Fernando Slomp, diretor da Avipam, fez uma conta básica: em 22 anos de empresa empregou cinco mil pessoas. Uau!!! Luis Vabo, da Solid (e Solange Vabo foi uma das cinco mil que passaram pela Avipam), em menos tempo (cerca de 15 anos) empregou quase mil pessoas. É a famosa e perniciosa rotatividade do turismo. Principalmente nos níveis mais baixos da pirâmide: atendimento, executivos de contas, promotores…
“Por R$ 100 a mais eles deixam a empresa”, me disse um empresário certa vez. Qual a solução? Não tem solução? Aumentar os salários? Só que a Geração Y é afoita e apressada. O guri tem 25 anos e quer ganhar R$ 10 mil, chefiar equipe de 300 e usar chinelos Adidas no trabalho que nem o criador do Facebook…
Pode se preparar para treiná-los, investir neles e…de repente, ver que eles estão estudando proposta no vizinho, por R$ 200 a mais. Muitas vezes não vale cobrir o salário. Talvez por conceito, mas principalmente porque o sujeito ainda não está pronto, segundo a empresa, para dar passos mais largos, queimar etapas… Mas ele teima que sim. Paga pra ver? O que fazer?
Não investir em treinamentos e qualificações com os mais novos? Impossível. A equipe tem de ser coesa. Ligar o “tô nem aí” e achar natural o entra e sai do turismo? Talvez? Mas tudo isso tem custo também. A solução não passa pela matemática.
E vale frisar que o problema não afeta apenas a Geração Y. A rotatividade no turismo é desde sempre. Talvez pela falta de um plano de carreira, pelo alto grau de informalidade… Pela grande quantidade de empresas iguais… São muitas as explicações. Mas o que fazer?
Quem arrisca um palpite? Ou sabe a fórmula? Mas a resposta não vem da matemática, apesar disso (a rotatividade) ter um alto custo.
Com raríssimas exceções, como esse que vos escreve, todo mundo é ex-alguma coisa no turismo. Muitos, casos saudáveis, vale dizer. As pessoas evoluem, assim como as empresas devem fazer. E quando não há o casamento ritmado das evoluções, é natural a troca de emprego ou funcionário. Mas em alguns casos excessos de ex. Há os ex-Varig, ex-Blue-Tree, ex-Avipam, mas também o futuro ex: o cara já entra sabendo que não vai ficar muito tempo, sem falar no ex profissional. Ele roda tanto que já nem liga mais. E vai criando sua rede social de ex-colegas de trabalho, ex-chefes, ex-contatos…
Não dá é para fingir que o problema não existe, ou sua empresa pode virar uma ex-empresa. Já que uma equipe coesa, bem treinada, entusiasmada e com um horizonte a sua frente é o segredo de qualquer empresa. Não?
Artur, boa reflexão. Mas como vivi treze anos de minha vida na Varig, onde as pessoas não saiam de jeito nenhum, também gostaria de analisar o outro lado da moeda: o que faz algumas pessoas permanecerem tanto tempo em uma empresa a ponto de assumirem um novo sobrenome? Assim como hoje você é o Artur do Panrotas, um dia fui o Alexandre da Varig. Isso sem contar inúmeros outros exemplos de amigos nossos que tomariam aqui todo o espaço do blog. Outro ponto que me chama a atenção: na última pesquisa da Exame “As 150 melhores empresas para se trabalhar” aparece apenas uma empresa teoricamente ligada ao turismo – a Embraer. Por quê? Será que as empresas de turismo não são boas para se trabalhar? Eu particularmente conheço muitas que são e quando anunciam vagas aparecem 150 CVs da noite para o dia. É Artur, a discussão é excelente, meus parabéns!
Olá Artur … esse post tem muita coisa implícita, é complexo o assunto, mas desta vez serei simplista. Trabalho há mais de 10 anos na área, trabalhei em uma agência de turismo e depois consolidadora. Existem muitos motivos, mas o que percebo é falta de capacitação da empresa, o que torna a pessoa mais vulnerável aonde ela pode ter mais aprendizados, baixíssimos salários para os que tem uma enorme responsabilidade de fazer o pax viajar pelo mundo afora tendo seus etkts, hotéis, transferes, carro, seguro, passeios, etc, impecavelmente feitos, e ainda sendo responsabilizado por qualquer serviço não prestado por uma das empresas prestadora, tendo que asumir culpas que não são deles, cada vez efetuar um atendimento mais submisso, pois bom atendimento e prestar um bom serviço não é “babar” no pax, é fazer com que tudo funcione da melhor forma possível, dentro do campo de atuação e responsabilidade da agência. Esses “operários” do turismo faz com que milhões de pax viagem, se hospede e se divirta, feche negócios ganhando um salário menor que a diarista que mantém seu recinto limpo, mas sem toda essa carga de responsabilidade. Isso é apenas a ponta do iceberg Artur, então creio que podemos e devemos entender o porque do rodízio constante, pois numa faixa salarial baixa, qualquer 100 reais pode fazer a diferença. Lembrando que as cias aéreas não facilita em nada o trabalho desses operários do turismo, com tantas regras e classes tarifárias, e admse isso e aquilo que torna a vida ainda mais complicada para esses operários. Esses operários tem que saber de geografia, história, matemática, línguas, psicologia, informática, gds’s, aeronaves, quartos de hotel, carro, seguro, leis do Brasil e de todos os países, vistos, imigração, etc, etc, etc … por que será mesmo que tem alta rotatividade? Sds
Arthur, excelente artigo. Esta é a realidade de todas as empresas de turismo atuais. Parte disto, por conta da informalidade e da falta de perspectiva de futuro (Política de salários, Meritocracia, Plano de Cargos e Salários…). A nossa área, infelizmente, ainda é semi-profissional e pouco capacitada para o que faz. As empresas ainda enxergam gestão com algo distante e existe um abismo muito grande hoje entre os que estudam além do nosso campo de trabalho (Administração, MBAs, Economia) e a realidade que vivemos. Quando tentam implementar formas diferentes de trabalhar, são barrados. Ao não enxergarem o futuro com bons olhos, procuram outros caminhos dentro da área. O mercado também está muito aquecido e facilita a escolha. Parabéns pelo artigo, excelente porque abre a discussão para este tema, que afeta consideravelmente a empresa. Eu que o diga!! Vivo isto diariamente!
