguma caravana que foi dançar em Paris ou outro lugar as nossas custas ?
Abraços,
Quem entende de turismo infelizmente não encontra respaldo em alguns setores do governo…
Mas a luta continua.
Te espero no Sofitel da Rússia, o mais caro do planeta. Suíte presidencial…A suíte Sputnik
Beijos
Artur
Lucia nós que trabalhamos tanto tempo com Hotelaria entendemos uma diferença de 50 milhões de turistas em Paris para dar uma ocupação média muito acima do que a maioria de nossos destinos.
E vale lembrar que na Russia o turismo tem somente alguns poucos meses para ganhar o ano.
Sem comentários, texto estramamente bem detalhado, você disse em algumas linhas o que grande parte da sociedade deveria entender, não entende porque não quer. A Hotelaria Brasileira (como vários outros setores da economia, para não dizer todos) é reflexo de um governo desestruturado, mal organizado, com ganas de ganhar a custo do cidadão, porém sem pensar em uma estrutura para os mesmos a médio e longo prazo. Somos todos refens de um governo atumultuado de corrupção e com base nisso, nós, reles trabalhadores dessa categoria sabemos o custo que é ter uma viagem com custo x benefício realmente bons… bons preços, boas passagens aéreas, bons hotéis, enfim!
Grande abraço, deixo minha enorme consideração e repeito pelo seu trabalho.
Obrigado Bianca…
Acho que cansamos de sermos apontados como incompetentes quando foram os empresários que construíram o turismo do País. Ajuda do governo? ZERO
Abs
Artur
Artur, parabéns pelo post.
Claro e objetivo!!!
Infelizmente nem todos tem a mesma visão…
Abraço,
Ricardo
Infelizmente alguns querem justificar processos e erros colocando a culpa, errada, em outros. O setor precisa se mobilizar. Daqui a pouco vem o controle de tarifas, a criação de hotéis do governo…só inchando a máquina pública…
Abraços
Artur
Exato Ricardo!
Artur,
Claramente o governo esta preocupado com o não cumprimento de quase todos os compromissos assumidos com a Fifa, antecipadamente já estão encontrando os bodes espiatórios para um possível vexame em 2014.
Abs.
Pois é… Mas vamos deixar isso acontecer?
Não me surpreenderia se com essa campanha o Brasil perca turistas estrangeiros…
Abs
Artur
É um absurdo! E os preços dos remédios, quem vai moralizar?
Quem vai comprar briga com laboratórios? Melhor é pegar no pé dos hotéis, esses empreendimentos supérfluos de empresários ricos e exploradores… Os laboratórios estão ganhando com muito suor e altruísmo…
Abraços
Artur
Parabéns pelo discernimento….nossos impostos são dos maiores do mundo e nenhum órgão governamental tenta denegrir a imagem do Estado…..
Pois é Rodrigo. Mas você vê esses impostos retornando em investimentos? Acho que não…
Abraços
Artur
Excelente reflexao.
O mercado caminha com suas proprias pernas, pela lei natural da oferta e demanda,
O resto eh politica.
Exatamente Toni. Política virou “o resto”. Não ajuda em nada. O turismo sempre foi tocado pelos empresários…
Abs
Artur
Artur, voce expressou de forma brilhante e iluminada a opiniao das pessoas sensatas, parabens pelo texto. Forte abraco
Valeu Tomás.
É o primeiro caso de um presidente da Embratur que ajuda a divulgar que o país está caro. Pior, que lança uma campanha “moralizante”. Como diriam os jovens da geração Y: “oi?”
Abs
Artur
Artur, parabéns pela sensatez e lucidez. Você expressou de forma brilhante como pessoas inteligentes visualizam uma situação dessas. Mas deixo aqui o questionamento de um ser inquieto que sou. O que podemos fazer para deixarmos de ser refém desta situação ? Sou voluntário.
Forte abraço.
Oi Eduardo, acho que um turismo mais forte se faz com união e com reivindicações. O setor está acostumado aos tapinhas nas costas de autoridades. O que se fala nos bastidores de quem trabalha pelo setor tem de virar discurso. Temos de nos manifestar sobre nossos políticos e exigir trocas, se for o caso.
