Quando o turismo brasileiro vai sair da média? Sei que muitas vezes primeiro é preciso ser bom para depois ser ótimo… Quase sempre, na verdade. Mas ficar na média, no caso do turismo, é continuar comemorando números tortos, que se interpreta dos ângulos mais inusitados possíveis. Sair da média significa, por exemplo, não nos surpreendermos mais com um bom serviço. Ainda fico atônito quando um garçom tem a iniciativa de oferecer mais gelo um tempo depois de servir a bebida, já que o calor nordestino é forte. Ou da recepcionista de hotel que insiste para que fiquemos mais uma noite em sua cidade, pois apenas uma é muito pouco. Ou o motorista de táxi que não quer passar a perna no turista e ainda arrisca algumas boas palavras em inglês.
Temos diversos bons hotéis. Diversos péssimos hotéis. Onde está o ótimo? Temos luxo, por exemplo? Temos mesmo? Melhor visitar a África do Sul, a Índia ou mesmo Paris antes de responder. Somos excelentes e excepcionais na cultura, como nas escolas de samba e na música, no teatro, na televisão… Somos os melhores em simpatia e hospitalidade, imbatíveis em belezas naturais. Nossa gastronomia é riquíssima e aberta a influências que se queiram. Na saúde, na agricultura e pecuária, nos calçados, temos pensadores e nerds, temos material…
No turismo, houve a excelência (e até a genialidade) em fases como a do pioneirismo, consolidação e crescimento. Depois veio a acomodação e finalmente ares de mudança estão obrigando nossa indústria a mudar de novo. Operadoras, consolidadoras, TMCs, agências… estão sendo, há alguns anos, obrigadas a mudar.
Mas o receptivo, por exemplo, (como produto a ser consumidor por estrangeiros especialmente) não tem mudado, não é criativo. O que há de novo no receptivo? Como nos diferenciamos dos concorrentes resort + preço? A hotelaria, também acomodada ou ressabiada com as crises recentes, aponta para onde o vento estiver soprando, que no momento é o turismo doméstico. E também não inova ou aposta alto, salvo exceções.
Por isso é grande a expectativa em relação ao novo Hotel Glória, por exemplo. Por isso é decepcionante só vermos hotéis econômicos sendo abertos. Ok, eles atendem a todos, à massa. Mas o turismo brasileiro no geral precisa se diferenciar.
Vamos sair da média? Se não sairmos, algo nos forçará a isso, como alguns setores de nossa indústria foram obrigados a fazer.
Como sugestão e pra ajudar minha cabeça já esquecida e tumultuada, quem pode me lembrar de casos em que o turismo brasileiro está acima da média?
Como dizia o saudoso Comandante Rolim:” Em busca do ótimo não se faz o bom” … nosso mercado anda fazendo o ” mais ou menos bom” a tempos… excelente colocação Artur!
Boa análise, realmente nós estamos estagnados, e cada vez mais perdendo competitividade. Temos uma frente de trabalho focada no receptivo, e os desafios são gigantes, ainda mais quando se trabalha em um destino indutor como Campina Grande PB onde o turismo é muito sazonal baseado geralmente em eventos de grande porte. O mais interessante é que a pesar do grande volume de pessoas não se consegue comercializar um produto receptivo de qualidade e acima de tudo integrado. Complicado amigo, mas agente topa o desafio, a hora de planejar já passou, temos que agir, fazer e fazer bem feito.
Que me perdoem as ditas Öperadoras¨de hj ….mas desde a falencia da Soletur nada se criou de válido ou de bom nivel com operaçao propria, ou seja se inovando.
Dito isso …… seguem as copias…mal feitas por ai………