Sofitel Londres

Sofitel St. James é imersão na londres aristocrática

Uma das cidades com maior destaque mundial quando o assunto é hotelaria de luxo, Londres oferece diversidade para todos os gostos. O Sofitel London St. James não é dos mais suntuosos. Traz uma sofisticação discreta, com o toque francês que está no DNA da grife, e tem a localização como um dos maiores trunfos para quem quer vivenciar a boa e velha Londres caminhando.

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O hotel está bem no centro das principais atrações. A dois quarteirões, você encontra O Piccadilly Circus. É a versão londrina da nova-iorquina Broadway.

Porém, como estamos falando de Londres, até o local equivalente à Broadway traz uma certa sofisticação. Evidentemente, é um local bastante frequentado e um pouco barulhento. No Sofitel St James, porém, nem parece que o Piccadilly é tão próximo.

Abadia de Westminster fica próxima ao Sofitel
Abadia de Westminster fica próxima ao Sofitel

A rua em que está localizado o hotel, Waterloo Place, é uma verdadeira paz. A outra entrada, a do restaurante Wilde Honey, fica na Pall Mall, uma das ruas mais emblemáticas da cidade.

No século XIX e no início do XX, a Pall Mall tinha os principais (e famosos) clubes fechados de cavalheiros de Londres. Entre eles, estava o clube do automóvel.

É também uma das ruas que dão acesso à Trafalgar Square, bem próxima ao hotel, e ao Palácio de St. James. Nesse local estão diversas “houses” da realeza britânica, a exemplo da Clarence House. Quem mora lá? Ninguém menos que o herdeiro da Coroa, príncipe Charles.

Palácio de Buckingham

Quer mais? Ao dar a volta no Palácio St James, você já chega ao Palácio de Buckingham, a casa da rainha.

O bairro em que está localizado o Sofitel St James é chamado de Westminster Borough. Fica bem próximo do também aristocrático Mayfair e de diversos parques, como o Green, o Regent’s e o Hyde Park.

Com um pouco de ânimo, dá para ir andando ao Big Ben, que é vizinho da Abadia e Palácio de Westminster e da famosa roda gigante London Eye e bem próximo à Downing Street, rua que abriga a sede do governo britânico.

Toda a região é repleta de restaurantes sofisticados, bares incríveis, muitos pubs e lojas variadas, das de extremo luxo às marcas mundiais mais populares.

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Acho que você já conseguiu sacar duas coisas, né? Se você está indo a Londres pela primeira vez, esta é a melhor região para se hospedar.

Além disso, aqui está a Londres aristocrática da qual você tanto ouviu falar. Dá para fazer uma imersão total neste mundo.

Sofitel St James dá toque francês à aristocracia britânica

O Sofitel é um dos mais famosos hotéis da França. E claro que ele trouxe essa tradição francesa a Londres, reunindo o melhor do seu país de origem com toques britânicos.

 Lobby do Sofitel St. James
Lobby do Sofitel St. James

O hotel, localizado em um prédio histórico, passou recentemente por um processo de renovação. Todo o piso da recepção foi renovado, investindo em uma atmosfera clássica que combina com a região. É um ambiente escuro, um pouco carregado, mas sem exagero. A atmosfera do Sofitel St James é a que se espera da Londres aristocrática.

Em contraste com esse ambiente vintage há leves toques contemporâneos. Se sofás e poltronas são de séculos passados, as obras, esculturas e objetos de decoração bebem no novo, em uma combinação harmônica e sedutora.

Spa

Estar na recepção, no bar e no restaurante do Sofitel St James é como uma viagem no tempo. Você se sente na Londres de décadas anteriores.

Recepção e serviços

Fomos recebidas com a qualidade do serviço e cortesia que é item de série nos hotéis de Londres. Na entrada, mensageiros solícitos cuidam da bagagem e nos encaminham à recepção. O check-in é rápido.

No piso da recepção estão o bar St James, renovado, mas mantendo seu nome de sucesso. É especializado em drinks e espumantes.

Logo após há o Wild Honey, restaurante mais movimentado durante o almoço que à noite. Por lá também é servido o excelente café da manhã.

Restaurante

Assim como o cardápio do hotel, o café da manhã mistura especialidades francesas (predominantes) e inglesas. Há opções a la carte, além do buffet.

No jantar, acabei optando por especialidades francesas. O destaque foi a entrada, o melhor “beef tartar” (bastante autoral, a propósito) que já experimentei na vida.

Wild Honey é o nome do restaurante do Sofitel
Wild Honey é o nome do restaurante do Sofitel

O público, no almoço, é tipicamente inglês. No jantar, há mais hóspedes do hotel.

Outro destaque é o spa So, que ocupa três andares e é um dos mais badalados de Londres. Além de terapias corporais, há ofurô, jacuzzi e saunas. Os hóspedes pagam para usar essas instalações, mas têm desconto e privilégios na marcação de horário. O hotel traz ainda a academia So Fit.

No dia em que agendei o uso da jacuzzi, houve um problema com o sistema de aquecimento. Para compensar, ganhei uma massagem em cortesia.

O toque mais inglês do Sofitel St James é o Rose Lounge, o salão rosa de chá da tarde. Por ali, no horário do chá, há um apresentações de violino.

Quartos

Meu quarto no Sofitel St James foi da categoria Luxury, com 32 metros quadrados. O verde domina a decoração: está no carpete, nas poltronas, na cortina e até nos objetos de decoração, assim como em detalhes dos quadros contemporâneos.

Como nos demais ambientes do hotel, a atmosfera clássica predomina, mas trazendo sempre toques modernos. Armários e porta do banheiro têm estilo vintage.

O quatro traz ainda cama king com lençóis egípcios, grandes, confortáveis e numerosos travesseiros de plumas, frigobar bem completo e máquinas de café e chá.

Não gostei da vista do meu quarto, que na verdade não existia. Era para outras janelas.

Banheiro

O banheiro usa azulejos brancos e pretos, que reforçam seu caráter vintage. Há banheira separada do chuveiro e, aqui, está minha principal crítica ao Sofitel St James.

O box é pequeno, não oferece local para armazenar seus próprios produtos de higiene (somente os do hotel, em embalagens pequenas) e tem piso revestido de uma espécie de plástico. Não gostei. Ao menos, a pressão da ducha é adequada.