Abs
Artur
Artur e Eduardo – nos falta uma união mais forte e com visão de futuro de INDUSTRIA – como o fazem a dos Automóveis, das Geladeiras, Fogão, etc – que trabalham muito forte o seu lobby e conseguem descontos em taxas e impostos.
E até uma forte presença de mídia mesmo.
Mas porque estas indústrias fazem a movimentação que o Artur menciona. Afinal até nos Estados Unidos o que funciona são as guerras criadas nos bastidores.
Qual manifestação verdadeira fazemos?
É ótimo ter estes espaços no Panrotas e outras mídias, mas tem que “cair pra terra”.
Relamente o Brasil esta mais caro em tudo, Bebidas, Restaurantes, Hoteis, roupas, e tantos itens que nos Brasileiros estamos prefereindo viajar para o exterior, as proprias passagens para o exterior sao mais baratas que viajar por aqui.
De que é a culpa, 1 – dos inumeros impostos, este valor cobrado pelos brasileiros é devolvido ao Governo, exemplo – olhe o preco de um carro no Brasil e no exterior, a diferenca é abuso no nosso Brasil.
Vamos acabar sendo taxado de um pais caro, e ficar sem muitos Turistas que poderiam passar suas ferias por aqui e preferem outros destinos pelos precos.
Luciano, o exemplo do automóvel e do combustível realmente é uma vergonha. E na hora de dar incentivos, ninguém pensa no turismo…
Abs
Artur
Olá amigo Artur
Esta questão, como sempre, é muito simples. O governo tem que garantir a infraestrutura, seguranca e o cumprimento das leis, e a iniciativa privada faz o resto. Se algum gestor de negócios de turismo (hotéis, restaurantes, receptivos, taxis, etc., etc.,) resolver afundar o seu negócio cobrando precos absurdos ou não cumprindo com os servicos prometidos, o problema é dele! Somos um país livre, onde vigora, também, a democracia economica, que, recompensa os melhores empresários e pune os maus, com a falta de clientes e, em última instancia, com a perda do negócio, seja por falencia, seja por que empresários mais competentes tomam os clientes. Simples assim. O governo governa e a iniciativa privada empreende. Ponto.
Artur, Darci e a todos que militam desse lado,
Nas palavras de ambos, lúcidas e realistas, uma indignação que compartilho e que venho ‘ruminando’ juridicamente, com o privilégio de ter a visão dos dois lados da moeda: do Turismo e do Direito.
Dos papeis que a Constituição vigente atribui ao Estado, qual deles poderíamos invocar para justificar uma intervenção dessa natureza? Não o de fomentador, porque a atividade encontra-se em plena capacidade e desenvolve-se de forma autônoma. Nem o de planejador, pois esta função não se coaduna com o ambiente de livre mercado, de livre concorrência, como é a comercialização hoteleira. Menos ainda com o de fiscalizador, vez que a licitação para escolha da agência oficial para a Rio + 20 e o monitoramento (ou o ‘tabelamento’?) dos preços da PPH não teve ou tem o condão de exercer o poder de polícia sobre a atividade, já que não se tratava de nenhuma atividade típica do poder de polícia.
Estamos á beira de um Estado intervencionista.
Só posso te parafrasear: estamos à beira de um Estado intervencionista. Mas sinto que nesse caso houve desinformação e mudança de foco… Não acredito que todo o MTur pense assim. Há uma tentativa de dizer: os turistas não vêm ao Brasil porque a hotelaria cobra caro…
Abs
Artur
Mas Darci… será que alguns integrantes do governo sabem seu papel? Você não deve saber, mas o presidente da Embratur e o ministro do Turismo são inimigos políticos… Teoricamente o primeiro está subordinado ao segundo, mas atitudes como essa mostram que tudo é política…
O pior, Artur, é que sabem qual é o papel…mas isto não tem importancia a luz do projeto de poder….
num governo onde já tivemos ministro do turismo, que, diante de uma crise mandou “relaxar e gozar” e outro, diante de uma das maiores tragédias da aviacão brasileira só soube fazer um gesto obsceno…o que há de se esperar?
