Nova Orleans

Nova Orleans x Nashville x Las Vegas: festa o dia todo

Há três cidades nos Estados Unidos em que têm em comum a principal atração turística: o ritmo de festa. Las Vegas, Nashville e Nova Orleans são diferentes na essência, mas atraem um perfil de visitante pela mesma razão: a badalação 24 horas por dia.

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Se em Vegas imperam as “pool parties” (festas à tarde na piscina) e casas noturnas com música eletrônica, em Nashville os amantes da música country encontram um ambiente perfeito. Já Nova Orleans é a capital do jazz, mas dá espaço a outros ritmos, como blues e rock and roll.

Veja qual das três cidades festeiras dos Estados Unidos faz mais seu estilo.

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Las Vegas

A cidade de Nevada é a capital mundial do entretenimento. O epicentro dessa Disney para adultos são os hotéis da avenida Las Vegas Boulevard, mais conhecida como Strip. Muitos procuram Vegas pelos espetáculos, como Cirque du Soleil, e pelos shows de grandes astros da música – alguns fazem temporadas por lá. Há quem aprecie a ampla oferta de restaurantes estrelados e, claro, os apreciadores dos jogos de azar.

Mas a juventude invade Vegas à procura de casas noturnas e, de abril a outubro, pool parties. Quase todos os hotéis da Strip têm a seu beach club, separados das piscinas destinadas aos hóspedes.

Las Vegas Boulevard, também conhecida como Strip

Por ali, a tarde comandada por DJs é uma variação de música eletrônica, pop e hip hop, entre outros ritmos que fazem a cabeça da juventude. O mesmo tipo de música domina as casas noturnas, também instaladas nos hotéis da Strip.

Emendar dia e noite é algo comum em Vegas, principalmente para a juventude. E o ambiente dos cassinos dos hotéis contrubui para essa realidade alternativa. Na maioria, não há relógios, e a iluminação é a mesma a qualquer hora.

Como diz a música “Viva Las Vegas”, que se tornou um hino da cidade, “Eu gostaria que o dia tivesse mais de 24 horas”.

VEREDITO: Las Vegas é um local construído para o entretenimento. Pode parecer meio fake, e realmente é. Por isso, é preciso entrar no clima e entender que, ali, a ordem é diversão. Esqueça cultura! Quanto à parte mais festeira da cidade, ela é mais voltada aos jovens. Mas adultos têm muitas outras formas de se divertir em Vegas.

Nashville

O Grand Ole Opry é o templo da country music norte-americana. Todos os grandes nomes da música já passaram por lá, e ainda se apresentam constantemente na casa de show. O Opry, no entanto, fica a cerca de 15 km do centro de Nashville.

E é no centro que está o clima de festa incessante da capital do Tennessee, no sul dos Estados Unidos. Por ali, o visitante vai encontrar o museu dedicado ao maior nome da country music americana, Johnny Cash. O astro surgiu em Memphis, no mesmo Estado, revelado pela lendária gravadora Sun Records (leia mais abaixo).

Broadway

Posteriormente, se mudou para a região de Nashville. No centro da cidade, também há o Hall da Fama dedicado à música country. Ao sair desses dois programas, inevitavelmente o visitante vai cair na Broadway, uma rua com construções coloridas que abrigam os mais variados bares.

Os sets começam ainda pela manhã e se estendem madrugada adentro. De bar em bar, ao longo de três quarteirões, há variações sobre o mesmo tema, e uma banda a cada andar (geralmente são três, com direito a rooftop para ver o por do sol). Do country clássico ao contemporâneao, a música ao vivo não para.

Para não dizer que não escutei nada além de country na Broadway, em um dos bares houve dois grandes hits do rock and roll (“Sweet Child O’ Mine, do Guns N’ Roses, e “Don’t Stop Believin’, da banda Journey). Tudo isso em um cenário de grande preservação histórica combinada a prédios modernos, porque o centro de Nashville respira progresso.

A entrada nos bares é gratuita. As bandas passam com um balde ao final dos sets, buscando gorjetas (e pega bem contribuir).

VEREDITO: Se Vegas é fake, Nashville é pura realidade. Um local para aprender a história da música americana, ver museus e construções seculares e, nessa imersão cultural, curtir boas apresentações de ótimas bandas.

Não deixe de conhecer o restaurante The Standard, a cerca de 1 km da Broadway. Ele ocupa um prédio histórico que era ponto de encontro das tropas da União durante a Guerra Civil Americana, no século XIX. Quanto ao público festeiro, Nashville é para todos. Há desde jovens a adultos de todas as idades curtindo música nos bares.

Nova Orleans

Dizem por aí que Nova York não é Estados Unidos. Nova Orleans também não. A cidade mais importante da Luisiana é França, Espanha e até EUA. A influência afro-americana é um ingrediente fundamental nessa miscelânia cultural, musical, artística, gastronômica e histórica.

Se Nashville é country, Nova Orleans (também conhecida como Nola) é jazz de todos os estilos, mas não apenas isso. Dá para escutar, de bar em bar, variados tipos de música, passando pelo blues, rock e até a bossa nova.

French Quarter em Nova Orleans
French Quarter

O French Quarter, com impressionante preservação histórica na arquitetura e influência francesa em todas as linhas, é o epicentro cultural de Nova Orleans. Sua principal rua – e também a mais turística – é a famosa Bourbon, mas não é apenas nela que ação acontece.

Os bares estão por toda a região, e os melhores são na parte mais alta do Quarter, especialmente na Frenchman Street. A música ao vivo não para: é literalmente 24 horas, e pode ser curtida a céu aberto também, seja em paradas nas ruas ou sets ao ar livre.

