Depois de acompanhar a abertura do Salão do Turismo pelo Twitter, com discursos considerados de vazios a constrangedores, dei uma passada “rápida” no evento à tarde, para entrevistar Flávio Dino, presidente da Embratur. Depois dei uma pequena volta no salão e voltei pela 23 de maio engarrafada. Mas a impressão foi bem positiva do evento.
Que rufem os tambores, pois não estamos aqui apenas para criticar, apesar de ser esse, em minha opinião, nosso papel: alertar mostrando a realidade, criticar o que está errado, ouvir várias opiniões.
Mas esse post foi feito para elogiar. Acho que vi o passarinho verde, ou acordei melhor que de costume. Não importa. Vamos Lá (merchan pra revista da casa):
1) O salão me pareceu mais bonito e bem montado que em outros anos
2) Havia mais gente do que eu esperava. Um bom movimento para uma quarta-feira.
3) O espaço do MTur está beeeem maior e muito bem aproveitado. Todos os programas juntos. Se vão dar certo ou não, é outra história. Mas estão todos lá. Gostei do Espaço para profissionais, com pequena sala para apresentações ao trade. Quando cheguei Danilo Gonçalves, da Aviesp, falava para uma plateia cheia sobre a Academia do Agente, que a entidade criou. E Luiz Filipe Fortunato, da Tia Augusta Turismo e da Braztoa, se preparava para falar.
4) Entrevistei Flávio Dino, indicado pela presidente Dilma para o comando da Embratur, obviamente já cheguei com desconfiança. Mais um político para aprender o que é turismo… É verdade. Dino é mais um político para aprender o que é turismo. Mas, e já o peguei para uma entrevista para a TV PANROTAS, fala bem, é articulado, inteligente e está empolgadíssimo. Fez a lição de casa, mas está aberto às críticas, sugestões e caminhos sugeridos pelo trade. Afinal, as estratégias de dez anos atrás têm de ser atualizadas sempre. Posso me enganar, mas gostei muito de Flávio Dino. Sim, ele vai perder um tempo se ambientando, mas prometeu sinergia com os demais ministérios e manter a base da equipe anterior. Precisamos de mais turistas, mais divisas, mais promoção do Brasil, e de um novo formato para a Embratur. E ele sabe disso.
5) A nova campanha do MTur, com os “produtos” do turismo como produtos de supermercado está muito boa. Criativa e eficiente.
6) E por incrível que pareça (será) fez calor no Anhembi em pleno inverno. Ok, disse que não ia falar mal, mas continuamos com os mesmos problemas de sempre. E na saída um cidadão uniformizado ainda quis me empurrar um “táxi de hotel”. Hein? Como assim? O Holiday Inn que eu saiba é ao lado e não dentro do Anhembi. AInda bem que dividi o táxi com o Pablo Rezende, da CVC, pois a 23 de Maio estava parada e o tempo assim passou mais rápido.
7) Vale a pena ir ao Salão. A expectativa é de um evento de muitas vendas. Estavam todos animados… Que isso continue pois a temporada de julho não foi nada boa (que o diga a CVC com seus 30 mil lugares em promoção…).
O Salão vai até domingo, no Anhembi.
Artur
Voce tem toda a razão. Não há pontos a discutir neste seu post.
Entretanto (e sempre haverá entretantos), sabe-se que foram contratados organizadores profissionais para o evento, publicitários competentes para a campanha do supermercado (adequadíssima no meu ponto de vista) e os estados sempre se esmeram na decoração dos estandes.
A grande crítica ainda reside, para mim, em quem são (ou serão) os profissionais que farão as idéias e as imagens se converterem em resultados que nos permitam ler – mais empregos, melhores salários, cidades mais interessantes porque reconheceram a importância do turismo como atividade econômica…
Sigo torcendo por mudanças no Ministério. Se o Flávio é empolgado, será que ele não pode ser elevado ao posto de ministro?