Desde a morte de uma treinadora pela baleia orca Tilikum, no Sea World Orlando, no ano passado, o parque vem buscando uma nova fórmula para o show com sua estrela maior, cujo nome fantasia é Shamu. O parque havia chegado a seu ponto máximo em excelência e entretenimento com o emocionante e inesquecível show Believe, em que a interação dos treinadores com as baleias era total e, além de nadarem juntos, eles elam arremessados ao alto pelas Shamus em números que levavam a plateia ao delírio. Mas enquanto não acabarem as investigações sobre o que aconteceu e provocou o acidente, os treinadores estão proibidos de entrarem na água e interagir com as baleias fisicamente (a não ser jogar o peixe na boca e acariciar a parte de cima delas quando elas estiverem sobre plataformas).
Quem viu os shows Believe e Shamu Rocks depois da morte da treinadora, via que faltava brilho, era uma apresentação incompleta. Era preciso fazer algo novo e adaptado à nova realidade.
Assim nasceu o One Ocean, que basicamente é um show focado nas baleias, que jogam água (muita água) na plateia. O ponto alto é quando um filhote nada com a mãe, mas a dupla pode ser substituída por uma baleia adulta (há três no parque( e uma jovem (são quatro no total) em determinadas apresentações. O parque quis mostrar as baleias como um grupo, uma família. Na hora em que mãe e filhote nadam e pulam juntos, a plateia exclama “ahhhhhhhh” (ou “ohhhhhhhh”), ambos querendo dizer: que fofos.
Para que elas façam alguns movimentos no meio da piscina, agora os treinadores usam controles que enviam sinais sonoros debaixo da água. Parece que elas estão nadando por conta própria, mas eles estão enviando as ordens. Os aparelhos foram pintados de amarelo ovo, então é possível ver quando os treinadores estão acionando e mandando as mensagens. As baleias continuam treinadíssimas.
A plateia se molha, se diverte e vibra com os saltos das baleias. Tilikum é a que mais molha os visitantes, em um número solo. A água chega à metade do estádio.
Pode ser que os treinadores venham a interagir com as baleias, e todos os processos estão sendo revistos. Por enquanto, é um show como há uma década: baleias que nadam, pulam (e muito – acho que dobrou a participação das mesmas, mais exigidas com a ausência dos treinadores na água) e jogam água na plateia. Tudo com a eficiência Sea World, mas sem o brilho e o encantamento do Believe.
Ah sim: há uma outra novidade no show. Trinta e cinco jatos de água sincronizados ao som da trilha sonora chegam a uma altura de 15 metros atravessando a piscina e rodeando o Shamu Stadium. Esses jatos, além de fazer parte do espetáculo, são também essenciais para refrescar as baleias durante as apresentações no decorrer do dia.
Cenário novo, música nova, jatos novos… mas o show de anos atrás. Diversão garantida, claro. Mas com uma pontinha de saudade…
Nota: 7
Novo cenário do show, mais colorido…
Um dos primeiros saltos da mãe-orca com o filhote
As telas grandes do Believe foram mantidas no One Ocean
Elas pulam o tempo todo, para delírio da plateia
Shamu e treinadores: distância obrigatória
Na plataforma pode fazer carinho
O Blog Sem Reserva viajou a convite do Sea World, via Delta, com proteção GTA
Diante de tantos fatos que comprovam que esses animais estão sendo maltratados. Vc se dispor a ir nesse lugar e ainda divulgar é um desserviço à humanidade e à vida marinha. Deveria ter vergonha! Recomendo que assista ao documentário Blackfish e ao The Cove. Espero que vc mude o seu pensamento…
Amei o show gostaria de receber a música da trilha sonora foi incrível obrigada