Inclusão em Parques de Orlando – Sea World Parks

Discovery Cove – Respeito, inclusão e diversão criam memórias inesquecíveis para todos os tipos de visitantes – Arquivo pessoal

Quando falamos em viagem a Orlando, EUA, logo nos vem á mente, um roteiro repleto de Parques de diversão.

Os parques de Orlando estão na lista de muitas famílias. Independente de suas idades, neurotipicidade e condições físicas. Por essa razão, há um constante movimento de capacitação de funcionários. Somado á adequação desses lugares para receber visitantes com diferentes perfis e necessidades. Contudo, há muitas situações que vão além do controle de funcionários bem treinados. Como a quantidade de estímulos visuais e sonoros. O que compõe a magia. Entretanto, pode trazer um grande desconforto ao visitante atípico.

Tendo esse cenário em vista, como mãe de adolescente com autismo, procuro sempre minimizar o que está em meu controle. Adaptar a viagem às necessidades dele, como indivíduo único, traz também um conforto para toda a minha família.

Enquanto a maioria das famílias se organiza para fazer uma quantidade de parques em um breve período – geralmente, um parque por dia – a nossa família, passa um dia no parque e no dia seguinte faz uma atividade mais tranquila. O que requer menos tempo e que nos permite descansar e sair da correria. Por isso, nesse texto (parte 1), falo apenas dos parques que visitamos e seus diferenciais no quesito, inclusão.  

No topo da lista, ao identificar o forte trabalho de inclusão feito pelo time do Sea World Parks – que incluí os parques: Sea World, Busch Gardens, Discovery Cove e o Aquatica, decidimos que essa seria nossa 1ª opção.

RIDE ACCESSIBILITY PROGRAM – RAP

O Sea World Parks oferece um cartão de acessibilidade aos visitantes com necessidades especiais ou limitações físicas em todos os parques da rede. O cartão permite acesso á filas especiais (geralmente mais rápidas), e acomodações especiais que garantem mais conforto.

O processo é muito simples. Na entrada do parque, o visitante ou a família do indivíduo com necessidades especiais, se dirige ao Guest Services (atendimento ao cliente) e solicita o cartão. Ali, um dos funcionários (team member) entenderá suas necessidades e fornecerá o cartão dando todas as informações necessárias. Minha dica “extra” é: sempre consultar as regras e opções previamente á visita. Como resultado, você evita dúvidas e garante mais entendimento do que é e o que o programa comtempla. Por isso, acesse aqui.

adrenalina pura

Como já mencionei em outros textos, minha família é constituída de jovens em diferentes idades (26, 18, 17 e 15 anos). Rafael, o mais jovem, é atípico, com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Mesmo de nível de suporte leve, ele enfrenta muitos desafios. Alguns deles, são sem dúvida lidar com longas esperas, locais com muita concentração de gente, muitos sons e incidência de luzes.

Iniciamos nossa viagem em família no Busch Gardens, já que é um parque com bastante área ao ar livre, e opções que vão além das montanhas russas.

Notem que meu filho nunca havia tido uma experiência com muita adrenalina. O que para mim, como mãe, era um ponto de interrogação quanto ao que essa aventura poderia significar para ele e causar. Por isso, chegamos ao parque e decidimos que meu marido ficaria com os outros 2 filhos (18 e 17 anos) desbravando os brinquedos mais radicais. Enquanto eu e Rafael (TEA), passearíamos pelo parque, explorando as possibilidades.

De forma bastante tranquila, estudamos o mapa, as atrações e deixei que meu filho, me guiasse de acordo com o que ele desejava fazer. E para minha surpresa, após pouco mais de 1 hora passeando no parque e curtindo atrações “leves”, meu filho decidiu que gostaria de experimentar algo mais “radical”. E lá fomos nós.

De forma natural e genuína, Rafael aproveitou todas as atrações as quais se sentiu á vontade – Arquivo pessoal

a primeira vez

Como tínhamos acesso rápido á todas as atrações, não enfrentamos filas. O que não causou o desconforto e nem a ansiedade da espera. E logo estávamos sentados em um dos carrinhos da 1ª montanha russa.

Confesso que o nervoso pairava no ar, tanto meu, quanto dele … me certifiquei algumas vezes que ele estava “ok” com a escolha antes da partida do nosso carrinho. E vualá … ali começava a 1ª experiência dele com adrenalina, medo e ao mesmo tempo, a sensação de poder estar ali. E tudo saiu tão bem que nos juntamos ao resto da família e praticamente “gabaritamos” o parque. Deixando 3 atrações para uma próxima visita!

Aqui, é importante salientar que todos os funcionários ao tomarem conhecimento que Rafael é atípico, trouxeram palavras de conforto, brincaram com ele para quebrar o gelo e se certificaram que ele (e nós) estávamos bem.

águas calmas

Com perfil completamente diferente dos demais parques de Orlando, o Disovery Cove é um oásis em meio á frenesia. Lá, o ritmo é mais lento e o contato com a natureza desacelera os corações adrenalizados.

