Baja Califórnia Sur

Um retiro de corpo e alma na sofisticada Baja Califórnia Sur

O Caribe é o destino de praia mais popular do México, e atrai turistas de todo o mundo, especialmente os americanos. Do lado oposto do país, há um destino de praia bem mais exclusivo. O turista dos EUA é o visitante mais frequente também, mas aquele que está à procura de experiências mais sofisticadas. Trata-se da Baja Califórnia Sur.

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Coberta pelo Pacífico e pelo Golfo da Califórnia, repleta de belas praias e desertos, a região é um hotspot mexicano. Nos últimos anos, seu mercado imobiliário vem passando por expansão, impulsionada por californianos endinheirados à procura de um destino longe do turismo de massa.

As impressionantes casas de veraneio ao estilo Malibu e Calabasas (nas imediações de Los Angeles) vêm ganhando destaque no cenário da Baja Califórnia Sur. A região, no entanto, oferece também opções sofisticadas para quem ainda não tem uma propriedade para chamar de sua.

Uma delas está na pequena vila Todos Santos, a cerca de uma hora e meia dos dois aeroportos que servem a região (La Paz, a capital, e Los Cabos). Trata-se do hotel Paradero Todos Santos, construído no deserto e com diárias a partir de R$ 3,5 mil (valor sem taxas).

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Retiro no deserto da Baja Califórnia Sur

O conceito do Paradero Todos Santos é de retiro do corpo e alma. Para quem está acostumado a hotéis e resorts de luxo cheios de amenidades, o local pode causar certo estranhamento logo de cara, com seu conceito rústico chique.

Localizado no deserto da Baja Califórnia Sur, tem design impressionante, com amplo uso de madeira e cimento. A ideia é que tudo no Paradero Todos Santos remeta a um santuário. Spa e academia (não há aparelhos eletrônicos, apenas aqueles que auxiliam a usar o próprio corpo no exercício) estão instalados em tendas.

Diariamente, há atividades como ioga, meditação, caminhadas na praia (Palm Beach, a 200 metros do hotel) e passeio de catamarã (em grupo ou exclusivos). O conceito de alimentação e bebidas investe em ingredientes saudáveis. Os pães, por exemplo, são de fermentação natural.

Os refrigerantes, por sua vez, não estão disponíveis no hotel – que os substitui por sucos naturais combinados a água com gás. Bebidas alcóolicas, no entanto, estão disponíveis, com direito a drinks autorais e criativos e uma bela carta de vinhos.

Experiências

A restrição a alimentos não saudáveis não torna a gastronomia um problema. Pelo contrário: os pratos são saborosos e criativos, uma perfeita interpretação de um prazeroso detox. O café da manhã é outra experiência impressionante.

A la carte, tem algumas opções e sugestões. Porém, o fato é que a cozinha é capaz de preparar, de maneira criativa, qualquer especialidade de café da manhã que o cliente deseje, combinando ingredientes como pães, ovos, legumes e vegetais e queijos, por exemplo.

As amplas suítes impressionam, mas também causam estranheza em um primeiro momento (leia mais abaixo). Nelas, menos é mais. A piscina de borda infinita é climatizada e tem uma linda vista para o deserto e montanhas, além de uma segunda parte, aquecida.

Ao final de 24 horas os hóspedes já começam a se sentir revigorados. A combinação de atividades revigorantes, contato com a natureza e a alimentação saudável geram, de fato, um detox de corpo e alma e uma extrema sensação de paz.

Suítes

O Paradero Todos Santos tem 30 suítes, divididas entre garden (jardim) e mountain (montanha). As do primeiro grupo, térreas, têm 60 metros quadrados. Há opção com ou sem ofurô na varanda.

A minha hospedagem foi na categoria mountain, de 72 metros quadrados e três níveis. No primeiro está apenas a entrada. O segundo começa com uma varanda com vista para os cactus. Do lado direito está o quarto e do esquerdo, o banheiro.

Sim, é preciso atravessar a varanda ao ar livre para ir de um a outro, e no deserto, as temperaturas são muito baixas à noite. Roupões quentinhos, no entanto, estão nos quartos, para resolver esse problema.

E por falar em quartos, não há TV, nem minibar, nem telefone. O contato para solicitação de serviços é feito via WhatsApp, acessado por um QR code entregue junto com a chave, no check-in. Mas há uma deliciosa cama king size, travesseiros e plumas e enxoval de altíssima qualidade.

No quarto, além da cama, há balcões, tapete de ioga, gavetas, espelho e vistas panorâmicas para o deserto.

O banheiro, rústico, tem poucas amenidades, como xampu, sabonete líquido e secador. O box tem parede de vidro, para que o hóspede possa tomar banho observando a paisagem do deserto e montanhas.

O terceiro andar é um terraço com cadeiras de sol e uma rede para observação de estrelas. Na região desértica, elas têm um brilho impressionante, é apreciá-las antes de dormir (de preferência, muito bem agasalhado) é uma atração à parte.

Highlights sobre a Baja Califórnia Sur

Minha visita à Baja Califórnia Sur foi no início de junho, primavera nessa região do mundo. As manhãs e noites são geladas. Já os dias são quentes, com temperaturas que podem ultrapassar facilmente os 30 graus.

A aproximação à Baja Califórnia Sur por La Paz é um espetáculo à parte, com uma linda vista para o Golfo da Califórnia. Por lá, se observa diversas marinas com barcos impressionantes. Impressionantes também são as suntuosas aeronaves particulares no pátio do aeroporto.

A Baja Califórnia Sur tem a praia que é considerada a mais bonita do México, Balandra, no golfo. Fica próxima a La Paz. Por lá, foi inventada uma das bebidas mais tradicionais do país, a margarita.

A Aeroméxico e todas as companhias americanas têm voos para La Paz ou Los Cabos, com conexões em Cidade do México ou outros diversos destinos dos EUA. Eu voei com a American Airlines. Na ida, fiz conexão em Miami. Na volta, em Dallas.

Apesar de as diárias no Paradero Todos Santos partirem de R$ 3,5 mil, há algumas promoções em sites de viagem. No booking.com, por exemplo, há descontos que reduzem o valor inicial para cerca de R$ 2,5 mil no próprio mês de junho. O café da manhã é incluído.

Emiliano Rio prepara festa de Ano Novo em Copacabana

Para quem procura uma festa badalada de réveillon, os locais mais desejados são Trancoso (BA), Fernando de Noronha (PE), Jurerê Internacional (SC), São Miguel dos Milagres (AL) e Punta del Este, no Uruguai. Porém, o Ano Novo mais famoso do mundo sempre foi, e provavelmente sempre será, no Rio de Janeiro.

É lá que está o maior espetáculo da noite de Ano Novo: os fogos de Copacabana. Eu já estive uma vez ali nos arredores, e sinceramente não gostei. É bem lotado, e não tem nada a ver com a badalação de festas pé-na-areia dos locais acima.

Mas tudo muda quando há a possibilidade de assistir ao show de Copacabana em uma festa realizada por um dos hotéis mais luxuosos do Rio. O Emiliano, que fica no posto 6, em Copacabana, está promovendo uma grande celebração para o Ano Novo 2022/2023.

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Como será o Ano Novo do Emiliano

A festa de réveillon do Emiliano Rio será no restaurante no rooftop do hotel, que vem sendo uma alternativa ao Emile, no térreo. Por isso, a vista para o show de fogos de artifício de Copacabana está garantida.

O cardápio será assinado pelo chef Camilo Vanazzi. O open bar de bebidas inclui whisky Johnny Walker, gin Tanqueray, vodcas Ketel One e Ketel One Botanical e cerveja Heineken. A inspiração será na boemia carioca.

Como atrações, haverá show de Pretinho da Serrinha em estilo roda de samba, com participação da Portela. A noite terá ainda dois DJs: Sô Lyma para a abertura e Pachu para o fechamento.