abs,
[…] This post was mentioned on Twitter by Adriano Gomes, Artur Luiz Andrade. Artur Luiz Andrade said: [BLOG]: O ENTRA E SAI DO TURISMO http://bit.ly/eHvJLH […]
Artur, Dizer que o assunto é complexo mas bem-vindo seria ser repetitivo, mas enfim, disse e fui. Creio que a alta rotatividade é uma característica do nosso mercado, entre outras coisas, pela informalidade e pela estrutura familiar e pouco profissional de boa parte das empresas. Por outro lado, há a pressa dos novatos, os quais, por estarem munidos de um canudo, normalmente obtido numa faculdade que nada lhes ensinou, sentem-se no direito de galgar cargos como se de corrida de 100 mts rasos se tratasse. Ao olhar para a minha carreira de 34 anos no turismo posso perceber como é difícil não ser ex alguma coisa, mas as razões podem ser diferentes e justificar certas mudanças. Fiquei 11 anos na Varig e 8 no CVB de Campinas, mas essa soma só dá 19 e nos outros 15 eu me transformei num ex profissional. Acontece, eu nunca quis, mas não dá para ficar numa empresa que não te respeita, que não respeita o consumidor, na qual você tem um chefe que não sabe o que está fazendo ou tem problemas graves de auto-estima, enfim…as razões são complexas e variadas e isso só traz mais interesse ao tema. Por fim, acredito que, se houve uma época em que permanecer muito tempo na mesma empresa era visto como dedicação e comprometimento, não há como negar que também passamos pela fase oposta, na qual isso era visto como acomodação e falta de ambição profissional. No meu entendimento o profissional para apresentar resultados consistentes e duradouros na área de serviços precisa contar com uma estrutura funcional mínima, segurança para desenvolver projetos de médio e longo prazo, treinamento constante e identificação com os objetivos e os ideais da empresa. Isso não se consegue de um dia para o outro. Não troco de emprego por cem reais, prefiro permanecer na empresa até que o seu nome se transforme no meu sobrenome, mas não dá para abrir mão de princípios. Com a idade e a experiência ficamos menos tolerantes a certos vícios, a certas mazelas. Porém, ao permanecer na empresa por vários anos todos ganham: o funcionário, a empresa, o cliente, e o mercado. Mas é preciso que haja reciprocidade, que haja conjugação de interesses e que as expectativas e, principalmente, a postura perante o mercado, sejam coincidentes. Em suma, é como no casamento, não há garantia de encontrar o parceiro ideal, mas a busca permanente é lícita e desejável. Felizes daqueles que conseguem esses longos e profícuos relacionamentos. No mais, acho que o turismo, assim como outras atividades, precisa aprender a diferença entre um candidato velho e um experiente. Para nós, profissionais, o importante não é ter emprego, mas conservar a empregabilidade, e isso se faz mantendo-se atualizado tecnicamente, antenado com o que se passa no mundo globalizado em que vivemos, e trabalhando constantemente e de forma transparente a rede de relacionamento. Afinal, informação é poder e quem não é visto não é lembrado. Parabéns por abir tão importante discussão.
Artur,
Näo tenho a estatIstica comigo, mas com certeza mais de 60% das saídas de funcionàrios se deve a maus chefes.
Por outro lado, o turn over pode ser saudável pois oxigena as empresas e ajuda eliminar vícios…
A melhor empresa para se trabalhar em 2010, a Whirlpool teve mais que 70% de turn over em sua equipe.
A TAM tem a sua academia para dar conta do abastecimento de fuincionários do checkin dos aeroportos, que devem sair antes de fazer 2anos – assim como em reservas também!
O que temos que mudar é o pensamento de “funcionário pùblico dos anos 70” que jogava pras empresas a obrigaçäo de criar plano de carreira e pagar cursos de inglès ou espanhol.
Abraços!
Gustavo
Caro Arthur
Vou concorda em número , genero e grau com o Fabio.
Ah só faltou um detalhe Fabio, temos que entender também de Fase da Lua ( lua cheia, minguante, etc ). Te falo isso, porque ja aconteceu comigo. Pax me perguntou como estava a fase da lua para o Nordeste, se era epoca de mare baixa ou maré alta.
E a mais recente foi se no período de carnaval haverá barulho proximo a pousada onde o meu pax ficará hospedado. Pode ?
Ainda querem saber porque há tanta rotatividade no mercado, além de tudo isso, ganhar um salario vergonhoso….
