O Filme – Parte 2. Fui assistir. É divertido e acaba com qualquer sonho de mulheres fazendo turismo em Abu Dhabi. Acho que por isso que estão divulgando tanto que tudo foi filmado no Marrocos, incluindo o nababesco hotel (veja post de Heloisa Prass). Mas o filme diverte, mesmo não mostrando muito a cidade do título, que é Nova York. Como está indo bem, mas não tão bem de bilheteria nos EUA, não deve ter a parte 3. É um filme bonito, com roupas e mulheres bonitas, homens também mais bonitos ainda (e únicos a aparecerem pelados – mulheres pudicas essas), cenários deslumbrantes (incluindo o deserto de Abu Dhabi/Marrocos) e boas cenas em uma primeira classe de uma empresa aérea árabe. Boa diversão.
Divertido também está andar por São Paulo esses dias. Agora está rolando a Parada Gay – para mim too much, mas nesses dias anteriores, a cidade estava uma festa. Ontem duas amigas nordestinas, que vieram fazer compras no feriado, e estavam carregadas de sacolas pesadíssimas com os nomes daquelas lojas da 25 de março, conversavam no shopping. Eu, claro, grudei meus ouvidos nelas. Ligaram para uma terceira, que estava no Nordeste, para contar dos gays na cidade e que estavam sendo confundidas com um casal de lésbicas. “Tão achando que a gente é namorada”, dizia uma às gargalhadas. A outra pedia para ela falar mais baixo, pois estavam cercadas de gente, incluindo muitos gays. Eu quase ri da cara de espanto das duas com a situação. É outro mundo. Bem vindas a Marte. E vão se acostumando, pois Marte is the real world. Também quase ri quando começou a sair sacola de baixo das mesas. Compraram a 25 inteira. E ainda iam em uma lojinha no shopping, pois a amiga lá de cima pediu uma encomenda de última hora.
Já os taxistas (meu meio de locomoção na cidade são os táxis – e ainda vou escrever um livro sobre os taxistas, que abrem seus corações para mim) estão adorando o movimento. Já sabem todos os caminhos alternativos para fugir do trânsito da Paulista e dão dicas aos turistas. Nem se preocupam se são gays, lésbicas ou as demais letras… Um deles estava preocupado era com a idade… Tem 63 anos e se aposentou há cinco meses do Corpo de Bombeiros. Aposentou-se pois um dia entrou no metrô e uma mocinha deu lugar para ele se sentar. Chegou em casa e disse para a mulher: “fiquei velho”. Já tinha o táxi e continuou com ele. “Mas as mulheres adoravam quando eu estava fardado”, lamentou ele. “Peruntavam se eu apagava o fogo mesmo, se a mangueira era grande”, lembrou saudoso e bem humorado. É Mr. ex-Fireman, como taxista as cantadas vão diminuir. Mas a vida continuará divertida, pois o que acontece nos táxis da cidade… um dia eu vou contar.
Ah, ontem resolvi ir para a balada (eu na balada paulistana, imaginem). Mas não posso dar mais detalhes. Sorry. O que acontece na noite de Sampa. Fica na noite de Sampa.
Amanhã, voltamos à labuta.
Com boas histórias desse fim de semana desvairado. Eita Pauliceia…
É Artur… saber escrever é exatamente isto… Contar tudo e um pouco ao mesmo tempo. E principalmente parar no ponto certo, deixando o leitor com gostinho de quero mais.
Bjs me divirto com você.
Não conhecia este teu lado…Preconceituoso.Por que as sacoleiras eram “nordestinas”?De qual estado?
Preconceito? Jamais… É que estavam na minha mesma mesa no shoppping e esse sotaque eu reconheria a léguas… Acho que eram do Maranhão… sobrenome Lago…hehehe