Pacotes

A má notícia é que a festa é exclusiva para hóspedes. O Emiliano está vendendo pacotes que incluem hospedagem e a festa. Eles partem de R$ 26.400, já com dois pares de ingressos, com acomodação em apartamento Deluxe. Na Ocean Spa Suite, em que me hospedei quando estive no hotel, são R$ 71.200.

O pacote mais caro é o da Ocean Master Suite, de 120 metros quadrados. Nesse caso, o total sai por R$ 79.700. Outros serviços incluídos no pacote são café da manhã para duas pessoas, 15 minutos de massagem no spa, uma garrafa de champagne e Havaianas personalizadas pelo hotel. As reservas podem ser feitas por meio deste site.

Copacabana Palace

Para quem estará no Rio de Janeiro, mas sem planos de se hospedar em um hotel de luxo, o Belmond Copacabana Palace também terá sua festa de réveillon para a virada 2022/2023. Como no Emiliano, haverá DJs, bandas e possibilidade de acompanhar os fogos de Copacabana, embora não com uma vista tão privilegiada como a do restaurante rooftop.

Isso porque a festa do Copacabana Palace, que é bem maior (e menos intimista, portanto) que a do Emiliano, será realizada em três diferentes salões do hotel.

O réveillon do Copa também terá open bar e jantar. O tema deste ano será “White and Gold”. Os ingressos, por R$ 4.345, estão à venda no site Sympla.

Clubhouse Suite no Fasano

Fasano: por dentro do hotel de luxo ‘secreto’ (e brasileiro) de Nova York

Você não vai encontrá-lo em nenhum site de reservas de hotéis, nem conseguirá reservá-lo no próprio site do Fasano. Lá, encontrará um endereço eletrônico para tentar uma vaga na luxuosa propriedade, que este ano foi eleita uma das oito melhores de Nova York pela revista Vogue América.

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O Fasano Fifth Avenue está em um dos endereços mais badalados de Nova York. Fica na Quinta Avenida, entre as ruas 62 e 63, no bairro de Upper East Side. As vistas nos apartamentos e suítes são para o Central Park, logo em frente.

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Badalado e concorrido

Não é fácil conseguir uma reserva no Fasano Fifth Avenue. O hotel funciona como um clube, e os membros são todos convidados pelo próprio time do hotel brasileiro – cuja filial de Nova York é a segunda internacional (a primeira fica em Punta del Este, no Uruguai). São apenas oito suítes dedicadas a não membros.

Quem estiver interessado em ocupar uma delas deve procurar o serviço de concierge do Fasano. Quando tentei, não havia vagas para os próximos dois meses.

E os preços? O Fasano não os divulga, mas não ficam abaixo de US$ 1.500 (quase R$ 8.000) por dia. Isso na suíte mais simples, com 30 metros quadrados. Além dessas acomodações, que estão divididas em diversas categorias e podem chegar a 42 metros quadrados, há ainda dois apartamentos, com 330 m² cada um.

Esses apartamentos são mais usados por pessoas que querem passar não apenas um período curto de hospedagem, mas uma longa temporada no Fasano. “Há pessoas da própria cidade, que estão reformando seus apartamentos, e optam por ficar por aqui”, explica a diretora do Fasano Fifth Avenue, Andrea Natal.

Vista para o Central Park a partir do Fasano

Andrea me recebeu para um pequeno tour pela propriedade. Ela, antes de se transferir para o Fasano, comandava o lendário Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Durante a visita, fotos não foram permitidas (por isso, as que você vê aqui são de divulgação).

Privacidade é assinatura do Fasano Nova York

A razão do pedido para não produzir fotos é a privacidade, um dos destaques do Fasano Fifth Avenue. Na noite anterior à minha visita ao hotel, eu tinha um jantar agendado no restarurante Fasano Nova York. Nem me dei ao trabalho de fazer a pesquisa: fui diretamente ao hotel.

Afinal, é tradição do Fasano ter um restaurante badalado integrado ao hotel. Isso desde a inauguração da primeira empreitada do grupo no ramo da hotelaria, com a propriedade de São Paulo – hoje, há filiais no Rio, Belo Horizonte, Salvador, Porto Feliz e Trancoso.

O restaurante e café do Fasano Fifth Avenue
O restaurante e café do Fasano Fifth Avenue

Foi só ao chegar lá que descobri que o restaurante fica em outro endereço, nas imediações da Park Avenue, em Midtown. Mas há um pequeno restaurante no hotel, apenas para hóspedes. É pequeno, com decoração clássica e sofisticada.

Fui informada de que poderia jantar lá, se preferisse, mas a recomendação era de que eu fosse à Park Avenue, para desfrutar de um cardápio mais elaborado (o que acabei fazendo). E só fui bem-vinda no restaurante do hotel por ser convidada. O local não está aberto ao público.

Apartamentos são chamados de Residences

Aliás, não é permitida a entrada de não-hóspedes em nenhuma área do Fasano Fifth Avenue. Isso para garantir da privacidade dos clientes, um apelo que poucos hotéis, seja em Nova York ou em qualquer outra grande metrópole do mundo, oferecem atualmente,

O que o Fasano Fifth Avenue oferece

Além de privacidade, um sofisticado restaurante e vistas para o Central Park, os hóspedes do Fasano Fifth Avenue também contam com saune e sala de ginástica. Há ainda um jardim com área para leitura, meditação e outros passatempos. O atendimento é outro destaque.

Durante minha visita guiada por Andrea Natal, ela parou duas vezes para falar com hóspedes recém-chegados, procurando saber quais eram suas necessidades – e providenciando para que fossem atendidas. Entre esses clientes, estava um casal de alemães que não eram membros do clube, mas foram indicados por um integrante para a hospedagem no hotel.

Banheiro de um dos apartamentos do Fasano Fifth Avenue
Banheiro de um dos apartamentos do Fasano Fifth Avenue

Os outros hóspedes eram uma famosa influenciadora digital brasileira e seu marido. A recepcionista do hotel agendava para eles diversos programas que queriam fazer em Nova York, conseguindo sem dificuldades reservas em restaurantes badalados – e quase impossíveis de conseguir normalmente, da noite para o dia.

Aliás, há sempre recepcionistas que ou são brasileiros, ou falam português. Afinal, estamos falando de um hotel que, apesar do DNA italiano, é nascido e criado no Brasil.

Eu pude ver também um dos grandes apartamentos, que tem quatro quartos, e algumas suítes. Essas acomodações podem ou não ter uma sala separada, dependendo de sua área. A decoração é sóbria, mas com toques contemporâneos.

Há mimos como máquina de café e chá, minibar completo com produtos premium e controle da iluminação. Em alguns banheiros, uma janela permite ao hóspede observar o Central Park enquanto toma banho.

Rosewood São Paulo

Rosewood São Paulo: como é se hospedar na nova referência de luxo

Sempre que um novo hotel de luxo está em evidência no Brasil, há uma tendência a dizer que a propriedade será “o primeiro seis-estrelas do País”. Foi assim com o Palácio Tangará e, agora, com o novo Rosewood São Paulo, inaugurado em janeiro deste ano.

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O conceito de seis estrelas é controverso, uma vez que as estrelas vêm cada vez menos sendo usadas mundialmente na classificação da hotelaria. O Rosewood, assim como Palácio Tangará, e veteranos como Fasano e Emiliano, é uma propriedade de extremo luxo.

Único brasileiro classificado na lista dos 100 melhores novos hotéis do mundo da revista Travel + Leisure, ele se destaca pela bela fachada envolta por um jardim suspenso e pelo interior assinado pelo designer francês Philippe Starck.

Rosewood São Paulo recepção

Além do design, o Rosewood também tem como foco a cultura, especialmente a brasileira, e a gastronomia. Esses são são grandes diferenciais.

O hotel, construído no antigo prédio do hospital Matarazzo, traz restaurantes que já estão entre os mais badalados da capital paulista. Hospedei-me na propriedade e conto como foi a experiência.