As amenidades de banho são da marca francesa Hermés. Aqui, cabe outra crítica, e esta não é ao Sofitel.

A Hermés é uma das marcas mais luxuosas do mundo. Ainda assim, sempre que experimentei sua linha de produtos para hotéis (todos usam a mesma), não gostei. Os cheiros são divinos. A qualidade é o oposto.

Serviço de quarto

Nesse aspecto, outra nota alta para a gentileza da equipe do Sofitel. No serviço de abertura de cama, foram deixados doces variados e seleção de chás ao lado das camas.

Chegamos ao quarto e havia até música ambiente, no moderno sistema de som com dock para tocadores digitais. Tudo para deixar o hóspede mais relaxado.

Para a primeira semana de setembro, os preços das diárias partem de 352 libras (pouco mais de R$ 2.500).

Rodeo Drive - ruas a avenidas

Avenidas e ruas mais badaladas do mundo – parte 1

Esqueça a Champs-Élysées. Definitivamente, fuja da Oxford Street. Hollywood Boulevard? Nem pensar. Se seu negócio é caminhar por ruas e avenidas badaladas das principais cidades do planeta, a primeira coisa a fazer, na maioria dos casos, é fugir das mais conhecidas.

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Locais como as ruas e avenidas citadas acima, além de algumas outras, são tão conhecidas que se tornaram pontos de turismo de massa. Até têm lojas, restaurantes e algumas importantes atrações da cidade. Mas, lotadas, foram aos poucos perdendo o charme e a sofisticação.

Se você quer explorar ruas e avenidas charmosas e sofisticadas, repletas de lojas e restaurantes badalados, bem como hotéis que valem a visita mesmo para quem não está hospedado, fique de olho nessas dicas.

Nesta primeira parte, vamos explorar três das metrópoles mais badaladas do mundo: Londres, Nova York e Los Angeles. Nos próximos capítulos, confira dicas de Madri, Berlim, Munique, Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras cidades.

Slone Street e Pall Mall – Londres

A maioria das marcas de alta costura do mundo estão reunidas na charmosa rua de Londres. Ali do lado, na Brompton, você encontra a famosa loja de departamento Harrod’s.

Nos arredores também está a Knightsbridge e os hotéis Mandarin Oriental – com restaurantes de dois dos chefs mais badalados do mundo – e Bulgari.

Mas para desfrutar de cafés com mesinhas nas ruas no verão, e também de restaurantes e bares bastante disputados, uma ótima pedida é a Pall Mall, em St. James Square. Por lá, há ainda os famosos clubes de Londres.

Sloane Street, em Londres

Nos arredores da Pall Mall, o ar é de sofisticação bem londrina, e é mais comum se ver moradores da cidade do que turistas. Nem parece que, logo ao lado, está a turística Piccadilly Circus.

Já na Sloane e Knightsbridge, além de londrinos, o cenário é composto por turistas endinheirados do mundo todo – principalmente da Ásia -, ávidos por compras de luxo.

Montaigne e Saint-Honoré – ruas e avenidas em Paris

É claro que a Champs-Élysées tem seu charme. Mas para ter uma experiência realmente sofisticada em Paris, a visita obrigatória é a Avenue Montaigne. Cafés e restaurantes super charmosos são uma constante por lá, bem como nas ruas que ficam nos arredores.

Por ali, você encontra também o Plaza Athénée, o sofisticado hotel que, entre suas atrações, tem o restaurante de Alain Ducasse.

Montaigne está entre as avenidas mais luxuosas de Paris

Já a Rue Saint-Honoré é a “casa” das grifes sofisticadas. Por lá (e nos arredores), há belíssimas lojas de marcas como Gucci, Alexander McQueen, Chanel e Balenciaga, além de diversos hotéis luxuosos, como o Mandarin Oriental.

O Ritz, um dos hotéis mais famosos do mundo, está logo ao lado, na Place Vendôme. Por ali, vale ainda a visita ao famoso bar Hemingway e ao restaurante Maxims, na Rue Royale. Aproveite para explorar as excelentes lojas de vinhos da região.

Rodeo Drive e Sunset Boulevard – Los Angeles

A Rodeo Drive, em Beverly Hills, embora não tão turística quanto a Hollywood Boulevard, é também bastante famosa. Mas vale a visita à belíssima avenida que foi imortalizada no filme “Uma Linda Mulher”, com Julia Roberts e Richard Gere.

Arborizada e com belíssima arquitetura, reúne todas as marcas de alta costura do mundo. É o paraíso da compras de luxo. Por ali há alguns bons restaurantes, mas tome cuidado com as pegadinhas turísticas, principalmente os do shopping a céu aberto Two Rodeo Drive, que cobram um preço muito alto para o que oferecem.

Esse shopping fica entre a Rodeo Drive e a Wilshire Boulevard, em frente ao hotel de luxo que também foi cenário de “Uma Linda Mulher”. Por ali, vale visitar os jardins de Beverly Hills e as famosas mansões do bairro. Mas, se quiser conhecer as casas dos famosos de Hollywood, terá de ir até a distante Malibu. A maioria está por lá.

Sunset Boulevard, em West Hollywood

A Sunset Boulervard, em West Hollywood, é menos luxuosa, mas muito badalada. O trecho que fica no bairro é repleto de hotéis modernos e sofisticados, com restaurantes da moda e bares rooftop muito disputados no verão.

Outro destaque da Sunset Boulevard são as casas noturnas de diversos tipos. Há as especializadas em música eletrônica e as que são sede de shows, da comédia ao rock. Algumas bandas californianas hoje muito famosas foram reveladas em clubes como o Whisky a Go-Go.

Mandarin Oriental Hyde Park

Mandarin Oriental é um ícone da hotelaria de luxo em Londres

Em um edifício histórico, de estilo vitoriano, há um dos grandes ícones da hotelaria de luxo de Londres, o Mandarin Oriental Hyde Park. Dentro do prédio, você pode encontrar dois restaurantes de chefs estrelados. No entorno, de um lado, um dos parques mais lindos do mundo. Do outro, o paraíso das compras de luxo.

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Pelos salões desse edifício, que surgiu no século 19, já dançaram as princesas Margareth e Elizabeth. Elizabeth, hoje também conhecida como rainha da Inglaterra. Winston Churchill, um dos heróis do século 20, passava sempre por ali, com seu inconfundível charuto entre os lábios.

