ÓDIO

Geralmente, nos negócios, ser grande significa ser admirado, invejado, respeitado, poderoso… mas também há o ônus do ódio. Basta ser grande para uma empresa ser odiada. É como a Rede Globo, uma das melhores TVs do mundo, mas que tem a ala que sempre começa falando mal. Ou a CVC, que não precisa mais provar nada a ninguém, mas que tem sua legião de “haters”.

Ser grande significa também ter de conviver com isso. E saber lidar com isso – separar o que é crítica construtiva do que é daninho, fruto da mais pura vaidade.

Uma empresa que está entrando no ramo das odiadas é a Forma Turismo. Sinal de que já é grande e de que incomoda muita gente. Já ouvi comentários depreciativos sobre a Forma depois que colocamos alguma notícia no Portal PANROTAS. Claro, vindo de concorrentes, e dava pra ver o ódio na voz do cidadão/cidadã.

A Forma encontrou um nicho que muita gente quer abraçar e não consegue. Depois do escândalo Trip & Fun, então… a Forma deve nadar de braçada.

Lembro que a Advance já foi a odiada da vez no trade. Afinal, estava começando a incomodar… E hoje é líder de mercado e sócia de um dos maiores nomes do turismo nacional. Não é o ódio por uma ação impopular: por exemplo, quando a Varig e a American reduziram a comissão dos agentes… Ou quando a ministra mandou o passageiro relaxar e gozar. É um ódio misturado a despeito, e também ao sentimento de “estão mexendo no que é meu”.

Para defender o que é seu, é preciso agir (jogar o jogo do mercado) e não apenas reclamar ou odiar. Aliás, o time dos reclamões no turismo dá uma escola de samba, a Unidos do Mimimi. A gente passa por isso aqui… Mas isso é história para outro post, sobre reclamar do concorrente ser melhor que você, sobre abrir o berreiro em vez de agir. Aguardem.

Ser odiado não é bom. Mas no caso de grandes empresas, faz parte do jogo. Ou ninguém ia querer ser juiz em partida de futebol ou descobrir novos mundos ou liderar a audiência. Plim plim.