Por dentro do Rosewood São Paulo

O bar Rabo di Galo, além do nome, investe na cultura brasileira por meio dos shows ao vivo, realizados diariamente. A música nacional é o foco de todas as apresentações. O restaurante Taraz, no quarto andar, é especializado em gastronomia sul-americana.

Nos quartos e suítes, há violões assinados por grandes nomes da música nacional, como Gilberto Gil e Caetano Veloso. Mas nem só de Brasil vive o perfil cultural do Rosewood São Paulo. No hall, há estantes com livros e coletâneas (todos à venda) de astros do rock and roll americanos e britânicos. Entre eles, as bandas The Beatles e Rolling Stone, e os cantores e compositores Bob Dylan e David Bowie.

Hall Rosewood São Paulo

No atendimento, chama a atenção a sofisticação sem frescuras. Há um cuidado especial da chegada ao check-out – as minhas malas já foram encaminhadas a meu quarto antes mesmo de eu concluir o check-in. Mas o clima é de descontração, como se o hóspede estivesse em um bar, não em um restaurante Michelin. A ordem é fazer com que cada cliente se sinta em casa.

Pela primeira vez em um hotel em São Paulo, fui conduzida ao quarto pela pessoa responsável pelo meu check-in, que me explicou tudo sobre a iluminação, a TV, o minibar e a decoração. Só havia tido esse tipo de atendimento em alguns hotéis fora do País, como o Mandarin Oriental e o Shangri-La, ambos em Londres.

Taraz

Minha reserva era para um quarto standard, de entrada, mas sem nem solicitar recebi um upgrade para a categoria Premier, pois havia disponibilidade. Por enquanto, há apenas 70 acomodações, entre quartos e suítes.

A maioria está no edifício principal, de quatro andares. Mas outros quatro andares já funcionam na nova torre, de 20 andares. Quando ela estiver 100% inaugurada, o Rosewood São Paulo terá cerca de 150 acomodações.

Quarto Premier no Rosewood São Paulo

Os quartos standard do Rosewood São Paulo (Classic King) têm 43 metros quadrados. Já o Premier King, duas categorias acima, tem 58 m² e é o primeiro a oferecer banheira – separada do box. Há um closet e o quarto tem uma área com sofá e poltronas.

Quarto Premier Rosewood São Paulo

O minibar traz diversidade de bebidas, com destaque para as cachaças. Há, inclusive, ingredientes e objetos para preparação de caipirinha. Outro destaque é a máquina de café expresso retrô da Illy.

Entre os destaques da contemporânea decoração estão quadros e almofadas com obras típicas da cultura brasileira, e diversos livros de autores nacionais, como Graciliano Ramos e Vinícius de Moraes. O meu violão, pendurado na parede, estava assinado por Gilberto Gil.

O instrumento pode ser seu por R$ 2 mil. Há ainda um menu de serviços oferecidos no quarto, como cardápio para pets e até a inusitada opção de contratar um músico para tocar no quarto – ao preço de R$ 1.200.

Banheiro Premier Rosewood São Paulo

A cama king size traz pelo menos oito travesseiros. O amplo banheiro, todo de mármore brasileiro, tem pia dupla e box e toalete separados em ambientes envidraçados. As janelas desse cômodo (e também do quarto) são de aspecto retrô, para manter a orientação do antigo prédio ocupado pelo Rosewood São Paulo.

As amenidades de banho são bem completas, com xampu, condicionar, sabonete líquido, itens gerais de higiene (como algodão e cotonete), toca de banho, bucha, álcool em gel e cremes variados para mãos e corpo. O quarto Premier tem serviço de mordomo.

Bar e restaurantes

Apesar da música brasileira, o intimista Rabo di Galo serve bebidas e drinks do mundo todo. Há uma ampla seleção de whisky e bourbon e uma ótima carta de vinhos. O cardápio de comidinhas alterna um tipicamente nacional frango à passarinha com um hambúrguer de Foie Gras.

Rabo di Galo Rosewood São Paulo
Rabo di Galo

Na decoração, chama a atenção o teto, uma verdadeira obra de arte. O Rabo di Galo não aceita reservas. Acomoda os clientes por ordem de chegada. Fica ao lado de Le Jardin é aberto 24 horas e serve desde o café da manhã a la carte.

Há variedade de omeletes e ovos, inclusive combinados com caviar e trufas. Pães, frutas, sucos e iogurtes complementam o cardápio. O Le Jardin tem área interna e um pátio, e um cardápio contemporâneo, mas sem grande criatividade – com pratos como filé mignon e purê de batata e camarões com massa.

Rosewood São Paulo
Le Jardin

O Taraz é a estrela da casa. Com cardápio assinado por Felipe Bronze, traz também ambientes externo, no antigo prédio da maternidade Matarazzo, e externo, com estilo mediterrâneo e vista para a igrejinha do hospital.

O menu degustação que experimentei trazia ingredientes da gastronomia brasileira, argentina e peruana, entre outros locais da América do Sul. Tudo combinado em pratos extremamente saborosos e criativos. Dica: experimente o bolo de macaxeira com sorvete.

Taraz

Dicas e preços

Para o Taraz e o Le Jardin, bastante concorridos, a recomendação é fazer reserva, já que eles são procurados não apenas por hóspedes, mas pelos paulistanos. Os preços do Rosewood São Paulo em outubro partem de R$ 3 mil para o quarto standard.

Para o Premier, como o meu, começam em R$ 4.500. O hotel fica na rua Itapava, no bairro da Bela Vista, em São Paulo.

Conrad Downtown

Conrad Downtown é opção contemporânea no sul de Manhattan

Nova York é uma das cidades com a maior oferta de hotéis de luxo no mundo. Eles estão espalhados por toda a ilha de Manhattan, do sul ao Central Park, e têm os mais variados perfis, do clássico ao contemporâneo. Desse segundo grupo, um dos que chamam a atenção é o Conrad Dowtown.

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O hotel, ao sul da ilha, investe em um ambiente extremamente contemporâneo, com muita luz natural e oferta apenas de suítes a partir de 40 metros quadrados. As vistas para o Hudson e um badalado bar rooftop, uma assinatura de Nova York, são outros destaques.

Hospedei-me no Conrad New York Downtown em março. Aqui, compartilho com vocês como foi minha experiência.

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Localização

Upper East Side, Upper West Side, Midtown. Essas sempre foram as melhores opções de hospedagem para quem está visitando Manhattan, em Nova York, pela primeira vez. Especialmente para aqueles que estão interessados em uma experiência mais sofisticada – a Times Square, acredite, é para lá de caída.

Brookfield Place

Mas os veteranos da ilha de Manhattan têm muitas outras opções interessantes à disposição. Soho, com seus restaurantes descolados, e Meatpacking District, com vida noturna agitada, estão entre as principais. Downtown surge como uma nova alternativa.

A região próxima ao Distrito Financeiro – cujo epicentro é Wall Street – foi revitalizada e traz boas atrações. Entre elas está o Brookfield Place, um shopping cheio de marcas de luxo. Sim, os shopping centers, antigamente um ser estranho na ilha, estão cada vez mais constantes.

Além de marcas como Gucci e Bottega Veneta, o Brookfield se destaca pela marina North Cove, com belíssimos barcos ancorados e muitos bares e restaurantes que atraem o pessoal do Distrito Financeiro para happy hours ao por do sol.

Marina North Cove

Às margens do rio Hudson, o Conrad Downtown fica também ao lado do memorial e do museu dedicados do 11 de setembro, além do novo World Trade Center. Há algumas estações de metrô nas imediações.

A mais prática é a Chruch Street Station, com conexão direta para o epicentro de bairros como Soho, Meetpacking, Midtown e Upper East Side. Fica a cerca de 500 metros do hotel – ou dez minutos de caminhada.

