O excelente post de Paulo Salvador, sobre felicidade medida pela quantidade de casais se beijando em pé nas ruas (e suas variações), mais a quantidade de tweets de gente comemorando que chegou a sexta-feira ou que o mês acabou (o que significa proximidade do fim do ano), e ainda os que lemanetam que “hoje é segunda-feira”, me fizeram refletir sobre medições de felicidade no trabalho.
Se o cara passa a segunda-feira reclamando, na terça já começa a contar que faltam quatro dias para o fim de semana, na quarta continua entediado no trabalho, na quinta dá um pulinho pois “manhã começa o fim de semana” e na sexta parece, como dizia Jamelão, um pinto no lixo, cabe reflexão. Ou o chefe do cidadão é carrasco, ou ele odeia o que faz, ou está desestimulado no trabalho ou tudo isso junto e muito mais.
Fora suas noites de semana, que devem ser entediantes. Falta amor e beijo na boca para esse povo. Falta se entregarem ao que gostam. Não é fácil, claro. Mas foram atrás ou se agarraram à primeira oportunidade que apareceu?
Mesmo não gostando de trabalhar ou do trabalho, é fundamental tentar encontrar prazer no que faz. Seja pedindo melhorias no ambiente aos chefes e responsáveis, buscando novas atividades na empresa, olhando a vida com mais criatividade e leveza.
Tudo bem uma vez ou outra ficar ansioso para chegar o fim de semana. Tudo bem contar minutos e segundos para ver a pessoa amada, ir a um show imperdível, se refrescar no calor, se aquecer no frio, assistir a um bom filme ou programa de TV, jogar o vídeo-game novo ou tirar férias. Mas a cada semana reclamar da mesma segunda-feira, celebrar o fim de semana como se fosse a carta de alforria, ou dizer que domingo é deprimente pois leva à segunda-feira…alguma coisa está errada. Ou como disseram Caetano, fora da ordem.
Se trabalhar não é considerado parte de sua vida, e da vida com prazer, e se lhe restam finais de semana e noites mal dormidas… é hora de mudar de vida.
E viva (vivamos) a segunda, a terça, a quarta, a quinta, a sexta, o sábado e o domingo.
Ou o turismo é mais divertido que a média geral… ou eu sou uma exceção…
Ou será que isso é coisa de tiwteiro (reclamar dos dias da semana)?
Ou será que é falta do que falar?
Ou o mundo está ficando cada vez mais infeliz…
Paulo, de repente podiam liberar beijos no trabalho… Mas aí vem a história do pão e da carne… Hum… Soluções? Alguém?
Artur,
No meu doutorado, pesquisam indicam cientificamente que quem reclama é incompetente. Quem reclama muito é MUITO incompetente, e quem reclama exageradamenet é EXAGERADAMENTE incompetente… o meu argumento é simples: se não está feliz no trabalho por questão de salário, chefe, condições, por que não toma a decisão de encontrar algo melhor… a resposta também é simples: não tem as competências necessárias para algo melhor… a solução também é simples: calar a boca e trabalhar mais…
abraços,
Claudemir
Prezado Artur
Ligia fagundes já dizia:
Vocaçāo é a arte de escolher a paixāo como área de atuaçāo
Portanto, seja no turismo ou no comercio o importante é trabalharmos com aquilo que gostamos.
Só assim conseguiremos ouvir a música do Fantástico com tranquilidade no domingo .
Abraços
Artur,
É aquela velha e surrada frase, mas que cabe aqui: quem gosta do que faz, não trabalha, diverte-se…
Embora eu ache que mesmo gostando muito do que faço, trabalho é trabalho e não há mal nenhum nisso: gosto de trabalhar e não me envergonho de gostar.
Não conheço outra forma melhor de progredir, a não ser as improváveis, inaceitáveis ou impublicáveis.