A inclusão é visível já no atendimento da chegada ao ver funcionários com necessidades especiais no “front“. O que particularmente me agrada muito, pois sinto que a empatia é ainda maior.

Esse é um parque de águas. Logo, dias mais quentes trazem maior conforto ao visitante. Há também um limite controlado de visitantes por dia e por atração que requer agendamento no momento da chegada. Logo, o dia flui de maneira mais tranquila, organizada e sem aglomerações e muito barulho. Note que não há tobogãs e nem atrações mais eletrizantes. Ali, a experiência inclui nado com lontras, arraias e golfinhos.

Sea Venture uma aventura inclusiva debaixo d´água – Arquivo pessoal

Durante nossa permanência, todos os funcionários pareciam estar cientes de que em nossa família, havia um membro com TEA. Apesar de não portarmos uma identificação óbvia. E nossa experiência foi impecável, em todos os sentidos. Igualmente, o parque se orgulha de ser um Centro especializado em Autismo. E pude ver que não é apenas teoria

Por se tratar de um parque all-inclusive, a alimentação e as bebidas não alcoolicas, são oferecidas aos visitantes, sem custo adicional. Um largo buffet é preparado, com opções frescas ou feitas na hora, para todos os gostos. Eu, como vegetariana que sou, não tive problemas em me alimentar. Por outro lado, no caso de alimentação seletiva, vale se informar de como proceder, uma vez que não é permitido levar alimentos de fora do parque.

No Discovery Cove, destaco a experiência de mergulhar com escafandro – um capacete com oxigênio que permite a permanência submersa no tanque de água para observação de diferentes espécies marinhas. Chamado de Sea Venture, a atividade encantou á toda minha família e deixou Rafael bastante tranquilo. Não há necessidade do uso de máscaras e respiradores. O capacete usado, se assemelha aos capacetes de astronautas e os “mergulhadores” respiram como se estivessem fora d´água.

meio á meio

Nem muita adrenalina e nem muita calmaria. O tradicional e mais conhecido parque do grupo, é o Sea World.

O parque vem se adaptando aos dias atuais. Consequentemente, reduziu a quantidade de shows e atrações com animais. E trouxe ao menu, as tão disputadas montanhas russas.

Meus filhos, parte de uma geração que não fica confortável com o uso de animais para o entretenimento, não estavam interessados em assistir aos shows. Queriam sentir o friozinho na barriga. Por consequência, exploramos as atrações mais radicais. E aqui destaco a ousadia do meu filho em experimentar a montanha russa em que os usuários vão em pé. Ele literalmente surfou no ar!

Pipeline, a montanha-russa que atrai milhares de visitantes ao Sea World – Imagem de divulgação

Vale dizer que, ao longo do parque há uma variedade de comodidades como: Dispositivos e roteiros de escuta assistida para os shows, interpretes de linguagem de sinais (ASL – língua de sinais americana), fones redutores de ruídos, assentos especiais para cadeirantes e banheiros adaptados.

Cães-guia (service dogs) são bem vindos em todos os parques (porém não podem entrar na água).

O parque também conta com uma sala silenciosa (quiet room), onde os visitantes podem descansar em um ambiente tranquilo.

dica de mãe atípica

Além do programa de acessibilidade RAP, vale solicitar o guia sensorial. Uma ajuda extra para entender quais as atrações mais desafiadoras, com luzes fortes, ruídos altos ou outros tipos de estímulos.

Cacá Filippini ao lado de seu filho com TEA durante férias em Orlando, EUA

Como os parques demandam de longas caminhadas e oferecem atrações que também molham o visitante, sugiro levar uma mochila com itens que você possa precisar. Com exceção do Discovery Cove, os demais parques permitem que os visitantes levem alimentos e bebidas, o que pode trazer mais conforto para vocês.

Procure chegar cedo aos parques. Inclusive, antes ou próximo ao horário de abertura. Isso facilita o estacionamento mais próximo aos acessos aos parques. Consequentemente, o parque também estará mais vazio, o que pode ajudar na adaptação ao local e organização das atividades.

Concluindo, como disse antes, para não sobrecarregar meu filho, intercalamos parques á outras opções de passeios. Se você busca sugestões do que fazer em Orlando, além de parques, confira o próximo texto.

FOZ DO IGUAÇU: UM DESTINO PARA TODOS

Foz do Iguaçu, é conhecida por suas majestosas Cataratas do Iguaçu. Por sua beleza natural, o destino atrai turistas do mundo inteiro. Por isso, está na lista de desejos de muitos viajantes brasileiros.

Registro de visita ao Marco das 3 Fronteiras

Oferecendo não apenas uma experiência deslumbrante na natureza, o destino também se destaca por seu compromisso com o turismo inclusivo. E o trade turístico se empenha cada vez mais, para tornar as maravilhas do destino 3 em 1, acessíveis a todos os visitantes – independentemente de suas habilidades ou necessidades.

Falamos 3 em 1, porque a cidade paranaense faz fronteira com 2 outros países: Paraguai e Argentina. Dessa forma, proporciona ao viajante, a experiência de tomar café da manhã no Brasil, fazer compras durante o dia no Paraguay e jantar na Argentina.