Serviços no Conrad New York Downtown

Para os brasileiros, o Conrad sempre foi conhecido pelo mais badalado cassino de Punta del Este, no Uruguai, um destino que há décadas atrai os adeptos do turismo de luxo do País. A título de curiosidade, a propriedade uruguaia não tem mais essa bandeira. Agora, é Enjoy Punta del Este.

Nos EUA, a rede Hilton, do qual faz parte o Conrad, tem investido no fortalecimento da marca no segmento de luxo. Entre os exemplos está a inauguração, no ano passado, do Conrad Las Vegas, que fica no complexo Resorts World.

Filtro de água filtrada na suíte do Conrad Downtown
Filtro de água filtrada na suíte do Conrad Downtown

O resultado é uma excelente entrega de serviços. Do check-in ao check-out, o atendimento é atencioso e eficiente, com dicas sobre a cidade e o bairro, entrega das malas na suíte e mimos no serviço de abertura de cama. Eu recebi um prato de morangos com chocolate acompanhado por um cartão de boas vindas do gerente do hotel.

Nos corredores dos andares, o pessoal do housekeeping está sempre disponível, para saber qual o melhor horário para arrumação diária da suíte. Pode parecer algo óbvio mas, em todo os EUA, esse serviço tem sido problemático.

Banheiro na suíte do Conrad Downtown
Banheiro na suíte

Após a pandemia, há propriedades de alto nível que nem mesmo o oferecem diariamente. E mesmo os que têm essa facilidade disponível muitas vezes não a executam todos os dias, sem nenhuma explicação ao hóspede.

Outro serviço atencioso da equipe de housekeeping foi a entrega diária de balde de gelo no quarto, no fim do dia. Este é o momento em que o time pergunta ao hóspede se ele está precisando de algum serviço especial.

Lobby do Conrad Downtown
Lobby

Bares, restaurantes e comodidades

A estrela do Conrad é o Loopy Doopy, rooftop bar com vista para o Hudson e ótima carta de drinks. Ver o por do sol nesse lugar é uma experiência muito interessante.

Loopy Doopy

No moderno looby, há o Atrio, com um bar bastante movimentado. Lá, também funciona o restaurante do hotel, que tem pratos variados da culinária internacional e opção de comida japonesa.

O ponto mais fraco do Conrad Downtown é a academia. O sala é mal equipada, especialmente para um hotel dessa categoria.

Atrio Conrad Downtown
Atrio

Suítes do Conrad Dowtown

O Conrad oferece variedade de suítes. Todas têm ambientes de quarto e sala separados. As maiores trazem uma mesa de jantar e há opções de acomodações com banheira – separada do box.

A minha suíte era com vista para o Hudson River, de categoria intermediária – as de entrada são as Deluxe. A decoração é sóbria, com cores claras. A sala tem sofás, TV e uma estação de trabalho.

É separada por uma porta de correr da área que oferece um completo serviço de bar e uma pia. Entre os destaques há um filtro de água filtrada.

Em frente, o hóspede acessa o banheiro, com uma grande área ocupada pelos boxes – sem as abomináveis cortinas que são tão comuns em hotéis americanos, mesmo em alguns de alto padrão.

O quarto tem cama king size repleta de travesseiros de plumas. A iluminação dos diversos ambientes é controlada por botões sensíveis ao toque. Ali, está a prometida vista para o Hudson.

Além desta propriedade, o Conrad tem um segundo hotel em Nova York, na região de Midtown. No Conrad Downtown, as diárias em julho partem de US$ 550.

Auditório Westgate Elvis Presley

Elvis Presley e ‘Proposta Indecente’: o hotel que é um ícone da cultura popular em Vegas

Em março deste ano, precisei ir a Las Vegas para cobrir um evento de trade no Centro de Convenções. Foi tudo meio corrido, e minha rotina de entregas a cada dia de cobertura seria intensa. Então, na hora de escolher o hotel, procurei o mais próximo do local da mostra, de preferência conectado.

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Foi aí que cheguei ao Westgate Las Vegas. Só de observar as fotos, já vi que não era um hotel de luxo. Parecia antigo, mas ainda assim os quartos eram decentes. Além disso, os preços estavam extraordinários. Geralmente, eles giram em torno de US$ 80 a US$ 90 por dia, a base de um quatro-estrelas na região da Strip (como o Treasure Island, o Paris ou o Planet Hollywood).

Há opções até bem mais em conta que o valor regular do Westgate – em Vegas, dá para encontrar acomodações decentes por menos de US$ 50 a diária. Porém, achei uma promoção no site 123 Milhas e, no meu período, consegui as diárias por cerca de US$ 40 nesse hotel.

Então, estava perfeito: ao lado do centro de convenções e barato mesmo para Vegas. Eu sou a favor de, na cidade de Nevada, optar por um hotel de luxo. Afinal de contas, a mais cara e luxuosa propriedade de Las Vegas consegue ser mais barata que a pior opção em Manhattan.

Bar e cassino no Westgate Las Vegas

Por isso, vale a pena aproveitar Vegas para viver uma experiência de luxo. Porém, eu já havia feito isso mais de uma vez e, para o meu propósito de viagem, que não era turismo, e sim trabalho duro, o Westgate estava ótimo.

Explico isso porque esse post não é uma recomendação para que você se hospede no Westgate. Pelo contrário: acho que você não deveria fazer isso (e explico no fim do texto). O objetivo aqui é contar o que descobri quando cheguei lá, e nos meses subsequentes. A descoberta me deixou fascinada: de maneira despretensiosa e nada planejada, eu estava simplesmente em um dos locais mais importantes da história de Las Vegas. O hotel é um grande marco da cultura popular – mesmo que você ainda não saiba disso.

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Elvis Presley no Westgate Las Vegas

Quando cheguei ao Westgate, logo após o check-in, dei de cara com uma estátua de Elvis Presley bem ao lado do cassino. Sinceramente, não dei maior importância, mas o astro voltaria a chamar minha atenção durante os sete dias de hospedagem.

Pelos corredores, eu sempre me deparava com fotos de Elvis no palco, ou ao lado de outras pessoas, com aquelas trajes icônicos e na maior parte das vezes brancos que marcaram suas aparições nos anos 70. Me lembro de pensar: mas o que Elvis tem a ver com isso?

A estátua de Elvis Presley
A estátua de Elvis Presley

Ainda assim, na coreria da cobertura do evento, não procurei descobrir a conexão de Elvis Presley com aquele hotel. Afinal, eu não estava ali para cobrir o Westgate. Tanto que, como vocês podem ver, as únicas fotos de minha autoria são do quarto, que acabei mostrando no Instagram.

Voltei aos Estados Unidos no início de maio e passei no país quase o mês inteiro. Meu tour foi pelo sul, desvendando rotas de música, história e bourbon, muito bourbon. Obviamente, fui visitar Graceland, a mansão de Elvis Presley, e o museu dedicado ao astro em frente sua casa.

O programa completo dessa viagem começará a ser publicado aqui em breve. Mas, a quem possa interessar, o tour por Graceland e o museu sai por US$ 77, e foi um dos programas mais legais da jornada.

Aqui, vale ressaltar que o interesse em Elvis está renovado nesse ano de 2022. É que a cinebiografia do astro é um dos destaques do Festival de Cinema de Cannes, e estreará nos cinemas em 14 de julho.

Hotel International

De volta a Graceland e ao museu de Elvis, há muitos dados, imagens, vídeos e áudios sobre os mais de 600 shows que o cantor fez em Las Vegas entre 1970 e 1977, no International Hotel. As aparições de Presley, todas com ingressos esgotados, mudaram a história do entretenimento na cidade, atraindo muitos turistas não em busca de jogos de azar, mas do maior ídolo da música norte-americana.

Tanto que hoje o investimento em grandes shows, sejam eles fixos ou temporários, é uma das assinaturas de Vegas. E boa parte dos astros da música fazem temporadas na cidade.

International Hotel Elvis Presley
International Hotel foi palco das apresentações ao astro

Ao retornar ao Brasil, por curiosidade, coloquei no Google “International Hotel”. E o que apareceu no resultado? Westgate Las Vegas. A partir daí, descobri que o hotel em que estava hospedada é um dos mais importantes da história da cidade.

