É o que disseram os diretores da Viajanet ao Estado de S. Paulo, em reportagem publicada ontem. A matéria lista os diversos investimentos que o site recebeu, fala dos planos e novos investimentos, mas Bob Rossato e Alex Todres admitem que, três anos depois, com mais fãs no Facebook que o Decolar (1,5 milhão contra 1 milhão) e afirmações de que “falta pouco para alcançar o Decolar”, o negócio ainda não deu dinheiro.
Como se trata de um negócio novo no Brasil (OTAs), tudo depende da boa vontade dos investidores e da argumentação dos diretores para que o dinheiro continue entrando para os investimentos. Em uma operadora tradicional ou em uma agência física os limites são mais conhecidos e dificilmente uma empresa ficaria três anos sem ganhar dinheiro, mas no mercado virtual, em que o potencial é enorme e talvez astronômico, os prazos podem ser diferentes.
Uma outra curiosidade da reportagem sobre a Viajanet é que, na nova estratégia, há até parceria com uma empresa tradicional, a CVC, para a venda de pacotes. Como se vê, negócio é negócio em qualquer plataforma.
Outro fato curioso: a mesma edição traz uma grande reportagem sobre o “Groupon depois da ressaca”.
Muitas perguntas ficam no ar: a Decolar ganha dinheiro? Até onde vai a disposição dos investidores? Quem vai chegar antes à bolsa – CVC ou Decolar? A Expedia vai estragar com os planos de todo o mundo e gastar um pouco de dinheiro no Brasil? Há dinheiro para ser “gastado dessa forma”?
Enquanto isso, o mundo off-line sente os efeitos desses investimentos. Algumas operadoras, como mostrei no Jornal PANROTAS, estão buscando novos canais para se aproximar do consumidor final, outras focam nas agências, umas pensam em comissões variadas para os intermediários, há as que apostam na especialização… Essa última alternativa é apontada como uma das mais “certas”, pois disputar com tantos milhões do mundo on-line não é para qualquer um. E Porto Seguro por Porto Seguro, acaba sendo mais fácil ir para a internet em alguns casos. A questão é: onde cada um pode ser diferente e ir além de Porto Seguro? Há de se buscar criatividade e novas soluções… ao menos os que não dispõem desses milhões para serem gastos na TV, no Google…
belo topico.
como sera 2013? mais otas? e esse realmente é o caminho? e o mercado de turismo segmentado? como as agencias sobreviverao?
Após 26 anos no turismo, com dificuldades nos últimos anos, penso em procurar emprego, na Decolar.com, Viaja.net, CVC, afinal é o que sei fazer, ou sair do ramo, essa luta desigual cansa, desanima, desestimula. Quer me contratar? Estou no pique para vencer, não para ficar do jeito que está. Lucia Costa
manda um email pra contato@pokerviagens.com.br
Artur, tens o link da matéria online?
no site tem uma versão reduzida: http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios+geral,viajanet-cresce-apostando-na-classe-c,140519,0.htm
Abraços
Artur
Belo post Artur! Como conversamos, o Estadão e o Valor recebem informações que ainda passam longe de nós. ABS
Arthur,
Excelente texto como sempre.
O movimento de decolar.com, por exemplo, foi “anabolizado” em 2012 com injeção de muitos recursos de investidores. Como voce disse, foram muitos milhões gastos em TV e Google ( onde o CPC de algumas palavras chaves chega a R$ 15 para ficar em primeiro lugar). Fora campanhas em outras midias, como carrinhos de aeroportos, midia impressa, etc.
Isso me lembra muito a primeira bolha da internet no internet(1995-2000) onde muitos investidores acharam que a internet era uma mina de ouro. Naquela época muita gente perdeu MUITO dinheiro.
Várias OTAs estão penando também com o Código de defesa do consumidor aqui no Brasil, vendo que a coisa não é tão simples quanto vender um livro ou eletronico na internet. Falta pós venda, atendimento.
Enfim, vamos assistir quem vai ter mais lenha para queimar e até quando vai ter gente querendo arriscar seus milhões, afinal gastar um dinheiro que não é seu é sempre fácil.
[]’s
E vamos aguardar o Expedia, que, dizem, começa já já uma megacampanha…
Artur,
Vamos ver, vai ser uma corrida, cada um tendo que gastar mais que o outro, seja TV, Google(o CPC vai explodir), etc.
Agora resta saber quanto os demais ( Viajanet, Submarino Viagens, Viagem Listo, Rapi10 e outras menores e que surgirem no mercado) estarão dispostas a torrar.
[]’s
Wagner, perfeito o comentário.
So nos resta saber se, nós, agentes de viagens tb teremos lenha para queimar….
