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Uma semana em Nova York (em um post)

Já fazia um pouco mais de um ano que eu não ia a Nova York (última vez havia sido em maio de 2010) e o corpo e a alma já estavam pedindo… A semana escolhida (juro que foi coincidência) foi a do Dia de Ação de Graças e da famosa Black Friday. Em resumo, a semana de compras no país.

A ideia, claro, não foi só minha: milhares de brasileiros também estavam e estão na cidade. Onde se vai, ouve-se (e muito) o português. Muita gente representante do que chamamos de “novos viajantes”, conhecendo Nova York pela primeira vez. Pagam com alegria US$ 210 para assistirem ao Rei Leão (e vale a pena), conseguem ver Cats e não acharem chato, descobrem que comer frutos do mar é barato nos EUA (e o Red Lobster é um restaurante cinco diamantes para eles, com direito a anotar no caderninho para dar dicas às amigas), compram sem pestanejar (acho que fazem plantão em lojas como Best Buy, Century 21, Macy’s…) e são incansáveis. Além de exigentes.

Um problema novo que surgiu: se os viajantes emergentes adoram carregar sacolas pelas avenidas, os mais antigos descobriram que comprar pela internet é seguro, mais barato e bem mais cômodo. Então, os hotéis estão tendo de gerenciar um novo negócio — a administração desses pacotes. O site preferido é o Amazon.com, que, como trabalha com diversos fornecedores nos EUA, envia os pedidos em pacotes separados, usando as mais diversas empresas de courier. Assim, um pedido com cinco itens pode se transformar em cinco pacotes diferentes chegando no hotel.

Um grupo de 30 pessoas já significaria, por baixo, 150 pacotes. Contando que o nome da reserva provavelmente estará diferente do nome da compra, o hotel praticamente precisa de um departamento para cuidar dessa nova demanda. Resultado: alguns estão enlouquecendo e a solução é cobrar por pacote recebido. Isso é algo que a agência de viagens tem de avisar ao passageiro, para não haver susto. O site dos hotéis já avisa da cobrança. Em alguns, ela pode ser salgada, para inibir a prática. Com isso, muitos clientes resolvem não receber alguns pacotes, pois a tarifa cobrada pelo hotel não compensa a compra. Mais um problema para o hotel resolver: se o cliente não cancelar a compra na internet, a empresa não manda buscar. Tem hotel com 600 pacotes parados, esperando solução.

São os tempos modernos e os novos problemas.

Bom, Nova York, além de tomada por turistas do mundo todo, continua vibrante, apaixonante e múltipla. Seis noites foram pouquíssimas, mas é bom sair com um gosto de quero (muito) mais. Foi também uma viagem diferente, pois fui praticamente proibido de 1) entrar na Gap; 2) entrar na internet (por isso a falta de posts); 3) assistir à nova montagem de Rent, que voltou off-Broadway; 4) ligar o ar-condicionado ou desligar o aquecimento do quarto; 5) dormir até meio dia. Hehe. Foram pequenos sacrifícios que valeram a pena.

A hospedagem foi no W Times Square, que conheci há dez anos, em sua inauguração. Continua descolado, bonito, confortável e com ótima localização, em plena Times Square.

Mas chega de só falar, deixa eu mostrar um pouco da semana para vocês…

O Empire State (visto do Top of the Rock) nas cores das Festas de Final de Ano. Uma novidade é que o Top of the Rock agora faz parte do Citypass. Vale a pena…

Um dos restaurantes do Eataly (mercado italiano na 23rd St. com a 5a Avenida). O Eataly, mais uma criação de Mario Batali, tem tudo para quem gosta de preparar massas e diversas receitas italianas e também pequenos restaurantes, que abrem para almoço e jantar.

