Ainda vai levar um tempo, quer dizer, muito tempo, para que o turismo seja uma das bandeiras em campanhas políticas… Em um país com Saúde, Educação, Infraestrutura e tantos outros itens precários, com a corrupção ainda na ordem do dia e com a tradição de ganhar votos com obras, não será de um dia para o outro que alguém olhará para o turismo.
Minha sugestão é não desistir e continuar pessionando. Mas o negócio é planejar, trabalhar, investir sem pensar em qualquer apoio político, não depender da política diretamente e sim torcer para que a economia continue estável, que as obras saiam (no prazo não sairão, mas que saiam), que a corrupção diminua, que os corruptos sejam punidos… Com o País saneado, aí sim, olharão para outras formas de desenvolvimento.
Estarei desacreditado? Não. Apenas um choque de realidade. O turismo ainda não tem caneta na política brasileira. Mas há gente séria trabalhando para vê-lo crescer e fazer com que seja impossível ignorá-lo, como acontece em poucos municípios do País.
Chefe Artur,
Meu irmão que vive na França há 25 anos esteve conosco durante 2 semanas, depois de uma ausência de mais de 5 anos.
O que ele mais ficou triste de ver, foi como o Brasil ainda continua pouco atrativo para turistas. E não é com relação a placas de sinalização (o governo federal está numa licitação de 1 bilhão de reais para colocar texto em inglês e espanhol nas Cidade-Sede da Copa), treinamento de garçons ou postos para turistas.
Ele me lembrou uma máxima de que o maior atrativo de qualquer destino é a qualidade de vida das pessoas que moram lá.
A sinalização nas ruas, a segurança, a infra estrutura não são coisas para turista (apesar de que nosso governo parece acreditar nisso). Qualidade de vida, retorno dos impostos pagos e tudo mais é coisa para quem mora no lugar!
Por isso, prezado chefe, eu não acredito em nossas “lutas” pelo incentivo ao turismo. Eu acredito no grande ajuda que nós, que trabalhamos pelo turismo, podemos fazer no aumento da qualidade de vida do brasileiro…
Abraços
Caro Artur,
Meu comentário vem corroborar o que disse Gustavo Syllos.
À medida que houver a conscientização da relação bi-unívoca entre turismo receptivo e qualidade de vida, tanto maior será a prioridade das políticas públicas municipais, estaduais e federal, e antes disso, nas campanhas políticas em todos os níveis.
Um abraço,
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