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Dia a dia

TÔ VOLTANDO

Obrigado a todos pelos e-mails, telefonemas e comentários e parece que a dengue está indo embora… usou e abusou do meu corpinho (como alguns aí insinuaram no post anterior), mas cansou. Amém.

Agora, ficar em casa de repouso tendo a TV como principal distração é dureza. Haja notícia ruim. Nem falo do massacre de Realengo, uma exceção e um choque tão grande que não tinha como não dominar os noticiários, mas é muita notícia ruim no dia a dia.

Como morre criança nesse País. É o assunto preferido das TVs. Não importa onde, não importa como, sempre é notícia em TVs e na internet. E depois de assistirmos ou lermos, não temos como ficar bem… Notícia boa ninguém dá? Será?

Ou a TV mostra muita bobagem ou muita tragédia. E aí quando chegamos na TV a cabo, salvo um ou outro programa, não é o que queremos ver quando estamos de cama. Ok, a programação é feita pra gente saudável, mas não preciso saber de cada criança que morre no País, cada idoso que é espancado ou cada homem assassinado… Assim não dá pra viver tranquilamente.

Falta criatividade na TV, tanto nos telejornais quanto na ficção. E é por isso que o turismo só é notícia quando cai avião… Pra que mostrar que o Rio está conquistando novos voos internacionais ou que o desenho com o nome da cidade vai ser um mega cartão de visitas para o destino? Para que mostrar as celebridades internacionais se divertindo e se surpreendendo com a cidade se o melhor é apontar os canhões para a tragédia? Talvez para que o povo se refugie nas novelas? Pode ser. Mas hoje se assiste novela do computador, também cercado de más notícias…

Pode ser efeito da dengue ainda. Mas tem muita notícia ruim sendo veiculada por aí. E elas não me acrescentam nada. Pelo contrário. Me sugam.

No turismo, pelo que acompanhei, mais do mesmo. Com algumas fagulhas de esperança (voos do Rio, evento de cruzeiros em SP, operadores apostando em novidades para os agentes, novos fretamentos…). Nós também precisamos de notícias boas no turismo. A maioria do que está aí é notícia velha ou repetida. Merecemos mais.

Mais uma vez obrigado pelo carinho de todos. Bom final de semana. E xô, dengue e baixo astral!!!

PS achei ótimo que alguns interpretaram meu último post como momento carente. Já passei dos 40 e admito: carinho nunca é demais. Adorei todos que recebi.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Seja bem vindo de volta Arthur!
    Eu sei bem o que ficar em casa procurando alguma coisa boa na TV e não achar (fiquei 6 meses de licença-maternidade nos últimos 2 anos, já que resolvi polvoar o mundo tendo 2 filhos em menos de 1 ano e meio).
    Beijos,

  • E ainda encontrei Roberto Vertemati e Gustavo Hahn, da CVC, na volta do médico… Cara de destroçado, não sei como eles me reconheceram hehehe. Pelo menos minha barba, que já atingia um metro, agora está com alguns centímetros…

  • Artur Strikes back !!! ë isso aí; o bom guerreiro até pode cair, mas não se abate tão facilmente. Dê uma boa polida na armadura e volte ao campo. Apenas se certifique que não há espaços descobertos, para novas investidas do minúsculo meliante. Gostei de saber que adquiriu, ainda que forçosamente, o hábito de beber água. Coca-Cola também ajuda (água, açucar e potássio); aliás, já conversamos sobre isso, aqui, também.
    Bom FDS & Forte abraço.

  • Caro Artur
    Antes de mais nada, fico contente que deu “um chega pra la” para a dengue e se recuperando rapido.
    Quanto aos comentários TV/NOTICIAS, eu endosso 100% seus relatos, não dá para assistir mais televisão, em especial na voraz satisfação popular por desgraças, sei que é duro falar isso, mas infelizmente parece que as pessoas se alimentam de “tragedias” ainda mais quando nossos veiculos de comunicação fazem disso um show com muito sensacionalismo.
    abç

  • Viva Artur !
    Todos aqui em LV estavam torcendo prá tua volta. Passei exatamente por esta frustrante experiência com a TV no tempo em que nem segurar uma revista eu podia…Mas já passou e o que importa é que estás de volta ! Vou comprar prá ti uma camiseta com frases infames sobre Charlie Sheen….Beijo grande e até segunda

  • ‘Meu’ Editor,

    Qual e a dura prova a enfrentar: estar na casa dos ‘enta’ (e voce ja esta!), ser ‘curintia’ (e voce parece nao ser) ou ficar em casa vendo lixo na tv?

    Dureza. “Quer moleza?… tome um “, dizia um velho comercial. Enquanto voce nao pode, receba meu abraco e, claro, todas as Bencaos do Senhor na sua vida.

    Marcos Estevao Vajas Hernandez
    Manchester-UK, + 44 79 7973.3380

  • Artur,

    Bem-Vindo de volta com seus posts sempre pertinentes. Interessante você tocar no assunto da violência onipresente na mídia, pois isso é um fonômeno já detectado por muitos especialistas, e, inclusive, alvo de estudos importantes mundo afora. William Bratton, o ex-chefe de polícia de Nova Iorque que ajudou a transformar uma das cidades mais violentas do mundo numa metrópole segura e querida, costuma dizer em suas palestras mundo afora que a pior coisa que pode acontecer a um município é a sua população ser contaminada pelo mau humor e pelo descrédito na sua capacidade de encontrar soluções. Esse fenômeno, ao qual o Prof. Universitário americano John Laub, nomeado por Barak Obama como Diretor do Departamento Nacional de Justiça, deu o nome de “teoria da gota d’água”, pode contribuir muito para perpetuar a violência, forjando um ambiente onde a mesma se desenvolve com mais liberdade, impulsionada pela sensação geral de insegurança reforçada pelo bombardeio diário do noticiário policial. Segundo o mesmo princípio, a simples divulgação de notícias mais animadoras e de pequenas vitórias contra o crime, como que uma corrente do bem, acaba por contagiar o ambiente e permite que se equilibre a luta com mais rapidez. Como pode ver, seria realmente muito importante que a mídia divulgasse também notícias boas. Não se trata de manipular os fatos, mas apenas de equilibrar o noticiário para que escapemos do perigo de contaminação da teoria de John Laub.

    Abraço

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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