Abraços,
Fernando,
As agencias deverão focar em fornecedores que realmente sejam parceiros, no atendimento personalizado, fidelização e produto. Realmente não adianta disputar o mercado com as OTAs para vender o B. Aires, NYC e Orlando da vida, mas sim focar em produtos de valor agregado, destinos e roteiros que os passageiros gostam e necessitam de uma consultoria adequada.
Enfim, há e sempre haverá espaço para quem trabalhar o cliente, Afinal uma coisa que nenhuma OTA no Brasil tem é bom atendimento.
[]’s
Entendi Wagner, é exatamente o que penso.
Sem produtos de qualidade, de esmero e sem uma consultoria de viagens atuante , agil e sobretudo de credibilidade…ai a vaca vai pro brejo.
Mas assino embaixo so seus comentários.
Alguem deveria questionar o fato das vendas da Decolar nao levarem os clientes a pagar IOF de 7%, já que os debitos q efetuam sao no Uruguai e até mesmo em uma empresa da Inglaterra…. e cade os 7% q deveriam estar sendo pagos por compras efetuadas em maquinas de cartao no exterior? Afora a propaganda enganosa de , na maioria dos precos informados, ao chegr o momento do pagamento, encontra-se taxas que por vezes equivalem a 40% do valor da compra.
Essa do IOF não sabia…
Pouca gente sabe, a verdade é que parece estarem burlando os 7% do IOF instituido para toda compra efetuada no exterior, há exemplos na midia aonde ate o Duty Free sofreu com isso, faturando as compras de free shop em Reais, burlando os 7%, claro isso foi corrigido… mas lojas de Orlando tambem tentaram o mesmo a acabarm recebendo retroriativamente a multa e os referidos débitos aos passageiros… mas o contrato da decolar deixa claro os nomes por onde sao feitos os faturamentos.. DESPEGAR, DESPEGAR ONLINE S.R.L OU DESONPROC LTD, essa localizada na inglaterra.
Aos interessados segue o link dessa empress aonde se verá q os sócios sao a propria despegar.. http://www.companiesintheuk.co.uk/ltd/desonproc….
Desculpem segue o link correto da tal Desonproc
http://www.companiesintheuk.co.uk/ltd/desonproc
Pessoal,
Se uma transacao é feita em alguma “maquineta” no exterior em dolares, nao existe possibilidade de burlar o IOF isso porque a cobrança é compulsória e feita pela operadora do cartao de crédito que deverá enviar os recursos para a fonte recebedora/processadora, no caso o Decolar.com em qualquer dos paises citados.
Existem outras duas figuras que podem ser usadas nesses casos
1- processar pagamentos em reais no exterior usando um codigo brasileiro – isso é evasao de divisas e crime na grande maioria dos paises
2 – processar um pagamento em reais usando uma adquirencia multimoeda no exterior, ou seja voce paga no Brasil, em reais, mas a empresa x recebe no exterior em dolares… nesse caso ela arca com os impostos e é uma operaçao totalmente lícita, qualquer empresa aberta nos EUA, por exemplo, pode fazer isso – eu mesmo tenho clientes que usam essa facilidade.
Seja qual for a saída, uma coisa que as OTAs que querem ser grandes evitam sao esses tipos de “subterfugios” tributários, porque se elas fizerem coisas erradas correm o risco real de impedir a entrada futura de novos investidores.
Até que enfim uma explicação técnica… Há muito achismo e pouca pesquisa real…
Alguns brincam de boneca, alguns de vídeo game, outros brincam de turismo online.
Em qualquer agência, se o gestor não der resultados em 3 anos, “asta la vista baby”. Pelo que sei os gestores são os mesmos nas 2 maiores OTA´s no Brasil a um bom tempo.
Os agentes de viagens tratam seu negócio buscando uma gestão sustentada em resultados e as online gostam de contratar artistas, pintar aeroportos, comprar páginas e páginas de publicações, e pagar por palavras do Google valores absurdos, gastando o dinheiro dos fundos. Quando acaba o dinheiro, outro fundo aparece numa nova rodada de investimentos e a OTA finge que ganha dinheiro, mostra o faturamento e o Fundo finge que acredita.
A Armadilha das taxas também ninguém fala. Façam uma busca nos sites online e vejam a confusão de taxas. Outra coisa é a cobrança que mais parece uma caixa preta. Se comprar um Hotel internacional nas Otas pelo cartão, como alguns conseguem passar o cartão em reais fora do Brasil evitando o IOF? Isso é legal?
Voltando para o modelo de negócio, quando o IPO sair e os acionistas cobrarem resultados, as ações vão despencar.
O pior de tudo isso é que eles estão pagando para o cliente viajar e atrapalhando todo o mercado. Nós perdemos muito com eles.
