Inclusão em Parques de Orlando – Sea World Parks

Discovery Cove – Respeito, inclusão e diversão criam memórias inesquecíveis para todos os tipos de visitantes – Arquivo pessoal

Quando falamos em viagem a Orlando, EUA, logo nos vem á mente, um roteiro repleto de Parques de diversão.

Os parques de Orlando estão na lista de muitas famílias. Independente de suas idades, neurotipicidade e condições físicas. Por essa razão, há um constante movimento de capacitação de funcionários. Somado á adequação desses lugares para receber visitantes com diferentes perfis e necessidades. Contudo, há muitas situações que vão além do controle de funcionários bem treinados. Como a quantidade de estímulos visuais e sonoros. O que compõe a magia. Entretanto, pode trazer um grande desconforto ao visitante atípico.

Tendo esse cenário em vista, como mãe de adolescente com autismo, procuro sempre minimizar o que está em meu controle. Adaptar a viagem às necessidades dele, como indivíduo único, traz também um conforto para toda a minha família.

Enquanto a maioria das famílias se organiza para fazer uma quantidade de parques em um breve período – geralmente, um parque por dia – a nossa família, passa um dia no parque e no dia seguinte faz uma atividade mais tranquila. O que requer menos tempo e que nos permite descansar e sair da correria. Por isso, nesse texto (parte 1), falo apenas dos parques que visitamos e seus diferenciais no quesito, inclusão.  

No topo da lista, ao identificar o forte trabalho de inclusão feito pelo time do Sea World Parks – que incluí os parques: Sea World, Busch Gardens, Discovery Cove e o Aquatica, decidimos que essa seria nossa 1ª opção.

RIDE ACCESSIBILITY PROGRAM – RAP

O Sea World Parks oferece um cartão de acessibilidade aos visitantes com necessidades especiais ou limitações físicas em todos os parques da rede. O cartão permite acesso á filas especiais (geralmente mais rápidas), e acomodações especiais que garantem mais conforto.

O processo é muito simples. Na entrada do parque, o visitante ou a família do indivíduo com necessidades especiais, se dirige ao Guest Services (atendimento ao cliente) e solicita o cartão. Ali, um dos funcionários (team member) entenderá suas necessidades e fornecerá o cartão dando todas as informações necessárias. Minha dica “extra” é: sempre consultar as regras e opções previamente á visita. Como resultado, você evita dúvidas e garante mais entendimento do que é e o que o programa comtempla. Por isso, acesse aqui.

adrenalina pura

Como já mencionei em outros textos, minha família é constituída de jovens em diferentes idades (26, 18, 17 e 15 anos). Rafael, o mais jovem, é atípico, com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Mesmo de nível de suporte leve, ele enfrenta muitos desafios. Alguns deles, são sem dúvida lidar com longas esperas, locais com muita concentração de gente, muitos sons e incidência de luzes.

Iniciamos nossa viagem em família no Busch Gardens, já que é um parque com bastante área ao ar livre, e opções que vão além das montanhas russas.

Notem que meu filho nunca havia tido uma experiência com muita adrenalina. O que para mim, como mãe, era um ponto de interrogação quanto ao que essa aventura poderia significar para ele e causar. Por isso, chegamos ao parque e decidimos que meu marido ficaria com os outros 2 filhos (18 e 17 anos) desbravando os brinquedos mais radicais. Enquanto eu e Rafael (TEA), passearíamos pelo parque, explorando as possibilidades.

De forma bastante tranquila, estudamos o mapa, as atrações e deixei que meu filho, me guiasse de acordo com o que ele desejava fazer. E para minha surpresa, após pouco mais de 1 hora passeando no parque e curtindo atrações “leves”, meu filho decidiu que gostaria de experimentar algo mais “radical”. E lá fomos nós.

De forma natural e genuína, Rafael aproveitou todas as atrações as quais se sentiu á vontade – Arquivo pessoal

a primeira vez

Como tínhamos acesso rápido á todas as atrações, não enfrentamos filas. O que não causou o desconforto e nem a ansiedade da espera. E logo estávamos sentados em um dos carrinhos da 1ª montanha russa.

