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OS EVENTOS DO TRADE PRECISAM MUDAR

Com a internet, todos acham que sabem tudo e se o cliente perguntar: “damos um Google”.

Com o trânsito de São Paulo, Rio e outras capitais sair para um evento é perder horas nos engarrafamentos, se estressar, ter dor de cabeça… E se o evento não compensar?

Sinto que muitos vão a eventos hoje para que os anfitriões vejam que eles estão por lá, foram prestigiar… Depois saem à francesa.

Acho que a fórmula que ainda dá certo é a de eventos focados na capacitação, como fazem Nascimento, Ancoradouro, Schultz, Visual… Mas mesmo esses precisam oxigenar, como fez o Nastur aliando um destino a cada edição do evento. Há outras formar de melhorar e o principal é saber o que se quer com o evento…

Feiras como as da Abav, WTM, CVC, Agaxtur, Gramado, entre outras, estão se transformando em pontos de encontro. Em circuitos para se apertar mãos e pegar folhetos… Tudo muito corrido, tudo muito dinâmico e às vezes confuso. O visitante não se organiza para visitar uma feira. O que passa por sua frente acaba levando vantagem.

Os congressos idem, precisam mudar. Debates óbvios com pouca participação acabam levando a conclusões óbvias e poucos avanços.

Os eventos de forma geral precisam mudar. Se eu soubesse como já teria vendido a fórmula. Aliás, não há fórmula. E sim um excesso de ações.

Acho que o caminho é concentrar esforços nos clientes fieis. Capacitar. Ser criativo e trocar experiências com os clientes. Não apenas fazê-los sentar e ouvir. Que tal ouvir o que esse agente de viagens, que você levou a Cancun, Bahia, Campinas etc tem a dizer? A surpresa pode ser grande.

O formato das feiras também precisa de uma chacoalhada e isso passa por atingir o público final também. A Abav vai tentar um formato, com a participação das agências. As demais também têm de achar sua forma. Mesmo a CVC, gigante que pode se espelhar na Abreu, por exemplo. Acho que ninguém mais pensa que o mercado é tão estratificado e que ainda há feudos. A solução sempre será a que o cliente quer usar e comprar. Seja ele agente ou passageiro. Sendo que este último é quem vai dar a palavra final.

Os eventos ainda são uma grande arma contra as OTAs que focam apenas em preço. Por que não enfatizar esses diferenciais.

Sejamos, todos nós, ousados e criativos. Mesmo o erro poderá ser bastante produtivo e indicativo para todo o setor.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • E tem mais um ponto: Os eventos estilo CVC, etc, em que a operadora vende stands para fornecedores parceiros, acabam como um tiro no pé. A operadora X enaltece o ego, com um evento grande e bonito, e, no dia seguinte a lei de gerson já está em ação: a agencia visitante passa a se relacionar e “comprar direto” do fornecedor……não há ética nessa relação geral no nosso mercado!.

  • Boa Artur…isso sem falar nos eventos corporativos do trade. Será que temos espaço para tantos eventos assim? Eles estão mesmo agregando o que para os participantes? Os patrocinadores acabam aderindo porque acreditam no valor do evento ou apenas para não ficar de fora? Grandes e boas discussões deveriam se seguir, será que vamos discutir isso seriamente?

  • Experimentem acabar com o “Oba-Oba”… Experimentem ser profissionais, sem atrativos como “Artistas Globais” que recebem cachê, para vestir camiseta e ter a mídia escrevendo que foi prestigiar (?) o evento; ou ainda, menos brindes e sorteios para agentes que sequer conhecem algum contato da Operadora que o está sorteando. Dados objetivos, novidades sobre os destinos, tours, operacional e menos estatísticas governamentais, que de nada servem ao Agente de Viagens… Pode ser um início, não?…

  • Caro Artur,

    Bom dia!

    Tenho comentado muito tambem sobre os modelos de eventos no Brasil.
    Logico que existem MUITOS pontos a melhorar, muitos temas a serem abordados, mas se começarmos com pequenas mudanças ja seria um pequeno passo para alcancarmos o ideal ou estar proximo a ele.

    Sou de uma epoca em que a ABAV ainda bastante ativa tinha uma plenaria, se nao me engano éra como uma tribuna livre de perguntas , respostas e debates colorosos!
    Lembro-me até de uma pessoa (agente de viagens) bastante polemico no bom sentido, pois ele em geral levantava temas que muitos queriam falar e tinham receio de “envolvimentos e exposiçao” , mas eram os mais calorosos, afinal discutir sem ser o pai da criança é mais confortavel!

    Precisamos abrir nossas mentes (dos Agentes) e tambem agora com a participaçao mais ativa do (cliente) , sem medo, sem receios, sem restircoes, é para buscar solucáo mesmo, entender processos, entender porque o cliente paga e porque o agente cobra, e sair da mesmice, pois a anos frequento eventos principalmente da area corporativa e faço minhas consideracoes a um modelo parecido ou identico a este do passado!

    É apenas mais uma sugestao que certamente sofrerá pelas criticas, mas nao temo a nada nem a ninguem, mas temo pelo destino de BONS AGENTES de Viagens , operadores e outros que ainda buscam por solucoes e ideias efetivas que melhorem nossos processos de vendas e atendimento ao cliente.

    Abracos e minha admiração!

    • Ah… Bons tempos de Plenária aberta, onde podíamos colocar as questões que nos perturbavam e os “Cabeças” não podiam simplesmente esquivar delas. Sem falsa modéstia, nas duas últimas, dou como certo ser um desses Agentes que levantavam as questões polêmicas, assim como já o fiz no Fórum Panrotas, e sempre que acho necessário, pois não tenho nada para esconder, nem ninguém a prestar contas dos meus atos.
      Na primeira edição onde a plenária foi suspensa, coincidentemente, foi a mesma onde o grande acordo da Taxa D.U foi assinada; ou seja, a coisa era tão fantástica e tão bem elaborada, de forma que as votações para a sua aprovação nas estaduais fora tão bem “escondida” nas convocações para a mesma, que contaram com o habitual desinteresse do associado para que apenas alguns pouco interessados (ou deveria dizer beneficiados?) a aprovaram. Mas, para não restar dúvidas e evitar maiores consequências, suspendeu-se a plenária e esta jamais voltou… 4 anos de “Cacá” e mais um de Azevedo…
      Taí uma boa proposta de “mudança”, ou seja, o retorno das plenárias, com representantes de entidades, companhias aéreas, autoridades governamentais, dentre outros… E não podem vir “blindados” como fez certa Ministra, no Fórum Panrotas, que subiu, falou seu monte de asneiras e mentiras para uma plateia bem instruída, virou-se e foi embora sem responder nenhuma questionamento… Tal comportamento, em minha opinião, colocou este evento, em significativo descrédito, pois eu não podia arguir sobre procedimentos comerciais de um de seus principais patrocinadores e havia “convidados” sensíveis, que também não respondiam à ninguém?… Ainda que eu fosse como convidado ( e agradeço muito ao Artur pelas duas oportunidades), o investimento em deslocamento e afins, não compensaram o aborrecimento que tive da última vez, só para escutar ½ dúzia de boas palestras.
      Realmente, a mecânica dos eventos precisa ser repensada.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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