VIAGEM EM FAMÍLIA ATÍPICA

Eu mesma, Cacá Filippini, pude fazer isso com minha família em nossa recente visita no final de 2023. De 6 que somos, estávamos em 4: eu, meu marido, enteado de 18 anos e meu caçula, Rafael – adolescente de 15 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Como já contei aqui, viagens para pessoas com autismo são sempre desafiadoras. E se viagem significa quebra de rotina para nós, para eles, vem acompanhado de muitos outros desafios. Contudo, é preciso diferenciar a palavra desafio de impossível. Desde pequena, por influência familiar, viajo pelo Mundo. E mesmo após a maternidade atípica, esse meu estilo de vida não mudou.

Ajustei alguns detalhes, entendi as possibilidades e criei mecanismos, para que, todos nós pudéssemos aproveitar cada destino, dentro dos “quereres” individuais.

hospedagem

Sabendo que Foz do Iguaçu em dezembro costuma ter temperaturas mais elevadas, optamos por um hotel com piscina e área verde. O que também favoreceu ao descanso e ao estado de carga emocional do meu filho, Rafael.

Registro de nossa estada em Eco Cataratas Resort por 196Clicks

O Eco Cataratas Resort foi perfeito em todos os sentidos. Próximo aos principais pontos turísticos. Suítes amplas. Piscinas em diferentes pontos do hotel, o que ajuda na distribuição de hóspedes. Sala de jogos. Recreação infantil. Buffet com ampla variedade no café da manhã. Restaurante a la carte para almoços e jantares.

Também vale dizer que, como de praxe, informei a recepção de que tínhamos entre nós, um viajante TEA. O que certamente foi positivo para que eles pudessem também contribuir para o nosso bem-estar. Um bom exemplo: acomodar nossa família em andar mais alto, com quarto virado para o lado com menos ruídos e no final do corredor. Longe da movimentação de elevadores e demais quartos.

logística

Juliano e Rafael: empatia, carinho e profissionalismo

Esse é um ponto que costumo olhar com bastante atenção. Sabendo que tínhamos em nossa programação visitar algumas atrações turísticas e cruzar as fronteiras com os outros 2 países, ter alguém que fizesse nosso “leva e traz” era preciso. Mas tenho que destacar, a cereja do bolo dessa nossa recente estada: Juliano, o motorista da Van que cuidou da nossa logística desde o desembarque até a nossa partida.

Pensa naquelas surpresas boas que a vida nos proporciona. Além do cuidado com a nossa família num todo, o zelo e o profissionalismo, tornaram mais confortável cada deslocamento nosso.

Ademais, ter um motorista local nos ajudou a organizarmos melhor nosso cronograma. Não apenas nas travessias de fronteiras, como também, na seleção de melhores lugares para compras. Bem como, melhores horários para as visitas às atrações turísticas.

É importante acrescentar que, em sua maioria, os serviços de transporte público em Foz do Iguaçu foram adaptados para atender às necessidades de turistas com mobilidade reduzida.

família aventureira

Quem me segue sabe que tenho uma inclinação á esportes, adrenalina e natureza. Consequentemente, formei uma família adepta a esse trio.

Dessa forma, visitar as Cataratas, no Parque Nacional do Iguaçu, incluiu as famosas trilhas de onde avistamos as Cataratas Argentinas, o passeio pelas pontes que passam por cima das quedas brasileiras e ainda a adrenalina do Macuco Safari.

Foram tantos os passeios que fizemos ao longo da semana, que hoje vou compartilhar a 1ª parte com vocês.

as cataratas

Em síntese, são aproximadamente, 185mil hectares de Parque, só no lado brasileiro. Mas os visitantes tem acesso restrito á área. Acessando as trilhas através do ônibus do parque ou veículos previamente autorizados. Por haver muita vida silvestre por lá, há um controle rígido de velocidade. E a vigilância é constante em todas as áreas públicas, sendo uma atração bastante segura.

Para avistar as Cataratas – consideradas Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco – é importante ressaltar que boa parte das trilhas não possuem rampas de acesso e contém degraus. Entretanto, plataformas elevadas, trilhas adaptadas e elevador em alguns pontos de interesse, transpõem algumas barreiras. Por isso, permitem que todos os visitantes apreciem a grandiosidade das quedas d´água.

Formadas há 18km da junção com o Rio Paraná, as cataratas surgem do desnível do Rio Iguaçu, em 275 quedas de 65m de altura. O espetáculo acontece com uma vazão média de 1.500m³ /segundo em uma largura de 2.780m. Um show que pode ser contemplado de diferentes ângulos ao longo das trilhas de acesso e plataformas sobre as quedas.

adrenalina nas cataratas

Imagine um passeio cheio de emoção, que vai te levar até o encontro das quedas d´água mais famosas do Brasil, percorrendo o Rio Iguaçu a bordo de um bote e chegando bem pertinho de algumas quedas.

O passeio é dividido em algumas fases. Inicialmente, fazermos um percurso em carro aberto por dentro da Mata Atlântica. Nesse momento, um guia nos acompanha e ao longo do percurso nos conta curiosidades sobre as espécies de árvores, plantas e vegetação da região.