Abraços
Prezado BearMan
Ao ler o teu post, peguei um martelo e me flagelei que não ia comentar nada a respeito desse assunto tão espinhoso, mas acabei não resistindo e aqui vai:
– Seu eu analisar pela “tua fibra ótica” de Reporter (apenas um observador e transmissor de noticias ), tudo bem não há nenhum impacto , pois uma coisa é ser o Profissional do Turismo e outro o Informante.
Eu, acho pesado o termo (mercado prostituido), mas neste caso ele se encaixa perfeitamente, ou seja, os profissionais já se tornam EX já no primeiro dia de trabalho numa empresa de Turismo, pois ele já inicia/chega corrompido e repleto de DIREITOS e achando que os DEVERES são menores, pois a postura atual agora, e não só no nosso ramo, O EMPREGADO É QUE ESCOLHE ONDE QUER TRABALHAR (a seleção inverteu), ele vai analisar nos minimos detalhes quais serão todos os beneficios de que terá direito, e somente em ultima analise vai pensar se aceita ou não. Mas isso é resultante também do pessimo hábito de todos os empresários terem perdido o a pratica de procurar saber das origens do candidato, vai assumindo e seja o que Deus quiser (e aí que a maior parte do perigo acontece). Quando voce menciona em valores “a troca” de uma empresa para outra as vezes não é somente financeira mas outros fatores também pesam, carga horaria, carga de trabalho, facilidades de acesso, outros beneficios escusos !!!! Afirmar que os empresários NÃO INVESTEM não é muito real pois a cada dia vivenciamos o quanto que se gasta em amoldar um funcionário, e quando ele está quase , digo quase apto ele já se acha poderoso para se oferecer no mercado por maiores exigencias.
Não é do seu tempo (voce ainda é muito jovem), mas houve um tempo que um grande Banco era exatamente dessa forma que agia no mercado, era melhor ter MUITA ROTATIVIDADE do que FIDELIDADE, é isso que acontece conosco nos dias de hoje. Tenho conhecimento de agencias (digo GRANDES) cuja média de estabilidade de funcionários não chega nem a 6 meses, portanto fica no ar que se praticam isso com certeza deve sair mais economico.
E cá entre NÓS faltam bons profissionais no nosso mercado, muita verniz para pouca madeira (alias o que tem se visto é muito cara de pau isso sim).
Não podemos deixar de lado também, aqueles empresários que “aliciam” os potenciais candidatos que possam trazer/migrar novos clientes.
Se boa parcela dos empresarios lerem este seu post, e refletirem um pouco e tiverem a BOA VONTADE de mudar o quadro em andamento, muita coisa pode ser mudada o que a meu ver DEVE SER MUDADA, haja visto tantas e tantas dificuldades que vimos enfrentando em todas as frentes, seja com fornecedores (todos) com clientes cada vez querendo mais por menos e ainda por cima sem PROFISSIONAIS capazes para essas demandas. É PRECISO PESSOAS DE ATITUDE !!!!! (produto em escassez !!!!)
Parabens pelo tema …pena que sempre fiquemos na teoria…e na PRATICA…continuamos cada vez pior
abç
Ola Artur,
Muito bom o assunto do blog! O negocio é ser feliz e ter prazer no que se faz, independente do tempo de permanencia nas empresas.
Paulao da American
Paulo da Turkish
Paulo da Korean
Paulo da (completo mais pra frente!)
Abcs
Adorei todos os comentarios e seu post Artur, como sempre, propicio. Eu sinto muito mas, a rotatividade se deve ao fato de que, a maioria das empresas de turismo brasileiras nao valorizam seu profissional…entao, como o profissional pode levar a serio seu empregador? Muitas empresas pagam pouco…muito pouco e querem que o profissional faca tudo, incluindo servir cafe. Pouco beneficio, pouca valorizacao e quando alguem consegue uma oportunidade melhor e comunicada sua saida a empresa nao batalha para manter seu profissional…fazer ele crescer junto…isso nao existe ai no Brasil e e por este motivo que hoje eu trabalho em uma empresa americana e fora de meu pais…e duro mas, sou valorizada e cresci mais do que em todos os anos trabalhando no Brasil. Eu sinto muito pois existem excelentes profissionais no Brasil, muito pouco valorizados e apreciados pelos empresarios que muitas vezes sabem menos que seu colaborador.
Artur,
Você sempre levantando e discutindo os grandes problemas de nossa atividade…
Devo-lhe confessar que o maior problema das empresas de turismo é um plano de cargos e salários,uma política efetiva de incentivos e sobretudo um p´rograma de constante reciclagem.Hoje ministro aulas em vários cursos de pós graduação em turismo no Brasil e fico estarrecido pelo fato de 90./. dos alunos pagarem sua pós,o que não acontece em outras áreas.
Falta uma visão real de RH,que na hotelaria existe e com muito sucesso.
Compartilhei no meu facebook…abraço
Olá Artur,
Um ´belo´ assunto este relativo à mão de obra em nosso setor. Todavia, é importante mencionar, que este fator não é um exclusividade nossa. Creio que a rotatividade tem muito a ver com o ´efeito Vampeta´: a gente finge que paga e eles fingem que trabalham. Pois é, se a gente considerar a questão pelo lado de nossas baixas margens operacionais (vulgo comissões/taxas e que tais), talvez uma boa parte do ´fingir pagar´ possa se explicar. Há que ser mágico para pagar tudo que é exigido pela lei.(Com se dizia antigamente: Dura lex, sed lex, no cabelo só gumex). E foi o que sobrou: o gumex, a aparência. Assim, muitos não conseguem sobreviver condignamente com os valores que recebem. Nem os patrões, tampouco os empregados.
