Todos sabemos que a salvação para o Brasil, do jeito que o cenário se apresenta hoje, é a longo prazo. Talvez longuíssimo. E passa necessariamente pela educação. É a educação que vai levar ao fim da corrupção, à diminuição das diferenças e à igualdade de oportunidades, às boas gestões públicas, à inteligência no comando dos ministérios, secretarias, órgãos públicos, departamentos, postos de atendimento… É a educação que vai nos dar mais profissionais qualificados, sejam eles médicos ou eletricistas, pilotos ou bombeiros, policiais ou assistentes sociais.
Por enquanto, o País leva seis anos para prender um prefeito suspeito de explorar sexualmente meninas menores de idade no Norte do País. Vamos dizer que ele seja inocente. Passou seis anos sendo acusado injustamente. Vamos dizer que ele seja culpado. Quantas meninas passaram por suas mãos nesse período? De um jeito (inocente) ou de outro (culpado) o levantamento da verdade deveria ter sido feito lá atrás. E não seis anos depois. O mesmo vale para muitos e muitos crimes nesse Brasil tão grande e irregular, tão preconceituoso e cruel. E sou daqueles que defendem que o preconceito maior é com a classe social. Com quem exerce o trabalho braçal. Com quem passa despercebido nas ruas e até em nossas empresas. Na maioria das vezes, por questões históricas, são negros. Mas tenho certeza que são de todas as raças. E isso vem desde cedo. Desde quando pequenos, ainda crianças. E em um País onde as oportunidades são para quem tem dinheiro… cabe à maioria, quando crescer, continuar na pobreza, apelar para subempregos, ocupar os empregos dos pais, partir para o crime ou a prostituição, alimentar o ciclo trazido pelos portugueses e demais homens brancos mais de 500 anos atrás. Quando aqui havia um outro povo, de quem sequer lembramos ou chamamos de injustiçados. Mas isso é outra história.
Por isso investir em educação, ajudar na educação de quem está próximo, votar em quem prioriza a educação é tão importante.
Por isso, cada vez mais admiramos o empresário e visionário que é o Elói de Oliveira, hoje dono do império Flytour, e que em poucos dias coloca em prática um sonho antigo, o Instituto EDO, que vai investir para dar um futuro mais digno para jovens das comunidades próximas à sede da empresa. Uma iniciativa que, se encampada por todo o trade, vai criar uma corrente poucas vezes antes vista em um segmento. Tirar os jovens carentes das ruas ou oferecer um caminho melhor a quem já está quase perdido em outro é investir no futuro do País. E de nossa indústria.
Vamos falar mais dessa iniciativa, apoiá-la integralmente, e vamos divulgá-la não para que vocês leiam como notícias, ou pelas fotos publicadas, ou como furo jornalístico… E sim para que se engajem. É o que vale a pena. É o que precisamos plantar.
Vários empresários até relutam em divulgar suas ações sociais, mas, volto a dizer, ao divulgarmos, espero que estejamos convocando todos a também fazer algo. Olhando para daqui a décadas até. Quando muitos não estaremos aqui, mas também quando muitos poderosos que só exploram também serão coisas do passado. Um passado vergonhoso.
O QUE ESTAMOS PLANTANDO? http://t.co/ZsSk2w8oo9
Interessante como as ações sociais tem o poder de multiplicação. Vários empresários do setor estruturaram ações consistentes, como Marcos Arbaitman, da AMEM, e o saudoso Walter Steurer criador do Projeto Ancora, este com um modelo de educação inovador, que parte do interesse do educando para formar as crianças desse nosso Brasil. Bem vindo ao time, Elói, você mais do que ninguém, tem uma grande chance de fazer a diferença.
Vai ser um grande case a se somar a tantos outros. Mas ainda é pouco. O Brasil é grande, e os podres poderes excessivos
Abraços e obrigado, Walter
O QUE ESTAMOS PLANTANDO? http://t.co/xqm5FJAvtJ
Artur, como ex-colega de Panrotas e ainda colega do trade, acho que nem preciso falar sobre minha admiração ao seu trabalho, mas este post, em especial, você retratou com muita verdade a mediocridade do nosso país. Não adianta reclamar de bandido, de crimes bárbaros ou de falta de perspectiva para a sociedade, se não houver educação. É o começo de tudo e sem dúvida a nossa indústria pode (e deve) se espelhar no Sr. Elói. Parabéns, Artur!
Valeu, Dani… e nós que não somos empresários fazemos nossa parte também, olhando pro lado, divulgando, incentivando e colaborando
beijos e obrigado
ARTUR