A bordo de um bode, embarcamos no Macuco Safari

O segundo momento se divide entre a possibilidade de embarcar em um veículo menor ou fazer uma caminhada por trilha, para chegar à base de onde saem as embarcações.

Nessa base, os visitantes têm banheiros, guarda volumes e uma lojinha para eventuais compras. É ali que você recebe e veste o colete de uso obrigatório para o passeio.

dicas de mãe para mães

Há quem embarque com capa de chuva achando que vai permanecer seco, mas, preciso alertar que independente do local que você se sente, você vai se molhar. Fotos e vídeos também podem ser contratados com a equipe. Caso você embarque com celulares e equipamentos, a responsabilidade por eles, é totalmente sua.

Sendo meu filho bastante receptivo á aventuras e á novas experiências, fomos conversando com ele sobre como seria o nosso passeio. E nos certificamos que seria algo agradável para ele. Optamos por um horário, com menos Sol na cabeça. Aliás, chegamos bem cedo no parque e decidimos fazer todas as atrações antes do almoço, que aconteceu lá no parque mesmo, no restaurante Porto Canoas.

Rafael estava tranquilo ao embarcar. Mas mesmo assim, decidi amenizar a intensidade da aventura. Sentamo-nos na parte traseira do bote, onde é mais estável e permanece menos tempo abaixo das quedas. Uma decisão assertiva ao sentirmos a pressão d´água caindo sobre nós. E o tempo de permanência debaixo da queda. Também é válido lembrar que a parte da frente do bode, tende a inclinar mais. Em decorrência disso, a adrenalina e o medo podem ser maior embora o passeio seja seguro.

além das cataratas

Os atrativos de Foz do Iguaçu vão muito além das Cataratas. Visto que a cidade possui passeios gratuitos e pagos, para todas as idades.

Localizado na divisa entre o Brasil, Argentina e Paraguai, o Marco das Três Fronteiras  é um dos principais pontos turísticos. No exato ponto da tríplice fronteira, avistamos o obelisco da Argentina e Paraguai, além do encontro dos rios Iguaçu e Paraná. Inclusive, ali fizemos a famosa foto na placa de direção aos 3 países.

Atualmente o local oferece algumas apresentações aos visitantes. Por ser um local bastante procurado, consultamos o pessoal do Visit Iguassu – Associação local do Trade Turístico que nos apoiou, e nosso motorista, Juliano, na questão “melhor horário”. Chegamos por lá no meio da tarde, o que nos possibilitou visitar o local com tranquilidade e tempo suficiente para conversarmos sobre a história, a cultura e curiosidades da fronteira.

Para fecharmos o dia, com uma outra perspectiva da fronteira, embarcamos na Yup Star . Uma roda-gigante de 88m de altura, com 36 cabines climatizadas. Embora cada cabine leve até 8 passageiros, fomos em uma cabine só para nós 4. A volta completa da roda, leva cerca de 20 minutos. A cabine quase não balança. Logo, pudemos contemplar o Sol se pôr diante dos nossos olhos, sem medo e por um ângulo de 360◦, nas alturas.

para todos os gostos

A cidade que está há cerca de 637km da capital Curitiba, reúne algumas atrações presentes em outras cidades brasileiras também.

Estou falando do Dreams Park Show, com 6 atividades diferentes.

Dreamland Museu de Cera: com 17 cenários e pouco mais de 100 esculturas de personagens e celebridades feitas em cera.

Dreams Ice Bar: Um pequeno bar fechado com bebida á vontade servido em copo de gelo. Lá a temperatura é de -10◦C e tudo é feito em gelo. Todos os visitantes recebem casacos e luvas para entrarem na atração.

Há um tempo máximo de permanência, mas é possível deixar o local a qualquer momento. Vale dizer que o local aglomera pessoas, o som é alto e há muitas luzes. Nosso tempo de permanência foi de menos de 5 minutos.

Essa é uma atração que deve ser previamente agendada.

Dreams Motor show: Uma exposição de motos raras e estilizadas dentro de um bar/restaurante. Para os amantes de motos, um prato cheio. Nas noites de 6ª feira e sábado, há shows de Rock Acústico.

Vale do Dinossauro: Como o nome já diz, é um passeio por um vale com bonecos de dinossauros gigantes que emitem sons e fazem movimentos. Ideal para famílias com crianças pequenas.

Nessa mesma área, está o Dino Adventure com arvorismo, pontes suspensas e uma tirolesa de 100m para os pequenos mais aventureiros.

Maravilhas do Mundo: um local repleto de cenários com réplicas das mais famosas construções do Mundo.

Vale dizer que nesses locais, alguns cenários não podem ser fotografados pelos visitantes, salvo quando há contratação dos fotógrafos locais. Em alguns cenários, é possível se caracterizar para as fotos.

juntando o útil ao agradável

Em viagens em que meu filho atípico está, sempre temos pausas importantes. De modo que um dia curtindo o hotel, pode ser a oportunidade de fazermos uma programação ao final do dia ou á noite.

