Home do Blog » Dia a dia » Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro…
Dia a dia

Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro…

 

E agora, no mundo das redes sociais, terra de todos e de ninguém, te chamam disso e muito mais diversas vezes ao dia. A internet dá voz (ou a ilusão disso) a corajosos e covardes, puxa-sacos e ingênuos, haters e sádicos, bonzinhos e polianas, teóricos e práticos, a quem tem e a quem não tem conteúdo, tímidos e vaidosos… a quem quiser se expor, mesmo criando um perfil perfidamente falso.

 

Já na crise da Nascimento Turismo vimos como as redes sociais e seus personagens mudaram a reação a uma notícia de impacto (na época da Soletur, já disse isso, não houve esse estardalhaço em massa, mesmo com a notícia veiculada nas TVs). A internet não deixa ou não deixa o assunto morrer e cair no esquecimento ou enterra de vez famas tidas como indestrutíveis.

 

Mas esse post não é para debater o uso das redes sociais e apenas para levantar questões referentes às reações a elas. Quem é objeto de um hater (como a Preta Gil, seja por preconceito ou perversa diversão, bullying que a internet oficializou) ou de um comentário maldoso, uma fofoca que antes era de corredor, tem de fazer o quê? E quando não se trata de “odiador” nato e sim de alguém que apenas discorda de você?

 

Obviamente é muito difícil lidar com críticas e opiniões contrárias às suas, especialmente em larga escala. Vaidade, ego, brio, orgulho, auto-estima… tudo isso fica nos cutucando: reage, reage, reage. Há momentos em que o melhor é mesmo reagir (seja respondendo, seja pedindo reparo popr via jurídica), mas em outros o melhor é ignorar. Ou concordar pela metade. E partir para a ignorância? É recomendável?

 

O Tripadvisor, as redes sociais, os smartphones com vídeos deram um poder a todos nós e é preciso saber lidar com eles. Há hotéis que processam quem fez uma review negativa. Há formas de denunciar haters e agressores aos administradores das redes sociais. Xingamentos e ofensas graves são retirados do ar em alguns casos, em outros ficam lá para que cada um arque com suas responsabilidades.

 

Chegam a nossa Redação, e não é de hoje, pedidos muito inusitados: “trabalhei numa empresa, que faliu, e não quero que uma foto minha, quando eu lá trabalhava, apareça em sua busca”. É um exemplo. E mesmo que a gente resolva essa demanda, é preciso acionar o Google para que as buscas não tragam mais esse conteúdo retirado. Tem gente que pede para trocar foto, adjetivos de comentários, até títulos que eles leem como ofensivos, mas palavras escritas podem ser lidas com diversas entonações.

 

“Vamos aguardar o próximo pronunciamento da presidenta Dilma” pode ser lido como: “calma, vamos ver o que ela diz”, ou “vamos ver agora que pepino ela enfiará em nossa goela”, ou “lá vêm frases engraçadas e sem nexo” e também “ela há de resolver esse impasse”.

 

Interpretações à parte não se iluda, você será contrariado, xingado e acusado nas redes sociais. Faz parte. Isso sempre existiu, só que para poucos e pelas costas. É claro que é melhor quando há apenas uma discordância de ideias, mas tem gente que é do contra babando feito cachorro bravo e os que sorriem e te enfiam a faca devargazinho, sem que perceba. Quem você prefere que te ataque?

 

Não quer ser atacado? Passe a ter uma atitude passiva a tudo. Não assuma responsabilidades, não emita opiniões, não compartilhe fotos, não divulgue sua empresa… Se sentiu ofendido?, tome providências. Se sentiu injustiçado?, informe e seja transparente. Não está nem aí para o que dizem de você? Divirta-se. Deita na cama e fica vendo as injúrias rodando sobre sua cabeça? Procure ajuda de um profissional (psicólogo, psiquiatra…).

 

Acho que ignorar é geralmente a melhor solução. Quando escrevi o post “Querida, Olga” fui metralhado, acho até que por falta de compreensão do texto por alguns (não quero entrar de novo nessa discussão, pleeeeease), mas entendi bem a posição de cada um que me criticou. Mesmo os raivosos. Eu também tenho meus momentos de raiva e não estou sempre a fim de mandar flores. E, resumindo, todas as palavras de amor e ódio em relação a mim continuam na internet. Já a indiferença não consigo julgar, por motivos óbvios.