Continuo na conversa (com os dois),
Tristes mas oportunas lembranças. Tivemos também aquele ministro octogenário e nordestino que era militava no ramo de… motéis … Pobre do Turismo 🙁
Artur, meu primeiro comentário, não se presta a radicalismos; não é meu ‘estilo’. Agora eu parafraseio você, atualmente, mais do que nunca, há desvio de tudo, a começar pelo foco institucional. Mas, ainda com você, nem todo mundo deve pensar assim no MTur. Recentemente escrevi sobre o Programa de Regionalização do Turismo, em fase de consulta pública, que é por demais alvissareiro. Se levado a cabo nos termos que está, por enquanto, proposto. Abração (aos dois),
Este assunto dos preços no Brasil é realmente intrigante, vale mesmo um post. E quando pensamos então não na conversão das moedas, mas sim no poder de compra que “não” temos em relação a outros países, daí é Neosaldina na certa… um produto que aqui custa R$ 30,00 nos EUA custa U$ 4,20.. daí fiquei imaginando.. com 100,00 do dinheiro de cada um (não importa a moeda ou a conversão) os brasileiros compram 3 produtos, e os americanos compram 23 do mesmo! Que coisa!
E recebem um pouco mais de turistas que a gente… E olha que os americanos viajam para fora tanto quanto…
Artur, meu Caro!
Serei telegráfico:
P A R A B É N S !
Abraço,
Obrigado, Dirk…e a luta está apenas começando…
Abraços
Ufaaaa, finalmente um texto pra poder então questionar os dados do Banco Central acerca da CONTA TURISMO DEFICITÁRIA, taxando cartões em 7%,etc, de pessoas que já pagaram seus devidos impostos para gastár seus recursos da forma como bem entendam. Afinal de contas para adquirir produtos lá fora, temos uma proporção 4 por 1 mais baratos em geral no exterior, nem ao menos se necesita EFETUAR TURISMO, a não ser que SURFAR na amazon.com, Sears.com etc (que já explicitamente informam que exportam para o Brasil), seja encarado como UMA VIAGEM INTERNACIONAL. Até porque cada vez que sai mais um balanço desses, acaba sempre sobrando uma leve notícia política, como no passado de serem criados outros depósitos compulsórios, como o passado recente mostra, visando coibir o tal turismo internacional em função do tal Déficit, até mesmo das compras da amazon, sears, toys r us etc… o tal surf turístico, porque pesa no setor.
Um setor que emprega direta e indiretamente um número incalculável de pessoas , com pressão de carga Tributária das mais altas do mundo, concorre com gigantes internacionais que pra iniciar possuem custos trabalhistas, pra não falar de outros ao menos 50% inferiores aos nossos, sem que nossos próprios funcionários tenham algum benefício por isso.
Assim sendo, ak vai a sugestão para seu próximo post : DESONERAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA DO TURISMO JÁAÁÁÁÁÁ, ou a nossa induústria será destroçada como tantas outras já o foram, ou estão sendo.
Desoneração fiscal para o turismo com base em uma agenda ambiental, Artur e Nick. Original, sem pegar ‘carona’ nas abas das outras atividade econômica estratégicas… Eu apoio. Abs,
Artur, Darci, Constança e a todos que aqui vieram a público dar seu apoio a este importante texto do Artur.
É verdadeiro que entra ano e sai ano e nós do TURISMO estamos quase de braços cruzados, aceitamos e encaramos o que nos é apresentado pelo Governo com ar de “coitados” ou até de “criança perdida”.
Mesmo tendo nomes importantes no CNT e a maioria muito próximos de todos nós – o que estes profissionais estão fazendo lá para que estes comentários possam refletir em benefícios de verdade.
Como nós podemos ajudá-los a ter mais ação e mais foco?
Ficamos ouvindo que os Estádios estão super faturados, e nos faltam segurança, estradas, hospitais e escolas para nossas equipes.