Mais um ângulo do Eataly…

Uma loja bem interessante para quem é cliente e fã dos produtos Apple: a Tekserve, na 23rd St., entre as avenidas 6 e 7, é especialista em Apple e oferece desde a venda de produtos até reparos e consultoria…

Também na rua 23, entre as avenidas 6 e 7, estou caminhando calmamente quando leio: Maison du Macaron… Dá para resistir? Veja abaixo mais motivos para explorar esse simpático café… Ah o macaron de Baileys é sensacional…

Loja de Alexander McQueen no Meatpacking District, o mais badalado do momento… (Rua 14, lado oeste)

Depois de caminhar pelo Meatpacking/Chelsea, uma dica é explorar o Highline, antiga linha de trem que virou parque público e que agora ganhou mais um segmento e alguns bares e serviços… As cores do outono ainda estavam bem vibrantes quando visitei o parque na semana passada. Na parte da tarde choveu e esfriou…ou seja, dei sorte.

Nova loja da Disney na Times Square… Quase nos faz não sentir saudades da Virgin Megastore

Balão de Buzz Lightyear na Parada de Thanksgiving da Macy’s… Os balões são impressionantes, mas falta uma musiquinha, né… Aqui seria uma festa mais animada…

O Kung Fu Panda também apareceu na parada… ainda bem que dessa vez não me viu…

Ah, as cores do outono no Central Park…

Meu jantar de Thanksgiving, com direito a peru e molho de cranberrie, entre outras delícias, foi na casa do Márcio Alonso, da US Travel NY, receptivo de grandes operadoras em Nova York… Na foto com a Isis, Márcio sabe tudo sobre gastronomia na cidade e em breve vai compartilhar esse conhecimento com a gente

Uma boa surpresa foi ter conseguido visitar o memorial 911. É necessário fazer um cadastro antes no 9/11memorial.org, mas visitando o 9/11 Memorial Preview Site (na 20 Vesey Street) pode-se obter ingressos para o mesmo dia, dependendo da disponibilidade… A entrada é cercada de segurança, com revista e raio-X, toda hora é preciso mostrar o ingresso e há seguranças e policiais por toda a parte. Ainda é uma fase apenas do memorial, mas muito bonita… Vale sim.

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Sobre o Autor

Artur Andrade

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

Comentar

    • Pois é…por isso pode se programar pra enfrentar o frio em janeiro…preciso ver o novo Rent. E vc é da tchurma que me apoia nesse quesito hehe Mas a viagem foi ótima… Ainda vou ficar um mês na cidade. Bjos

  • Meu marido viaja a trabalho para os EUA com uma certa frequência e normalmente compramos online e pedimos para entregar no hotel. Nunca havíamos tido problema com isso, as encomendas sempre foram recebidas e entregues de acordo em diferentes hotéis.
    Nessa última vez, ele se hospedou no SHORE CLUB em MIAMI. Como de costume, uma semana antes enviei um email ao hotel perguntando se poderiam receber compras e muito gentilmente responderam que sim. Ao chegar no hotel e pedir pelas encomendas disseram que não havia nada, porém no rastreamento da empresa que efetuou a entrega identificamos o nome da recepcionista.
    Ao questioná-la, com muita má vontade disse apenas ter entregue ao Security – depto responsável por gerenciar as encomendas “hold for arrival” dos hóspedes. Mesmo assim a administração do hotel disse não encontrar as encomendas, sempre estavam verificando, justificaram que estavam assistindo as filmagens e nada. Passaram-se 4 dias, depois de muito desgaste e sem tempo para compras, informaram que iriam fazer o reembolso após 15 dias quando acionariam o seguro.
    Nesse prazo, já de volta ao Brasil quem garante que o reembolso de aproximadamente R$600 será feito? E as taxas de administração do cartão de crédito em que foi feita a compra internacional?
    Muita falta de organização e respeito com o hóspede. Como podem perder as encomendas no hotel? No mínimo deveriam ter um caderno com as anotações do número do pacote e o nome do hóspede. Não recomendamos.

  • Olá!
    Adorei tuas dicas! Ainda não fui a Nova Iorque , mas coincidência ou não moro na cidade natal do Marcio.E vendo e lendo tudo isto fiquei com uma vontade enorme de conhecer.

    Abraço.Rosane

  • Prezado Artur,
    estou indo a NY com esposa em outubro e não dominamo o idioma ingles. O fato pode causar grandes transtornos ou nem tanto.
    abraços
    Paulo

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é carioca, taurino, jornalista e nasceu em 1969. É editor-chefe da PANROTAS Editora e mora em São Paulo desde 1998

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