Confesso que o nervoso pairava no ar, tanto meu, quanto dele … me certifiquei algumas vezes que ele estava “ok” com a escolha antes da partida do nosso carrinho. E vualá … ali começava a 1ª experiência dele com adrenalina, medo e ao mesmo tempo, a sensação de poder estar ali. E tudo saiu tão bem que nos juntamos ao resto da família e praticamente “gabaritamos” o parque. Deixando 3 atrações para uma próxima visita!

Aqui, é importante salientar que todos os funcionários ao tomarem conhecimento que Rafael é atípico, trouxeram palavras de conforto, brincaram com ele para quebrar o gelo e se certificaram que ele (e nós) estávamos bem.

águas calmas

Com perfil completamente diferente dos demais parques de Orlando, o Disovery Cove é um oásis em meio á frenesia. Lá, o ritmo é mais lento e o contato com a natureza desacelera os corações adrenalizados.

A inclusão é visível já no atendimento da chegada ao ver funcionários com necessidades especiais no “front“. O que particularmente me agrada muito, pois sinto que a empatia é ainda maior.

Esse é um parque de águas. Logo, dias mais quentes trazem maior conforto ao visitante. Há também um limite controlado de visitantes por dia e por atração que requer agendamento no momento da chegada. Logo, o dia flui de maneira mais tranquila, organizada e sem aglomerações e muito barulho. Note que não há tobogãs e nem atrações mais eletrizantes. Ali, a experiência inclui nado com lontras, arraias e golfinhos.

Sea Venture uma aventura inclusiva debaixo d´água – Arquivo pessoal

Durante nossa permanência, todos os funcionários pareciam estar cientes de que em nossa família, havia um membro com TEA. Apesar de não portarmos uma identificação óbvia. E nossa experiência foi impecável, em todos os sentidos. Igualmente, o parque se orgulha de ser um Centro especializado em Autismo. E pude ver que não é apenas teoria

Por se tratar de um parque all-inclusive, a alimentação e as bebidas não alcoolicas, são oferecidas aos visitantes, sem custo adicional. Um largo buffet é preparado, com opções frescas ou feitas na hora, para todos os gostos. Eu, como vegetariana que sou, não tive problemas em me alimentar. Por outro lado, no caso de alimentação seletiva, vale se informar de como proceder, uma vez que não é permitido levar alimentos de fora do parque.

No Discovery Cove, destaco a experiência de mergulhar com escafandro – um capacete com oxigênio que permite a permanência submersa no tanque de água para observação de diferentes espécies marinhas. Chamado de Sea Venture, a atividade encantou á toda minha família e deixou Rafael bastante tranquilo. Não há necessidade do uso de máscaras e respiradores. O capacete usado, se assemelha aos capacetes de astronautas e os “mergulhadores” respiram como se estivessem fora d´água.

meio á meio

Nem muita adrenalina e nem muita calmaria. O tradicional e mais conhecido parque do grupo, é o Sea World.

O parque vem se adaptando aos dias atuais. Consequentemente, reduziu a quantidade de shows e atrações com animais. E trouxe ao menu, as tão disputadas montanhas russas.

Meus filhos, parte de uma geração que não fica confortável com o uso de animais para o entretenimento, não estavam interessados em assistir aos shows. Queriam sentir o friozinho na barriga. Por consequência, exploramos as atrações mais radicais. E aqui destaco a ousadia do meu filho em experimentar a montanha russa em que os usuários vão em pé. Ele literalmente surfou no ar!

Pipeline, a montanha-russa que atrai milhares de visitantes ao Sea World – Imagem de divulgação

Vale dizer que, ao longo do parque há uma variedade de comodidades como: Dispositivos e roteiros de escuta assistida para os shows, interpretes de linguagem de sinais (ASL – língua de sinais americana), fones redutores de ruídos, assentos especiais para cadeirantes e banheiros adaptados.

Cães-guia (service dogs) são bem vindos em todos os parques (porém não podem entrar na água).

O parque também conta com uma sala silenciosa (quiet room), onde os visitantes podem descansar em um ambiente tranquilo.

dica de mãe atípica

Além do programa de acessibilidade RAP, vale solicitar o guia sensorial. Uma ajuda extra para entender quais as atrações mais desafiadoras, com luzes fortes, ruídos altos ou outros tipos de estímulos.