E aí aparecem os ´mais inteligentes´: subornam ou permitem que seus funcionários sejam subornados (e depois se queixam que suas próprias empresas ficam impregnadas com esta prática). É muito complicada a questão. Tem saída? Provalvemente com uma nova legislação trabalhista e com uma nova ´praxis´empresarial, que privilegie a ética e o conhecimento. Haverá maior resultado para todos – empregadores e empregados, com menos rotatividade.
Aquele abraço.
Boa discussao Arthur,
Rui achei muito de mal gosto o desprezo pelos graduados em Turismo. Isso nao foi legal.
Patricia, tambem concordo contigo: trabalho na area de Turismo fora do Brasil e as condicoes sao muito, mas muito diferentes. Se voce faz hora extra, por exemplo, voce eh pago (ou entao recebe lieu day) sem ter que fazer um guerra na empresa, voce tem horario de entrar e sair estipulado pelo contrato e NINGUEM fara cara feia se voce sair no HORARIO CORRETO, o seu salario eh descente e parece que oportunidades profissionais ficam mais aparentes, voce tem mais chances de se desenvolver profissionalmente sim, porque acreditam em voce, nas suas ideas e te dao oportunidades para desenvolve-las…
Eh …eu gostaria muito de defender a empregabilidade no Turismo ai no BR mas fica um pouco dificil.
Esta na hora de acabar com a panelinha do meio e dar chance a novos talentos – talentos esses que merecem ser bem remunerados afinal nao estao tracando o caminho do sucesso a troco de nada.
Cláudia,
Não sei se foi de mau gosto a minha referência ao “canudo”, mas por certo não me referia aos graduados em turismo, mas sim aos graduados em qualquer área e em início de carreira, que, apenas por terem obtido o canudo, se acham no direito de começar por cima nas empresas e desprezam o indispensável aprendizado prático. Se alguém não concordar com esta minha observação, ou nunca tiver presenciado (convivido) com esta realidade, então é pq nunca prestou atenção ao que se passa no mercado à sua volta. Minha intenção não foi atacar ninguém, apenas criticar certas posturas ingênuas, imaturas ou arrogantes que se verificam no nosso mercado todos os dias. A quem se sentiu ofendido não peço desculpas, peço que reflitam de espírito desarmado.
Abraço
Olá Artur,
Seus post sempre me encantam e melhor, me fazem refletir… Muitas vezes de forma egocêntrica, acumulo pensamentos e opiniões, que compartilho com meus discentes e colegas de trabalho.
Porém diante de um tema tão delicado e espinhoso como esse não me contive e gostaria de deixar registrados alguns insights…
Como atual coordenadora do curso superior de Turismo da Universidade Anhembi Morumbi, pioneiro no mundo e que este ano completa 40 anos, tenho mergulhado profundamente no tema, já que represento a intermediação dos interessados – profissionais em formação e empreendedores/contratantes… e como tudo, na vida, há sempre os dois lados da moeda… ora doce, ora amargo…
A Geração Y está aí, já batalhando no mercado e cabe a todos nós convivermos com suas características, sejam elas bacanas ou nem tanto… realmente são mais apressados, mais impulsivos… mas tem gana, tem vontade de fazer melhor… quando trabalham com as gerações anteriores, a X… (sou eu) ou até mesmo a baby boomers… formam equipes singulares… onde cada qual preenche o mosaico de competências e habilidades de um team sagaz e produtivo.
A cultura organizacional de muitas empresas pecam pela ausência de um ambiente realmente fértil para o desabrochar de talentos… transformando-se em um ambiente gerador de frustrações… e aí a sedução não é somente por R$ 100,00 a mais no contracheque… mas sim um horizonte de maior esperança e oportunidades…
Temos concretizados parcerias de grande excelência, com empresas que não só valorizam seu capital humano, mas que realmente trabalham com emoção, repercutindo tais sensações para o mercado e seus consumidores… empresas ideiais, perfeitas? Não… empresas que estão no caminho assertivo de ter em sua essência pessoas que acolhidas, as acolhem como suas… é o princípio do branding Lovemarks…
Isso não é utopia… isso é realidade… em algumas organizações… e fico entusiasmada de também colaborar na formação e no maior desenvolvimento do TURISMO… quem sabe em um futuro próximo… nosso mercado atingirá o ápice do reconhecimento…
Torço por isso… trabalho por isso !
Andréa Nakane
Ah… ex-Le Meridien Copacabana, ex-Posadas e atual Mestres da Hospitalidade
Desculpe Rui mas, tenho que concordar com a Claudia e sua critica nao foi muito legal, especialmente ao se referir a todos graduados de qualquer area. Ninguem e igual, ninguem age igual. Portanto, concordo que deve se acabar com a panelinha e com essa terrivel mania de achar que todos sao iguais. Eu sei do mercado de turismo e nao vou generalisar a outras areas. O empresario do turismo no Brasil quer ficar rico, viajar e tirar proveito dos profissionais, novos ou nao. Se alguem precisa de trabalho o empresario encontra a oportunidade de pagar pouco, usar muito e a reciclagem, o aprendizado, o incentivo ao profissional sao desprezados. No Brasil nossa profissao nao e regulamentada pois nossa classe e desunida e pouco profissional. Enquanto tivermos empresarios desse nivel, teremos profissionais como eu e a Claudia que encontramos nosso verdadeiro valor fora do pais. Que vergonha empresarios do turismo brasileiro.
