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Dia a dia

PRESOS NO ELEVADOR

O dia em que Emerson de Souza nasceu de novo – hehe. Estávamos subindo para o Terraço Itália quando o elevador reolveu parar de repente.

Estávamos significa: eu, Emerson, Guillermo Alcorta, Guilherme Paulus, Goiaci Guimarães e mais umas nove ou dez pessoas. Eu e Emerson dissemos que iríamos no seguinte, mas insitiram e a ascensorista concordou. Entramos.

“Eu sou pesado, hein”, disse eu de cara.

Um menino magrinho começou a pular de brincadeira.

“Em 25 anos que usei esse elevador (a Rextur agora fica no 15º andar, então o elevador é outro), nunca tive um problema”, emendou Goiaci.

Foi a deixa. O elevador parou.

Brincadeiras, pânico, gente suando, ascensorista nervosa (“vamos falar menos e economizar oxigênio…”). Guilherme Paulus perplexo: “não acredito nisso”. Emerson já tremendo. Alguns soltando piadas. Outros à beira de um ataque de nervos.

“Fulano já foi na casa de máquina”, avisa a ascensorista. “Mas em que andar estamos?”, perguntei. “Não sei”, disse ela. Silêncio e risos nervosos. Seu Guillermo calmo: “cair não cai. Elevadores têm um sistema de freio. E ainda bem que as luzes não apagaram”. Emerson suando e tremendo.

Sete minutos depois o elevador começa a subir de novo. Segundos após, para mais uma vez. Gritos. Olhares nervosos. O problema é que o primeiro andar disponível para aquele elevador era o 31… E a gente no meio do caminho. “Aperta o 31, pelo menos a gente sai primeiro”, disse. Tomei uma bronca de um dos meninos mais nervosos e aflitos do grupo: “olha moço, para de dar palpite e deixa ela decidir. É muita gente falando”. De repente o elevador sobe e para no 33 (31 se foi…). Sai todo mundo. “Vou de escada”, disse uma. “Eu não entro mais aí”. Alívio geral.

Os corajosos ainda subiram até o andar que dá acesso a outros elevadores que levam ao Terraço Itália. Emerson trêmulo tirando fotos. E ainda descemos de novo com a mesma ascensorista. “Foi excesso de peso mesmo”, disse ela. Sãos e salvos, voltamos ao PANROTAS, Paulus seguiu para uma reunião e Goiaci viajou para a fazenda em Tatuí. E a ascensorista (não lembro se Zezé era o nome dela – também fiquei tenso né… não acreditando na situação. O PIB do turismo preso no elevador), ela não teve opção. Continuou no sobe e desce do mesmo elevador, afinal, controlado pela casa de máquinas, ele se mostrou seguro, apesar dos sustos de Halloween antecipados.

Aliás, quem quer ver um bom filme de teror sobre elevador, recomendo Demônio (muito bom) ou um antigo, tipo Christine, chamado O Elevador Assassino, um clássico cult do terror. Hehe. Depois que passa, dá para rir.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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