Fora a Corrupção Política absurda que vivemos e que poucos se importam e tem coragem de colocar seus comentários em eventos e até em posts!
Temos uma ótima oportunidade para mudar isso tudo e realmente termos uma INDUSTRIA que faça sua parte importante em desenvolver gente, lugares, trazer novas culturas e experiências.
Termos orgulho de levantar e ir trabalhar pois sabemos que iremos mudar nosso país, nem que seja nosso grupo próximo e que isso se espalhe por várias cidades e mais gente se apoiando.
TURISTA NACIONAL ou INTERNACIONAL no Brasil querem praticamente a mesma coisa quando viajam, pode mudar o idioma e alguns gostos, mas admirar Foz de Iguaçu, navegar no Rio Amazonas, deslumbrar-se nas Dunas de Jeri, visitar a Pinacoteca em SP, subir o Cristo e tirar uma foto com os braços abertos – isso sim é TURISMO.
Ótimo tema, mas discordo quanto a discrepância dos valores praticados. Eu mesmo, no Carnaval de Florianópolis, reservei com antecedência e paguei 149 num hotel e, na véspera, o valor chegou a 700 reais – NO IBIS! Outros hotéis exigiam pacotes de 5 dias…
A lei da oferta e da procura é para bens duráveis de consumo, lei das commodities. Para serviço é diferente. Você paga pelo que lhe é oferecido, contratado e pressupõe-se que o valor do serviço seja justo e continue o mesmo – contratos de serviço geralmente são renovados automaticamente após seu fim – como aluguel. A sazonalidade existe mas uma coisa é ter um preço mais alto na alta temporada, outro é explorar o turista.
Se for assim, reservo o hotel e revendo a reserva na véspera por um preço maior… seria um ótimo investimento, aliás.
Bom, eu acho o Brasil um pais caro, ainda mais para turistas estrangeiros….so para se ter uma ideia, ontem mesmo eu estava navegando em um site britanico de transfers quando eu me deparei com um transfer receptivo (retorno) do GIG para hoteis no Rio por GBP300.00 (approximadamente R$1000.00), em marco. Por GBP300 um casal britanico/europeu passa 10 dias em um resort europeu na baixa/media temporada. Pode isso producao??
Artur,
Parabéns pela coragem e lucidez do seu artigo!
Um abraço,
Fernando Chabert
Excelente texto. E vale para qualquer tipo de produto ou serviço onde exista oferta concorrencial (ou seja, onde não haja uma Petrobrás monopolista no meio do caminho). Preços livres não apenas são essenciais para uma economia saudável como são parte intrínseca de atividades sazonais, como é a hotelaria e a aviação de turismo. Só existe “exploração” de mercado quando se trata de monopólio, como serviços públicos. Estes sim são uma exploração do cidadão contribuinte.
Pelo jeito você é daqueles que acha que a gasolina é cara por causa da petrobras. Sugiro ler a repotagem da Veja sobre o preço da gasolina. Vai saber que só existe monopolio na fabricação de gasolina no Brasil justanente porque a Petrobras vende subsidiado, portanto nenhum empresário vai ser louco de produzir alguma coisa pra vender mais barato do que o que vale e tomar prejuízo
Amigo, eu não “sou daqueles”. Sou consultor empresarial há mais de 30 anos e posso lhe dizer que conheço bastante bem a estrutura empresarial e tributária brasileira. O que você comenta apenas comprova o que eu escrevi. Nos poucos momentos da história onde a Petrobrás não teve a mão de ferro do governo arbitrando preços, ela jogou o preço do combustível lá pra cima, já que não há nenhum mecanismo de mercado que a controle. E ocorre o oposto também. Quando a inflação aumenta muito, o governo segura demais o preço comprometendo o caixa da empresa. Isso é o que está ocorrendo agora. Por isso e usou contra qualquer tipo de monopólio.