[]’s
Luís Vabo
Em tempo: não vejo o menor problema em beijar no trabalho, desde que em pé ou sentado, senão complica. Na realidade, faço isso todos os dias…
Oi Artur,
A felicidade e cooperação no trabalho fazem parte dos meus estudos de sociologia da empresa aqui em Paris. Estamos assistindo a um fenômeno generalizado de “sofrimento” no trabalho. De um lado chefes emocionalmente mal preparados, distantes e inseguros para lidar com situações de pressão extrema do mercado. De outro lado funcionários que, seja pelas circunstâncias ou pelo choque de geração (leia meu post Como trabalhar (melhor) com os Jovens) desenvolveram uma postura “utilitarista” do trabalho.
Esta acabando a historia de “pertencer” ou “suar a camisa”.
A solução para sair desse ciclo, eh a empresa desenvolver ferramentas que permitem analisar a contribuição REAL e nao FUNCIONAL dos funcionários. Sair da abordagem “tecnocrática” e desumana e ganhar produtividade através das RELACOES. Uma especie de “back to basics”: eu só beijo se for beijado.
Artur: as empresas de hoje não são monstros, são mal geradas por dirigentes desconectados da realidade.
Abraços
Oi Artur!
Infelizmente no Brasil nós temos a cultura de “sentar” em cima do “problema” e reclamar. Eu sempre digo que quando não se esta feliz no trabalho, procure outro. Não reclame e não contamine o ambiente de trabalho que tem de ser saudável para podermos continuar nossa jornada diária. Quem se acomoda e reclama é porque tem medo, falta de competência e muitas outras questões que o fazem não se lançar no mercado e crescer. A maturidade profissional é muito complicada mas, mais complicado ainda é chegar no trabalho e encontrar a maioria dos colegas reclamando e “praguejando”. Eu adoro o que eu faço mas tenho que concordar que trabalhar em um ambiente “contaminado” por mau humor, grosseria e cara feia…é complicado…faz a gente repensar em nossos conceitos….
Artur,
Cada dia me surpreendo mais com seus posts! (ou talvez não ficasse tão surpreso se conhecesse você melhor, não sei). O fato é que você está ficando cada vez mais poeta. E o que é melhor, um poeta consciente, cumpridor de seu papel, aquele que faz com que nós, a exemplo dos infelizes que contam as horas para o fim de semana chegar, contemos os minutos para ler o próximo post. Tetxo leve, sério e descontraído, ponderado e provocador, parabéns. Eu que trabalho no que gosto e adoro as segundas, as terças, as quartas…e por aí vai, vejo meu trabalho ainda mais prazeroso por me permitir ler os textos interessantes e importantes que temos à disposição aqui nos blogs do Pantotas. Parabéns a você e aos outros blogueiros.
Abraços aqui do nordeste ensolarado como nossa profissão.
Oi Artur,
acho esse assunto muito interessante. Já tive a oportunidade de participar (gravando) de diversas palestras ou campanhas motivacionais, mas confesso ser um pouco cético quanto a isso. Pois eu penso que a motivação não deve vir de fora, mas sim de dentro da pessoa. Os profissionais que eu pude conhecer nesses curtos anos de vida que tenho, os que mais me chamaram atenção são aqueles que não apenas fazem o que gostam, mas que aceitam as virtudes e defeitos da profissão que escolheram. E que mais que isso, sabem lidar com essas virtudes e defeitos.
Não acho que jogar a culpa nas empresas seja a solução. É todo um sistema onde cada um tem a sua parcela de culpa. Como no desfecho do documentário “Quem matou o carro elétrico?”, todos tiveram a sua parcela de culpa.
Enfim, minha opinião é que antes de reclamarmos do mundo à nossa volta temos que olhar para o mundo que existe dentro de nós. E só assim poderemos entender o porquê de nossas reclamações.
Abraços e parabéns pelo post.
ADOREI!!!!beijocas.
Eu vejo a felicidade como um dopping. Todos esperam que a felicidade resulva os problemas da humanidade. E todos pensam que a felicidade é algo ocioso. Ao contrário, a felicidade nasce de realisações ( no bem é claro). Nasce na senação de ser úti; estar sendo útil. É isso mesmo. A primeira condição para sermos felizes é o trabalho. Não o trabalho obrigação, mas como parte de um bem maior do qual estamos inseridos.