Ele foi inaugurado em 1969 na Paradise Road, atrás da parte norte da Las Vegas Boulevard, conhecida como Strip. Na época, era o maior hotel dos Estados Unidos, e um dos mais luxuosos. Cada um dos quartos tinha decoração sofisticada inspirada em diferentes países.

A abertura do hotel teve show de Barbra Streisand no auditório e Peggy Lee no lounge. O segundo show no auditório foi de Elvis Presley, e o sucesso foi tão estrondoso que logo o International fechou com o astro um contrato de cinco anos. Nesse período, ele passaria dois meses por ano em Vegas, se apresentando no hotel.

Las Vegas Hilton

Mas o nome International Hotel só foi usado de 1969 a 1971. Neste ano, a propriedade foi comprada e se transformou no Las Vegas Hilton, que usou até 2012. Então, por um pequeno período, passou a se chamar LVH – Las Vegas Hotel e Cassino, até ser comprado pela rede Westgate, em 2014.

A suíte em que Elvis se hospedava em seus períodos no hotel, a Imperial, tinha 460 meros quadrados. Após a morte do artista, foi rebatizada para Elvis Presley Suite. No entanto, foi demolida nos anos 90 para dar lugar ao conjunto de suítes batizadas de Sky Villas, no 30º andar.

Já a estátua em homenagem a Elvis Presley foi erguida logo após a morte do cantor, e lá permanece, apesar de todas as trocas de bandeira. A área de exposições do Westgate, aliás, já sediou uma mostra com móveis e objetos que marcaram o período do artista em Las Vegas – encerrada em 2016.

Proposta Indecente

No início da pandemia, eu me dediquei, aqui no blog, a produzir algumas reportagens sobre filmes que nos transportam a destinos de viagem. Afinal, passamos muito tempo sem poder viajar, e os streamings de vídeos nos salvaram nesse período.

Planejava fazer um texto exclusivo para Las Vegas. Há muitos filmes rodados lá, como “Se Beber Não Case”, no Caesar’s Palace, “Última Viagem a Vegas”, no Aria, entre outros exemplos.

Acabei incluindo um dos filmes apenas em uma reportagem com locais mais variados, e desisti do post exclusivo para Vegas. Entre outras razões, fiz isso porque não consegui descobrir o cenário de “Proposta Indecente”, em minha opinião um dos melhores gravados na cidade.

Na época, li que as locações do longa foram no Las Vegas Hilton, um hotel já desativado. Cheguei a ver reportagens dizendo que o filme com Demi Moore, Robert Redford e Woody Harrelson nem mesmo teve gravações na cidade, e sim em um estúdio em Hollywood.

Recentemente, revendo o longa de 1993, notei que na cena em que Redford observa Demi Moore admirar um vestido, o cenário era muito parecido com o do Westagate. E eu estava certa. “Proposta Indecente” foi fimado no hotel, então chamado de Las Vegas Hilton.

Há cenas nas lojas e nos cassinos, e é lá que o personagem de Redford faz a proposta do título aos de Morre e Harrelson: uma noite com ela por US$ 1 milhão.

HOSPEDAGEM no Westgate Las Vegas?

É como eu disse no início do texto: em Vegas, o que vale mesmo é se hospedar em um hotel de luxo. A partir de US$ 150 dá para ter ótimas opções, dependendo da época. O Westgate é antigo e seu cassino, atualmente, nada especial.

Além disso, tem uma oferta bem limitada de restaurantes, embora o Edge Steakhouse seja excelente. No bar, as bebidas são servidas em copos de plástico. Efeito da pandemia, talvez, mas outras propriedades da Strip não adotaram essa medida.

Há uma boa academia, mas ela fica aberta apenas das 9h às 17h. No meu caso, limitou o uso, pois era justamente o horário em que eu estava na convenção. Já a piscina é bem legal. O que mais incomodou foi o elevador.

Como havia convenção ao lado, no fim de semana estava impossível subir e descer. Levava muitos e muitos minutos, com o elevador parando de andar em andar – o meu era um dos últimos. Esse, no entanto, é um problema que atinge muitos dos imensos hotéis da cidade.

LOCALIZAÇÃO, PONTO POSITIVO E VERIDITO

O Westgate Las Vegas, embora fique atrás da Strip (Paradise Road, 3000), exige uma caminhadinha para chegar na principal avenida de Vegas. É que os quarteirões na cidade são imensos, com pelo menos um quilômetro cada. Além disso, o norte da avenida não é das partes mais badaladas – mesmo que tenha algumas propriedades muito interessantes, como a dupla Wynn/Encore e o novíssimo Resorts World.

A boa notícia é que há uma estação de monorail bem ao lado do Westgate Las Vegas, para transporte até a parte mais badalada da Strip. Já os quartos são grandes e confortáveis. Não sei como são os mais básicos, pois recebi upgrade no check-in.

O meu tinha 30 metros quadrados, um bom banheiro, algumas amenidades e internet rápida – incluída na taxa de resort obrigatória de US$ 30 por dia, uma prática comum em 99% dos hotéis da região da Strip de Las Vegas.

Vale a pena ficar? Eu acho que, para quem está em férias, não. Até porque o Westagate nem é dos mais baratos. Em junho, por exemplo, as diárias estão partindo de US$ 110. Se for para economizar, há opções bem mais em conta, e no epicentro da Strip. Mas sem dúvidas vale a pena visitar, por ser um marco da história e da cultura popular.

Las Vegas Boulevard

Las Vegas: entenda como funciona para saber onde se hospedar

Na primeira vez que fui a Las Vegas, nos EUA, olhando o mapa da cidade e os hotéis da principal avenida, achei que tudo fosse perto. Ao chegar lá, me deparei com uma realidade completamente diferente. Cada quadra da Las Vegas Boulevard – a avenida dos grandes hotéis, também conhecida como Strip – tem pelo menos 1 km.

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E muitos complexos hoteleiros ocupam uma quadra toda. Não são simples hotéis, e sim resorts com inúmeras opções de gastronomia, vida noturna e os famosos cassinos da cidade de Nevada. Uma boa notícia sobre Las Vegas é que os preços das habitações são bem mais baixos que em outros locais dos EUA, mesmo em tempos de inflação – no país, os preços de hospedagem estão altíssimos.

Por isso, Las Vegas é uma excelente oportunidade para investir naquele hotel de luxo, pois por US$ 150 por dia já dá para encontrar opções incríveis. Por outro lado, há propriedades menos luxuosas, mas também sofisticadas, a partir de US$ 50 a diária.

Mas tome cuidado, em Vegas, é cobrada uma taxa de resort, que pode chegar a US$ 40 por dia. Esse valor inclui coisas como uso da academia e Wi-Fi. No entanto, não é opcional. O pagamento é obrigatório.

Em mina última visita, na qual consegui uma super promoção para o Westgate Las Vegas, paguei em taxa de resort e impostos o mesmo que desembolsei pelas diárias. Além disso, tome cuidado com a empolgação. Apesar dos hotéis mais em conta, tudo em Las Vegas é caríssimo. Até o tradicional hambúrguer.

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O que fazer em Las Vegas

O coração de Las Vegas é a Strip, onde estão os principais hotéis da cidade. Cada um não é apenas uma opção de hospedagem: são verdadeiras atrações turísticas. Certamente, você não ficará restrito ao local que escolheu. Visitará também os outros resorts.

Os principais programas turísticos em Vegas são eles. Não dá para passar pela cidade, especialmente em uma primeira visita, sem ver o show de águas no Bellagio, a reprodução de Roma no Caesars Palace ou as da Cidade luz e de Nova York nos resorts Paris e New York New York, respectivamente.

