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Dia a dia

Parece até que nada em nós mudou…

Ontem, 11 de setembro, e aqui em Las Vegas, eu, que sequer liguei a TV, nem percebi qualquer movimentação a respeito. Talvez porque, no fundo, queremos que não tivesse acontecido e agimos como se não tivesse mesmo. Ou o medo nos impediria de viajarmos, frequentarmos lugares com muita gente, admirar outras culturas, da americana à árabe, fazer amigos de todas as raças e credos. E como queremos viver tranquilamente, já achamos normalíssimas as normas de segurança adotadas nos aeroportos (mas sabemos que seguros nunca estamos) e outras esquisitices que funcionam para financiar a indústria da guerra. 

Mais uma vez cito o belo e incompreendido “A Árvore da Vida”: a Terra já extinguiu tantas espécies, já presenciou tantas mudanças (boas e ruins), que não serão os estúpidos humanos e seus dramas e tragédias que irão mudar seu curso. Nem o horror diante da brutalidade e de quão longe nela o ser humano pode se afundar faz frente à grandeza de tudo o que está aqui bem antes de nós. E também a grandeza da nossa existência, pois é claro que há um sentido. Mesmo ainda não descoberto.

Em vez de um fim (uma meta, um objetivo, uma missão), em vez de entender, em vez de descobrir, queremos apenas sobreviver, e viver nossos pequenos dramas como se não houvesse amanhã, mas torcendo para que haja. O 11 de setembro sim nos mudou profundamente (das regras ao preconceito, do medo à impotência), mas não sabemos exatamente o quanto. Talvez daqui a algumas décadas, se sobrevivermos a 2012 e outros “fins de mundo” anunciados (alguns criados por nós mesmos), historiadores nos explicarão, dedicando meia página nos livros de história ao dia em que o mundo acabou.

Ainda estou em Las Vegas (voos cheios, classes com reduzida oferta, aquelas coisas…), onde visitei muitos quartos de hotel (a maioria mais barata que Rio e São Paulo), assisti a alguns shows (Rod Stewart, Viva Elvis, O Rei Leão e Love mais tarde), comi bastante, fiz algumas compras e vivenciei bem a cidade que vive do turismo… Ainda renderá muitos posts aqui e matérias nos veículos PANROTAS. Mas também já tiquei na minha lista de lugares a serem visitados o grandioso e espetacular Grand Canyon…

Fiz dois passeios e abaixo seguem algumas fotos (basta clicar nelas para vê-las em tamanho maior). Não tem como não pensar no Árvore da Vida (o filme) ao apreciar aquelas paisagens tão impressionantes… Desculpem pelo post giganteco…mas fiquei um tempo chegando ao quarto e desmaiando de sono…

O primeiro passeio ao Grand Canyon foi apenas um voo panorâmico de avião. Esqueça. O bom é o de helicóptero, que inclui um pequeno (pequeno mesmo) passeio de barco pelo rio Colorado e uma visita à Skywalk, uma passarela de vidro sobre o Grand Canyon. O helicóptero voa por entre os paredões, e as vistas são espetaculares. Espero que gostem das fotos… E continuemos pensando na vida. A gente muda sim. Só que faz de tudo para parecer que não.

Clique em cada foto para abri-las.

    

As três primeiras fotos foram feitas no passeio de avião. O rio Colorado (com sua cor enlameada) é bastante gelado e parece, de cima, mais estreito do que é realmente. Pena que o passeio no rio seja tão curtinho… Se puder, faça um mais longo, talvez no Parque Nacional do Grand Canyon.

    

Marianna resolveu dar uma de ousada e destemida e sentou-se na beira do precipício (MESMO!!!). De repente começou a ventar forte, mas ela jura que não ficou com medo… As duas últimas fotos são compradas, pois não se pode entrar na Sky Walk com máquina. Por isso tantos se arriscam no desfiladeiro ao lado, que não tem qualquer proteção

    

As pessoas se arrastam, se inclinam, querem tocar a imensidão do cânion… Algumas vencem o medo mas não conseguem abrir o olho (quarta foto). A cada avança do namorado (que está na foto 3), a oriental urrava, berravams e contorcia… Enquanto isso outros chegavam à beira do precipício com facilidade… Eu fiquei no meio termo. Pés bem longe da borda

    

Árvore da Vida… Pois é… Na primeira foto, Eagle Point, por motivos óbvios…

Viagem a convite do La Cumbre, Las Vegas Tourism, Papillon Helicopters, Sky Walk, Travel Ace, GTA e United

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Artur,

    Uma ótima dica para fotos no skywalk é o seguinte. A primeira pessoa sobe na passarela e a segunda fica de fora, ao lado (naquelas pedras) para bater foto. Depois entra na passarela, curtem a experiência, e a primeira que subiu, sai antes para bater foto daquela que ainda ficou no skywalk. As imagens ficam ainda melhores do que as compradas, pq pegam a estrutura com o visual dos cannyons ao fundo.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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