Ao longo dos anos, o Mandarin Oriental Hyde Park recebeu em seus salões, quartos e suítes figuras importantes das cenas britânica e mundial. E, no decorrer das décadas, não perdeu essa aura. Pelo contrário: a aprimorou. Nem dois incêndios, um deles bem recente, foram capazes de abalar essa estrutura.

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Antes Hotel Hyde Park, o estabelecimento passou em 1996 à administração da rede de luxo asiática Mandarin Oriental. Desde então, atrai pessoas que fazem questão de experiências exclusivas – seja como hóspedes ou clientes de seus restaurantes, bares e spa.

O hotel visto a partir do Hyde Park

Difícil, no caso desse hotel, é pensar em algo de que não gostei. Tudo ali é praticamente perfeito. Ponto a ponto, venha comigo descobrir o que faz do Mandarin Oriental, que passou por reformulação em 2018, ser a referência de luxo na cidade que muitos consideram a capital do mundo – ideia que pode não agradar aos nova-iorquinos.

Localização do Mandarin Oriental Hyde Park

Se o Shangri-La (leia aqui a resenha) fica em uma área de nova efervescência, e o Sofitel London St. James (confira resenha em breve) está no centro de tudo o que é mais importante para quem vai fazer turismo em Londres, o Mandarin Oriental é o epicentro de uma zona em que exclusividade é a palavra de ordem.

Desfile da cavalaria

Vamos começar pelo Hyde Park, o imenso parque que começa, dependendo do ponto de vista, na balada Park Lane, e termina no Kensington Gardens – os jardins do palácio que é uma espécie de condômino, no qual vivem Kate Middleton e seu marido, o príncipe, entre outros integrantes da família real.

O Mandarin está logo à frente do parque. É o único hotel de Londres com acesso praticamente direto a ele. Na rua calma entre o hotel e o Hyde Park, todos os dias, pontualmente às 10h30, passa o regimento da cavalaria, a caminho do Palácio de Buckingham para a troca de guarda. Uma tradição secular, como tantas na capital inglesa.

Knightsbridge

Ao lado do Mandarin, que fica naquela que é hoje uma das ruas mais badaladas de Londres, Knightsbridge, está o One Hyde Park. O condomínio residencial inaugurado há pouco mais de cinco anos é um dos mais luxuosos do mundo.

O único pub da Sloane Street

O serviço no condomínio é fornecido pelo Mandarin. No térreo, há a concessionária da McLaren que, desconfio, é a que mais vende carros da marca inglesa do mundo.

E há razões concretas para essa desconfiança que é quase uma certeza. Londres é considerada a capital mundial dos supercarros – à frente de Mônaco e Dubai. E é nas imediações de Knightsbridge o local que mais se vê, na capital inglesa, os automóveis mais exclusivos do mundo.

Compras de luxo

O Mandarin fica também a pouquíssimos passos dos dois mais exclusivos centros de compras da cidade: a loja Harrods e a rua Sloane. Ambas reúnem as mais importantes grifes do mundo.

Loja da McLaren ao lado do hotel

Percorrendo a Sloane, não deixe de passar pelo Gloucester, que, como a própria inscrição central na porta diz, é o único pub dessa rua. O ambiente de pub tipicamente londrino destoa da atmosfera altamente sofisticado de Knightsbridge, mas não se engane – o público, essencialmente britânico, é o típico dessa região da cidade.

Sobre as atrações turísticas, Buckingham está a menos de 1 km, ou a uma estação de metrô. A propósito, a estação Knightsbridge, ao lado do hotel, está em uma das principais linhas da cidade, a azul. Tem ligação direta, sem conexões, com o aeroporto de Heathrow.

Knightsbridge vista a partir do Mandarin

Percorrendo o Hyde Park, você logo chega ao Palácio de Kesington. O bairro de Chelsea está também bem próximo do hotel, assim como alguns museus e restaurantes que estão entre os mais badalados da cidade.

Outro destaque da região é um dos museus de design e decoração mais importantes do mundo, Victoria and Albert Museum. Foi batizado em homenagem ao casal que revolucionou a história da arte e da arquitetura em Londres no século 19, entre outras realizações: a rainha Victoria e seu marido, Albert.

Estilo e bares do Mandarin Oriental Hyde Park

Apesar da renovação, o Mandarin Oriental Hyde Park mantém sua essência, especialmente na entrada. Há um vestíbulo que dá acesso a uma escadaria. O salão escuro tem paredes de madeira e uma dominância de tons fortes, que remetem ao começo do século 20.

Quem vê o vestíbulo pode imaginar que vai encontrar essa temática nos demais ambientes do hotel. Mas se engana.

Ao subir as escadas, à direita há o eficiente balcão do serviço de concierge do hotel. À esquerda, a recepção cheia de elementos de decoração contemporâneos.

Atrás da recepção há um dos mais tradicionais salões de chá de Londres, o Rosebery. Apesar de o horário do chá da tarde ser às 17h, o salão também funciona como bar. Bem iluminado e com música ambiente leve, reúne muitas pessoas durante todo o dia.

O Rosebery é a parte do Mandarin que mais fará você lembrar que, antes do hotel, o prédio dava lugar a um famoso clube de cavalheiros.

Mandarin Bar

O hotel tem ainda o Mandarin Bar, para drinks à noite. Ali, o ambiente é moderno e a música ambiente, composta por vertentes leves da eletrônica. Fica aberto até 1 hora.

Restaurantes

O restaurante principal do Mandarin Oriental Hyde Park, Dinner by Heston, do badalado chef inglês Heston Blumenthal, é um dos mais sofisticados de Londres. Tem duas estrelas Michelin e está na lista dos 50 melhores do mundo da revista Restaurant.

Dinner by Heston

O Bar Boulud, mais casual, se mostrou uma ótima pedida gastronômica em Londres. Em um ambiente delicioso, com cozinha à mostra e um bar com balcão no centro, o simpático bistrô tem a assinatura de ninguém menos que Daniel Boulud.

O chef francês nascido em Lyon, capital mundial da gastronomia, acabou construindo sua maior glória em Nova York. Seu restaurante, Daniel, três estrelas no Guia Michelin, é um dos mais famosos do mundo.

Bar Boulud

Segundo a excelente equipe de atendimento do bistrô, o tartar lá servido – que experimentei e amei – segue a mesma receita do prato oferecido no Daniel.