Isso sem contar os canais de Veneza reproduzidos no complexo formado pelo The Venetian e o Palazzo. Mas não é só de atrações de hotéis que vive Las Vegas. Um dos programas imperdíveis é visitar o Grand Canyon. De carro ou ônibus (entre uma hora e meia e duas horas de viagem), se chega à parte oeste, com opção de passar pela impressionante barragem da represa Hoover (Hoover Dam). Você pode até não saber, mas já deve ter visto muitas vezes esse local no cinema.

Caesars Palace tem inspiração italiana em Las Vegas
Caesars Palace tem inspiração italiana

Dá também para pagar o passeio de helicóptero e ir até o Grand Canyon sul, que é mais impressionante que o oeste. A formação rochosa natural fica, na verdade, no Estado de Arizona, vizinho a Nevada.

Outra boa pedida em Las Vegas é fazer compras. As lojas mais exclusivas do mundo estão espalhadas pela Strip, em locais como o shopping Crystals, o Bellagio e o complexo de resorts formado pelo Encore e o Wynn. Se alta costura e grifes europeias não são o seu objetivo, a cidade tem dois grandes outlets que valem a visita.

Festa em Vegas

Mas gastronomia e vida noturna são mesmo os destaques de Las Vegas. Restaurantes dos chefes mais renomados do mundo têm filiais espalhadas pelos hotéis da cidade, que oferecem também seus bares e casas noturnas.

Muitos investem em salas de espetáculos: o Cirque du Soleil é um clássico, e astros do pop estão quase sempre em cartaz. Outra peculiaridade de Vegas são as pool parties, as famosas festas nas piscinas dos hotéis. Ganham força entre abril e outubro, quando o clima quente é praticamente uma certeza (em outros meses, pode fazer frio na cidade).

Entendendo Las Vegas

Durante a tarde, o legal mesmo é caminhar pela Strip e ir entrando de hotel e hotel, principalmente em uma primeira visita. Você vai caminhar bastante, e o calor pode ser um sofrimento, especialmente de maio a setembro.

Por outro lado, a maior parte dos hotéis está interligada por passagens. Com isso, poucas vezes você terá de passar muito tempo caminhando pela Strip.

The Venetian em Las Vegas
The Venetian

Para se locomover em Las Vegas sem precisar andar demais, há o monorail (trem suspenso). Ele interliga os hotéis do norte ao sul da Strip, mas “pula” algumas paradas – como no Encore/Wynn e no The Venetian/Palazzo. Para não-moradores, o bilhete custa US$ 5 (cerca de R$ 25). Dá para amenizar os gastos comprando um ticket para vários dias.

Outras opções são táxi, bem abundantes em Las Vegas, e serviços de carros particulares como Uber e Lift (bem popular nos Estados Unidos). Aqui, a dica é cadastrar no app seu cartão de débito internacional (se tiver) para não pagar spread cobrado pelos bancos tradicionais e o alto IOF dos cartões de crédito.

O epicentro

Já me hospedei em vários locais de Las Vegas, e cheguei à conclusão que a melhor opção é estar no local que chamo de epicentro da Strip. É a área entre as avenidas Tropicana e Flamingo. Nela, você encontrará opções como os complexos MGM Grand/Park MGM, Planet Hollywood, Aria/Vdara/Cosmopolitan/Waldorf Astoria e Caesars/Bellagio.

Com a hospedagem no epicentro, divida seu tour pelos hotéis em dois dias. Em um deles, vá ao norte, para ver o Paris, o The Venetian, o Wynn/Encore e o Resorts World. Este é o mais novo complexo de Las Vegas. Formado por Conrad, Hilton e Crockfords, se destaca pelo luxo e as dimensões do cassino.

Bellagio e Caesars Palace em Las Vegas
Bellagio e Caesars Palace

Ao sul, há temáticos como Luxor e Excalibur, e luxuosos como Delano e Four Seasons. Outra vantagem do epicentro é a chance de, na maior parte dos dias da visita, estar mais próximo de seu quarto após o jantar, bar ou balada.

Claro que há sempre a chance de desfrutar essas atividades da vida noturna em um hotel ao sul ou norte. Porém, fica mais tranquilo ir conhecer um dos hits gastronômicos de Las Vegas, o Top of the World, no The Strat (ao norte), estando no Aria, ao centro, que no Four Seasons, no extremo sul.

Dicas sobre hotéis

Com isso em mente, ficam agora as dicas de hospedagem de acordo com o perfil e prioridades do viajante. Se o epicentro é bom para deslocamentos rápidos, não é tão legal para quem quer, por exemplo, fugir das ruas lotadas.

Então, escolha os seguintes hotéis se você:

Quer exclusividade, luxo e serviços personalizados – Waldorf Astoria, Four Seasons

Quer um hotel luxuoso com preços mais acessíveis – Hilton e Conrad (Resorts World), Caesars Palace, Nobu, The Cromwell.

Está em Las Vegas pelas compras de luxo – Complexo Aria/Vdara/Cosmopolitan/Waldorf Astoria (shopping Crystals), Bellagio, Encore/Wynn.

Wynn e Encore

Odeia hotéis temáticos – Complexo Aria/Vdara/Cosmopolitan/Waldorf Astoria, Four Seasons, Delano, Resorts World.

É fã de hotéis temáticos – Caesars, The Venetian, Paris, New York, New York, Treasure Island.

Não gosta do clima dos cassinos – Vdara, Four Seasons, Trump.

Quer aproveitar as melhores opções gastronômicas sem sair do resort – MGM Grand, Aria, Bellagio/Ceasers, Wynn/Encore, The Venetian.

Pretende passar a maior parte do tempo no cassino – Bellagio, Caesars, MGM Grand, Resorts World.

Paris Las Vegas
Paris Las Vegas

Vai a Vegas pelas baladas e pools parties – Aria, Cosmopolitan, Encore/Wynn.

Visita a cidade para um evento no centro de convenções – Westgate (tem ligação direta com o espaço), Wynn/Encore, Resorts World, SpringHill Suítes by Marriott (em frente ao pavilhão oeste).

Restaurantes que indico

Top of the World – tem vista panorâmica para a Strip e um menu de vários passos que está fazendo sucesso em Las Vegas. Fica no The Strat.

Brasserie Bardot – o melhor francês de Las Vegas. Está no Aria.

Catch – tem unidades em Los Angeles e Nova York e é conhecido pelos jantares com alta dose de agito. Também no Aria.

Joel Robuchon – o renomado chefe francês tem dois restaurantes lado a lado no MGM Grand, um casual e outro sofisticado. Ambos são muitos concorridos. Não se esqueça de fazer reserva.

Grand Canyon: passeio imperdível a partir de Las Vegas

Edge Steakhouse – No despretensioso Westgate, é um dos melhores restaurantes de carnes de Las Vegas, e oferece um steak tartare inesquecível.

Nobu – os fãs de culinária japonesa não podem deixar de experimentar um dos melhores do mundo. Fica no hotel de mesmo nome, dentro do Caesars.

Não recomendo – Cipriani, no Wynn/Encore. Muito famoso em Nova York, deixa bastante a desejar na qualidade dos pratos em Las Vegas. Só tem preço (alto).

Marine Restô

Vida noturna e agito são apostas do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana

O antigo Sofitel de Copacabana foi substituído por outra bandeira da rede francesa Accor. Com localização privilegiada, no fim da praia mais famosa do Brasil, o Fairmont Rio de Janeiro Copacabana foi inaugurado em agosto de 2019.

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Trata-se da primeira propriedade de bandeira Fairmont no Brasil. Porém, cerca de seis meses após a inauguração, veio a pandemia, que gerou um colapso no setor de turismo mundial, inclusive no de hotelaria.

Já em 2021, o Fairmont Rio de Janeiro Copacabana voltou a poder destacar seus pontos fortes: vida noturna, gastronomia e agito. O restaurante e o bar do hotel viraram referência na zona sul carioca. Música ao vivo é uma constante na programação da propriedade, seja no próprio hotel ou no Tropik, clube de praia em frente.

