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TOSTINES (ZERO) NO TURISMO. #EAGORA?

Há corrupção por que há corruptores ou corruptíveis? Ou por que a lei é inexistente? Ou por que o sistema transformou a má fé (o ganho extra, o levar vantagem em tudo) em regra, em default que não se mexe?

 

Vamos falar de coisas mais leves.

 

Esta semana, fiquei sabendo, e a fonte é boa, séria, segura, que em uma concorrência para uma grande conta corporativa, uma TMC levou o bid cobrando zero real (nada, nadinha, nem um centavo) por seu fee. Opa. Chegamos onde alguns duvidaram, pensei. Mas ainda vai haver o caso da TMC pagar oficialmente para atender uma conta, isso vai.

 

Mas falando com a mesma pessoa, a conclusão é uma só. Fee zero não existe. Alguém está pagando essa conta. Possivelmente os fornecedores preferenciais. E aí entram questões: como fica a política de viagem? Ou não tem política, já que os viajantes terão de se adequar ao que a TMC escolher? E o conforto e a segurança dos clientes? E o bem estar de todos? E a transparência? De que o gestor dessa empresa poderá reclamar? E o viajante?

 

Em recente reunião da Abracorp, as TMCs reclamaram da guerra de fees e de que os gestores estariam compactuando com um processo não sustentável. Um outro gestor, falando comigo informalmente, respondeu: enquanto uma TMC aceitar, vai ter empresa querendo fees menores.

 

Tostines é fresquinho porque vende mais ou vende mais por que é fresquinho?

 

Há fees a R$ 5 porque as TMCs aceitam ou os gestores exigem? Sempre haverá alguém furando o cerco?

 

Sim, sempre.

 

Um terceiro interlocutor, que não faz parte da Abracorp, me disse que está criando um novo “produto” e sua fee será a mais baixa do mercado (claro, ele ainda não sabia da fee ZERO que abalou o mercado).

 

É… 2017 será um ano bastante animado. Ou animador?

 

Vamos ver o que os gestores e TMCs, muitos deles blogueiros aqui na PANROTAS, terão a dizer. Ou não.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

  • Na consolidação não está diferente, a cada dia se repassa mais incentivo objetivando combater a ação predatória e autofágica da concorrência, renunciando a receita e trabalhando também muito próximo de zero. O agente imagina que está fazendo um grande negócio ao achacar de todas as formas o consolidador que lhe dá condições de subsistir como negócio, e não entende que está precipitando a destruição deste modelo comercial e em breve não terá mais onde se abastecer de produtos para atender seus clientes. Quem viver verá. Um ótimo 2017 a todos!!!!!

    • Vanessa, muito bom seu comentário, essa visão do agente acaba sendo precipitada e desesperada em ganhar nem que seja 0,5% a mais, não percebendo o grande buraco que está se abrindo no futuro da consolidação, onde ele mesmo será o maior prejudicado. A receita cada vez menor, a mão de obra cada vez mais precária e despreparada, pois sem receita não tem como manter bons profissionais, enfim, usando sua frase final. Quem viver verá. Feliz 2017!

    • A prática da concorrência em guerra de preços, ou repasses como é o nosso caso, existe em todos os segmentos da economia de mercado. Mais do que o preço, você precisa entregar valor para o seu cliente, só assim consegue se diferenciar dos demais. O cliente quer buscar a melhor condição de custo-benefício, e se os seus fornecedores se nivelam apenas pelo preço, a culpa é dos fornecedores. O agente de viagens faz um bom negócio quando consegue rentabilizar cada vez mais dentro daquilo que ele busca em um fornecedor. Errado é o fornecedor que não consegue se posicionar de forma a se proteger e se diferenciar.
      Se a consolidação acabar, o mercado vai ter que se ajustar, assim como foi quando a confiança nas operadoras caiu por conta das falências. Os administradores precisam olhar para o seu negócio e entender onde pode apertar em custos e melhorar suas negociações. Muitas vezes o barato sai caro e pode estar sendo fornecido de forma ilícita, mas se um mercado perto de sua casa vende um produto a R$ 10,00, enquanto o mercadinho que você costuma frequentar vende a R$ 15,00, você vai continuar pagando mais caro para proteger o mercadinho ou vai no mercado aproveitar a oportunidade? O que o mercadinho está fazendo para se valorizar frente à concorrência sem ter que sofrer com a guerra de preços?

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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