O carro-chefe da gastronomia no restaurante é a culinária francesa e, apesar de diversas opções convencionais, eu escolhi aquele que é o prato signature do Bar Boulud: o hambúrguer. O melhor que já experimentei? Forte candidato.

O café da manhã, durante minha visita, estava sendo servido no bistrô – normalmente, é no restaurante de Blumenthal, mas ele estava, à época, fechado para uma reforma já concluída. O buffet contempla tradições de diversas partes do mundo e há muitas opções para quem tem restrições alimentares.

O bar do terraço

O Bar Boulud também é responsável pelo serviço do bar no terraço do hotel, com vista para o Hyde Park.

Chegada ao Mandarin Oriental Hyde Park

Chegamos ao hotel de táxi e nem vimos mais nossas malas até chegarmos ao quarto. Fomos recebidas por três adoráveis mensageiros, que nos levaram à recepção para o rápido check-in, no qual nos ofereceram água, sucos e toalhas umedecidas e odorizadas.

Como o quarto não estava pronto, fomos convidados a aguardar no Rosebery, para tomar um chá ou drink de cortesia. Meia hora depois fomos levados ao quarto pela mesma funcionária que fez nosso check-in, e o deslumbramento já começou nos corredores e hall de acesso aos elevadores.

Nos corredores, os destaques são fotos exclusivas de Mary McCartney, a filha de Paul. Talentosas, inclusive, as garotas do músico. Stella McCartney é hoje uma das estilistas mais conceituadas do mundo.

Em todos os andares, o hall dos elevadores é um espetáculo à parte, com poltronas, mesas e lustres sofisticados.

Quarto

Fomos recebidos com mimos incríveis: garrafa de champagne Moet and Chandon e chocolates belgas. O projeto do renovado Mandarin Oriental Hyde Park foi assinado pela designer inglesa Joyce Wang. O estilo contemporâneo sofisticado da decoração faz um casamento com elementos e escolas da primeira metade do século 20, especialmente a art deco – que se vê nas mesinhas de centro, por exemplo.

Nosso quarto era da categoria Hyde Park, com 36 metros quadrados e um pequeno hall de entrada – onde está o bar, máquina de café expresso, chaleira, etc.

O banheiro é todo revestido de mármore branco. Muito claro, iluminado, com amenidades da marca londrina Miller Harris, traz box grande, funcional e ducha com excelente pressão de água. Os espelhos têm contorno iluminado. Porém, em nosso quarto, não havia banheira.

No quarto, se destacam a cobertura cinza nos painéis de parede, a escrivaninha coberta de couro e os belíssimos e sofisticados lustres de ônix. Poltrona e cortina são em tons claros de verde e rosa – essas cores podem variar de acordo com o quarto.

Atrás das cortinas blackout, um dos grandes destaques do Mandarin Oriental: a vista para o Hyde Park.

Entre as facilidades havia secador de cabelos com excelente potência – e até prancha, ou chapinha, de ótima qualidade -, tomadas e adaptadores por todos os cantos e um fofíssimo kit de papelaria (além de chinelos personalizados e roupão).

A cama é do tipo king, adaptável ao corpo, e há menu de travesseiros.

Destaques do serviço

Meu voo era tarde da noite. Não havia disponibilidade de meu tipo de quarto para o dia da partida. Por isso, fui transferida, após o meio dia, para outra categoria de apartamento, para que pudesse contar com a facilidade do late check out gratuito. Pude deixar o hotel no horário mais conveniente para mim – às 18h, seis horas após o horário de check out.

Todas as solicitações de serviços de quarto são atendidas em minutos. E, no momento de minha irmã e companheira de viagem ir embora – ela partiu horas antes de mim -, achou interessante ir de metrô, já que a linha da estação Knightsbridge dá acesso sem conexão a Heathrow.

Como a estação não tem nem elevadores nem escadas rolantes, um mensageiro do hotel prontamente se ofereceu para ajudá-la com as malas.

O serviço de concierge sempre tem dicas ótimas a oferecer. Além disso, conseguiu para mim reservas de última hora em restaurantes muito disputados da região.

Toda a experiência é fantástica. Uma pena ter sido apenas de um dia, porque não deu tempo, por exemplo, de conhecer o renomado spa do Mandarin Oriental, com sua piscina aquecida. O hotel deixou muito claro por que é ícone do luxo em uma das cidades mais luxuosas do mundo.

O Mandarin Oriental está temporariamente fechado por causa da pandemia. Segundo a assessoria de imprensa do hotel no Brasil, não há ainda previsão de reabertura. Porém, em alguns sites de reserva, elas podem ser realizadas para datas a partir de 4 de julho – com preços que começam em 780 libras.

Teleférico de Montjuic tem belas vistas

Quatro vistas espetaculares pelo mundo

Enquanto as viagens pelo mundo ainda estão restritas, ou praticamente impossíveis, compartilhar imagens é um meio de conhecer, ou revisitar, locais espetaculares. Eu sou uma apaixonada por belas vistas, dessas que a gente só encontra no alto de edifícios, morros ou montanhas.

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Aqui, selecionei as mais legais que pude contemplar em meus últimos anos de viajante.

Santiago

Há alguns cerros, ou morros, em Santiago, que você pode explorar para ver do alto a capital do Chile. Minha vista preferida foi no restaurante cujo nome é exatamente o que oferece: Vista.

O Vista Santiago fica no Cerro San Cristóbal. É rodeado por vidros, pelos quais se observa uma vista panorâmica da cidade, e tem também uma varanda, ideal para o por do sol.

Quem vai ao Vista pode observar vários bairros da cidade, como Providência, além do edifício mais alto de Santiago, o Costanera, que se destaca na paisagem.

E, claro, por lá você também terá um belíssimo visual da Cordilheira dos Andes, que pode ser observada em diversos pontos de Santiago. Por causa da pandemia, o restaurante está fechado temporariamente. Mas vale se programar para quando pudermos voltar às viagens.

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Barcelona e suas vistas

A cidade catalã também oferece diversos locais para se ter vistas extraordinárias. Entre eles, o mais famoso é o Park Guell. Já em Montjuic, a paisagem começa a tomar forma no teleférico que dá acesso ao local.