A badalação, as vistas e o clima de festa são o que mais chamam a atenção no Fairmont. Bem mais que os quartos e suítes, que são luxuosos e bonitos, mas não impressionam. Hospedei-me no hotel recentemente e, aqui, conto como foi minha experiência.

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Localização

Copacabana é um ponto de interesse mundial. Praia mais famosa do Brasil, chama muito a atenção dos estrangeiros, mas há muito tempo perdeu o glamour que já teve um dia. Para bares, restaurantes e vida noturna, tanto cariocas quanto visitantes brasileiros que estão em busca de bares e restaurantes badalados e exclusivos encontram opções melhores em Ipanema e no Leblon.

Fairmont Rio de Janeiro Copacabana
Por dentro do Tropik, beach club com vista para o Forte de Copacabana

No entanto, o Fairmont Rio de Janeiro está em um ponto privilegiado de Copacabana. O fim da orla fica ao lado da festejada Praia do Arpoador, e garante vistas impressionantes tanto para esse local quanto para o famoso Forte de Copacabana. Pela manhã, inclusive, dá para assistir de camarote o ensaio da banda militar do forte, dependendo da habitação em que o cliente está hospedado.

Outro ponto positivo dessa localização é a vista panorâmica para toda a extensão das praias de Copacabana e Leblon. É um visual altamente instagramável, e o ambiente da piscina principal garante fotos ainda mais belas. Aliás, ela está aberta a não hóspedes, por meio de day use.

Fairmont Rio de Janeiro Copacabana
Piscina principal do Fairmont

Marine Restô

O epicentro do Fairmont está no sexto andar, que concentra recepção e todas as áreas comuns do hotel. Para os adeptos da vida saudável, há uma academia grande bem equipada e um spa, batizado de Willow Stream.

O restaurante Marine Restô se transformou em uma referência gastronômica do Rio. Tem um estilo francês, de brasserie, mas seu ponto forte fica por conta da grelha e da brasa. Os pratos são variados, com destaque para carnes e frutos do mar.

Fairmont Rio de Janeiro Copacabana
Marine Restô

Sazonalmente, o Marine Restô promove alguns eventos, como o que estava ocorrendo no sábado de minha hospedagem. Era um encontro de seis chefs, cada um responsável por um dos pratos da inesquecível experiência gastronômica. Para saber sobre a programação de eventos, acesse o site do Fairmont.

Além do ambiente interno, o Marine tem mesas externas para apreciar a vista que domina todo o hotel, com direito ao famoso Morro Pão de Açucar. Então, sentar lá fora é mais legal durante o almoço, principalmente para quem gosta de apreciar ou participar do agito da piscina e do Spirit, bar no lado oposto do restaurante.

Fairmont Rio de Janeiro Copacabana
Experiência gastronômica

Além de almoço e jantar, o Marine serve café da manhã no sistema buffet, com opções de pratos quentes. O serviço não está incluído nas diárias mais baratas. Então, se fizer questão, certifique-se de que sua tarifa inclui café da manhã na hora de reservar.

Bares do Fairmont Rio de Janeiro

O Spirit é o principal bar do hotel, agitado no almoço e no jantar. Ele fecha durante um período à tarde, mas o serviço continua no bar da piscina. E por falar nela, tem borda infinita, deck molhado e seu ambiente quase sempre lembra uma festa no estilo “pool party”.

Fairmont Rio de Janeiro Copacabana
Piscina alternativa

Se isso é um atrativo para alguns hóspedes, para outros pode ser um problema. Até por isso, no lado oposto da recepção há uma segunda piscina, mais privada e quase sempre bem vazia. Por ali o hóspede conta com o mesmo serviço de bar e restaurante, e tem camas confortáveis para passar seu dia, além das cadeiras de sol. Só não tem a vista.

O Tropik é o beach club em frente o hotel. Tem cadeiras e estrutura na praia, além de restaurante especializado em culinária grega. É aberto a hóspedes e não hóspedes e também oferece programação com música ao vivo – como o Spirit.

Hospedagem

Minha hospedagem foi na suíte mais incrível do hotel, a One Bedroom. São quatro sacadas com vista 180 para todos os pontos: Morro Pão de Açúcar, panorâmica de Leme e Copacabana, Forte e Arpoador.

São 70 metros quadrados divididos em dois ambientes: sala, quarto e banheiro. A decoração mistura tons de bege com verde e vermelho. Dá vida ao ambiente sem exagerar, garantindo um estilo sofisticado.

Fairmont Rio de Janeiro Copacabana
Sala da suíte One Bedroom

Há estação de trabalho, minibar, máquina de café, cama king size com travesseiros de plumas e amenidades da Trosseau no banheiro, que conta ainda com roupão. O que achei mais simples na suíte foi justamente o banheiro, sem soluções espetaculares como as do Suíte Spa do Emiliano Rio – que tem ducha cascata, sauna e jaccuzi com vista, para citar alguns diferenciais.

Na mesma viagem, me hospedei também no Emiliano. Esse hotel impressiona mais nas habitações, mas, dependendo da categoria, o preço pode ser o dobro. Ele está uma categoria acima quando o assunto é sofisticação. Nas áreas comuns, no entanto, o Fairmont não fica para trás.

Na One Bedroom, o banheiro, revestido principalmente de granito, é básico, apenas com uma ducha de excelente pressão e sem banheira. Eu já havia me hospedado no Sofitel e pude perceber que os quartos mudaram pouco com a chegada da bandeira Fairmont – porém, já eram muito bons.

As diárias do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana partem de R$ 1.490 no mês de abril. Para a suíte One Bedroom, começam em R$ 3.690. Associados no programa de fidelidade da Accor têm desconto.

Emiliano Rio

Emiliano promove experiência personalizada de bem-estar no Rio

É difícil escolher o que me impressionou mais no hotel Emiliano do Rio de Janeiro, segunda propriedade da marca nascida em São Paulo. As vistas são sem dúvidas espetaculares e a qualidade gastronômica em seus dois restaurantes, esplêndida.

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A localização também é privilegiada, especialmente para um dos principais públicos-alvos do hotel, os estrangeiros. A Suíte Ocean Spa, de 90 metros quadrados, é um capítulo à parte. A suíte tem como foco privilegiar a saúde física e mental dos hóspedes em um cenário cotidiano cada vez mais conturbado e estressante.

O Emiliano é um dos símbolos do fortalecimento da hotelaria de alto luxo no Rio de Janeiro, que vem ganhando cada vez mais espaço na capital fluminense. Junto com o tradicional Copacabana Palace e com o moderno Fasano, forma a tríade dos hotéis mais sofisticados do Rio.

Hospedei-me na suíte Ocean Spa do Emiliano no início de fevereiro e aproveitei também vários outros aspectos do hotel, como a gastronomia. Aqui, divido com vocês como foi minha experiência.

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Localização e design do Emiliano

O posto 6 é um dos mais badalados da Praia de Copacabana, o coração do Rio de Janeiro. Quando o assunto é público brasileiro, o alvo do Emiliano certamente prefere locais como Ipanema e Leblon. Copacabana já viveu dias de mais glamour, ainda não retomados.

No entanto, não é apenas a praia mais famosa do Rio, como também a do Brasil. Por isso, é o ponto mais procurado por estrangeiros que visitam o Brasil – e formavam boa parte do grupo de hóspedes do Emiliano em meu período de hospedagem.

Sala de visitas e palco de shows intimistas para os hóspedes - Hotel Emiliano
Sala de visitas e palco de shows intimistas para os hóspedes

O hotel ocupa o lugar em que antigamente havia uma casa pertencente à República da Áustria, na Avenida Atlântica (em frente à Praia de Copacabana). O imóvel original foi colocado abaixo. Por isso, o Emiliano nasceu do zero, sem preservar partes da antiga construção.