E o Groupon? Já ouviram falar dos 6 mil pacotes que não foram honrados por Agências e o Groupon teve que arcar? A diretoria toda dançou e o prejuízo foi enorme. Todos os sites perderam musculatura. Estragaram a base de emails, hoje ninguém quer mais abrir nossos Newsletters porque simplesmente estressaram. Também, cada um dos sites envia mais de 20 milhões de emails por dia, e como a base é quase a mesma, um pessoa recebe vários todos os dias. Sem falar que as promoções são conhecidas pela “Metade do Dobro” – ENGANAÇÃO.
Mas é assim mesmo. Vamos trabalhar para sermos especialistas, atender com qualidade e responder a todos nossos pedidos com dedicação, transparência, compromisso e atenção . Essa fórmula é imbatível.
Neno,
Tal qual a mensagem do Wagner, concordo em tudo. Extamente o disse ao termino….. atendimento, produtos e sobretudo credibilidade é o nosso mote de sempre.
Abraços,
Quer saber da pior do Groupon, eles fizeram uma promoção absurda para Orlando e a “certa agência” usou o nome da minha empresa para essa promoção, o Groupon publicou sem maiores averiguações, venderam cerca de 600 pacotes e não conheço uma pessoa que viajou.
Se colocar o meu nome no reclame aqui tem paginas e paginas falando mal da minha empresa,. Fui em audiências até no Rio de Janeiro e até agora não aconteceu nada com o Groupon (alem de devolver o dinheiro e pagar algumas indenizações) e com a agência que fez uso do meu nome.
Pior que quando falei com eles eles fizeram pouco caso e o processo que abri contra eles a quase uma ano andou 1%.
Mais não tem nada não, acredito que não perderemos essa batalha, quantos de nós já recebemos clientes que se negam a voltar a comprar a compras nas OTAS. Se focarmos em atendimento, trabalhando com bons fornecedores vamos seguir no mercado.
Concordo com tudo o que foi dito, mais ainda acho que falta no Brasil profissionais que levem o turismo a sério, o que vejo hoje São pessoas que vem de qualquer área e se diz expert muito amadorismo
Tem muitas agências pequenas (e talvez médias) que estão há mais de 3 anos no mercado sem ganhar dinheiro. Os meses melhores seguram os piores, e assim seguem pagando suas contas e sobrevivendo. De 2008 pra cá isso ficou mais claro, desde crise internacional, gripe suína, vulcões, terremotos, etc, até as OTAS. Se não fosse assim não teriam agências indo trabalhar em casa como comentou o Sidney Alonso em outro post ou até fechando, pois a paciência se esgota e como disse o colega Fernando a lenha para se queimar também. Somos profissionais e não estamos brincando. Atendemos de forma personalizada sim, temos mais condições de oferecer e informar o que o cliente precisa, com operadoras sérias sim, mas na prática nosso pagamento vem de comissões baixas e é o volume de vendas que traz nosso sustento, por isso uma nova forma de atender, com menos custos operacionais está sendo necessária para que possamos sobreviver. Pelo menos é o meu caso e de algumas agências de amigos.
Juliana, como vai ?
A lenha esta acabando minha querida. Com mais de 28 anos de mercado, sinto que o momento esta terrivelmente ao avesso.
Sinceramente nao sei mais como tocar o negocio apesar de toda retorica ao contrario.
A crise é serissima !
Fernando e Juliana,
Mas também tem um fator aí que muita gente ignora, mas que também quebra as pernas de muitas agencias de Viagens. As centenas de lojas de shopping da “grande irmã”. Todo mundo acha que as OTAs que estão tomando o movimento das agências, mas garanto que quem tomou o público-alvo das agencias foram estas lojas.
[]’s
Wagner,
Fato meu amigo. Ai começou todo o festival de tragedias que assolam nosso trade.
A falta de respeito, a concorrencia desmedida e desleal, esta estampada neste circulo de negocio, que pelo que sei, esta dando agua tb….. e olha que a coisa é grande.
Abraços !
Wagner, concordo, com certeza! Veja que a coisa tomou uma proporção que atualmente só tem 3 marcas nos grandes shoppings e supermercados e nós ficamos sem espaço para abrir nossas lojas. As únicas que sobreviveram nestes espaços e não são “marcas” são aquelas que tem câmbio dentro da agência, pode reparar.
E Fernando.. concordo com você, mas não vou polemizar porque a retórica sempre será a mesma e eu não me importo porque SEI o que estou fazendo. Eu estudo muito sobre a área e trabalho na área há muito tempo, leio tudo que posso (inclusive aqui), não sou uma ignorante qualquer que caiu de paraquedas no Turismo. A coisa não está boa mesmo. Eu já tomei minha decisão em relação à minha empresa, e estou feliz. Tome a sua e siga o que achar melhor com atitude, porque tanto faz o que falam, vai atingir diretamente a SUA vida! Abraço!