Cacá Filippini ao lado de seu filho com TEA durante férias em Orlando, EUA

Como os parques demandam de longas caminhadas e oferecem atrações que também molham o visitante, sugiro levar uma mochila com itens que você possa precisar. Com exceção do Discovery Cove, os demais parques permitem que os visitantes levem alimentos e bebidas, o que pode trazer mais conforto para vocês.

Procure chegar cedo aos parques. Inclusive, antes ou próximo ao horário de abertura. Isso facilita o estacionamento mais próximo aos acessos aos parques. Consequentemente, o parque também estará mais vazio, o que pode ajudar na adaptação ao local e organização das atividades.

Concluindo, como disse antes, para não sobrecarregar meu filho, intercalamos parques á outras opções de passeios. Se você busca sugestões do que fazer em Orlando, além de parques, confira o próximo texto.

Viagem inclusiva ao Pantanal Sul

Turismo inclusivo: registros da estada na Pousada Xaraés, Pantanal Sul (arquivo pessoal)

O Pantanal Sul Matogrossense é um lugar de beleza indescritível, um paraíso natural que encanta os olhos e a alma de todos que têm o privilégio de visitá-lo. Localizado no coração do Brasil, é a maior área alagada contínua do planeta. Portanto, um dos ecossistemas mais ricos e diversos do mundo.

É ali que se encontram algumas das espécies mais icônicas e ameaçadas do continente, como a onça-pintada, o tuiuiú, a arara-azul, o jacaré e o tamanduá-bandeira. A diversidade de aves é especialmente impressionante. De modo que são mais de 650 espécies registradas, fazendo do Pantanal um verdadeiro paraíso para os observadores de pássaros. E um local repleto de sons, que formam o que chamo de “o barulho do silêncio”.

Especificamente, esse foi o cenário que acolheu a mim, meu marido, nosso caçula Rafael (14, que tem TEA) e nosso outro filho, Allan (17) por 5 dias. Na região banhada pelo rio Abobral, munícipio de Nhecolândia, Mato Grosso do Sul, em uma fazenda de 400 hectares que recebe hóspedes e leva o nome de Pousada Xaraés.

Como chegar

Nosso ponto de partida, Aeroporto de Congonhas – SP, com voo direto à Bonito. Antes de tudo, é importante dizer que desde 2 de dezembro/21, a Gol Linhas Aéreas mantém voos diretos com duas frequências semanais para a cidade do Mato Grosso do Sul, sem escalas, às quintas e aos domingos. Nos dois dias, os voos têm saídas e chegadas previstas: de Congonhas (CGH) às 12h40, com pouso no Aeroporto Regional de Bonito (BYO) às 13h40; e, no sentido contrário, da cidade do Mato Grosso do Sul às 14h20, para desembarque na capital paulista às 17h10.

Logística é um item bastante importante, uma vez que estamos falando de viagem em família com autista. Consequentemente, menos tempo de percurso aéreo ou rodoviário são sempre bem-vindos para o Rafael (14, autista).

Trajeto rodoviário (Google Maps), Cacá e família navengando no Rio Abobral, Pantanal Sul (Arquivo Pessoal), trajeto por águas (Strava) e foto área da Pousada Xaraés (divulgação)

De Bonito à Nhecolândia, ainda tínhamos 261km pelas rodovias MS-178 e BR-262 , o que acrescentou pouco mais de 3h30min ao nosso deslocamento. Além do mais, visitamos o Pantanal no começo do mês de maio, época em que muitas das estradas ficam alagadas, por isso, não conseguimos chegar ao nosso destino final, de carro. De modo que, os últimos 16km, viraram 18km via Rio Abobral, o que resultou em 1h15min á mais. Trecho esse, que embora pudesse ser uma perrengue de viagem, foi nossa primeira experiência imersiva no Pantanal de Corumbá.

Regiões do Pantanal

No Brasil, o Pantanal se divide entre os Estados de Mato Grosso do Sul (MS) e Mato Grosso ((MT). De modo que são 10 as principais regiões pantaneiras sul: Corumbá (nosso destino), Aquidauana, Miranda, Ladário, Porto Murtinho, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, Anastácio, Bonito e Botoquena. Região conhecida também por Pantanal Sul ou Pantanal Maior.

Contudo, vale dizer que o Pantanal também se distribui em outros 2 países além do Brasil: Paraguai e Bolívia.