Inaugurado em 2017 e com projeto de Arthur Casas, o edifício tem a parte externa revestida por um painel branco que o arquiteto descreve como uma “pele”. O objetivo foi quebrar a continuidade dos blocos de concreto ao redor da orla, dando destaque ao Emiliano.

Morro do Pão de Açúcar é onipresente - Hotel Emiliano
Morro do Pão de Açúcar é onipresente

Por dentro, o design moderno tem inspiração na orla de Copacabana, criada por Burle Marx. Mais especificamente, em um painel do paisagista que está exposto no hotel. Na prática, o visual é contemporâneo e minimalista, seguindo o exemplo da matriz, em São Paulo.

Por todo o hotel, as vistas da praia, do Morro do Pão de Açúcar e do Forte de Copacabana estão presentes. Eles podem ser vistos em locais como as suítes e apartamentos frente mar, a piscina e a pequena academia.

Bares, restaurantes, piscina

A recepção do Emiliano Rio é bem intimista, e o atendimento personalizado começa já no estacionamento. Ao descer do carro, o funcionário do hotel já me chamou pelo nome, algo que se repetiu durante toda a estadia. Após um rápido check-in, fiz um tour pelo hotel, que tem 90 apartamentos e suítes, com o Lacerda, chefe da mordomia.

Logo na entrada há um bar de coquetéis e, atrás dele, a belíssima adega. Em seguida, está o restaurante Emile, já eleito o melhor francês do Rio de Janeiro. Em sua área externa, há um jardim vertical. Comandado pelo chef Camilo Vanazzi, tem café da manhã a la carte com seleção de pães, frutas, sucos naturais, doces e pratos quentes (R$ 120).

Restaurante Emile, no Emiliano
Emile

Também é famoso por seu brunch com vários passos (R$ 287). Durante a semana, o almoço executivo sai por R$ 85 com entrada e prato principal e vai a R$ 98 com sobremesas. Eu optei por um delicioso tartar e um peixe com aspargos (que não estava legal de apresentação, mas esplêndido de sabor).

Ainda no primeiro piso há uma sala em que os hóspedes podem receber seus convidados. Em algumas noites, funciona como bar e tem shows de música ao vivo. Já recebeu nomes como a saudosa Elza Soares.

No rooftop está um dos destaques do Emiliano, a piscina em forma de L com borda infinita e deck molhado (apenas para hóspedes). À noite, a partir das quartas-feiras, o bar da piscina se transforma em um restaurante também comandado por Vannazi, e aberto a não-hóspedes.

Restaurante no rooftop do hotel Emiliano
Restaurante no rooftop

Por ali, o investimento é a gastronomia saudável e os carros-chefes, pratos que combinam alguns elementos brasileiros a frutos do mar. Não deixe de provar a lagosta balotinada grelhada.

Suíte dentro do spa

No 12º e penúltimo andar estão a academia e o Spa Santapele, marca que também dá nome aos produtos oferecidos como amenities nos apartamentos e suítes, exclusivos do Emiliano. E as duas suítes Spa.

Elas ficam literalmente dentro do spa do hotel, e todos os tratamentos podem ser feitos sem que o hóspede saia de sua acomodação. Alguns já estão incluídos. Entre eles, um escalda-pés e uma massagem de cortesia de 30 minutos.

Caixa barra ondas eletromagnéticas de smartphones

Antes da massagem, a chefe do spa, Brisa, foi conversar comigo e fez perguntas sobre meu estilo de vida e necessidades, para decidir qual seria o tratamento ideal para mim. Enquanto isso, o chefe da mordomia desfazia minha mala e organizava meus itens no armário.

Ao entrar na suíte, já havia música ambiente e um presente concedido a todos os hóspedes do Emiliano, independente da categoria de hospedagem. No meu caso, uma bolsa de praia da Havaianas. Outro destaque é um compartimento que barra as ondas eletromagnéticas dos smartphones, um convite a deixar o aparelho de lado por um tempo e relaxar sem necessariamente se desconectar de eventuais chamadas urgentes.

O bem-estar é prioridade. Por isso, há atividades exclusivas para o hóspede. Eu escolhi uma aula de yoga, também feita dentro da própria acomodação. No balcão, havia material da pintura, outra atividade relaxante. Um convite a captar a belíssima paisagem à frente.

Outro toque incrível de atendimento personalizado vem da equipe do spa, que está à inteira disposição dos hóspedes dessas duas suítes. Eles atuam como uma segunda recepção. Ofereceram a mim participar de algumas atividades na praia disponíveis para os hóspedes: stand-up paddle, canoa havaiana e beach tennis. Escolhi a última, pois o mar não estava dos mais calmos no período.

A suíte Ocean Spa

Das duas suítes do spa, uma delas apenas é frente mar, a Ocean. As diárias são de R$ 5.750 e a vista, espetacular. Está dividida em quatro ambientes, além do balcão. O hall, com iluminação baixa, é para os tratamentos oferecidos pela equipe do spa, como massagem.

Em seguida, há uma antessala, separada do quarto por uma porta de correr – os dois ambientes têm TV. Quando o hóspede se cansa da vista, é só acionar a cortina blaclout automática.

A organização dos travesseiros verticais é uma assinatura do Emiliano, e eles são de pluma de ganso húngaro. Na cama king, os lençóis são de 400 fios, feitos com algodão egipício. Dos 90 m² da suíte, 30 m² pertencem ao quarto ambiente, o banheiro em formato retangular.

Em uma das extremidades está o box com ducha com efeito chuva e cascata, ao lado da jacuzzi. Por ali, há uma porta de vidro que dá acesso ao balcão e à mesma vista que domina todo o hotel.

Os hóspedes da suíte podem solicitar à equipe do spa a preparação de banhos aromáticos na jacuzzi. Ao lado do box, há uma pia dupla e os armários e, no fundo, uma segunda área.

Nela, o hóspede encontra um vaso sanitário japonês, outra pia e uma sauna úmida exclusiva. Na sauna, há uma segunda ducha. Se há alguma crítica a toda a experiência no Emiliano, ela fica apenas para a iluminação fraca dessa parte do banheiro.

Le Grand Contrôle

Le Grand Contrôle é hotel de luxo no palácio de versailles

Construído por Luis XIV, o Palácio de Versailles, a 20 km do centro de Paris, é o grande símbolo do período absolutista. Um dos pontos históricos mais visitados na França, ele agora é também oferece experiência de hospedagem para uma imersão nos tempos da monarquia. É que em julho deste ano foi inaugurado em um de seus anexos o hotel Le Grand Contrôle, da rede Airelles.

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O hotel de luxo tem apenas 17 quartos e suítes e foi construído em um prédio ao sul da construção central do palácio. A área já serviu de moradia para integrantes da nobreza francesa. Posteriormente, passou a abrigar juízes da monarquia, o que serviu de inspiração para o nome do empreendimento de luxo.

Cada uma das acomodações do Le Grand Contrôle leva o nome de um dos juízes que fizeram parte das cortes dos três reis Luís que comandaram Versailles: XIV, XV e XVI. O último monarca, tataraneto do fundador, foi derrubado pela Revolução Francesa e degolado junto à sua esposa, a famosa Maria Antonieta.

Destaques do Le Grand Contrôle

A decoração do hotel é inspirada no século XVIII, e os móveis foram todos comprados em antiquários. Isso tanto nos salões quanto nas acomodações. Papéis de parede forram também objetos como caixas de amenidades, e muitos detalhes são revestidos de couro (até a chaleira).

O Le Grand Contrôle, porém, também tem seu toque de modernidade. Cada acomodação tem uma caixa com tablet, para controle de funções do quarto, e smartphone (com informações sobre o hotel e canal para contato com a equipe de atendimento).

Outro toque de modernidade é a piscina coberta e aquecida disponível para os hóspedes. O restaurante do hotel comandado pelo renomado chef Alain Ducasse.

Além disso, quem se hospeda no Le Grand Contrôle tem direito a um exclusivo tour guiado pelo Palácio de Versailles no fim do dia, quando os turistas já foram embora.

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