A entrada nos bares é gratuita, como em Nashville, e gorjetas não são apenas bem vistas, como muitas vezes essenciais. E, a exemplo de Vegas, dia e noite se confundem. Não há a iluminação artificial dos cassinos, mas é comum ver a juventude com seus drinks pelas ruas às 8h da manhã, sinal de que a noitada ainda não terminou.

Bourbon Street em Nova Orleans
Bourbon Street

Uma curiosidade: Nova Orleans é uma das poucas cidades dos Estados Unidos que permitem consumo de bebida alcóolica nas ruas.

VEREDITO: Nova Orleans é candidata à cidade mais cultural e artística dos Estados Unidos. Há tanta história para ver e ouvir, e tanto a aprender, que farei um post exclusivo para Nola. Aqui, o objetivo foi falar apenas da festa incessante que ela oferece a seus visitantes.

Como em Nashville, o público é de todas as idades, mas os jovens parecem preferir Nola à capital do Tennessee.

Claro que Vegas, Nashville e Nola têm perfis diferentes. Mas, se eu tivesse de escolhar uma das três para festejar, não teria dúvidas: Nova Orleans.

Menção honrosa: Memphis

Memphis não é uma cidade de festa incessante, como as demais. O que, então, ela está fazendo aqui? É o seguinte: ela fica entre Nashville e Nova Orleans e, para quem está viajando de carro pela região, é obrigatório parar na capital do blues.

Beale Street

Lá, também há a rua do música, a Beale, que é um tanto decadente quando comparada à Broadway e ao French Quarter. Porém, vale visitá-la por seu papel na história da música: nomes como B.B. King já tocaram na Beale. Além disso, o local contribuiu para a formação musical de Elvis Presley.

Os sets de blues começam no fim da tarde, e terminam no início da madrugada. Vale conferir os do bar B.B. King, batizado em homenagem a um dos mais ilustres moradores de Memphis. Além do blues, a cidade tem seu lado rock and roll na gravadora Sun Records, aberta à visitação.

Além de Presley e de Johnny Cash, a Sun também revelou ao mundo Jerry Lee Lewis, Carl Perkins e Roy Orbison. E, já que você está em Memphis, não deixe de visitar Graceland, a casa de Elvis, e o museu dedicado ao artista.

Mesmo para quem não é fã de Presley a visita vale a pena – especialmente ao museu -, pois é uma aula sobre a música norte-americana do século XX.

Auditório Westgate Elvis Presley

Elvis Presley e ‘Proposta Indecente’: o hotel que é um ícone da cultura popular em Vegas

Em março deste ano, precisei ir a Las Vegas para cobrir um evento de trade no Centro de Convenções. Foi tudo meio corrido, e minha rotina de entregas a cada dia de cobertura seria intensa. Então, na hora de escolher o hotel, procurei o mais próximo do local da mostra, de preferência conectado.

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Foi aí que cheguei ao Westgate Las Vegas. Só de observar as fotos, já vi que não era um hotel de luxo. Parecia antigo, mas ainda assim os quartos eram decentes. Além disso, os preços estavam extraordinários. Geralmente, eles giram em torno de US$ 80 a US$ 90 por dia, a base de um quatro-estrelas na região da Strip (como o Treasure Island, o Paris ou o Planet Hollywood).

Há opções até bem mais em conta que o valor regular do Westgate – em Vegas, dá para encontrar acomodações decentes por menos de US$ 50 a diária. Porém, achei uma promoção no site 123 Milhas e, no meu período, consegui as diárias por cerca de US$ 40 nesse hotel.

Então, estava perfeito: ao lado do centro de convenções e barato mesmo para Vegas. Eu sou a favor de, na cidade de Nevada, optar por um hotel de luxo. Afinal de contas, a mais cara e luxuosa propriedade de Las Vegas consegue ser mais barata que a pior opção em Manhattan.

Bar e cassino no Westgate Las Vegas

Por isso, vale a pena aproveitar Vegas para viver uma experiência de luxo. Porém, eu já havia feito isso mais de uma vez e, para o meu propósito de viagem, que não era turismo, e sim trabalho duro, o Westgate estava ótimo.

Explico isso porque esse post não é uma recomendação para que você se hospede no Westgate. Pelo contrário: acho que você não deveria fazer isso (e explico no fim do texto). O objetivo aqui é contar o que descobri quando cheguei lá, e nos meses subsequentes. A descoberta me deixou fascinada: de maneira despretensiosa e nada planejada, eu estava simplesmente em um dos locais mais importantes da história de Las Vegas. O hotel é um grande marco da cultura popular – mesmo que você ainda não saiba disso.

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Elvis Presley no Westgate Las Vegas

Quando cheguei ao Westgate, logo após o check-in, dei de cara com uma estátua de Elvis Presley bem ao lado do cassino. Sinceramente, não dei maior importância, mas o astro voltaria a chamar minha atenção durante os sete dias de hospedagem.

Pelos corredores, eu sempre me deparava com fotos de Elvis no palco, ou ao lado de outras pessoas, com aquelas trajes icônicos e na maior parte das vezes brancos que marcaram suas aparições nos anos 70. Me lembro de pensar: mas o que Elvis tem a ver com isso?

A estátua de Elvis Presley
A estátua de Elvis Presley

Ainda assim, na coreria da cobertura do evento, não procurei descobrir a conexão de Elvis Presley com aquele hotel. Afinal, eu não estava ali para cobrir o Westgate. Tanto que, como vocês podem ver, as únicas fotos de minha autoria são do quarto, que acabei mostrando no Instagram.