Juliana, é verdade.
Tb estou tomando ações que julgo terem fundamento.
Murro em ponta de facas afiadas nao darei mais.
Que todos nós consigamos efetivamente sucesso nas novas direçoes.
Abraços,
Isto que voces estão falando de não cobrar o iof quando passa o cartão em outro país não é crime? Sera que a Decolar está praticando evasão de divisas? Burlando impostos? Acho que alguem tem que realmente ver isto mais de perto! Onde está a policia federal pra investigar? E a secretaria da fazenda? Alguem tem que ver esta Decolar mais de perto! Crime é crime!
Estudando o mercado vejo que a única OTA que realmente lucra no Brasil é a Hotel Urbano por ter explorado o melhor nicho (Hoteis), foi a última a entrar, decolar tem mais de 15 anos, viajanet mais de 4 e Hotel Urbano 2 anos e já dominou seu nicho de maneira estrondosa. Escutei falar tb que o submarino viagens apesar do foco em aéreo tb é uma empresa lucrativa (lucro pequeno mas existe).
Artur,
Uma vez, a convite seu, eu participei de uma mesa redonda em um forum Panrotas, o ano era, se nao me engano, 2007. Em determinado momento eu disse que as agências online nao eram um bicho papao, elas eram sim agências de viagens como qualquer outra do mercado, mas que usavam outras técnicas para conseguir clientes e que as agências tradicionais deveriam entender, se aproximar e aprender esses novos conceitos, de lá pra cá o movimento das OTAs cresceu muito e as agencias ditas tradicionais continuam encarando de forma errada esses concorrentes.
Fatos:
1- Crescimento foi muito grande, eu apostaria minimamente mais de 10x nesses ultimos 5 anos.
2 – O foco ainda é no produto varejao (BUE, BPS, NYC, MCO). Mas o fato tambem é que a massiva maioria está criando ferramentas para oferecer aquele pacote sob medida de 3 dias em Katmandu, dois em Dubai, 4 dias em Paris e retorno sao e salvo ao Brasil.
3 – O serviço ainda é falho. Mas o fato também é que essas empresas estão investindo tempo e dinheiro para dar uma melhor experiencia ao usuário quando esse precisa de suporte.
4 – As OTAs grandes talvez ainda nao estejam na faixa do lucro. Mas o fato também é que elas estão em uma briga grande para formar a base de clientes e ter o famoso “conhecimento da marca” entre os compradores online, até que esses nao precisem mais buscar no google o seu site de viagens “predileto”
5 – As agencias especializadas ainda tem nichos importantes a manter. Mas o fato tambem é que cada vez mais terao que suar a camisa para isso.
E tudo isso só é realidade porque o consumidor também mudou, o que ele busca hoje:
Informação sobre onde passar ferias, ele acha isso na internet diretamente em blogs de viagem, portais online e sites de reviews como o tripadvisor – e isso tudo no direto no computador ou mesmo no celular.
Tranquilidade – um comprador online gosta de fazer muitas buscas e ver varias alternativas, e ele nao quer fazer uma lista de perguntas e esperar respostas; ele quer dinamicamente ir decidindo, baseado em cada resposta, qual será sua próxima pergunta/busca
Flexibilidade – ele vai fazer isso as 5 da manha sem precisar ficar no telefone com ninguém.
Ele nao está preocupado que alguém explique à ele aonde ele deve ir para um determinado tipo de viagem, ele nao quer ver folder de destino, ele nao está interessado em um cafezinho ou um atendimento pessoal cortês, e nao que isso nao fosse legal, simplesmente nao é prioritário.
Agora, o mercado de viagens online ainda esta longe de atingir a sua saturação, existem players de grande potencial nascendo dentro do Brasil ainda e outros tantos de fora querendo entrar aqui, a briga será boa ainda por um bom tempo.
Lendo sobre a materia acima o que mais sofro no meu negocio(TRANSPORTE) é a falta de oportunidades dada a MICRO EMPRESA e se competimos com as grandes EMPRESAS perdemos porque o poder que elas tem de pagar propina é um absurdo, sinto na pele tudo isso.
Melhor que ninguém Daniel Bento esclareceu com sua resposta.
E falando no meu caso depois de 11anos, em operadoras de grande porte. Sai do Turismo quem puder, ou aceite que E-commerce já é mais q uma realidade, e a geração Y principalmente quer facilidade e não bom atendimento,café e uma linda sala cheia de folder.