A hotelaria tem armas (e são muitas) para reconquistar os hóspedes que migraram para a economia compartilhada ou conquistar uma geração que nunca esteve em um hotel “tradicional”. Além disso, conseguirá manter quem prefere a segurança, conforto e estrutura de um hotel e ainda fazer uma nova revolução em um segmento que tem sempre de se reinventar.
Estive no Yoo2 (marca que a Intercity trouxe ao Brasil), no Rio, e ele é um ótimo exemplo dessa nova modalidade de hotel, o hotel que conta uma história. Ou várias.
A localização do Yoo2, como em qualquer hotel, é um ponto positivo e negativo ao mesmo tempo, tudo depende da expectativa, necessidade e gosto de hóspede, além do bolso. A maioria dos turistas que vão ao Rio querem ficar em Copacabana e Ipanema, de preferência de frente para o mar, com vista frontal.
Nem sempre é possível, claro. Mesmo em um hotel na praia, há os quartos com vista para a selva de prédios de Ipanema e Copacabana. Quem não pode ficar na praia, fica mais pra dentro. E o Rio, como um grande destino que é, hoje tem vários polos de hospedagem e interesse turístico e corporativo.
Portanto, estar em Botafogo, onde está o Yoo2, em plena Praia de Botafogo, é uma das opções de localização, com prós e contras, dependendo do tipo de cliente. Mas tudo não é assim? Quem quer andar até a praia para tomar banho, não ficará lá, pois as praias de Botafogo e Flamengo não são as melhores para banho. Quem quer Copa e Ipanema idem. Quem tem negócios na Barra também.
Mas quem quer ficar em um local com uma vista deslumbrante da Enseada de Botafogo e quer estar entre o Centro e Copacabana, em um bairro que está sendo resgatado como polo gastronômico e cultural… tem o endereço certo.
Localização, portanto, é algo que pode ajudar ou não.
Ao contrário do conceito do Yoo2, que só ajuda. O hotel investiu em um jeito carioca com muita ginga, bom gosto e histórias interessantes. Do grafite nas paredes do vão do elevador à decoração e obras de arte nos quartos, dos andares com cores diferentes ao terraço que funciona como solarium, bar ou balada. Lá do alto, a vista é 360 graus.
O hóspede se sente em um ambiente 100% carioca, moderno, mas nada agressivo, para os que temem “mudernidade” demais. A recepção já traz cheiros, cores e imagens que definem o hotel. Mimos como o biscoito de polvilho Globo também ajudam.
O quarto em que dormi, espaçoso e escancarado para o Pão de Açúcar, era excelente, confortável, com banheiro amplo e iluminado na medida para quem precisa trabalhar. Estranhei o telefone longe da cama… Mas para quem dorme com o celular ao lado, não fez muita falta, só na hora de pedir room servisse (é, ainda acho estranho).
A comida também é moderna, mas com brasilidade. O café da manhã é um dos melhores da hotelaria nacional: tem tapioca, pão na chapa, água de coco, frutas das mais variadas e exóticas, doces, sucos diferentes… Uma imersão na carioquice e brasilidade. Nota dez.
Fiquei apenas duas noites e a experiência de estar em Botafogo, olhando o Pão de Açúcar e o Redentos, perto de onde tinha compromissos (em Copacabana) e com acesso fácil aos diversos bairros do Rio (Barra é Rio? Rs), mergulhado em sensações diversas que os ambientes do hotel proporcionam foi muito boa. O hotel já ganhou fãs de todo o Brasil por sua proposta diferenciada, seu cuidado com o cliente, seu atendimento, seu conceito que poucos hotéis no Brasil possuem.
Eu, como carioca, aprovo. Vale experimentar. A não ser que você tenha negócios na Barra ou queira atravessar a rua e mergulhar no mar de Ipanema. No mais… experimenta o Yoo2.
O Airbnb vai ter que se esforçar bastante para ter um produto tão completo e com tanta estrutura.
(fotos: divulgação/Yoo2)
Olá gostei das dicas! Vou continuar te seguindo!