Mais que o impeachment, as eleições municipais devem fazer o País finalmente andar para frente, trabalhar agendas prioritárias e deixar (um pouco) de lado as rixas maniqueístas e tolas de que apenas um lado está certo ou errado, no estilo anjo ou demônio.
O recado dos eleitores foi bastante claro: não queremos corrupção, queremos melhorias em saúde e educação, queremos gestores sérios, não queremos eleger quem está intimamente ligado à Operação Lava Jato, queremos um novo País, que começa com novas gestões municipais.
Se o PT foi o mais castigado nas urnas e Geraldo Alckmin e o PSDB dois campeões, todos devem saber ler recados como o alto índice de abstenção e de brancos e nulos, a crítica à política de conchavos, o enfraquecimento dos padrinhos.
A questão do Rio de Janeiro é emblemática. O bem avaliado Eduardo Paes, depois de uma Olimpíada de sucesso, pagou o preço por achar que elegeria qualquer um e que a polêmica sobre a violência contra a mulher seria esquecida (sem falar na queda da passarela na ciclovia, que matou duas pessoas, e nas polêmicas verbais do prefeito). O fato de o Estado do Rio estar “falido” também deve ter colaborado. Poucos eleitores fazem a distinção sobre o que é do Estado e o que é do município.
A eleição de Marcelo Crivella ou Marcelo Freixo impactará diretamente no Turismo, já que a pasta municipal é dirigida pelo PMDB (e coligados) há anos. Isso em um momento em que não há grandes eventos à vista e que a cidade precisará sair pelo Brasil e pelo mundo para se vender.
Em São Paulo, depois de uma administração que ignorou o Turismo e desmontou a SP Turis, a eleição de João Dória é das mais promissoras. Ele já prometeu privatizar o Anhembi e Interlagos e São Paulo deve ganhar um boom em Mice e Turismo em geral, pois é uma área que o novo prefeito domina bem.
O Turismo pode servir muito bem à nova política, que precisa consertar a velha, investir no básico, mas também encontrar “novas receitas”, “novas frentes”, e nossa indústria sempre foi meio que deixada de lado na hora do plano estratégico.
O clima pelo País, tirando a ressaca e o ressentimento dos derrotados, que em vez de analisar por que levaram uma surra preferem espernear e apontar o dedo, está mais otimista, mais direcionado, mais propício à esperada retomada.
Pode ser que os novos prefeitos sejam um desastre? Claro. Mas a população, a que votou e a que se absteve ou anulou o voto, direcionou o caminho. E não vai tolerar meia volta ou retrocessos.
Quanto a 2018, enquanto a esquerda se rearruma (e é importante que o faça de forma rápida) e os novos líderes se livram da direita intolerante (precisam), ainda é cedo para dizer o que será de nós. Temos líderes? Temos um novo presidente? Ainda não. Mas sabemos o que não queremos.
(foto: Agência Brasil)
Artur , Boa Tarde !!
Ótimo post , e como consequência creio que nossa atividade DEFINITIVAMENTE tem que se posicionar
Explico:
Você já deve ter visto , TOMA POSSE AMANHÃ COMO MINISTRO DO TURISMO , o notório MARX BELTRÃO , RÉU NO STF ( falsidade ideológica)
É esse o estágio que atingiu nossa atividade ….
Depois do Ministro bumbum e que tais , achei que tínhamos chegado ao fundo do poço, MAS , descobriram um alçapão lá embaixo !
E agora ?? vamos mais uma vez assistir bovinamente quietos esse achincalhe ?
Mais uma vez explicações ridículas e apoios envergonhados ?
Creio que passou do tempo de começarmos a dar uma basta nessa vergonha
Ou , então , que os nossos “Dirigentes “não reclamem de descrédito , falta de apoio e tudo o mais
Grande Abraço