Quanto ao monopólio em si do petróleo, ele existiu desde a constituição da empresa em 1954 e não foi motivado por “subsídio” e sim pelo desejo político do governo Vargas (e subsequentes) de dotar o país de gestão integral da sua matriz energética. O monopólio foi parcialmente quebrado no governo FHC mas a Petrobrás administrou politicamente para que ele, na prática, continue.
Amigo, o monopolio da Petrobras foi totalmente quebrado na Lei do petroleo de 1997, permanecendo apenas o o monopolio da União na exploração. Quem quiser refinar petroleo está livre para isso, mas ninguém faz porque a Petrobras é forçada a vender combustíveis abaixo do preço de custo, logo não é viável. Então culpar a Petrobras pelo preço alto do combustível não faz sentido porque se ela vendesse pelo preço viável, a ponto de haver concorrência, o preço seria ainda maior.
Exatamente. A União tem o monopólio da exploração. E a quem a União dá, na prática, controle sobre a exploração? À Petrobrás.
Quem compra o direito de exploração no leilão da ANP não recebe de graça. Existem muitos campos que a Petrobras não está no consorcio de exploração
Grande texto. Nós vivemos num país carissimo. Grandes dificuldades no valor dos impostos e o Governo nao está nem ai. O que importa é arrecadar de todos os lados. Multas e multas. Grandes somas para o erario publico que náo devolve nada para nosso povo. As enchentes continuam. Excesso de carro e de consumo agora na classe media pequena que obviamente tem os mesmos direitos a que todos tenham. Sao Paulo bem ou mal tem muita conduçao. Enfim entramos acho eu num beco sem saida se nao tomarmos e pressionarmos os Govenos para que mudem a politica. Que nos deem infraestrutura. Como é que pode um país nestas condiçoes fazer uma Copa do Mundo e Olimpiadas? O dinheiro vai sair da arrecadaçao e os hoteis, taxis, etc.vaáo ter que cobrar caro sim. A gente tem que se unir e drasticamente exigir uma nova politica limpa, e extirpar essa sordidez que nos assola. Lulu Librandi
Parabens Artur
Moro no pais mais lindo do mundo, e nao o conheço, pra curtir turismo vou para o exterior
Porque fica mais em conta!
Abraço.
Texto ruim e parcial. Os impostos explicam parte dos preços altos, mas não justificam a absurda diferença. Comparem os preços do hotéis de categoria turistica em Las Vegas, Paris e Rio de Janeiro. A diferença é tão grande a ponto de não justificar essa desculpa de impostos. Se essa lei da oferta e demanda estivesse valendo no Brasil, Brasília teria hoteis a R$60 por diaria no fim de semana, mas o que se vê são diárias a R$180, hoteis vazios e pensões irregulares e “casas de conhecidos” cheias. É a cultura do “cobre o maximo que puder” mesmo que não venda
o texto é uma merda… não apresenta nenhuma solução não fala nada de especial…o problema é geral … o brasil nos ultimos 10 anos se tornou um dos piores paises do mundo para fazer turismo…infra igual 10 anos atras e preços mais caros que europa e estados unidos… voce acha que portugues, espanhol, italiano, alemão, ingles, americano fica feliz em pagar tudo mais caro e de pior qualidade?????? … isso é o brasil que todos achamos que está bombando…talvez seja melhor desligar as tvs e prestar um pouco mais atenção ao aumento dos salarios reais e comparar com o aumento dos produtos e serviços dos ultimos 10 anos… eu vejo uma perca de poder de compra geral enormeeeeeeeee… falei.
Prezada Patrícia,
obrigado por seus comentários.
Uma pena o uso de termos chulos e de baixo calão e os erros de português. O Brasil precisa mesmo é investir em educação, em todos os sentidos.
Atenciosamente
Artur Luiz Andrade
ah e esqueci de mencionar que 90% dos brasileiros não conhece mais que 3 estados do brasil… mas acredita que o brasil é o pais do futuro, e o pais mais lindo do mundo….se fosse o pais do futuro VOCE viajava com facilidade e conhecia o seu pais não acha?… já para aqueles que acreditam que é o mais lindo do mundo sem conhecerem sequer o proprio brasil eu nem faço comentários… rssssssss