…pra que simplificar? Pelo menos é o que se vê na hora de registrar equipamentos na Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, o que detém 70% ou 80% dos voos no País.
Uma pessoa apenas atendendo. Um senhor de idade já avançada, com cara de poucos amigos. “Onde posso pegar um formulário?”. “Na fila”, diz ele, sem olhar na sua cara. É isso mesmo, entre na fila para pegar o formulário e volte para a mesma fila, lá de trás, para devolver o formulário e fazer a conferência dos equipamentos.
Se você for uma senhora aparentando 90 anos, com dificuldades para andar e lágrimas nos olhos, ok, você pode passar na frente. Mas preencha o formulário lá fora.
Lá fora significa um cubículo na saída de um elevador (o que atrapalha a fila e cria confusão), sem o menor conforto. Todo mundo junto e esprimido, preenchendo o formulário como dá, no melhor estilo “Um país de todos”.
Na primeira vez na fila, muitos são liberados. Aí vem a desinfomação. Muitos não sabem que câmeras com menos de 10 megapixels, aparelhos fabricados no Brasil, equipamentos visivelmente desgastados e celulares não precisam ser registrados previamente. Há um painel (com letras já descascando) na entrada, mas como não há espaço para a fila ele fica coberto. Lá dentro, só entra um de cada vez para falar com a autoridade.
Se o formulário tem uma letra errada, levamos bronca. Se não preencheu direito, volta lá pra fora para preencher melhor.
Se o objetivo é proteger a indústria nacional, pois esses aparelhos foram comprados no Exterior, dentro ou fora da cota permitida de US$ 500 (sabe-se que é impossível fiscalizar tudo que entra e pedir nota fiscal a cada passageiro inviabilizaria o processo de embarque), que se faça, já que é com dinheiro do contribuinte, de forma educada, com conforto e respeito às pessoas. Mas em Guarulhos, pouca coisa está no lugar certo. Tudo é apertado, mal organizado ou beira a exploração, como a única lanchonete do embarque internacional do terminal 2, que cobra o que quer por seus sanduíches e bebidas.
Uma pena que o turismo e aviação sejam tratados assim no país de todos.
[…] This post was mentioned on Twitter by Artur Luiz Andrade. Artur Luiz Andrade said: [BLOG]: PODENDI COMPLICAR… https://blog.panrotas.com.br/semreserva/index.php/2010/05/15/podendi-complicar/ […]
Artur, eu não reclamo de preços nos aeroportos, por causa da lei de oferta e procura, e entendo que para manter uma estrutura lá realmente o custo é alto. Mas ao ver uma baguete, um refrigerante e algo mais por apenas R$ 30,00 me assusto um pouco.
Perde-se os parâmetros e se passa a imagem que no Brasil se faz exploração do turista e não do turismo com esse overpriced.
Quanto ao serviço em Guarulhos, realmente os nossos aeroportos são nosso maior problema. Compare o nosso maior aeroporto, com o do Chile por exemplo. Que acabou de sofrer um do maiores terremotos do mundo. Estive essa semana nos dois, e é o nosso que precisa de reformas já.
É realmente uma vergonha nosso aeroporto e o nível de serviço que recebemos – na verdade, serviços pelos quais pagamos, e muito ! Já agora a dez dias num país que vive de turismo, percebe-se que estamos a milhares de anos luz de algum futuro realmente consistente. Me arrepia a volta, que sempre me parece mais baixo astral do que a saída, aquelas filas ridículas, falta de carrinho ou carrinhos demais atrapalhando… E quanto as compras em Orlando, menos uso do cartão, continua tendo que ser pago em moeda local…beijos a todos aí no Pow Wow.
Discutia ontem com minha tia que o governo entre outros determinam que empresas privadas acatem determinações dentro do prazo x ou sofrerão penalidades em prazo e de valor y.
Claro, isto só não ocorre com serviços prestados pelo governo ou por alguma empresa de “grande poder ou monopólio ” no ramo de prestações de serviço autorizada por este mesmo governo que ganha seus benefícios.
É lamentável que se preste um atendimento assim, mas lamento mais ainda que os nossos consumidores que adoram reclamar no PROCON da cia aérea, agência de viagens, do hotel não reclame também do aeroporto. Não é ele quem paga?
Deve ser devido a política de que processar o privado dá mais dinheiro e é julgado mais rápido, se comparado com o público. Tática da nossa política. Fato!