O Pantanal é conhecido por seus ciclos sazonais de inundação e seca, e os períodos de cheia e vazante são características desse ecossistema. Entretanto, a região acumulava alguns anos de seca constante e incêndios frequentes. Em dezembro de 2022, tive a oportunidade de conhecer a região de Aquidauana e Miranda, em uma viagem solo, e me deparei com rios praticamente secos, animais dividindo o que restava de água e campos com mata amarelada, castigada pela seca.

Em maio, ao retornar com minha família, me deparei conheci um outro Pantanal, cheio de rios transbordados, áreas baixas alagadas e muitas cores.

Arquivo pessoal de imagens feitas por Cacá Filippini no Pantanal Sul – abril/23

Assim, vale dizer que essas imensas áreas alagadas, abrigam uma grande variedade de plantas aquáticas, como vitórias-régias e aguapés, que embelezam ainda mais a paisagem, harmonizadas perfeitamente com as matas ciliares e as áreas de cerrado.

A cheia no Pantanal é um momento crucial para a vida selvagem e para o ecossistema como um todo. As áreas alagadas fornecem alimento, abrigo e condições de reprodução para a diversidade de espécies, incluindo peixes, aves, répteis e mamíferos.

Imersão no pantanal

Temos que combinar que para aqueles que vivem nas grandes cidades, sufocados pelas filas quilométricas de carros, transporte público lotado, relógios cronometrados segundo á segundo e em estado de alerta constante, escapar um pouco para uma cidade de interior, já é um alívio.

Agora imagina um local onde o silêncio é preenchido com os sons da natureza e ao invés de prédios, mais de 50 tons de verde, árvores centenárias, uma cartela de cores distribuídas nos pássaros, flores e frutos, enchem os nossos sentidos. Um local onde o tempo é regido pelo nascer e o pôr do Sol. Não há necessidade de relógios. E os celulares funcionam apenas quando conectados á um ponto de wi-fi fixo. É um convite para conectar-se a si e ao ambiente que nos cerca.

Tenho que confessar que me arrisquei ao levar dois adolescentes para o meio do nada. Mas, para a minha surpresa, ouvi do Allan (17), que essa havia sido a viagem mais transformadora de sua vida! E de Rafael, que gostaria de voltar durante as férias escolares!

Benefícios do contato da Natureza para pessoas Autistas

De uma forma bastante resumida, podemos elencar pelo menos 6 benefícios que uma experiência imersiva à natureza, proporciona à pessoa autista:

  1. Estímulo sensorial controlado: A natureza oferece uma variedade de estímulos sensoriais que podem ser mais previsíveis em comparação aos ambientes urbanos e fechados, dando mais conforto e equilíbrio ao autista;
  2. Redução do estresse e ansiedade: A atmosfera tranquila, os sons suaves da natureza e a beleza serena do ambiente, acalmam e relaxam;
  3. Estímulo ao processamento cognitivo e atenção: a natureza oferece uma variedade de estímulos visuais, sonoros e táteis. Isso pode ajudar na concentração, observação e interação com o ambiente natural, promovendo o aprendizado e a exploração;
  4. Estímulo à comunicação e interação social: Passeios ao ar livre, atividades em grupo e experiências compartilhadas na natureza, podem facilitar a comunicação verbal e não verbal. Com isso, promovem interação social de forma mais confortável e natural;
  5. Estímulo à exploração sensorial e interesse pelo que o cerca: A natureza é um mundo muito rico, com texturas, aromas, cores e sons. Isso pode despertar o interesse e curiosidade da pessoa autista, encorajando-o a explorar o ambiente e se envolver com a natureza de maneiras únicas;
  6. Oportunidade de aprendizado e desenvolvimento de habilidades: Atividades ao ar livre, estimulam habilidades motoras e de resolução de problemas, orientação espacial e compreensão do ambiente que o cerca. Além de aprendizado a cerca da biodiversidade, ecologia e sustentabilidade.

Vivências pantaneiras na Pousada Xaraés

Chegamos na pousada, como dito anteriormente de barco. No comando, Alex, funcionário da fazenda, responsável por uma série de tarefas que compõe à rotina do lugar. Localmente, recebe o nome de peão. De baixa estatura, trajado literalmente como peão, Alex carregava seu chapéu na cabeça, facão e amolador na cintura de sua calça jeans. Inicialmente, de pouca fala, Alex chamava nossa atenção para animais que cruzavam o nosso caminho e algumas espécies de plantas e árvores locais.