A atração fica na avenida Miramar, número 30, mas está temporariamente fechada. Dá também para acessar o Montjuic de carro ou transporte coletivo. Por lá, há uma vista panorâmica da cidade, com destaque para os bairros litorâneos e o porto.

Quem visita Montejuic pode aproveitar para conhecer as outras atrações da região, como o Jardim Botânico e o Parque Olímpico – herança que os jogos de 1992 deixaram para a cidade.

Londres

De um lado, a famosa London Bridge. Do outro, a Abadia de Westminster, o Parlamento e a roda-gigante London Eye. Em cada ponto do hotel Shangri-La, há vistas para as principais atrações às margens do Tâmisa.

Não é preciso se hospedar no hotel, que fica no edifício The Shard, em Southwark, na margem sul do Tâmisa. Basta visitar o restaurante, ou o bar do Shangri-La.

Outro meio de desfrutar dessa vista é ir ao observatório do edifício The Shard, que fica entre os andares 68 e 72. A atração está temporariamente fechada, mas o preço dos ingressos antes da pandemia eram de 25 libras.

Cidade do Cabo

A Table Mountain é presença constante na cidade do Cabo desde o momento em que se sai do aeroporto em direção à cidade. Há vários pontos onde se pode visualizá-la. Um dos mais legais é Signal Hill.

A partir do morro, a Table Mountain pode ser observada em ângulos ainda mais belos que os vistos em outras partes da cidade. Além disso, podemos enxergar boa parte do litoral, e ver saltos de praticantes de parapente, que sobrevoam as montanhas nas imediações formando uma bela paisagem.

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Match Point

Filmes que levam você a Londres sem sair de casa

Na semana passada falei sobre a região de Southwark, em Londres, e prometi um texto sobre filmes que retratam bem a cidade para assistir durante a quarentena. A seleção tem nove longas: alguns ótimos, outros bons e histórias que são, pelo menos, engraçadinhas.

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Em comum, têm o mérito de mostrar diversos locais de Londres. Uma ótima pedida para fazer uma viagem virtual à capital da Inglaterra nesta época em que cruzar o oceano está fora de cogitação.

Sem sair de casa, você poderá conhecer locais como Convent Garden, Hyde Park, Palácio de Buckingham, London Eye e Tate Modern, entre outros.

UMA SEGUNDA CHANCE PARA AMAR

Família húngara se muda para Londres. Kate é a filha talentosa e busca uma carreira como cantora. Enquanto o sonho não se realiza, trabalha em uma loja de acessórios natalinos.

Interpretada por Emilia Clarke, Kate enfrenta uma fase ruim. Então, conhece Tom Webster (Henry Golding), um cara simpático e misterioso que mostra a ela um lado mais otimista da vida.

Engraçadinho, “Uma Nova Chance para Amar” é um filme de Natal lançado no fim de 2019 que investe em uma ótima trilha sonora, com músicas de George Michael.

A loja em que Kate trabalha fica no Convent Garden

As locações londrinas incluem o Convent Garden, onde está a loja de que Kate é funcionária, o London Eye e o teatro Savoy.

O filme está disponível para aluguel no Google Play, Apple, Locke e Now.

SIMPLESMENTE AMOR

Talvez esta tenha sido a inspiração de “Uma Nova Chance para Amar”. O filme de Natal, porém, é muito mais interessante, e tem elenco ainda mais estrelado.

Ele é liderado por Emma Thompson (também no elenco do outro filme natalino), Hugh Grant e Colin Firth, e traz uma Keira Knightley ainda em início de carreira. Tem participação do brasileiro Rodrigo Santoro.

Às vésperas do Natal em Londres, diversas histórias de amor de personagens interligados se desenrolam. Há o primeiro ministro apaixonado pela secretária, uma criança vivendo o primeiro amor, o astro do rock decadente que tenta se reerguer com um hit natalino e o escritor que vive um romance com uma garota com a qual não consegue se comunicar verbalmente. Ah, claro: faltou o cara apaixonado pela esposa do melhor amigo.

Elenco estrelado inclui Emma Thompson

“Simplesmente Amor” explora várias partes de Londres. Entre os cenários, há o aeroporto de Heathrow, os bairros de Mayfair, Notting Hill e St. John’s Wood, a famosa loja de departamento Selfridges, na Oxford Street, e um dos endereços mais famosos da Inglaterra: o número 10 da Downing Street, residência e escritório do primeiro ministro.

A comédia romântica de 2003 está disponível no Amazon Prime.

O DIÁRIO DE BRIDGET JONES

Aqui, saímos do Natal diretamente para o Ano Novo com duas figurinhas carimbadas em muitos filmes que retratam Londres: Colin Firth e Hugh Grant. O primeiro dia do ano é o ponto de partida para o triângulo amaroso entre Bridget Jones (René Zellweger), Mark Darcy (Firth) e Daniel Cleaver (Grant).

O apartamento de Bridget fica sobre o pub Globe, em Southwark

Entre as diversas locações londrinas há o pub Globe, em Southwark. O local é ponto de encontro da turma de Bridget. Além disso, a personagem vive em um pequeno apartamento acima do pub.

O filme de 2001 é uma comédia romântica inspirada no clássico “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen. Está disponível no Locke.

UM LUGAR CHAMADO NOTTING HILL

Um dos clássicos da locação cinematográfica londrina, o filme de 1999 colocou em evidência o cultural e boêmio bairro de Notting Hill. Mais precisamente, a Portobello Road, com suas livrarias, cafés e feirinha de roupas e acessórios.

“Notting Hill”, disponível no Telecine Play e no Globo Play, é uma história de Cinderela às avessas. Cara pacato e com vida para lá de sem graça, William (Hugh Grant) é dono de uma livraria na Portobello Road. Por um desses fatos raros do destino, ele acaba despertando a atenção da maior estrela de Hollywood, Anna Scott (Julia Roberts).

A livraria do Will fica no número 142 da Portobello Road. Na vida real, é uma loja de souvenirs

O bonito romance tem suas principais locações na Portobello Road, mas mostra também outros locais de Londres. Há o Nobu Restaurante, na Park Lane, e o hotel The Ritz.

Uma das cenas finais do filme mostra Anna gravando um filme épico nos jardins de uma bela residência. É Kenwood House, em Hampstead.

Já a livraria de Will fica no número 142 da Portobello Road. Na vida real, não é livraria. É loja de souvenirs.