Voltei aos Estados Unidos no início de maio e passei no país quase o mês inteiro. Meu tour foi pelo sul, desvendando rotas de música, história e bourbon, muito bourbon. Obviamente, fui visitar Graceland, a mansão de Elvis Presley, e o museu dedicado ao astro em frente sua casa.

O programa completo dessa viagem começará a ser publicado aqui em breve. Mas, a quem possa interessar, o tour por Graceland e o museu sai por US$ 77, e foi um dos programas mais legais da jornada.

Aqui, vale ressaltar que o interesse em Elvis está renovado nesse ano de 2022. É que a cinebiografia do astro é um dos destaques do Festival de Cinema de Cannes, e estreará nos cinemas em 14 de julho.

Hotel International

De volta a Graceland e ao museu de Elvis, há muitos dados, imagens, vídeos e áudios sobre os mais de 600 shows que o cantor fez em Las Vegas entre 1970 e 1977, no International Hotel. As aparições de Presley, todas com ingressos esgotados, mudaram a história do entretenimento na cidade, atraindo muitos turistas não em busca de jogos de azar, mas do maior ídolo da música norte-americana.

Tanto que hoje o investimento em grandes shows, sejam eles fixos ou temporários, é uma das assinaturas de Vegas. E boa parte dos astros da música fazem temporadas na cidade.

International Hotel Elvis Presley
International Hotel foi palco das apresentações ao astro

Ao retornar ao Brasil, por curiosidade, coloquei no Google “International Hotel”. E o que apareceu no resultado? Westgate Las Vegas. A partir daí, descobri que o hotel em que estava hospedada é um dos mais importantes da história da cidade.

Ele foi inaugurado em 1969 na Paradise Road, atrás da parte norte da Las Vegas Boulevard, conhecida como Strip. Na época, era o maior hotel dos Estados Unidos, e um dos mais luxuosos. Cada um dos quartos tinha decoração sofisticada inspirada em diferentes países.

A abertura do hotel teve show de Barbra Streisand no auditório e Peggy Lee no lounge. O segundo show no auditório foi de Elvis Presley, e o sucesso foi tão estrondoso que logo o International fechou com o astro um contrato de cinco anos. Nesse período, ele passaria dois meses por ano em Vegas, se apresentando no hotel.

Las Vegas Hilton

Mas o nome International Hotel só foi usado de 1969 a 1971. Neste ano, a propriedade foi comprada e se transformou no Las Vegas Hilton, que usou até 2012. Então, por um pequeno período, passou a se chamar LVH – Las Vegas Hotel e Cassino, até ser comprado pela rede Westgate, em 2014.

A suíte em que Elvis se hospedava em seus períodos no hotel, a Imperial, tinha 460 meros quadrados. Após a morte do artista, foi rebatizada para Elvis Presley Suite. No entanto, foi demolida nos anos 90 para dar lugar ao conjunto de suítes batizadas de Sky Villas, no 30º andar.

Já a estátua em homenagem a Elvis Presley foi erguida logo após a morte do cantor, e lá permanece, apesar de todas as trocas de bandeira. A área de exposições do Westgate, aliás, já sediou uma mostra com móveis e objetos que marcaram o período do artista em Las Vegas – encerrada em 2016.

Proposta Indecente

No início da pandemia, eu me dediquei, aqui no blog, a produzir algumas reportagens sobre filmes que nos transportam a destinos de viagem. Afinal, passamos muito tempo sem poder viajar, e os streamings de vídeos nos salvaram nesse período.

Planejava fazer um texto exclusivo para Las Vegas. Há muitos filmes rodados lá, como “Se Beber Não Case”, no Caesar’s Palace, “Última Viagem a Vegas”, no Aria, entre outros exemplos.

Acabei incluindo um dos filmes apenas em uma reportagem com locais mais variados, e desisti do post exclusivo para Vegas. Entre outras razões, fiz isso porque não consegui descobrir o cenário de “Proposta Indecente”, em minha opinião um dos melhores gravados na cidade.

Na época, li que as locações do longa foram no Las Vegas Hilton, um hotel já desativado. Cheguei a ver reportagens dizendo que o filme com Demi Moore, Robert Redford e Woody Harrelson nem mesmo teve gravações na cidade, e sim em um estúdio em Hollywood.

Recentemente, revendo o longa de 1993, notei que na cena em que Redford observa Demi Moore admirar um vestido, o cenário era muito parecido com o do Westagate. E eu estava certa. “Proposta Indecente” foi fimado no hotel, então chamado de Las Vegas Hilton.

Há cenas nas lojas e nos cassinos, e é lá que o personagem de Redford faz a proposta do título aos de Morre e Harrelson: uma noite com ela por US$ 1 milhão.

HOSPEDAGEM no Westgate Las Vegas?

É como eu disse no início do texto: em Vegas, o que vale mesmo é se hospedar em um hotel de luxo. A partir de US$ 150 dá para ter ótimas opções, dependendo da época. O Westgate é antigo e seu cassino, atualmente, nada especial.

Além disso, tem uma oferta bem limitada de restaurantes, embora o Edge Steakhouse seja excelente. No bar, as bebidas são servidas em copos de plástico. Efeito da pandemia, talvez, mas outras propriedades da Strip não adotaram essa medida.

Há uma boa academia, mas ela fica aberta apenas das 9h às 17h. No meu caso, limitou o uso, pois era justamente o horário em que eu estava na convenção. Já a piscina é bem legal. O que mais incomodou foi o elevador.

Como havia convenção ao lado, no fim de semana estava impossível subir e descer. Levava muitos e muitos minutos, com o elevador parando de andar em andar – o meu era um dos últimos. Esse, no entanto, é um problema que atinge muitos dos imensos hotéis da cidade.

