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O (ETERNO) FATOR VARIG

Como o trade sente saudades da Varig, não é? Será da Varig ou de um momento em que o turismo era mais pessoal e próximo e não tão frio, tecnológico (o que não quer dizer ruim) e impessoal? Os tempos são outros…

Na famosa festa da Leonor 4.4, em uma das mesas, a Cris, mulher do Domingos, da Flytour, e a Heloisa Prass, com ajuda do Cássio, claro (nosso blogueiro no Consolidando), cantaram, inteiros, os jingles da Varig – do “Estrela Brasileira”, clássico de Natal, até outras que eu, um jovem no turismo, desconhecia (Seu Cabral e o da rota para o Japão). Cantaram inteiras…

Claro que hoje tem na internet à disposição, né? Mas é o efeito Varig. Perguntei, na maldade, se alguém lembrava de música da Transbrasil ou Vasp e nada… NINGUÉM… Eu até lembro daquela que dizia “A Vasp abre suas asas, sua ternura, pra você ganhar altura…viajar…viaje bem, viaje Vasp”… O começo era melhor: “atenção, você com essa ficha na mão, dirija-se ao portão…”. Mas , claro, não chega aos pés da “estrela brasileira, no céu azul, iluminando de norte a sul – mensagens de amor e paz…”.

Quem tiver links de vídeos (tem um com o Jorge Benjor cantando o jingle da Varig) com jingles passados, fique à vontade para dividir com a gente… 

Ah, Helô e Cris ainda diziam no final: Varig, Varig, Varig – Cruzeiro, Cruzeiro… Isso denuncia a idade hein… Como eu sou dez anos mais novo que o Sidney Alonso…

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Tbm sou meio suspeita!
    Variguiana de coração, costumo dizer que meu sangue é azul… e não importa, ainda é!

    Se para o trade a Varig faz falta, imagina para nós, ex-funcionários!

    Adorei o post…

    Beijo
    Fabiana

  • Artur… se pra vc quer dizer q é de CPQ eu não sei…
    Nao tenho nada contra a Azul, muito pleo contrário gosto muito da proposta deles e tenho muitos amigos por lá!

    Mas o meu sangue é azul por conta da Varig mesmo….rsrsrsrs

  • Oi, Artur, já agradeci pela citação de meu nome em sua postagem sobre o Dia do Jornalista. Fiquei muito feliz!
    Volto aqui agora também com o assunto Varig.
    Gostaria de lembrar que essa grande empresa foi um orgulho para todos nós. Ao longo de muitos anos funcionou como nossa embaixada informal no exterior. Brasileiro tinha por hábito ir à loja da Varig ler seu jornal, fosse em Paris, Roma, Londres , Nova York ou onde ela tivesse seu endêreço.
    Seu serviço de bordo era nosso cartão de visitas e suas equipes um grande exemplo de boa educação, etiqueta e profissionalismo. Nesse aspecto a estrela mais do que brilhava e fazia o Brasil cintilar lá fora!
    Entretanto, comercialmente, a Varig da época de 80/90 gerava muitas críticas não só dos agentes de viagens como também do pessoal das outras companhias aéreas. Teve um papel muito regulador, impedindo que se praticasse uma “certa” ou qualquer liberdade tarifária. Por muito e muito tempo mandou e desmandou no então D.A.C . Por outro lado, é inegável que tenha formado profissionais exemplares, muitos dos quais estão até hoje nos quadros de suas congêneres fazendo belíssimas carreiras.
    Ainda, um aspecto controverso do que foi o fim dessa companhia: tenho uma amiga de infância que dedicou sua vida à Varig, no papel de comissária de bordo de altíssimo padrão, que como tanta gente, contribuiu com o plano privado da empresa e que hoje às vésperas de completar seus 55 anos ficou a ver navios. Vive agora com uma “merreca” do INSS e com auxílio dos pais que, graças a Deus, têm uma vida mais folgada.
    Possuo outro amigo de infância, também dedicadíssimo à Varig, que ocupou o cargo de diretor regional da empresa e que, com quase 30 anos de serviço, , “no fim das favas contadas, ficou chupando os dedos”.
    Existe um outro ponto que merece questionamento: qual verdadeiro papel que terá tido a Varig na falência da Panair do Brasil?
    Penso que isso mereça uma investigação mais profunda, sem emoções, mas sim baseada em fatos, que a nós jornalista cabe investigar.
    Beijos desde CWB,
    Alzira

    • Sensatíssimo seu comentário, Alzira. Mesmo “longe” do jornalismo, vê-se que não perdeu o “cacoete”… Espero estarmos vivendo novos tempos na aviação e no turismo brasileiro, não repetindo erros passado e se inspirando em bons exemplos de tempos atrás – na medida do possível