No nosso mercado funciona assim: Se você tem conhecimentos, linguas etc… a agencia nao te paga o que é devido, se você nao tem conhecimento e esta querendo entrar, nem te pegam porque nao tem experiência.
Se tem,experiência nao te valorizam, e se não tem , nao te dão oportunidade para ter ( seja em qualquer empresa ) fica dificil, ne?
Donos de agencia, só eles viajam , só eles acompanham grupo, só eles… e quando o funcionario ganha um fantour, o pobre coitado é descontado da folha de pagamento ( poxa! ele ta indo a serviço e nao a lazer, apesar de muitos agentes de viagens invertem aprontam ) mas na maioria dos casos, é sempre assim…. e olha que eu conheço colega de serviço, que é descontado…. é pura realidade deste mundo cruel……
Patricia, Claudia vocês ai onde estao, nao estão precisando de mais uma pessoa ?
abraços
Rui,
Relendo o seu post e aproveitando o “gancho” da Patricia, querendo ou nao a graduacao eh porta de entrada para o mercado de trabalho da maioria dos jovens brasileiros. Nao estou “armada” lendo os posts mas nos sabemos qual eh a primeira coisa que um recrutador ve em um CV no BR: curso universitario como uma ferramenta p/ filtrar os candidatos. Eh com o ensino universitario que ele consegue o primeiro emprego (estagio obrigatorio p/ a conclusao do curso) na area de ira atuar ao se formar. Nao se leva em consideracao suas amibicoes, experiencias vivenciais, etc.
E eh esse estagiario q vai ganhar uma miserica de bolsa-auxilio e vai trabalhar muuuito – e ainda exigem que eles tenham ingles e espanhol fluentes senao … . E eh esse estagiario que muitos empresarios procuram para economizarem na folha de pagamento . Depois que ele adquirir um pouquinho de experiencia (ou acha que adquirira) ele vai sair sim. Isso e inevitavel. Se a empresa tivesse um plano de carreira, um feedback profissional serio, provavelmente ele seria leal….
Concordo com vc no sentido de que um canudo nao significa conteudo ja que algumas universidades so visam o lucro deixando muito a desejar na qualidade de ensino.
Concordo tambem que a experiencia profissional que vem junto com anos e anos de atuacao no mercado de trabalho algumas vezes nao sao reconhecidas como devem ser e que a partir de uma certa faixa etaria, o mercado profissional fecha as portas – uma vergonha tb.
Mas eu ainda bato na tecla: salario e plano de carreira justos para todos os profissionais da area (iniciativa propria e iniciativa do empregador), graduados ou nao e que tem PAIXAO pelo o que faz: nao importa onde esteja.
Artur,
Este tema você sabe que mexe muito comigo ! E você abordou super bem muita faces desta moeda. Se a gente não segurar a onda, escreve um livro e não um comentário….
Em qualquer situação, da vida em geral e do trabalho, as falsas promessas frustram, SEMPRE. Empresa ou para o funcionário, para aquele que comprou “gato por lebre”, frustração gera rompimento.
Ou você nunca teve a experiência de começar em uma empresa e em uma semana (mesmo, sete dias…) sentir que as promessas nunca vão acontecer ? Aí tem que virar “ex” rapidinho…
Por isso, atenção a tudo, investigar bastante e perguntar tuudo…até onde será o seu local de trabalho, onde estacionar o carro, como é o esquema de plantões, como funciona o esquema de reajustes salariais, etc e etc..
Acaba também o “amor” de um pelo outro, muitas vezes, assim como nos casamentos, depois de muitos anos juntos. Acabou ! Vira um “ex” do outro…
O assunto é extenso, por isso vou copiar a excelente e tão óbvia frase do amigo Rocco:
É PRECISO PESSOAS DE ATITUDE !!!!! (produto em escassez !!!!)
E completar que precisamos também, e talvez muito mais, de empresas com ATITUDE, assim, em letras maiúsculas mesmo. Que assumam seu real papel de ser, além de provedoras de trabalho, aquela força de alavancagem de carreiras e talentos, que consigam de seus funcionários mais do que horas de trabalho e sim comprometimento verdadeiro.
Porque afinal, você pode ser “ex” de várias empresas, mas a empresa não pode se arriscar a ser “ex”…vai ser só por uma vez !
Bjs e parabéns aos comentaristas…Adorei ler todos !
Olá Artur,
Sem dúvida alguma, seu texto trata de um assunto polêmico. Precisamos profissionalisar nosso setor, mas acredito que seja mais complexo do que parece, porque hoje as exigências para a contratação de um profissional são maiores, os destinos a serem vendidos são indiscutivelmente em número maior, a exigência do cliente aumentou, a concorrência com o mundo on line surgiu da noite para o dia e por isso pergunto: é justo nossos jovens profissionais do turismo gastarem de R$300,00 a R$1.500,00 por mês numa faculdade, terem inglês e espanhol (o que significa custo), saber geografia, matemática financeira e até psicologia para um bom atendimento (o que muitas vezes também requer custo) e serem obrigados a receber um salário inicial de R$500,00, sem qualquer treinamento para atuar na empresa, sem plano de carreira e sem motivação? Te garanto que para muitos desses jovens os R$100,00 a mais pesam no final do mês.