LOCALIZAÇÃO, PONTO POSITIVO E VERIDITO

O Westgate Las Vegas, embora fique atrás da Strip (Paradise Road, 3000), exige uma caminhadinha para chegar na principal avenida de Vegas. É que os quarteirões na cidade são imensos, com pelo menos um quilômetro cada. Além disso, o norte da avenida não é das partes mais badaladas – mesmo que tenha algumas propriedades muito interessantes, como a dupla Wynn/Encore e o novíssimo Resorts World.

A boa notícia é que há uma estação de monorail bem ao lado do Westgate Las Vegas, para transporte até a parte mais badalada da Strip. Já os quartos são grandes e confortáveis. Não sei como são os mais básicos, pois recebi upgrade no check-in.

O meu tinha 30 metros quadrados, um bom banheiro, algumas amenidades e internet rápida – incluída na taxa de resort obrigatória de US$ 30 por dia, uma prática comum em 99% dos hotéis da região da Strip de Las Vegas.

Vale a pena ficar? Eu acho que, para quem está em férias, não. Até porque o Westagate nem é dos mais baratos. Em junho, por exemplo, as diárias estão partindo de US$ 110. Se for para economizar, há opções bem mais em conta, e no epicentro da Strip. Mas sem dúvidas vale a pena visitar, por ser um marco da história e da cultura popular.

Las Vegas Boulevard

Las Vegas: entenda como funciona para saber onde se hospedar

Na primeira vez que fui a Las Vegas, nos EUA, olhando o mapa da cidade e os hotéis da principal avenida, achei que tudo fosse perto. Ao chegar lá, me deparei com uma realidade completamente diferente. Cada quadra da Las Vegas Boulevard – a avenida dos grandes hotéis, também conhecida como Strip – tem pelo menos 1 km.

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E muitos complexos hoteleiros ocupam uma quadra toda. Não são simples hotéis, e sim resorts com inúmeras opções de gastronomia, vida noturna e os famosos cassinos da cidade de Nevada. Uma boa notícia sobre Las Vegas é que os preços das habitações são bem mais baixos que em outros locais dos EUA, mesmo em tempos de inflação – no país, os preços de hospedagem estão altíssimos.

Por isso, Las Vegas é uma excelente oportunidade para investir naquele hotel de luxo, pois por US$ 150 por dia já dá para encontrar opções incríveis. Por outro lado, há propriedades menos luxuosas, mas também sofisticadas, a partir de US$ 50 a diária.

Mas tome cuidado, em Vegas, é cobrada uma taxa de resort, que pode chegar a US$ 40 por dia. Esse valor inclui coisas como uso da academia e Wi-Fi. No entanto, não é opcional. O pagamento é obrigatório.

Em mina última visita, na qual consegui uma super promoção para o Westgate Las Vegas, paguei em taxa de resort e impostos o mesmo que desembolsei pelas diárias. Além disso, tome cuidado com a empolgação. Apesar dos hotéis mais em conta, tudo em Las Vegas é caríssimo. Até o tradicional hambúrguer.

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O que fazer em Las Vegas

O coração de Las Vegas é a Strip, onde estão os principais hotéis da cidade. Cada um não é apenas uma opção de hospedagem: são verdadeiras atrações turísticas. Certamente, você não ficará restrito ao local que escolheu. Visitará também os outros resorts.

Os principais programas turísticos em Vegas são eles. Não dá para passar pela cidade, especialmente em uma primeira visita, sem ver o show de águas no Bellagio, a reprodução de Roma no Caesars Palace ou as da Cidade luz e de Nova York nos resorts Paris e New York New York, respectivamente.

Isso sem contar os canais de Veneza reproduzidos no complexo formado pelo The Venetian e o Palazzo. Mas não é só de atrações de hotéis que vive Las Vegas. Um dos programas imperdíveis é visitar o Grand Canyon. De carro ou ônibus (entre uma hora e meia e duas horas de viagem), se chega à parte oeste, com opção de passar pela impressionante barragem da represa Hoover (Hoover Dam). Você pode até não saber, mas já deve ter visto muitas vezes esse local no cinema.

Caesars Palace tem inspiração italiana em Las Vegas
Caesars Palace tem inspiração italiana

Dá também para pagar o passeio de helicóptero e ir até o Grand Canyon sul, que é mais impressionante que o oeste. A formação rochosa natural fica, na verdade, no Estado de Arizona, vizinho a Nevada.

Outra boa pedida em Las Vegas é fazer compras. As lojas mais exclusivas do mundo estão espalhadas pela Strip, em locais como o shopping Crystals, o Bellagio e o complexo de resorts formado pelo Encore e o Wynn. Se alta costura e grifes europeias não são o seu objetivo, a cidade tem dois grandes outlets que valem a visita.

Festa em Vegas

Mas gastronomia e vida noturna são mesmo os destaques de Las Vegas. Restaurantes dos chefes mais renomados do mundo têm filiais espalhadas pelos hotéis da cidade, que oferecem também seus bares e casas noturnas.

Muitos investem em salas de espetáculos: o Cirque du Soleil é um clássico, e astros do pop estão quase sempre em cartaz. Outra peculiaridade de Vegas são as pool parties, as famosas festas nas piscinas dos hotéis. Ganham força entre abril e outubro, quando o clima quente é praticamente uma certeza (em outros meses, pode fazer frio na cidade).

Entendendo Las Vegas

Durante a tarde, o legal mesmo é caminhar pela Strip e ir entrando de hotel e hotel, principalmente em uma primeira visita. Você vai caminhar bastante, e o calor pode ser um sofrimento, especialmente de maio a setembro.

