O Top Tam 2011 terminou nesse sábado à noite com a vitória de duas gigantes: CVC e CWT. Mas vale ressaltar que foi a filial de Manaus da operadora e a base de Porto Alegre da TMC as ganhadoras. É a nacionalização das gigantes mostrando sua força.
Foi um Top Tam com algo que há muito não se via: não houve reclamação em relação ao hotel rescolhido. O Transamérica Ilha de Comandatuba cumpriu seu papel de um dos melhores resorts do País. Cinquenta por cento da ocupação do resort no ano vem de eventos. É natural que eles saibam fazer as coisas e que estejam investindo em um novo centro de convenções, previsto para 2012. A pista de pouso ao lado do hotel, o fato de estar em uma ilha bem espaçosa, praia privativa muitas vezes na porta dos bangalôs, gastronomia excepcional (o menu do Top Tam incluiu bacalhoada, paella com fartura de camarões, coq au vin e muitas outras delicias) e serviço bem atencioso são alguns dos trunfos do Transamerica Comandatuba. Os Top Tam agradecem… E dizem que outro evento grande vai vir para cá… Vamos aguardar.
Foi um Top Tam de torcidas, mostrando que as grandes estão cada vez maiores. CVC, Flytour, Advance, Gapnet… A cada menção de um desses nomes, as torcidas gritavam, vibravam, incentivavam… Na piscina também era visível a divisão por grupos. Cada um com o seu… Outros escolhendo a quem aderir. Havia os comprados e os compradores, os sócios, os associados… Ninguém parado esperando a chuva cair. Isso é bom. Não à toa são os Top em vendas na Tam.
A venda direta na Tam, aliás, chegou a 27%. Bem menos que os 50% de outras concorrentes. Mas pesa o fato do internacional da Tam ser o mais forte entre as brasileiras. No doméstico a Tam tem 70% de venda indireta e 30% por seus canais diretos.
Valter Patriani, presidente da CVC, não apenas ficou ois três dias no evento, como liderou e inventivou seus gerentes e equipes. Tirava fotos com todos, recebia cada um deles quando desciam do palco, mostrou aos concorrentes que está à frente de seu exército. E ainda levou o prêmio máximo do Top Tam pela primeira vez. É o homem a ser batido, como se diz no esporte. E seus recordes são muitos, aliás.
Os consolidadores também se juntam em grupos e continuam a se expandir pelo País. O famoso Grupo dos Seis já não existe mais. Mas também não é cada um por si… É cada um com seu parceiro…
Klaus Kühnast comandou o evento com sua doçura firme e muita desenvoltura e deu atenção a todos. Esticou demais a cerimônia final, mas ninguém ligou. É o cara e o trade dele não reclama.
Ele e Líbano Barroso, aliás, com quem está despachando diretamente, já que não houve a nomeação de um VP comercial depois da saída de Paulo Castello Branco, visitaram grandes agências, operadoras e consolidadoras. Líbano, que será CFO da Latam, queria ouvir cada um e entender melhor os detalhes do comercial. Está íntimo de diversos caciques. E ainda viajou o Brasil e o mundo para inspecionar as bases. Chega à Latam com o dever de casa mais que feito.
Entre os finalistas do Top Tam, duas OTAs, a Decolar.com e a Submarino Viagens/B2W. E esse número só tende a crescer.
O Brasil inteiro esteve representado no Top Tam 2011. Um evento como poucos no turismo nacional. Um evento de olho no olho, relacionamento, descontração, amizade e baseado em resultados (ninguém está ali por ser bonitinho ou bonzinho). A profissionalização do turismo brasileiro agradece. E bem que o governo (ou os governos) podiam aprender com eles…
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