  • Alzira, infelizmente o Brasil perdeu, e continua perdendo muito com a ausência da VARIG. O mais recente informe da ANAC aponta um crescimento de mais de 70% das viagens feitas por empresas estrangeiras. Além disso há uma carência significativa de tripulantes (pilotos) no Brasil. Grande parte deles encontra-se no Oriente. Ou seja, o país perdeu talentos. Perdeu como você mesma disse a bandeira brasileira no exterior. No Japão, por exemplo, a marca VARIG era extremamente significativa. Perdeu vôos para o Mexico, Panamá, entre outras rotas. Perdeu conhecimento. Espero que as empresas genuinamente brasileiras que estão hoje no mercado possam ocupar essa lacuna, principalmente formando grandes profissionais, investindo pesadamente em treinamento como a VARIG fazia (maior centro de treinamento de tripulantes da américa latina). Cabe aos jornalistas cobrarem pela excelência do serviço, independente da mudança dos tempos. Servir bem, com qualidade, com profissionalismo independe de “novos tempos”.

    • Volto a dizer que não acordaram um dia e decidiram acabar com a Varig. Quantos escândalos (da criação da Varig Travel à venda de caviar por triuplantes para as madames no Rio), quantos casos de prepotência (cortaram a comissão dos agentes e apenas comunicaram, sequer negociaram, por exemplo), quantos presidentes (tinha época que não dava para acompanhar), quantas panelinhas (quantas agências nunca conseguiram condições para vender Varig), quanto dinheiro desviado, quanta ineficiência não se sobrepôs ao bom serviço, ao atendimento primoroso, à segurança e manutenção impecável, a tantas qualidades? A Varig não morreu de morte matada. Houve suícídio também. O que não apaga seu lado bom. E se adaptar aos novos tempos é sim fatal… Ou alguém acha que eu prefiro viajar apertado em um fieleira de dez assentos, ou pagar para comprar ingresso de cinema pela internet, ou ter de pagar até para ligar para meu gerente no banco? Saudosismo dá até para tolerar….Ingenuidade não.

  • Caros Artur e Flavio,
    Ao primeiro, amigo e blogueiro, devo agradecer ter dito que fui sensata. Creio que apenas fiz uma análise muto rápida do que vivi e presenciei como jornalista, nos tempos em que a Varig – e salve ela -, em muitos aspectos , reinava absoluta!
    Ao Flavio, que imagino seja a pessoa que por muitos anos conduziu a Varig no Japão, meus respeitos. Se for quem penso, é alguém muito elogiado pelo que fez lá fora.
    Em minha opinião, o que não podemos ter são atitudes maniqueístas. Não existem personagens exclusivamente bons ou unicamente maus em todo esse enredo.
    A Varig foi uma grande escola, uma tremenda companhia aérea, uma marca que deixa muita saudade, mas não foi um poço de virtudes. Como disse Artur, cheio de propriedade, sobre uma época em que conviveu com Varig até muito mais de perto do que eu: houve prepotência, ao cortarem comissões, desvios de dinheiro, panelinhas, excesso de presidentes, etc. E tenho também que concordar: a empresa não morreu de morte morrida. Como se diz aqui na minha terra, morreu, sim, de morte anunciada.
    Temos que aprender tanto com os erros quanto com os acertos, mas, acima de tudo, precisamos nos espelhar no que houve de bom – excelência de serviços, profissionalismo E mandar para longe – o que não é fácil – desmandos e mais desmandos . Em síntese: procuremos trazer para os dias de hoje o que ficou de bom. Abraços a ambos!

  • Prezada Alzira, não sou o Flavio que conduziu a VARIG no Japão. Sou um cidadão brasileiro e usuário da aviação. Como vc pode notar no meu post não entrei no mérito do pq a VARIG acabou, se foi suicidio, se foi morte matada. Também não afirmei, e não poderia, que a VARIG era a melhor empresa do mundo, que não tinha problemas. Pelo contrário, como viajante muitas vezes encontrei problemas naquela empresa. Falei e sempre falarei do que se perdeu em termos de conhecimento, em termos de divisas, de empregos, em termos de exposição de qualidade de serviço do Brasil para o mundo. O que quero, como usuário, CLIENTE, é q o serviço prestado pelas empresas q aí estão seja de qualidade, e que vocês jornalistas nos ajudem nessa cobrança pois a voz de vocês tem um alcance muito maior.

  • Flavio, nesse aspecto, também como usuária, tenho que concordar com você. Perdemos e muito. Minhas considerações haviam sido muito mais sobre a política adotada pela empresa, que contribuiu demais para que a mesma chegasse ao fundo do poço. Desculpe mas estava me referindo à parte comercial que nós aqui do “trade” vivemos no dia-a-dia.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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