Por outro lado, a maior parte dos hotéis está interligada por passagens. Com isso, poucas vezes você terá de passar muito tempo caminhando pela Strip.

The Venetian em Las Vegas
The Venetian

Para se locomover em Las Vegas sem precisar andar demais, há o monorail (trem suspenso). Ele interliga os hotéis do norte ao sul da Strip, mas “pula” algumas paradas – como no Encore/Wynn e no The Venetian/Palazzo. Para não-moradores, o bilhete custa US$ 5 (cerca de R$ 25). Dá para amenizar os gastos comprando um ticket para vários dias.

Outras opções são táxi, bem abundantes em Las Vegas, e serviços de carros particulares como Uber e Lift (bem popular nos Estados Unidos). Aqui, a dica é cadastrar no app seu cartão de débito internacional (se tiver) para não pagar spread cobrado pelos bancos tradicionais e o alto IOF dos cartões de crédito.

O epicentro

Já me hospedei em vários locais de Las Vegas, e cheguei à conclusão que a melhor opção é estar no local que chamo de epicentro da Strip. É a área entre as avenidas Tropicana e Flamingo. Nela, você encontrará opções como os complexos MGM Grand/Park MGM, Planet Hollywood, Aria/Vdara/Cosmopolitan/Waldorf Astoria e Caesars/Bellagio.

Com a hospedagem no epicentro, divida seu tour pelos hotéis em dois dias. Em um deles, vá ao norte, para ver o Paris, o The Venetian, o Wynn/Encore e o Resorts World. Este é o mais novo complexo de Las Vegas. Formado por Conrad, Hilton e Crockfords, se destaca pelo luxo e as dimensões do cassino.

Bellagio e Caesars Palace em Las Vegas
Bellagio e Caesars Palace

Ao sul, há temáticos como Luxor e Excalibur, e luxuosos como Delano e Four Seasons. Outra vantagem do epicentro é a chance de, na maior parte dos dias da visita, estar mais próximo de seu quarto após o jantar, bar ou balada.

Claro que há sempre a chance de desfrutar essas atividades da vida noturna em um hotel ao sul ou norte. Porém, fica mais tranquilo ir conhecer um dos hits gastronômicos de Las Vegas, o Top of the World, no The Strat (ao norte), estando no Aria, ao centro, que no Four Seasons, no extremo sul.

Dicas sobre hotéis

Com isso em mente, ficam agora as dicas de hospedagem de acordo com o perfil e prioridades do viajante. Se o epicentro é bom para deslocamentos rápidos, não é tão legal para quem quer, por exemplo, fugir das ruas lotadas.

Então, escolha os seguintes hotéis se você:

Quer exclusividade, luxo e serviços personalizados – Waldorf Astoria, Four Seasons

Quer um hotel luxuoso com preços mais acessíveis – Hilton e Conrad (Resorts World), Caesars Palace, Nobu, The Cromwell.

Está em Las Vegas pelas compras de luxo – Complexo Aria/Vdara/Cosmopolitan/Waldorf Astoria (shopping Crystals), Bellagio, Encore/Wynn.

Wynn e Encore

Odeia hotéis temáticos – Complexo Aria/Vdara/Cosmopolitan/Waldorf Astoria, Four Seasons, Delano, Resorts World.

É fã de hotéis temáticos – Caesars, The Venetian, Paris, New York, New York, Treasure Island.

Não gosta do clima dos cassinos – Vdara, Four Seasons, Trump.

Quer aproveitar as melhores opções gastronômicas sem sair do resort – MGM Grand, Aria, Bellagio/Ceasers, Wynn/Encore, The Venetian.

Pretende passar a maior parte do tempo no cassino – Bellagio, Caesars, MGM Grand, Resorts World.

Paris Las Vegas
Paris Las Vegas

Vai a Vegas pelas baladas e pools parties – Aria, Cosmopolitan, Encore/Wynn.

Visita a cidade para um evento no centro de convenções – Westgate (tem ligação direta com o espaço), Wynn/Encore, Resorts World, SpringHill Suítes by Marriott (em frente ao pavilhão oeste).

Restaurantes que indico

Top of the World – tem vista panorâmica para a Strip e um menu de vários passos que está fazendo sucesso em Las Vegas. Fica no The Strat.

Brasserie Bardot – o melhor francês de Las Vegas. Está no Aria.

Catch – tem unidades em Los Angeles e Nova York e é conhecido pelos jantares com alta dose de agito. Também no Aria.

Joel Robuchon – o renomado chefe francês tem dois restaurantes lado a lado no MGM Grand, um casual e outro sofisticado. Ambos são muitos concorridos. Não se esqueça de fazer reserva.

Grand Canyon: passeio imperdível a partir de Las Vegas

Edge Steakhouse – No despretensioso Westgate, é um dos melhores restaurantes de carnes de Las Vegas, e oferece um steak tartare inesquecível.

Nobu – os fãs de culinária japonesa não podem deixar de experimentar um dos melhores do mundo. Fica no hotel de mesmo nome, dentro do Caesars.

Não recomendo – Cipriani, no Wynn/Encore. Muito famoso em Nova York, deixa bastante a desejar na qualidade dos pratos em Las Vegas. Só tem preço (alto).

Mustang

Como ir de carro de las vegas ao grand canyon

Um dos pontos turísticos naturais mais emblemáticos dos EUA, o Grand Canyon tem três bordas: sul, norte e oeste. As duas primeiras ficam no Parque Nacional do Grand Canyon.

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Já a oeste fica na reserva indígena de Hualapai, e é a mais próxima de Las Vegas. Embora menos visitada que a sul, considerada a que oferece as mais belas vistas, é um passeio bastante viável para um bate-e-volta a partir da “Cidade do Pecado”.

