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Quando Marisa Monte não fez a menor falta

E pra você que torceu contra… aquele abraço. Passamos no teste da cerimônia de abertura, com direito a mostrar ao mundo imagens belíssimas aéreas do Rio, nossa criatividade, alegria, cultura, samba no pé, ritmos incríveis…

 

Uma abertura “simples” mas complexa em sua simplicidade, com momentos inesquecíveis: Gisele, Jobim, o 14 Bis, os aros olímpicos com plantas, a pira solar, Vanderlei Cordeiro, Hortência e Guga com a tocha, o parkour sobre os prédios, os índios e os escravos negros (página infeliz de nossa história que virou nossa força na mistura que induz e leva naturalmente à tolerância à diversidade), o Brasil colorido.

 

Dava para ver ali o dedo de cada estilo musical ou de cada tendência de nossa cultura. Incluindo a cultura de vaiar e a vaia a Temer foi sim um dos pontos altos da festa, assim como Paulinho da Viola cantando o Hino Nacional.

 

Pra que tanto discurso? Carlos Nuzman parecia que ia desmaiar e ainda confundiu success com sex hahaha Será a idade? Muita obviedade nos discursos, mas lindo o prêmio ao pioneiro do atletismo queniano Kip Keino.

 

Teve Niemeyer, teve Drummond, teve Deborah Colker, teve Anitta (linda e cantando bem)… Teve Elza Soares de cadeira de rodas, Gil saído do hospital, Caetano sendo Caetano… Dizem que Marisa Monte, nossa diva blasé (que eu amo e vou a todos os shows) recusou participar. Não fez a menor falta. Foi uma cerimônia de emoção e ela anda muito cerebral…

 

Também foi ótimo ver os aplausos para a delegação de Portugal e vários países latino-americanos, as brincadeiras com os argentinos, a delegação dos refugiados, os filmes muito bem produzidos (como a câmera que pegou os capoeiristas de baixo), as baterias das escolas… e que fogos de artifício!!! Contrata para Copacabana de vez.

 

Bola fora foi Galvão Bueno falando mais que o homem da cobra (mas eu como carioca sou viciado em Globo…o tal padrão de qualidade que está muito bom). Não tinha tecla SAP para calar o Galvão.

 

A pira do povo, acesa por um menino de 14 anos em frente à Candelária, onde foram mortos outros meninos da mesma idade… Mais simbologia.

 

Falta praticar tudo o que se pregou? Claro. Mas é um começo. Sementes plantadas. E o Turismo do Rio e do Brasil (que podia ter aparecido mais na festa, mas o Rio é mesmo o portão de entrada) agradece. Uma publicidade que pode nos render para sempre. A imagem do Cristo Redentor com o Maracanã em “chamas”… Uau.

 

Por fim, defender a diversidade e a tolerância tem tudo a ver com o Brasil e por isso gostei de uma nordestina, mulher, de um esporte que não é de massa, carregado nossa bandeira (Yane Marques). Somos frutos de misturas demasiadas… Se incomodar com cor da pele ou sexo (alô trade do Turismo, excessivamente branco e masculino), religião, forma de se vestir, partido político, ou o que se faz entre quatro paredes é não se importar com a própria vida.

 

Rio 2016. Recado dado.

 

Ansioso para visitar a cidade olímpica.

 

PS1: foto da Agência Brasil

Ps2: Tonga foi colocada no mapa

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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