Sair para jantar, fica mais divertido para a família se o local escolhido for temático.

Por isso, reservamos uma noite para o Bonnie´s burger, uma hamburgueria no estilo anos 50 retrô americano. Além de hamburgueres, a lanchonete oferece em seu menu milkshakes e sorvetes. Combinação perfeita para nos refrescar enquanto assistimos ao Wonder Water show. Um show de águas com projeções de luzes ao ritmo de músicas, que acontece no lago do complexo Wonder Park Foz .

Ademais, os visitantes podem acessar o Movie Cars Entertainment. Local com mais de 40 réplicas oficiais de carros de cinema.  

Pensa o sucesso com meus meninos ….

surpresa boa

Antes de fechar o texto de hoje com a 1ª parte do que fazer em Foz do Iguaçu com viajante atípico, não posso deixar de compartilhar nossas saborosas descobertas no quesito “lugares para comer”.

Além do farto buffet de almoço no Porto Canoas com vista para as Cataratas dentro do Parque Nacional do Iguaçu, tivemos algumas experiências gastronômicas muito boas durante a nossa estada na cidade paranaense.

A começar pelo restaurante do hotel, que mencionei mais cedo. Comida super bem feita tanto no almoço quanto no jantar e pratos muito bem servidos. A melhor experiência que tive, ao comparar a outros restaurantes dentro de hotéis que já me hospedei.

Ponto alto no quesito jantar com pizza: Quinta da Oliva

Ainda destaco a Búfalo Branco Churrascaria, que embora seja uma churrascaria (sou vegetariana e o Rafa não consome muita carne por gosto próprio), o buffet tem muita opção para quem tem um paladar mais seletivo. E foi uma boa escolha para nossa família.

Contudo, tenho que destacar a Pizzaria Quinta da Oliva e suas pizzas extremamente bem feitas, que esbanjam sabor. A Pizzaria tem 2 grandes salões, o que facilita na questão de optar por uma mesa em local mais tranquilo. As pizzas são assadas em forno á lenha e o serviço é ágil e muito profissional. Daqueles lugares que queria ter perto de casa!

Essa é a 2ª vez que visito Foz do Iguaçu com meus filhos e, cada nova estada, é um convite para retornarmos.

A cidade não apenas encanta os visitantes, mas também promove uma visão de turismo que acolhe a diversidade em todas as suas formas. Seja explorando as Cataratas ou absorvendo a cultura local, Foz do Iguaçu se destaca como um destino verdadeiramente inclusivo para todos. E em nosso próximo encontro aqui, compartilho com vocês, nossa experiência além da fronteira e programas que misturam o contato com a natureza, a educação ambiental e vivências turísticas inclusivas.

Nos vemos em breve!

dicas de como melhorar a experiência do viajante com autismo

Viajante com autismo contempla vista em janela de avião

Final de ano, férias ou feriado, sempre foram convites para que nós fizéssemos nossas malas e aproveitássemos alguns dias “OFF” em algum novo destino. Entretanto, com a chegada do meu caçula há 15 anos, esse cenário precisou ser revisado e adaptado para nossa nova realidade.

Embora muitas famílias prefiram não arriscar, como mãe de um adolescente atípico que sou, decidi experimentar possibilidades para que ele pudesse aproveitar esse momento conosco e nós com ele.

quebra na rotina

Vale dizer que nem todas as quebras de rotina, foram boas. Tivemos situações difíceis e outras, maravilhosas que já contei aqui.

Com o objetivo de melhorar a experiência do viajante com autismo, ao longo desses 15 anos, criei uma espécie de cartilha como mãe, com conselhos de especialistas, vivenciais de outras famílias atípicas e claro, com a opinião do meu filho.

Ademais, é importante ressaltar que viajar pode ser uma experiência emocionante, mas que para viajante com autismo, pode trazer desafios únicos. Entretanto, com algumas adaptações e considerações especiais, é possível criar um ambiente mais confortável e inclusivo para tornar a viagem uma experiência positiva para todos.

planejamento

   – Faça um planejamento detalhado da viagem, incluindo horários, itinerários e atividades planejadas. A previsibilidade pode reduzir a ansiedade.

   – Informe, antecipadamente, ao viajante com autismo, sobre os detalhes da viagem. Comunique claramente os detalhes da logística. Tipo de transporte, os possíveis desafios, o tempo de permanência em cada estágio da jornada e informações acerca do destino em si. Mas atenção para não sobrecarregar o viajante com autismo com muita informação.

   – Utilize recursos visuais. Cronogramas visuais, mapas ou listas de verificação, ajudam o viajante com autismo a compreender e seguir a sequência de eventos durante a viagem. Com nosso adolescente, repassamos a rotina do dia seguinte, na noite anterior. Funciona bem!

   – Como responsável pelo viajante com autismo, pesquise as políticas e serviços específicos da companhia aérea, empresa de ônibus, ou outro meio de transporte. Algumas empresas oferecem assistência especial para passageiros com necessidades específicas. E mesmo que não ofereçam, muitos funcionários, quando solicitados, nos ajudam.

#partiu e agora?