São cerca de 150 km (duas horas de viagem) entre Las Vegas, em Nevada, e o cânion oeste, no Arizona. Para chegar à margem sul a partir da capital mundial dos jogos de azar, são 450 km. Pode esquecer: nesse caso, ir e voltar no mesmo dia não é viável.

Para quem quer visitar a margem sul a partir de Vegas, a melhor opção é o passeio de helicóptero. Preços? Partem de US$ 500.

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Vale a pena? Você vai ver que pode até valer, pois a viagem de carro até a face oeste, menos impressionante, não é das mais baratas. Mas é possível também ir de ônibus, já com quase tudo incluído, por US$ 100 (nesse caso, economizando bastante).

Como eu gosto muito de viajar de carro e conhecer estradas, optei por ir de carro. Não vi a borda sul, e por isso podem apostar que vou voltar ao Grand Canyon em breve. Em contrapartida, tive uma experiência muito legal.

Carro alugado

Eu aluguei um Mustang conversível, que tem tudo a ver com essa viagem. Quer dizer, em agosto o calor daquela área desértica é tão forte que o melhor negócio é ficar com o teto fechado. Mas deu para abri-lo em alguns momentos, e curtir o vento contra o rosto.

No aluguel do carro, por uma diária, paguei US$ 150, já com tudo incluído (inclusive GPS, essencial, pois a rede do smartphone não funcionou durante a maior parte do trajeto).

Aluguei o Mustang aqui no Brasil mesmo, por meio do site Decolar. Além de fazer o pagamento em Real, evitando impostos do cartão de crédito para operações em moeda estrangeira, ainda consegui um preço menor que o oferecido no site da locadora (a Alamo). E dá para parcelar.

Las Vegas

Escolhi um carro esportivo ou equivalente. Isso significa que, ao chegar ao local, poderia ter à disposição um Mustang, mas também um Chevrolet Camaro ou um Dodge Charger (ou seja, um típico esportivo americano).

Retirei o carro na central de aluguel de veículos do aeroporto de Las Vegas. O hotel em que me hospedei, o Aria, assim como a maioria dos resorts da cidade, tem loja de locadora. Porém, ou o esportivo não estava disponível, ou era bem mais caro.

Eu retirei o Mustang de manhã – após transporte com Uber, por US$ 10, até o local de retirada – e optei por devolvê-lo no fim do dia, embora pudesse ficar com o Ford 24 horas. Assim, não precisei me preocupar com a devolução no dia seguinte.

Na retirada, as locadoras vão oferecer o pagamento antecipado de um tanque de combustível, por US$ 3 o galão. É um valor mais baixo que o cobrado em postos, mas no meu caso não valia a pena.

Para ir e voltar, não consegui gastar o tanque inteiro nem em um Mustang. Por isso, gasta-se menos abastecendo depois (sobrou um quarto do tanque).

Gastei US$ 40 para reabastecer o carro. O tanque completo, na locadora, ficaria em US$ 60.

O trajeto até o Grand Canyon

Saindo da central de aluguel de carros do aeroporto, coloquei no GPS a localização Hoover Dam. Trata-se de uma imensa represa na divisa entre Nevada e Arizona. Lá, está o também o gigantesco observatório da usina construída em cinco anos, para abastecer, além desses dois Estados, o da Califórnia.

Para quem curte cinema, a Hoover Dam já foi cenário de Transformers, Superman e Terremoto: A Falha de San Andreas.

Até lá, a partir de Las Vegas, são 50 km e pouco mais de meia hora. Primeiro, se trafega por uma rodovia de pista dupla. Já perto de Hoover Dam, está a via de pista simples, com vistas espetaculares para a represa.

Black Canyon

Após Hoover Dam, ao passar a divisa entre Nevada e Arizona, programe o GPS para “Grand Canyon Skywalk”. A estrada passa a ser dominada por montanhas e curvas.

Cerca de dez minutos após a entrada no Arizona, está um ponto de parada obrigatório, o observatório do Black Canyon (veja na foto acima). Trata-se de uma formação rochosa no rio Colorado, o mesmo do Grand Canyon.

Daí em diante, belíssimas montanhas e o deserto dão o tom à paisagem. Os dez quilômetros finais são em uma estrada estreita, cheia de curvas e montanhas, da qual já se pode o Grand Canyon Oeste.

Grand Canyon Oeste

Ao entrar na reserva indígena, há um estacionamento para o carro ao lado da loja de passeios para o cânion. O mais popular é Skywalk, grande atração do cânion oeste.

Trata-se de uma ponte em formato de ferradura, com o fundo transparente, para se observar o Grand Canyon. O acesso ao Skywalk custa US$ 70 e já inclui o ônibus para transporte até o local.

Além da parte do cânion em que está o Skywalk, você terá direito a visitar uma segunda seção, mais bonita.

Grand Canyon Oeste
Grand Canyon Oeste

Se não quiser ir ao Skywalk, o ônibus apenas para transporte entre os cânions custa US$ 50.

Há possibilidade de passeios de helicóptero, para ver também o cânion sul. Nesse caso, o preço parte de US$ 200. Para quem vai de ônibus, significa uma boa economia ante os US$ 500 cobrados a partir de Las Vegas.

Outras opções de passeio são de avião e barco, no rio Colorado, a partir de US$ 150.

A experiência que inclui o Skywalk, ou apenas o tour de ônibus, não leva mais do que 2 horas. Assim, contando o deslocamento para ir e voltar de Vegas, o passeio terá entre seis e sete horas.