Particularmente acredito que as agências e operadoras precisam entender que hoje existe um profissional de Turismo e que ele deseja uma carreira séria e promissora. Se não houver um planejamento para isto o problema nao será só a rotatividade nas empresas, mas a falta de interesse e paixão pelo trabalho a ser feito.
Acredito que estamos caminhando para um bom futuro, pois nosso governo tem aos poucos trabalhado para que este setor tenha sucesso e grandes empresas já estão atentas ao problema.
O que nos resta é aguardar e nao desistir.
Nossa, isso acabou de acontecer comigo. A procura de valorizaçao no trabalho passei 6 anos trabalhando na hotelaria, trabalhei ate no Natal e ganhava 700,00, perseverando pra ver se melhorava, fiz faculdade, pos graduaçao, será que sou tao ruim, me sinto ate culpada. Conclusao agora vou mudar de area pra ate que enfim ter um retorno financeiro pela minha dedicacao, estou saindo com experiencia de um mercado que tanto necessita de mao de obra, mas infelizmente preciso crescer.Acho que todos devem repensar no setor turistico, o governo com a diminuicao dos impostos trabalhistas podem causar uma grande revolucao, mas muitas empresas turisticas tem que rever suas missoes, onde valorize os funcionarios em sua totalidade. Avante Brasil!!! A copa esta chegando!!!
Boa noite…
Sou uma profissional com 27 anos de experiência no mercado (em operadoras), falo e escrevo fluentemente 3 idiomas,sou viajada (filha de piloto e profissional do ramo),conheço profundamente geografia,tenho excelente cultura geral,sou culta,dedicada,”visto a camisa” da empre-
sa… enfim sou igual a muitos profissionais existentes no mercado que assim como eu investiram e continuam investindo na profissão, talvez movidos mais por paixão do que por outros motivos e mesmo assim,fico triste em dizer que após estes 27 anos me encontro totalmente decepcionada com a profissão que escolhi para mim, mais do que decepcionada, estou arrependida e cansada…cansei de ver grandes e conhecidas operadoras
(esta é minha área de atuação) cujos donos são vistos no mercado como ” grandes empresários” não valorizarem seus funcionários, pagar salários baixos, pior ainda, não registrar,não oferecer nem ao menos assistência médica, ter ambiente de trabalho inadequado… profissionais como eu são atraídos a estas empresas em primeiro lugar levados pela ´fama` da mesma (puxa, uma empresa com tão bom nome, deve ser ótimo trabalhar lá…) pensando ser aquela em que finalmente seremos reconhecidos pelos nossos talentos e conhecimentos; ao chegar nos deparamos com uma equipe formada por pessoas que embora formadas em turismo, não conhecem geografia (outro dia me perguntaram: ” o que é este tal de Canal da Mancha?” – pode ?!?) e não sabem trabalhar se não for com respostas automatizadas… então pergunto… pq existe rotatividade? Vai existir sempre enquanto houver empresas como esta acima em plena atividade e devidamente instalada no mercado e muiiito conhecida…mas que nem as comissões dos agentes de viagens, seus clientes, são pagas… aliás segue aqui uma sugestão aos blogueiros: denunciem este tipo de abuso, abram uma grande discus-são, este tipo de realidade deve acabar….acho que neste caso, o exemplo deve vir de cima para que no futuro (que espero próximo) os profissionais mudem seu perfil de comportamento e visão.
Jornalista Arthur,
Parabéns pelo seu blog e a audácia de abordar temas escondidos a quatro chaves no turismo.A realidade é justamente a que abordou.Pensam que oferecendo famjtour e bilhete gratuito,estão incentivando.Não,precisamos de algo mais.
Excelente a colocação do Mestre Bayard Boiteux,hoje um deos maiores especialistas de turismo do Brasil e que dirige há 16 anos o curso de turismo da UniverCidade.Falta um RH,um plano de cargos e salários….
Concordo também que falta um posicionamento critico da Abav e Braztoa junto a seus associados na area DE QUALIFICAÇÃO,RECICLAGEM.
Conyinue com coragem,Arthur
Bom dia, Arthur !
A culpa maior a meu ver o modo como as empresas atuam para contratação de colaboradores, colocando todos no mesmo nível.
Devem priorizar gente comprometida, que possa somar com idéias e tenham personalidade, porém para isto tem que ser remuneradas de forma compativel, inclusive podendo ser uma parte variavel baseada em seu desempenho. Ou seja, profissionais que não sabem responder a todas as perguntas, mas sabem onde buscar todas as respostas.
Quando as partes estão satisfeitas não há motivos para mudanças
Post excelente e comentários que não ficam atrás.
Acho que todos aqui já ouviram falar na Hierarquia de Necessidades de Maslow, não é?
Se nem as necessidades de segurança conseguem ser supridas…
fica difícil..
Toda essa discussão é muito válida mas quero ressaltar que não é só no turismo que o turn over é alto, aliás devemos analisar o segmento num contexto maior e não apenas de forma setorial.
Apenas alguns ingerdientes a mais para apimentar o assunto.