   – Escolha Assentos Estratégicos. Ao reservar assentos, escolha aqueles que proporcionem mais conforto e menos estímulos visuais ou sonoros. Além disso, alguns meios de transporte oferecem áreas designadas para passageiros com necessidades especiais.

   – Tenha à disposição itens familiares e confortáveis, como travesseiros, cobertores ou brinquedos favoritos. A fim de criar um ambiente mais acolhedor.

   – Fones de ouvido com cancelamento de ruído podem ser úteis para reduzir estímulos sonoros e proporcionar um ambiente mais tranquilo. Durante algum tempo meu filho fez uso. Hoje em dia, ele opta em usar fone tocando suas músicas preferidas. Portanto, sente-se confortável com o que ouve.

   – Esteja atento às sensibilidades sensoriais do passageiro. Algumas pessoas com autismo são sensíveis a luzes fortes, cheiros ou texturas. Respeite essas necessidades ao planejar atividades e escolher locais. Mesmo que não consiga controlar o ambiente por todo, ter contigo alguns itens de uso frequente do viajante, podem ajudar. Meu filho por exemplo, gosta de contribuir na hora de organizar a mala de bordo. Inclusive em viagens de carro ou ônibus.

antecipe-se ao desconforto

   – Tempo extra para check in e embarque. Costumo dizer que para o sucesso de uma viagem, precisamos ter uma jornada tranquila. De modo que quando falo “jornada”, me refiro á todas as etapas da viagem. Então, o dia “D”, precisa ser o mais tranquilo possível. Aeroportos são tumultuados, em especial durante a época de festas e férias. Sendo assim, se antecipe em tudo que puder.  

   – Complementando o item anterior: Esteja aberto à flexibilidade no itinerário. Se possível, reserve tempo para pausas e intervalos, permitindo que o passageiro relaxe e recarregue durante a viagem. Alguns aeroportos e rodoviárias têm espaços destinados para essas pausas.

   – Há que não goste ou discorde, mas eu como mãe atípica, sempre preferi conversar com as pessoas que nos cercam sobre detalhes relevantes para o conforto do meu filho. Sabemos que muitas pessoas e empresas vem se educando sobre TEA e PCDs. Mas sabemos também, que esta realidade está aquém do “mundo ideal”. A viagem, é um momento que tem como premissa, construir boas lembranças. Nesse sentido, eu, Cacá Filippini, prefiro me antecipar á possíveis desconfortos. A compreensão e sensibilidade da equipe que nos atende, podem fazer toda a diferença na experiência do viajante com autismo.

Por fim, precisamos ter em mente que somos seres humanos. Respondemos ao ambiente em que estamos inseridos. Não temos um padrão engessado de comportamento. A pessoa com Transtorno do Espectro Autista também. Portanto, compreenda que o processamento de informações pode levar mais tempo. Dê espaço para que o viajante com autismo, processe as informações e evite pressionar para respostas rápidas.

Ao implementar essas dicas e se manter aberto á ouvir a pessoa com TEA, é possível criar uma experiência de viagem mais positiva e inclusiva. Como resultado: a oportunidade de explorar o mundo com mais conforto e confiança.

Viagem inclusiva ao Pantanal Sul

Turismo inclusivo: registros da estada na Pousada Xaraés, Pantanal Sul (arquivo pessoal)

O Pantanal Sul Matogrossense é um lugar de beleza indescritível, um paraíso natural que encanta os olhos e a alma de todos que têm o privilégio de visitá-lo. Localizado no coração do Brasil, é a maior área alagada contínua do planeta. Portanto, um dos ecossistemas mais ricos e diversos do mundo.

É ali que se encontram algumas das espécies mais icônicas e ameaçadas do continente, como a onça-pintada, o tuiuiú, a arara-azul, o jacaré e o tamanduá-bandeira. A diversidade de aves é especialmente impressionante. De modo que são mais de 650 espécies registradas, fazendo do Pantanal um verdadeiro paraíso para os observadores de pássaros. E um local repleto de sons, que formam o que chamo de “o barulho do silêncio”.

Especificamente, esse foi o cenário que acolheu a mim, meu marido, nosso caçula Rafael (14, que tem TEA) e nosso outro filho, Allan (17) por 5 dias. Na região banhada pelo rio Abobral, munícipio de Nhecolândia, Mato Grosso do Sul, em uma fazenda de 400 hectares que recebe hóspedes e leva o nome de Pousada Xaraés.

Como chegar

Nosso ponto de partida, Aeroporto de Congonhas – SP, com voo direto à Bonito. Antes de tudo, é importante dizer que desde 2 de dezembro/21, a Gol Linhas Aéreas mantém voos diretos com duas frequências semanais para a cidade do Mato Grosso do Sul, sem escalas, às quintas e aos domingos. Nos dois dias, os voos têm saídas e chegadas previstas: de Congonhas (CGH) às 12h40, com pouso no Aeroporto Regional de Bonito (BYO) às 13h40; e, no sentido contrário, da cidade do Mato Grosso do Sul às 14h20, para desembarque na capital paulista às 17h10.