 

Por isso, outra dica é se colocar no lugar de quem lê. E relevar sempre.

 

A principal delas, porém, é contratar profissionais para que entendam de redes sociais e das gerações que nelas convivem. Não saia dando opinião ou tomando decisões baseado apenas no emocional instantâneo. Mesmo sabendo que a decisão e responsabilidade finais são suas. Somente suas. Ajoelhou, tem que rezar… não importa a religião. Foi-se o tempo em que apenas se fingia acreditar em algo.

 

E, por fim, releve as baboseiras de blogueiros como eu. O importante é pensarmos juntos. Com respeito e leveza, pois o mundo já anda muito pesado e nebuloso. Pode ser difícil e angustiante tudo isso, mas também muito fácil.

 

Continuem me chamando de ladrão, de bicha, de maconheiro… mas com respeito e/ou, no mínimo, assinando embaixo.

 

De qualquer forma, terminado este post (um tanto confuso, como as redes sociais e suas teias), constato que é o segundo que faço antes do tema que realmente está me atormentando nos últimos dias: #oscarsowhite. O mundo dominado por homens brancos e ricos. Mas isso fica para a próxima postagem. Pois é um tema que pode fazer brotar haters egypt a uma velocidade impressionante. Mais que a polarização “Aroldo” X “Zuquim” desta semana.

 

Saudações

 

Fake Artur (hehe)

Deixe sua Avaliação

Votos: 0 / 5. Total de votos: 0

Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Bom dia Artur! Infelizmente nossa CF não vale para a net, onde essa escória que se esconde não tem uma legislação firme para ser cobrada.

    Ter opinião diferente e respeitar a de cada um faz parte de um ambiente democrático, o que infelizmente não temos em nosso pais.

    Discordo de algumas opiniões suas(10%), mas nem por isso irei sair por aí te ofendendo, a melhor maneira é respeitar.

    Em tempo, competência é o que irá te levar ao oscar, e não a cor…rsrsrs…e não é somente os brancos que dominam a riqueza do mundo!!

    Abs e continue escrevendo teus textos, eles beiram a perfeição do bom senso e integridade!!!

  • Prezado ARTUR

    Sigo os seus post toda as semanas,
    Alguem tem alguma noticia sobre IRRF DE 25% ???
    As lideranças continuam mudas.

    Agradecerei comentarios

    Raul Sardon
    Rio de Janeiro
    Agente de Viagens – Hoje Autonomo ( em vias de extinção ?? )
    74 anos de idade , dos quais 54 anos dedicados ininterrumpamente ao trade

  • Oi Artur , Boa Tarde !
    Segunda Feira de Carnaval , Mas que Beleza !!!
    Sapucaí , Trade ( Quem mesmo além de “autoridades” ??? ) por lá , cobertura fashion , enfim uma beleza !!!
    ´Tudo bem …. Só que não
    Creio que chegou a hora de termos um pouco de seriedade por parte da tal da “Mídia especializada ”
    O Ministro estava por ai ?
    Vocês o encontraram ? Não ?
    Então , por que não foram atrás dele ( sabem de aonde ele vem ? ) para questionar como vai ficar a questão do imposto ?
    Cara meio chato esse “agente ” , torrando o saco da gente enquanto estamos cobrindo o “Trade ” ( quem ???) aqui no Rio …
    Vamos ficar por aqui .
    É isso aí Artur , tome uma champa aí por mim
    E … reze MUITO para não ter algum problema e ter de ir para algum Hospital no Rio , esses que o “trade” aí das fotos comanda .
    Grande Abraço para o folião número 1 da Imprensa turística especializada do Brasil !!!

Clique para comentar

Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

O conteúdo dos blogs é de inteira responsabilidade dos blogueiros convidados, não representando a posição da PANROTAS Editora.

Instagram

Connection error. Connection fail between instagram and your server. Please try again

Posts Recentes