1- o ensino esta um caos, logo há uma enxurrada de novos profissionais lançados ao mercado muito pouco capacitados;
2- o mercado esta aquecido e comprador, logo há muito mais oferta de trabalho
3- a nova geração quer aprender, entregar e fazer dinheiro rapido, ou seja, ficar num lugar muito tempo não é bom e não atende aos anseios deles;
4- o mercado e a maneira de fazer negócios esta mudando;
5- o cliente esta cada vez mais exigente e informado;
Talvez o momento seja propicio para promover uma boa virada no setor.
abc a todos
Liebert
Não podia esperar outra coisa da Heloísa Prass, comentário inteligente, limpo e absolutamente verdadeiro com muita leveza e elegância. Você foi primorosa Heloísa. Acertou no ponto, as empresas não podem ser “ex”, é isso mesmo, pena que as mesmas não tenham essa lucidez. Sds
Cláudia e Patrícia,
Parece que finalmente minha referência às MÀS faculdades e aos MAUS e ARROGANTES recém-formados (e apenas a estes e não generalizando como vocês supuseram) foi entendida e não generalizada. Enfim, a língua portuguesa realmente é cheia de ardis e sutilezas, mas no final, todos acabamos por nos entender, já que lutamos pela mesma causa, embora com armas diferentes. Entretanto vou colocar um pouco mais de lenha na fogueira e provocar o Artur para tocar em outro ponto polêmico e, no meu entendimento, ainda não completamente compreendido pelo mercado e pelos profissionais. Falo da menção aos estagiários e à sua utilização (por parte dos MAUS empresários) como força de trabalho barata. Será que não existe o outro lado da moeda? Senão vejam: o indivíduo paga 800 reias mensais para estudar numa faculdade onde não aprende nada (não estou generalizando, mas referindo-me àquelas cuja qualidade é comprovadamente ruim e que todos nós conhecemos), paga essa mensalidade absurda para não aprender nada ou aprender errado, e depois quer entrar, por exemplo, numa empresa líder de mercado, estagiar ao lado dos profissionais mais competentes e mais reconhecidos, aproveitar-se (no bom sentido) da experiência desses profissionais de excelência e ainda faz exigências e quer receber salário? Isso é justo? Correto? Não estaremos subvertendo o conceito original do estágio? Se eu permito que um iniciante ou ainda aluno, conheça os segredos de minha empresa de sucesso e aprenda com os melhores profissionais as melhores práticas, transmitindo-lhe um conhecimento que sabemos estar ausente de boa parte dos cursos universitários (não generalizando), eu ainda vou ter que pagar salário para o cara aprender? Não deveria eu (empres líder) a exemplo da faculdade, receber para ensinar? Talvez não, mas também não acho que deva pagar! Sinceramente não vejo nenhuma lógica nisso embora saiba que vou desagradar a muita gente e receber aqui comentários irados. Não importa, já convenci alunos REALMENTE interessados em aprender, a estagiar ao meu lado, em algumas empresas que eles reconheciam ser experts no segmento que lhes interessava, sem remuneração formal (apenas com ajuda de custo de transporte e alimentação). Na minha ótica (e na deles) estavam ali para aprender de fato aquilo que não lhes é ensinado nas faculdades, e sentiam-se gratos por terem essa oportunidade. É claro que não eram funcionários, não cumpriam carga horária igual aos outros, nem tinham as mesmas reponsabilidades. Hoje, quase todos bem posicionados no mercado, reconhecem o valor dessa oportunidade. Me pergunto se não está na hora de revermos essas práticas, tanto as do estagiário que se julga já um profissional, quanto a do empresário malandro que se aproveita do estagiário para obter mão de obra barata. Com a palavra os especialistas.
Abraço.
Rui,
http://www.ciee.org.br/portal/cartilha_lei_estagio.pdf
Vc nao esta errado de acordo com a lei do estagio, devo admitir, mas ao meu ver a realidade do BR eh cruel, Rui.
Vc conhece a vida de um estudante universitario que tem que atravessar a cidade p/ estudar a noite (pois de dia ele esta no estagio/trabalho) do outro lado de SP pega 04 conducoes, sai de casa cedo e volta tarde, paga uma fortuna p/ a faculdade M visando uma chance no mercado de trabalho? Nem todos entram numa USP/UNESP Rui, nem todos tem condicoes de serem sustentados pelos pais durante os 04 anos de faculdade. O BR nao eh que nem a Europa onde a grande maioria dos estudantes paga a faculdade depois de formados, Rui e nem todos que estudam na faculdade M sao preguicosos ou nao gostam de estudar…
Com relacao ao oferecimento de estagios:
1- o estudante tem a chance de escolher aonde quer estagiar – cabe a ele querer ser remunerado ou nao de acordo com a sua realidade socio-economica.
2- nem sempre a “marca do canudo” eh a marca intelectual do individuo – que pode ter uma mente brilhante e inovadora querendo florescer, mesmo que o conteudo recebido na faculdade seja pobre (e ele esta ciente disso).