Logística é um item bastante importante, uma vez que estamos falando de viagem em família com autista. Consequentemente, menos tempo de percurso aéreo ou rodoviário são sempre bem-vindos para o Rafael (14, autista).

Trajeto rodoviário (Google Maps), Cacá e família navengando no Rio Abobral, Pantanal Sul (Arquivo Pessoal), trajeto por águas (Strava) e foto área da Pousada Xaraés (divulgação)

De Bonito à Nhecolândia, ainda tínhamos 261km pelas rodovias MS-178 e BR-262 , o que acrescentou pouco mais de 3h30min ao nosso deslocamento. Além do mais, visitamos o Pantanal no começo do mês de maio, época em que muitas das estradas ficam alagadas, por isso, não conseguimos chegar ao nosso destino final, de carro. De modo que, os últimos 16km, viraram 18km via Rio Abobral, o que resultou em 1h15min á mais. Trecho esse, que embora pudesse ser uma perrengue de viagem, foi nossa primeira experiência imersiva no Pantanal de Corumbá.

Regiões do Pantanal

No Brasil, o Pantanal se divide entre os Estados de Mato Grosso do Sul (MS) e Mato Grosso ((MT). De modo que são 10 as principais regiões pantaneiras sul: Corumbá (nosso destino), Aquidauana, Miranda, Ladário, Porto Murtinho, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, Anastácio, Bonito e Botoquena. Região conhecida também por Pantanal Sul ou Pantanal Maior.

Contudo, vale dizer que o Pantanal também se distribui em outros 2 países além do Brasil: Paraguai e Bolívia.

O Pantanal é conhecido por seus ciclos sazonais de inundação e seca, e os períodos de cheia e vazante são características desse ecossistema. Entretanto, a região acumulava alguns anos de seca constante e incêndios frequentes. Em dezembro de 2022, tive a oportunidade de conhecer a região de Aquidauana e Miranda, em uma viagem solo, e me deparei com rios praticamente secos, animais dividindo o que restava de água e campos com mata amarelada, castigada pela seca.

Em maio, ao retornar com minha família, me deparei conheci um outro Pantanal, cheio de rios transbordados, áreas baixas alagadas e muitas cores.

Arquivo pessoal de imagens feitas por Cacá Filippini no Pantanal Sul – abril/23

Assim, vale dizer que essas imensas áreas alagadas, abrigam uma grande variedade de plantas aquáticas, como vitórias-régias e aguapés, que embelezam ainda mais a paisagem, harmonizadas perfeitamente com as matas ciliares e as áreas de cerrado.

A cheia no Pantanal é um momento crucial para a vida selvagem e para o ecossistema como um todo. As áreas alagadas fornecem alimento, abrigo e condições de reprodução para a diversidade de espécies, incluindo peixes, aves, répteis e mamíferos.

Imersão no pantanal

Temos que combinar que para aqueles que vivem nas grandes cidades, sufocados pelas filas quilométricas de carros, transporte público lotado, relógios cronometrados segundo á segundo e em estado de alerta constante, escapar um pouco para uma cidade de interior, já é um alívio.

Agora imagina um local onde o silêncio é preenchido com os sons da natureza e ao invés de prédios, mais de 50 tons de verde, árvores centenárias, uma cartela de cores distribuídas nos pássaros, flores e frutos, enchem os nossos sentidos. Um local onde o tempo é regido pelo nascer e o pôr do Sol. Não há necessidade de relógios. E os celulares funcionam apenas quando conectados á um ponto de wi-fi fixo. É um convite para conectar-se a si e ao ambiente que nos cerca.

Tenho que confessar que me arrisquei ao levar dois adolescentes para o meio do nada. Mas, para a minha surpresa, ouvi do Allan (17), que essa havia sido a viagem mais transformadora de sua vida! E de Rafael, que gostaria de voltar durante as férias escolares!

Benefícios do contato da Natureza para pessoas Autistas

De uma forma bastante resumida, podemos elencar pelo menos 6 benefícios que uma experiência imersiva à natureza, proporciona à pessoa autista:

  1. Estímulo sensorial controlado: A natureza oferece uma variedade de estímulos sensoriais que podem ser mais previsíveis em comparação aos ambientes urbanos e fechados, dando mais conforto e equilíbrio ao autista;
  2. Redução do estresse e ansiedade: A atmosfera tranquila, os sons suaves da natureza e a beleza serena do ambiente, acalmam e relaxam;
  3. Estímulo ao processamento cognitivo e atenção: a natureza oferece uma variedade de estímulos visuais, sonoros e táteis. Isso pode ajudar na concentração, observação e interação com o ambiente natural, promovendo o aprendizado e a exploração;
  4. Estímulo à comunicação e interação social: Passeios ao ar livre, atividades em grupo e experiências compartilhadas na natureza, podem facilitar a comunicação verbal e não verbal. Com isso, promovem interação social de forma mais confortável e natural;
  5. Estímulo à exploração sensorial e interesse pelo que o cerca: A natureza é um mundo muito rico, com texturas, aromas, cores e sons. Isso pode despertar o interesse e curiosidade da pessoa autista, encorajando-o a explorar o ambiente e se envolver com a natureza de maneiras únicas;
  6. Oportunidade de aprendizado e desenvolvimento de habilidades: Atividades ao ar livre, estimulam habilidades motoras e de resolução de problemas, orientação espacial e compreensão do ambiente que o cerca. Além de aprendizado a cerca da biodiversidade, ecologia e sustentabilidade.