O DISCURSO DO REI

Se tem Londres, tem realeza. O filme que deu o Oscar a Colin Firth conta a história do rei George VI e o médico que o ajudou a controlar um problema da fala, interpretado por Geoffrey Rush.

Os cenários de “O Discurso do Rei” retratam a Londres dos anos 30 e 40 do século passado. A casa original do rei, enquanto ainda era o príncipe Albert, ficava no número 145 da Piccadilly. Mas como essa residência foi destruída em um bombardeio, as cenas da fachada da residência foram gravadas no número 33 da Portland Place.

No filme de 2010 você poderá ver também o Regent’s Park, a abadia de Westminster e o Palácio de Buckingham. O longa está disponível no Amazon Prime, HBO GO e Claro Vídeo. Pode também ser alugado no Google Play.

MUITO BEM ACOMPANHADA

Após a despedida de solteiro da personagem de Amy Adams, ela e a irmã, interpretada por Debra Messing, percorrem Londres no teto solar de uma limusine, com uma garrafa de champanhe na mão. Na cena, você confere vários locais famosos da cidade, como o Piccadilly Circus e o Big Ben.

Há também uma partida de críquete que envolve quase todos os personagens do longa de 2005. Não consegui descobrir em que parque é essa sequência, mas o local se parece bastante com o belíssimo Hyde Park.

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O filme também tem locações no interior da Inglaterra, na região de Surrey. Disponível no Globo Play, “Muito Bem Acompanhada” conta a história de Kat (Messing), que vive em Nova York e tem de ir à Inglaterra para o casamento da irmã, Amy (Adams).

O problema é que o padrinho é seu ex-noivo, que rompeu o compromisso às vésperas do casamento. Desesperada, Kat contrata o acompanhante profissional Nick (Dermot Mulroney), para fingir para o ex-noivo que está em um relacionamento maduro.

CLOSER – PERTO DEMAIS

O London Sealife Aquarium, ali pertinho da roda gigante mais famosa do mundo, London Eye, é o ponto do primeiro encontro dos personagens de Julia Roberts e Clive Owen. Eles são duas partes do complicado quadrilátero amoroso que é o foco de ” Closer – Perto Demais”.

Fazem parte também desse quadrilátero os personagens de Jude Law e Natalie Portman. O filme de 2004, disponível para aluguel no Google Play e Apple, guarda semelhanças com o famoso poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade.

Clive amava Julia, que amava Jude, que amava Natalie, que não amava ninguém. Ou seria Natalie amava Jude, que amava Julia, que amava Clive, ou que talvez não amasse ninguém.

Essas incertezas e reviravoltas são debatidas com profundidade no belíssimo filme, que mostra uma Londres quase sempre cinzenta, talvez um reflexo da alma de seus personagens.

WIMBLEDON – O JOGO DO AMOR

Este é um filme sobre tênis e sobre o mais tradicional torneio do mundo, Wimbledon – cuja edição de 2020, aliás, foi cancelada por causa da covid. É claro, então, que a principal locação é o palco do campeonato, o All England Lawn Tennis and Croquet Club, também conhecido como All England Club.

Paul Bettany e Kirsten Dunst interpretam tenistas disputando o torneio mais tradicional do mundo

Mas há outros cenários bem conhecidos. Entre eles o tradicional hotel Dorchester, na Park Lane, em Mayfair. Por lá se hospedam, no filme, os tenistas que estão disputando Wimbledon. Entre eles, os protagonistas, interpretados por Paul Bettany e Kirsten Dunst.

Outros cenários que chamam a atenção no filme de 2004 são o Hyde Park e a London Eye. O longa está disponível para aluguel no Google Play.

MATCH POINT

O nome do filme é o usado no ponto final de uma partida de tênis. O personagem principal, Chris (Jonathan Rys Meyers) é um tenista aposentado que se transforma em professor de jovens da elite de Londres no Queens Club, que é sede de um dos torneios preparatórios para Wimbledon.

Mas “Match Point” não é um filme sobre tênis. É sobre sorte, oportunismo e o eterno duelo entre razão é emoção. Em minha opinião este é o melhor filme da lista – e também o mais incrível já dirigido por Woody Allen.

Há muitas locações conhecidas, e outras nem tanto. Entre elas, o Tate Modern, museu de arte moderna. Eu gosto muito do apartamento de Chris e sua esposa Chloe, com vista panorâmica para o Tâmisa e para o Parlamento.

Este edifício de apartamentos existe de verdade. É o Parliament View Apartments, em Lambeth, na margem sul do Tâmisa. O filme mostra ainda a Royal Opera House, em Convent Garden, e diversos restaurantes badalados da cidade.

Curiosamente, é o único da lista disponível no mais popular streaming, o Netflix. Ah, uma informação importante: o elenco traz Scarlett Johansson.

The Globe

Southwark traz londres boêmia e vibrante

Mayfair, Westminster, Park Lane, St James, Knightsbridge, Notting Hill, Abbey Road. Se você já foi, ou se interessa ao menos um pouquinho por Londres, conhece algum desses nomes. Mas será que já ouviu falar de Southwark?

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O local foi um dos que me hospedei em minha última visita a Londres. Eu sou uma apaixonada pela cidade. Já havia conhecido antes a capital inglesa, e adoro os filmes que a retratam (inclusive, vou preparar uma listinha com o tema nas próximas semanas). E nunca tinha ouvido o nome Southwark.

A região vem ganhando evidência nos últimos anos após um processo de revitalização. É bonita, vibrante e bem menos turística que as citadas no primeiro parágrafo. Talvez você já tenha passado por lá, mas sem saber. Ela fica às margens sul do Tâmisa, entre a London Bridge e a Tower Bridge, a ponte mais bonita de Londres.

London Bridge

Por lá, também está o famoso museu de arte moderna Tate Modern. Mas Southwark, que fica bem em frente ao centro financeiro London City, do outro lado do rio, é muito mais que as atrações turísticas conhecidas .

O bairro surgiu nos anos 60 e foi revitalizado na virada dos anos 2000. Antes disso, como ficava fora das muralhas de Londres, era palco de coisas consideradas imorais, mas também boêmias, como bordéis, bares e até rinhas.

