Consolidadores nunca conversaram tanto. Mas se antes havia até um grupo dos maiores, que se reunia para analisar assuntos macros, o negócio agora é mais estratégico ainda. Depois da fusão Advance-Rextur, ninguém quer ficar parado, ou para trás. O que não quer dizer que fusão seja a solução.
Na semana passada, a Esferatur anunciou a junção com a Mix Tour, uma das maiores do Interior de São Paulo. E já havia comprado a Teorema, também do Interior. Vem mais novidades no grupo, incluindo aquisições e filiais. É a mesma Esferatur que namorou a Flytour e a Ancoradouro poucos meses atrás.
Alguns outros preferem conversar com a Advance-Rextur, seja para uma aliança ou para uso do Reserva Fácil, hoje liberado apenas para as sócias e para a Trend Operadora. Dois contratos podem sair em breve. Ou não. Marcelo e Goiaci estão sendo mais que criteriosos. Detalhistas e estrategistas mesmo. Já a entrada de um outro sócio, via fusão, é algo mais difícil e distante.
No mês passado a maior consolidadora aérea, a Flytour andou conversando com uma grande concorrente. E quase assinou. Mas continua sozinha e ainda na fase de lançamento de sua operadora, que chegou em um momento delicado para o mercado. Outras operadoras, aliás, estão passando um sufoco pós-julho e podem dar dor de cabeça ao presidente da Braztoa, Marco Ferraz. Se já não o estão fazendo. O Encontro Braztoa está aí e a aproximação do fim do ano deve reanimar o mercado.
Voltando à consolidação, a Gapnet, outro grande grupo, é uma incógnita desde que ingressou na primeira tentativa da Brasil Travel. Vem novidade por aí também, pois o grupo, desde a criação da Tam Viagens, sempre surpreende. Mudou até a logomarca…
Players independentes como Confiança, que está se expandindo bastante e contratando ou se associando a alguns ex-Tam, como Silvio Casarini e Robson Gaglianone, High Light, maior emissor do Rio, e Ancoradouro, do Interior de SP e com filiais nas capitais paulistas e fluminenses, podem fazer a diferença nas novas e antigas alianças. Ou não. Voos solos também são pertinentes, depedendo da situação. Vejam a High LIght, que lidera no Rio, a princípio com tranquilidade.
Alguns acham que nada deve nos surpreender tanto, porém, quanto a fusão Advance-Rextur. Eu não apostaria nisso… Estamos falando de grandes empresas, grandes empresários… Ainda vem coisa boa por aí.
E o próximo passo deve ser…
Artur,
Engraçado ninguém falar muito do assunto.. mas quais serão os próximos passos do mercado? Estamos num momento delicado sim! E a corda só arrebenta para o lado dos mais fracos, os pequenos. Só que desta vez o mercado está mudando de uma forma que não tem volta, o turismo está uma bagunça, um leilão só, uma concorrência baseada somente em preço e nenhuma preocupação em mostrar ao consumidor o valor da consultoria do agenciamento para o sucesso da viagem dele. Nosso conhecimento não está valendo nada mais? Esta é a sensação que estou tendo, infelizmente. E as operadoras? Não vão fazer nada nesta nova ordem do mercado? Vão esperar para ver se a vizinha menor sai do “sufoco”? E são as pequenas agências que compram delas, não vale a pena cuidar desta parceria com mais atenção? Abraço!