Grand Canyon de Mustang

um roteiro para FUGIR DO ÓBVIO EM LAS VEGAS

Se você nunca esteve em Las Vegas, tem grandes chances de associar a cidade a cassinos e espetáculos do Cirque du Soleil. Mas, se você nem é fã nem de um nem de outro, a cidade do estado de Nevada, nos EUA, também reserva muitas atrações interessantes. E com uma alta dose de luxo.

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Preparei aqui um roteiro de três a quatro dias em Las Vegas ignorando (quase tudo) o que a cidade tem de mais óbvio – e conhecido. Há muitas opções gastronômicas, bares, compras e atrações fora dos limites da cidade – para fazer um bate e volta.

LAS VEGAS TEM VÁRIAS CIDADES NO
CORAÇÃO DO DESERTO

Se você nunca esteve antes em Las Vegas, vale reservar metade de um dia para conhecer as cidades artificiais na Las Vegas Boulevard, que no trecho dos grandes hotéis é conhecida como Strip. Trata-se da principal avenida da zona turística.

The Venetian

Claro que as cidades artificiais são uma atração óbvia, mas não dá para ignorar, mesmo que por mera curiosidade, a reprodução de locais importantes da Itália, França e de outros lugares dos EUA no meio do deserto de Nevada.

No hotel The Venetian, há a reprodução dos canais de Veneza. Eles ficam na área de compras do hotel, com direito a passeio de gôndola e representações das principais atrações da cidade italiana, como a praça de São Marcos.

Representação da Fontana di Trevi no Ceasers Palace

A Itália também encontra uma homenagem no Ceasers Palace, onde o visitante pode ver um pouco da Roma antiga. Há até uma cópia da Fontana di Trevi. Já o Egito antigo é o tema do Luxor.

Uma das reproduções mais incríveis estão no hotel Paris, com réplicas em menor escala de duas grandes atrações da capital francesa: Torre Eiffel e Arco do Triunfo. Já a Estátua da Liberdade e ruas inspiradas nas da Big Apple estão no New York, New York, que oferece também a montanha russa mais concorrida da cidade.

Hotel Paris


FUJA DOS HOTÉIS TEMÁTICOS

Se o turismo de massa não é seu negócio, o ideal é fugir dos hotéis temáticos na hora de escolher a hospedagem. E a maioria tem temas, mesmo que não sejam homenagens a cidades importantes.

O Excalibur, por exemplo, é uma homenagem à história do rei Arthur, com representações de castelos e arenas da Inglaterra medieval. No Treasure Island, você encontrará o universo da caça ao tesouro em alto mar, com navios de piratas e outras atrações.

Já os hotéis não temáticos não são atrações turísticas. E, se atraírem não-hóspedes, é pela possibilidade de compras, casas noturnas e a alta gastronomia que oferecem. Meu escolhido foi o Aria, que cumpre esses critérios e tem um ótimo complexo de piscinas – ótima pedida para o verão.

A melhor notícia? A área reservada a pool parties típicas de Vegas é separada das duas piscinas destinadas aos hóspedes, com esteiras confortáveis e opções de cabanas privativas – para quem se hospeda nas suítes ou está disposto a pagar uma alta taxa extra.

No mesmo complexo do Aria está o “irmão” Vdara (opção para quem quer fugir da fumaça dos cassinos, pois esse hotel não oferece a atração), o descolado Cosmopolitan e o novo Waldorf Astoria. Todos são sofisticados, contemporâneos e não têm temas para atrair turismo em massa. Além disso, entre eles há o shopping Chrystals (leia mais abaixo).

GASTRONOMIA

Terminado o tour pelas atrações turísticas para os visitantes de primeira viagem, é hora de relaxar. Se for verão, vale a pena passar uma tarde no complexo de piscinas do hotel escolhido – na Strip, todos, mesmo os mais simples, oferecem essa comodidade.

E vale bastante a pena, pois no verão do deserto do Mohave, onde está localizada Las Vegas, os termômetros passam facilmente dos 40 graus. Os hotéis premium e de luxo têm também spas para relaxamento, com diversos tratamentos.

Sage, no Aria (Foto: Divulgação)

Para os adeptos dos esportes, é comum ter à disposição academias muito bem equipadas – a do Aria é do mesmo nível das mais badaladas da cidade de São Paulo, em área e nível de equipamentos.

O almoço e o jantar estão entre os melhores momentos de Las Vegas, pois as opções são variadas e há diversos restaurantes com a assinatura dos mais renomados chefs do mundo. Uma das razões para minha escolha de hospedagem, o Aria, foi a gastronomia.

O estrelado Joël Robuchon

O hotel tem pelo menos três dos restaurantes que estão em qualquer lista dos melhores da cidade. Entre eles, o carro-chefe é o Sage, com menu criativo assinado pelo chefe Shawn McClain e uma ótima carta de vinhos.

Outro destaque do Aria é o francês Brasserie Bardot, que transporta o cliente a um bistrô moderno de Paris. O bar central é um dos destaques da decoração. O hotel oferece ainda o Jean-Georges Steakhouse, casa especializada em carnes do chef que assina também o cardápio do restaurante do Palácio Tangará, em São Paulo.

Fora do Aria, quase todos os hotéis premium e de luxo de Las Vegas têm ótimas opções gastronômicas. O Joël Robuchon, do estrelado chef francês, tem visual art decó, está no MGM Grand e é um dos mais badalados de Las Vegas.

O famoso japonês Nobu tem filial no hotel de mesmo nome, que fica dentro do Ceasers. Esse hotel também tem algumas casas do badalado Gordon Ramsay, como o Hell´s Kitchen e o Gordon Ramsay Steakhouse.

Já o alemão radicado nos EUA Wolfgang Puck assina o cardápio de casas como a descontraída Cucina, no shopping Chrystals, e a CUT, no shopping The Grand Canal, no complexo do The Venetian.