Ao chegarmos na Pousada, descemos em um píer e fomos recebidos por Sandra, proprietária da fazenda que deixou Maringá-PR para realizar o sonho de viver no Pantanal e Marcelo, conhecido de Sandra também do Paraná, que mudou-se com a esposa para administrar a Pousada, distante 340km da capital Campo Grande. Consequentemente, um presente para nós! Nos integramos rapidamente ao local, aos funcionários e á rotina.

Arquivo pessoal: Regsitros de Alex, Rafael e Allan durante a imersão no Pantanal Sul

Apesar de nossos filhos mal terem tido contato próximo com vacas e cavalos, em pouco tempo, os dois estavam á vontade nos estábulos, alimentando-os. Estes mesmos meninos, acostumados com computador, celular e video-game, entraram mata acompanhados de Alex, que se tornou nosso guia e referência para eles, e lá foram colher plantas para criar pastos artificias, nas áreas secas, para que os animais pudessem se alimentar. Os adolescentes, que sentam-se diariamente em carros com janelas fechadas e ar condicionado ligado, estavam ali, cavalgando cada um em “seu” cavalo, nas áreas pantaneiras secas e alagadas.

Tudo acontecia de forma genuína e orgânica. Ora, visualizava Rafael em meio as vacas, ora brincando de pega-pega com as cabras. Em outros momentos, lá estava ele, conversando com as Araras ou abraçado á um porco Cateto (nome popular que se dá ao Caititu).

Arquivo Pessoal: Registros de Rafael interagindo com animais na Pousada Xaraés, Pantanal Sul, MS

Rafael literalmente estava realizado. Feliz, interagia com tudo e todos. Estava curioso, com sede de aprender e viver novas experiências. Foi incluído por todos, em especial, por Alex, que se mostrou extremamente paciente e parceiro do Rafa, ajudando-o nas realizações daquilo que o interessava, guiando-o quando necessário e respeitando-o seus momentos de regulação.

Ali, vi nossos filhos remarem uma canoa ao pôr-do-Sol. Observei-os criando conexões com a natureza. Testemunhei 2 jovens acordarem sozinhos antes das 6 da manhã, para ajudar na alimentação dos animais da fazenda. Conheci uma nova versão, disposta á cortar, carregar e sentar por cima da palha em trajeto de barco, sem frescura, sem preguiça, simplesmente, como parte daquele ecossistema.

dicas de viagem com autistas

Viajar com uma pessoa autista pode trazer desafios únicos, mas também pode ser uma oportunidade incrível de vivenciar o mundo de uma forma diferente e enriquecedora. É claro que é importante compreender as necessidades e características individuais da pessoa autista para tornar a jornada mais tranquila e prazerosa para todos.

Primeiramente, é essencial ter em mente que cada indivíduo é único e que o autista, por estar em um espectro, também não tem padrões. Por isso, antes da viagem, é fundamental conversar com a pessoa autista. Em casa, sempre falamos das possibilidades e ouvimos suas preferências. E entendemos que nem sempre o “não” dito naquele momento, será “não” durante a viagem também, assim, vice-versa.

Informar àqueles que irão nos receber, também é de extrema importância. Autismo não tem cara e ninguém é obrigado a saber ou entender do assunto, como nós.

Por fim, destinos como o Pantanal, podem ser uma experiência bastante positiva para a família que viaja com autista. A natureza, oferece um ambiente acolhedor, rico e terapêutico que contribui para o bem-estar, de pessoas típicas e atípicas. Em resumo, é uma excelente opção como turismo inclusivo.

Por conseguinte, o Pantanal Sul Matogrossense é uma verdadeira joia do Brasil. Suas belezas naturais, sua fauna exuberante, suas águas cristalinas e seus pores do sol deslumbrantes tornam esse lugar único no mundo. É um destino imperdível para quem busca se encantar com a natureza em sua forma mais selvagem e preservada. Uma visita ao Pantanal é uma experiência transformadora, capaz de despertar um profundo senso de admiração e respeito pela riqueza natural que o nosso planeta tem a oferecer.

Para mais informações, visite www.visitms.com.br , nosso apoiador principal nessa aventura!