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Southwark mantém a alma boêmia mas, após a revitalização, é uma delícia de se explorar, com seus antigos prédios industriais de arquitetura vitoriana e ruas históricas. Muitos desses prédios foram transformados em pubs, restaurantes e até cervejarias artesanais e fábricas de gin – a região tem várias, muitas abertas à visitação.

Mas o coração de Southwark é o moderno e altíssimo edifício The Shard, que tem escritórios, o hotel de luxo Shangri-La e outras atrações.

A LONDRES DOS LONDRINOS

Outro ponto importante sobre Southwark: é umas das regiões mais londrinas de Londres. A capital inglesa é uma das cidades mais cosmopolitas do mundo. Pelas ruas, você vê pessoas das mais diversas nacionalidades, em um festival de idiomas familiares, e alguns completamente desconhecidos.

Na Oxford Street, por exemplo, a impressão é de não estar na Inglaterra, e sim em alguns país da península arábica. Em Knightsbridge, os londrinos se misturam com asiáticos de todos os cantos, e muitos turistas endinheirados que fazem a festa na sofisticada loja de departamento Harrods e na Sloane Street.

Já Southwark é um reduto de londrinos. Os pubs tipicamente ingleses da região, com direito a subsolo, ficam no happy hour lotados de pessoas que trabalham nos escritórios do The Shard, e também do outro lado do rio, em London City.

Experimente o tradicional The Globe, o pub frequentado por Bridget Jones e sua turma nos filmes estrelados por René Zellweger.

O MERCADO MAIS ANTIGO DE LONDRES

Mil anos. Literalmente. Esta é a idade do mercado mais antigo de Londres, o Borough Market. Visitá-lo é primordial para quem vai a Southwark.

Por lá, você encontra produtos do mundo todo. Queijos da França e Holanda, vinhos de diversas partes, muita cerveja artesanal, pães variados, frutas… há até uma barraca argentina, com direito a doce de leite e empanadas.

Borough Market

Você nem precisa comprar. Todas as barracas oferecem degustação de seus produtos. À noite, o mercado e os restaurantes e pubs de suas imediações ficam lotados de pessoas em happy hour, um programa tão tradicional em Londres quanto em São Paulo.

O QUE FAZER EM SOUTHWARK

O The Shard oferece uma das vistas mais lindas de Londres. Basta subir ao observatório entre os andares 68 e 72. A atração se chama The View from the Shard.

Se não quiser pagar as 25 libras do ingresso, dá para ter uma boa experiência no hotel Shangri-La, tanto no restaurante quanto no bar (leia detalhes aqui). As vistas de Londres são espetaculares.

No antigo porto de Southwark, o armazém principal foi transformado em uma bela galeria de lojas e restaurantes, a Hay’s. Ao lado, está atracado o HMS Belfast. O navio, que participou da batalha da Normandia, na Segunda Guerra Mundial, está aberto à visitação.

The Shard e HMS Belfast

Às margens do Tâmisa, há áreas com muito verde, boas para a prática de exercícios. Por ali você também encontrará diversos bares e restaurantes, que ficam especialmente animados no verão.

Para chegar a Southwark, o melhor acesso é pela estação de metrô London Bridge. Vale lembrar que, por causa da covid-19, as atrações de Londres estão fechadas.

Shangri-La Londres

shangri-la é hotel para viver londres nas alturas

Antes de falar do Shangri-La London, é preciso entender o contexto em que ele está inserido. O hotel nas alturas é parte importante de um movimento de rebeldia e “emancipação” do passado. E, principalmente, um símbolo da Londres do século XXI.

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A aristocracia clássica que envolve Londres há séculos está concentrada nos prédios, ruas e estilos da região conhecida como central. Porém, há algumas áreas na mais cosmopolita cidade do mundo com modernidade pulsante, evidente. É como um grito rebelde de liberdade ante as tradições do passado.

O símbolo dessa nova Londres é o The Shard, edifício de 310 metros que é o mais alto da capital inglesa. O arranha-céu em forma de pirâmide se impõe às margens do rio Tâmisa, ao sul de Londres, rodeado por um movimento de diversidades inglesas e mundiais.

O edifício The Shard

Nas imediações há um trânsito constante de executivas e executivos baseadas no próprio The Shard, ou logo em frente, do outro lado do rio, no centro financeiro de Londres. E há britânicos e estrangeiros de todas as tribos entrando e saindo da estação London Bridge, uma das mais importantes da cidade, com trens, metrô e uma espécie de shopping bem variado em seus não muito claros corredores.

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A estação London Bridge está diretamente conectada ao The Shard. E, entre o 34° e o 52° andares do arranha-céu está o hotel de luxo que é o símbolo dessa nova Londres, o Shangri-La.

As vistas são o tema da filial londrina da pequena rede asiática de extremo-luxo. Todo de vidro, ele escolheu seus ambientes em torno de uma visualização de tirar o fôlego de quase tudo o que é importante na cidade.

O Tâmisa, a magnífica Tower Bridge e a catedral de Saint Paul são os principais pontos visuais para o hóspede e o visitante do Shangri-La. Porém, dá para ver muito mais, dependendo do ângulo: London Eye, Big Ben e Abadia de Westminster, por exemplo.

Não à toa, cada quarto tem seu próprio binóculo. Dá para perder minutos e mais minutos desbravando o melhor de Londres lá de cima.

Tower Bridge

Tudo no Shangri-La London foi milimetricamente calculado para privilegiar vistas. A decoração, os quartos e suítes, os bares e restaurante. O entorno pode não ser o mais adequado para quem visita Londres pela primeira vez, e tem altas expectativas sobre um mundo aristocrático. É, no entanto, um valoroso espetáculo.

Ponto a ponto, venha comigo conhecer os destaques (e um ou outro ponto fraco) do Shangri-La London.

Torre de Londres

LOCALIZAÇÃO DO SHANGRI-LA LONDON


A região em que está o Shangri-La é chamada de Southwark, uma das áreas do sul do Londres – como é chamada a parte da cidade às margens do Tâmisa oposta à do Big Ben.

Se você está visitando Londres pela primeira vez e não tem medo de metrô, pode escolher o Shangri-La sem hesitação. Afinal, ele está ao lado da estação London Bridge.

Porém, se você prefere “walking distance” (ir andando, em tradução livre) para as principais atrações, este não é o seu lugar. Prefira um hotel de luxo em Mayfair, principalmente na charmosa Park Lane, como o Dorchester, um dos símbolos de Londres, ou o Four Seasons.