Na maioria dos restaurantes, é imprescindível fazer reserva, especialmente no jantar. Mas se tomar uns drinks enquanto espera cerca de uma hora não é um problema para você, dá para decidir de última hora onde comer.

A NOITE DE LAS VEGAS

Las Vegas tem grandes espetáculos performáticos e diversas casas noturnas. Desse primeiro grupo, quase todo hotel da Strip tem espetáculos do Cirque du Soleil. O Love, homenagem aos Beatles, é um dos mais famosos, e fica em cartaz no Mirage.

Entre as casas noturnas, a Jewel, do Aria, é um dos clássicos, e sempre tem filas monstruosas na área de entrada. Abre às sextas-feiras, sábados e segundas-feiras. Os “irmãos” Wynn e Encore são outros conhecidos por suas casas noturnas, como a XS.

Love é o espetáculo do Cirque du Soleil no Mirage

Mas se você quer fugir dessas atrações mais conhecidas e curtir uma noite mais tranquila, as opções de bares em Las Vegas são muito atraentes. Na maioria, os destaques são os coquetéis.

No Aria, o Alibi Ultralounge é um lounge de decoração que combina elementos modernos com ar retrô. Elegante e sofisticado, reúne hóspedes e visitantes em balcão, mesas altas ou lounges privativos – pagos à parte.
Investe na boa coquetelaria e em música ambiente. Para música ao vivo – com clássicos do rock e do pop mundial -, a pedida é o Lift.

Outro bar badalado de Vegas é o Eastside Lounge, na piscina VIP da piscina do Encore. Como quase tudo no hotel, o vermelho domina a decoração desse lounge.

SkyBar, no Waldorf Astoria

No rooftop do Cosmopolitan, o Marquee é uma casa noturna que, antes do início da badalação, funciona como bar – inclusive durante o dia. Vale a pena pelos drinks e a vista incrível.

Outro rooftop badalado de Las Vegas é o SkyBar, no Waldorf Astoria, com vistas panorâmicas para a Strip.

COMPRAS

Para quem gosta de ir aos EUA fazer a festa em outlets repletos de lojas de grandes marcas mundiais com bons descontos, Las Vegas não deixa a desejar. Há um outlet ao norte e outro ao sul da Strip.

Se quiser passar o dia fazendo compras nesses dois complexos, você não vai se decepcionar. Vale a pena alugar um carro para levar as compras. Em Las Vegas, esse serviço é prático – todos os principais hotéis oferecem – e barato.

O shopping Chrystals

Mas se você quer experimentar o melhor das marcas mais sofisticadas do mundo, Las Vegas também é o paraíso. E o epicentro desse oásis se chama Crystals, o shopping mais sofisticado da Strip. Por lá, há uma reunião de grifes europeias como Chanel, Gucci, Louis Vuitton, Versace e Prada, entre outras.

Se você procura marcas um pouco menos sofisticadas (e baratas), mas também mundialmente famosas – como Tommy Hilfiger e DKNY -, o seu lugar é o Forum Shops, no Ceasers. O shopping se destaca pela iluminação e o teto que simulam uma eterna noite. É como circular em uma galeria italiana após o jantar.

BATE E VOLTA

Há coisas para se fazer nas imediações de Las Vegas. O principal programa? Visitar o Grand Canyon West, no Arizona. Essa parte do patrimônio natural não é tão espetacular quanto a Sul, mas é a mais viável de se visitar a partir da cidade – para a outra, não dá para fazer bate e volta, pois são mais de 400 km de distância da cidade de Nevada.

Black Canyon

Já o Grand Canyon West fica a pouco mais de 100 km de Las Vegas e a viagem dura cerca de uma hora e meia, de carro, ou duas horas, de ônibus – os hotéis oferecem esse tour em suas agências de turismo. Outra opção é ir de helicóptero, para um passeio panorâmico.

Eu fui de carro, pois as estradas são lindas, cercadas por montanhas após a divisa entre Nevada e Arizona. E essa opção permite fazer paradas pelo caminho, como na belíssima barragem Hoover Dam e no Black Canyon – há um observatório às margens da estrada, logo após a divisa entre os estados.
No caminho também encontrei alguns hotéis-cassinos de beira de estrada, com visual que lembra os de filmes de Velho Oeste.

Como optei por não alugar carro em Las Vegas – embora seja uma boa pedida, pois muitos hotéis oferecem estacionamento gratuito -, retirei um Mustang conversível pela manhã, no terminal de aluguel de carros do aeroporto, e o entreguei à noite, antes de retornar ao hotel.

Grand Canyon

Como já expliquei, dá para alugar o carro no próprio hotel. Mas o Mustang que queria não estava disponível nessas agências. E, nas de hotéis nos arredores, tinha preço bem mais alto que os US$ 80 que paguei no aeroporto.

LAS VEGAS E O CINEMA

Se você é fã de cinema, vai querer saber que hotéis foram mostrados em grandes clássicos da telona. “Onze Homens e um Segredo” é no Bellagio, um dos hotéis mais luxuosos e famosos de Las Vegas.

“Se Beber não Case” tem boa parte de sua ação ambientada no Ceasers Palace. “Última Viagem a Vegas”, com o quarteto fantástico formado por Michael Douglas, Robert De Niro, Morgan Freeman e Kevin Kline, mostra quase todos os ambientes do Aria.

O Planet Hollywood é cenário da comédia “Jogo do Amor em Las Vegas”, com Ashton Kutcher e Cameron Diaz. Já “Proposta Indecente”, clássico dos anos 90, usa cenários do Hilton Las Vegas.