Vivências pantaneiras na Pousada Xaraés

Chegamos na pousada, como dito anteriormente de barco. No comando, Alex, funcionário da fazenda, responsável por uma série de tarefas que compõe à rotina do lugar. Localmente, recebe o nome de peão. De baixa estatura, trajado literalmente como peão, Alex carregava seu chapéu na cabeça, facão e amolador na cintura de sua calça jeans. Inicialmente, de pouca fala, Alex chamava nossa atenção para animais que cruzavam o nosso caminho e algumas espécies de plantas e árvores locais.

Ao chegarmos na Pousada, descemos em um píer e fomos recebidos por Sandra, proprietária da fazenda que deixou Maringá-PR para realizar o sonho de viver no Pantanal e Marcelo, conhecido de Sandra também do Paraná, que mudou-se com a esposa para administrar a Pousada, distante 340km da capital Campo Grande. Consequentemente, um presente para nós! Nos integramos rapidamente ao local, aos funcionários e á rotina.

Arquivo pessoal: Regsitros de Alex, Rafael e Allan durante a imersão no Pantanal Sul

Apesar de nossos filhos mal terem tido contato próximo com vacas e cavalos, em pouco tempo, os dois estavam á vontade nos estábulos, alimentando-os. Estes mesmos meninos, acostumados com computador, celular e video-game, entraram mata acompanhados de Alex, que se tornou nosso guia e referência para eles, e lá foram colher plantas para criar pastos artificias, nas áreas secas, para que os animais pudessem se alimentar. Os adolescentes, que sentam-se diariamente em carros com janelas fechadas e ar condicionado ligado, estavam ali, cavalgando cada um em “seu” cavalo, nas áreas pantaneiras secas e alagadas.

Tudo acontecia de forma genuína e orgânica. Ora, visualizava Rafael em meio as vacas, ora brincando de pega-pega com as cabras. Em outros momentos, lá estava ele, conversando com as Araras ou abraçado á um porco Cateto (nome popular que se dá ao Caititu).

Arquivo Pessoal: Registros de Rafael interagindo com animais na Pousada Xaraés, Pantanal Sul, MS

Rafael literalmente estava realizado. Feliz, interagia com tudo e todos. Estava curioso, com sede de aprender e viver novas experiências. Foi incluído por todos, em especial, por Alex, que se mostrou extremamente paciente e parceiro do Rafa, ajudando-o nas realizações daquilo que o interessava, guiando-o quando necessário e respeitando-o seus momentos de regulação.

Ali, vi nossos filhos remarem uma canoa ao pôr-do-Sol. Observei-os criando conexões com a natureza. Testemunhei 2 jovens acordarem sozinhos antes das 6 da manhã, para ajudar na alimentação dos animais da fazenda. Conheci uma nova versão, disposta á cortar, carregar e sentar por cima da palha em trajeto de barco, sem frescura, sem preguiça, simplesmente, como parte daquele ecossistema.

dicas de viagem com autistas

Viajar com uma pessoa autista pode trazer desafios únicos, mas também pode ser uma oportunidade incrível de vivenciar o mundo de uma forma diferente e enriquecedora. É claro que é importante compreender as necessidades e características individuais da pessoa autista para tornar a jornada mais tranquila e prazerosa para todos.

Primeiramente, é essencial ter em mente que cada indivíduo é único e que o autista, por estar em um espectro, também não tem padrões. Por isso, antes da viagem, é fundamental conversar com a pessoa autista. Em casa, sempre falamos das possibilidades e ouvimos suas preferências. E entendemos que nem sempre o “não” dito naquele momento, será “não” durante a viagem também, assim, vice-versa.

Informar àqueles que irão nos receber, também é de extrema importância. Autismo não tem cara e ninguém é obrigado a saber ou entender do assunto, como nós.

Por fim, destinos como o Pantanal, podem ser uma experiência bastante positiva para a família que viaja com autista. A natureza, oferece um ambiente acolhedor, rico e terapêutico que contribui para o bem-estar, de pessoas típicas e atípicas. Em resumo, é uma excelente opção como turismo inclusivo.

Por conseguinte, o Pantanal Sul Matogrossense é uma verdadeira joia do Brasil. Suas belezas naturais, sua fauna exuberante, suas águas cristalinas e seus pores do sol deslumbrantes tornam esse lugar único no mundo. É um destino imperdível para quem busca se encantar com a natureza em sua forma mais selvagem e preservada. Uma visita ao Pantanal é uma experiência transformadora, capaz de despertar um profundo senso de admiração e respeito pela riqueza natural que o nosso planeta tem a oferecer.

Para mais informações, visite www.visitms.com.br , nosso apoiador principal nessa aventura!