3 – Empresarios que seguem a sua linha de pensamento (assim como aqueles que “exploram” o estagiario) nao contribuem em nada com a qualificacao da mao de obra na area, desculpe a minha franqueza. O fato de nao querer dividir o conhecimento, de nao permitir que o aluno com pouco conhecimento teorico possa se beneficiar do contato com os bam bam bam da area e desprezivel, nao eh Rui? Isso me faz pensar em duas coisas: a primeira eh o medo de uma possivel concorrencia no futuro, e em segundo lendo e relendo o seu post eu chego a conclusao de que o pensamento elitista sempre vai prevalecer no trade, nao adianta dar murros em ponta de faca…
Cláudia,
Como disse antes a língua portuguesa é cruel e perversa em sua complexidade, não fosse isso e você não teria perdido tempo em acusar-me de elitista e de não querer dividir conhecimento. Minha vida profissional foi dedicada exatamento ao contrário, a começar pelo meu primeiro emprego (?) no Brasil que foi lecionar para adultos analfabetos e carentes de forma voluntária na periferia violenta de SP. Depois disso sempre dividi meus conhecimentos lecionando nos dpts de ensino da Varig, criando treinamentos para agentes de viagens na Yonder, promovendo seminários e apresentações na Delta e no Hopi Hari, e fazendo centenas de palestras gratuitas em mais de 100 cidades de 15 estados brasileiros como executivo de Convention Bureau. Só mesmo a falta de conhecimento sobre minha carreira e meu caráter podem justificar palavras como as suas, mas enfim, talvez uma visita ao meu site ajude a reparar essa injustiça (www.ruicarvalho.com.br) Preciso que entenda apenas que ter opiniões divergentes não significa, necessariamente, estar em lados opostos, mas significa, por vezes, tentar atingir o mesmo resultado trilhando caminhos diferentes. É o que acontece com relação aos estagiários. Em nenhum momento disse que esta ou aquela é a atitude mais correta, apenas propus que debatêssemos o assunto e alinhei algumas razões para que refletíssemos. Tenho, no momento, duas estagiárias contratadas e remuneradas e sempre trabalhei com estagiários contratados e remunerados. O que eu quis dizer foi que, em alguns casos, e depois de analisar a relação custo-benefício, consegui chegar a um entendimento com o candidato de forma a não ser necessário pagar-lhe o salário que ele esperava, mas, pode ler no post anterior, sempre paguei condução e alimentação, pois conheço, sim, a realidade de nossos alunos e de nosso mercado, talvez mais de perto do que quem mora longe do Brasil, se é que me entende! No mais, eu nem sou nem nunca fui empresário, pois sou assalariado de carteira assinada como tantos outros. A não concordância com algumas de minhas opiniões, entretanto, não deve constituir motivo para que desviemos do foco principal: é justo pagar para faculdades ruins e querer receber de empresas boas? esta foi a questão proposta, claro está, dentro de todas as suas limitações e exceções. Para não deixar de dar mais uma cutucada no assunto espinhoso, relembro a todos que as empresas não são entidades filantrópicas nem têm a obrigação de corrigir as injustiças sociais. Gostaria de ver todo esse empenho em cobrar, não dos empresários, mas do governo que se diz de viés “socialista” ou “social”, que nos extorque com uma carga tributária de 40% do PIB e nenhum serviço decente nos dá em troca, como transporte público, educação pública e muitos outros ” públicos ” que nem adianta mencionar. Quem sabe não estamos dirigindo nossas energias para o lugar errado ao criticar os empresários e aceitarmos passivamente e até reelegermos, governantes cujas políticas públicas são um escárnio? Espero que desta vez tenha conseguido fazer-me entender, pois alimentar uma polêmica destas neste forúm tão democrático não me parece muito elegante.
Um abraço a todos e ótimos negócios.
Nossa, quanto conteúdo bom, debate a ser estendido… Fiquei chocado com algumas informações (descontar do funcionário os dias em que ele passa em um famtour?????!!!!!!), dividido com outras (o ensino no Brasil em geral é pobre. O que tem de jornalista que não sabe escrever. Não é diferente no Turismo. Houve excesso de faculdades e ainda há. Então canudo não é certeza de nada. Mas que os salários oferecidos são ridicularmente baixos no turismo, não há dúvida), triste com muitas (empresas sem plano de carreira, sem incentivar funcionários, achando que é obrigação fazer hora extra) e feliz com a participação. Tem gente que pensa, e pensa bem. Tem gente que faz. E faz bem. E fico contente da PANROTAS ser o agregador de muitas delas. Não tenham medo, vergonha ou constrangimento de fazer aqui qualquer crítica. Neste tema, há muita complexidade, e muitos têm razão. Uma pena que as entidades e os governos passem longe dessa discussão. Parece que nem é com eles. E cá entre nós, sabemos que não é mesmo… Abraços em todos
Me formei e trabalhei 12 anos na area de Turismo em grandes Cias. aéreas e operadoras…enfim sei que fui uma ótima profissional.
CANSEI DE GANHAR POUCO!!!!!!
TURISMOLOGOS não aceitem salário de EMPREGADA DOMÉSTICA DE PERIFERIA, corram disso…é muita exigência para ganhar tão pouco.
Sem contar que um povo com nariz empinado, é só ser um gerentinho que se acha..grande merda…também ganha pouco.
Hoje sou corretora de imóveis (fazem 5 anos) e tenho salário médio de R$ 10.000,00. Comprei meu carro a vista por R$ 65.000,00, já comprei meu apartamento…pois é caros colegas temos que ter um objetivo e CARIDADE pode ser feito de outra maneira, ajudando quem precisa.
CORRAM DESSA ÁREA, é tempo perdido.
turismo excelentes comentarios…Estou querendo entrar na area, mais muita coisa que foi dita parece que nao muda. Mesmo nas areas diferentes que trabalhei o que a maioria disse se aplica totalmente.
Temos que achar nosso caminho, acho que isso fica claro…Uns vao conseguir outros nao, é assim que funciona.
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