Um pouco mais dentro do bairro, e mais perto de Buckingham, há o Sofitel London Saint James e, claro, o Ritz.

Knightsbridge é também uma opção se você não faz questão de ficar tão imerso na Londres tradicional aristocrática. A rua concentra dois dos hotéis mais exclusivos e badalados de Londres: Bulgari e Mandarin Oriental.

Além disso, é o paraíso para os amantes de compras. Está ao lado da loja de departamento de luxo Harrods (a Saks dos ingleses) e da Sloane Street, a meca do consumo de luxo londrino. Por ali, estão todas as marcas de alto luxo do mundo.

Porém, se ter uma experiência londrina muito diferente de suas expectativas é seu objetivo de visitante iniciante, o Shangri-La é seu lugar. Se você já conhece Londres e quer ir muito além do óbvio, idem. It’s up to you.

ENTORNO


O Shangri-La está a poucos passos do Tâmisa e da Tower Bridge. Atravessando a ponte, chega-se à Torre de Londres, palácio (aberto à visitação) que guarda as joias da coroa. Nas duas margens, um programa incrível é caminhar entre a Tower Bridge e a London Bridge.

Do lado sul, há áreas para práticas de esportes e muitos cafés e restaurantes, inclusive uma filial do balado The Ivy. Do norte, além da Torre de Londres e de outros bares, cafés e restaurantes, há o centro financeiro da cidade (London City).

Mas o mais legal desta área está a um quarteirão do Shangri-La. É o Bourough Market, o mercado mais antigo de Londres. São diversas barracas e lojas sob os trilhos de trens que chegam à estação London Bridge. Há de tudo: queijos, vinhos, pães, trufas, frutas…

The Globe, o pub dos filmes ‘Bridget Jones’

No entorno do mercado há diversos pubs tipicamente londrinos, frequentados, a partir das 17h, pelo pessoal do mercado financeiro – o público é majoritariamente inglês. Um deles é o “The Globe”, cenário dos dois primeiros filmes da série “Bridget Jones”. Ao lado do pub está o prédio que era a casa de Bridget (no terceiro filme também).

Por ali, também há um dos cenários da franquia de filmes Harry Potter. O entorno traz ainda diversos restaurantes, a principal faculdade de medicina da cidade e algumas cervejarias – uma das experiências oferecidas pelo Shangri-La é um tour por elas.

Para valorizar a região, o Shangri-La obtém a maioria dos ingredientes de seus restaurantes e bares no Bourough Market.

CHEGADA AO SHANGRI-LA LONDON


No piso térreo do The Shard está a entrada do hotel, e o serviço de concierge. Mensageiros já começam a mimar os hóspedes ali: retiram malas, encaminham ao elevador e explicam os principais pontos do hotel.

A recepção fica no 35° andar. Esqueça a decoração clássica que se vê na maior parte dos hotéis de luxo da região central. Por ali, tudo é contemporâneo e discreto. Poucas obras de arte e móveis cumprem muito bem o papel de não brigar com a atração principal: os vidros que garantem vistas panorâmicas de Londres. E a iluminação proporcionada por eles.

É comum chegar à recepção e ver pessoas com expressão de deslumbramento, ou fotografando aquele espetáculo incomum. O The Shard oferece uma atração, o The View, que consiste em subir ao topo do prédio para ver aquele incrível cenário.

O Shangri-La oferece praticamente o mesmo em 18 andares. No da recepção, também está o restaurante do hotel, o Ting, do qual falarei mais em seguida. Logo abaixo, há um lounge, a maior adega de champanhe Cristal da Inglaterra e diversas salas, que são mais reservadas para festas e casamentos do que para reuniões e conferências.

O Shangri-La é mais sobre experiências do que negócios. 70% dos hóspedes procuram o hotel para lazer.

QUARTO


O hóspede é levado a seu quarto, cuidadosamente preparado, por recepcionistas que explicam tudo o que você precisa saber. A Rita, que nos apresentou o nosso, no 42° andar, do tipo Premier City View, foi também quem o preparou. Ela deixou no vidro uma simpática mensagem em português, com meu nome.

Os quartos dessa categoria têm entre 47 e 58 metros quadrados. Isso porque cada apartamento do Shangri-La tem um desenho diferente. Nenhum é igual ao outro.

Como na recepção, a decoração sofisticada usa cores claras, bem neutras, para valorizar a vista. Papel de parede tem tom pastel e quase tudo é de madeira clara. O carpete é uma simulação do céu.

Fomos recebidos com simpáticos mimos: macarrons e outros tipos de doces (repostos diariamente), além de amostras do home spray do hotel e de um gim produzido naquela região da cidade, o Jensen.

Assim como o quarto, o banheiro envidraçado é um espetáculo. Tem box e banheira separados, e o hóspede toma banho vendo Londres do alto. A foto na banheira, aliás, é uma das mais produzidas entre os hóspedes do Shangri-La para redes sociais – óbvio que também fiz a minha.

No banheiro, as amenidades são completas, com direito a pastas e escovas de dente. Os produtos de banho são de uma linha especial da Loccitane. A potência do secador de cabelo poderia ser um pouco melhor.

Os quartos têm ainda lençóis de algodão egípcio, travesseiros grandes e confortáveis, cama king que se adapta os contornos do corpo, máquinas de café e chá, dock para tocadores digitais e minibar bem recheado.

As cortinas black-out têm controle de abertura e fechamento automáticos. Além do quarto, estão também nos banheiros. Da entrega das malas ao room service, os serviços são rápidos e eficientes.

SUÍTE SHANGRI-LA


Além dos quartos, o Shangri-La tem também diversos tipos de suítes. A Shangri-La é uma das signatures (topo de linha), muito reservada por altos executivos e noivas nos dias de seus casamentos, por exemplo. É também muito usada para eventos privados.

São pelo menos oito ambientes, com imensa sala, quarto, escritório, closet, sala de jantar e cozinha (com adega; o hotel já deixa alguns vinhos por lá, como sugestão). Os robes, roupões e amenidades são exclusivos da suíte. Há ainda menu de chinelos, com seis opções, diferentes em conforto, design e cores.

A suíte tem vistas para os dois principais lados do Tâmisa. Da sala, dá para ver tanto a Tower Bridge quando a Catedral de Saint Paul (junto com London Eye e Big Ben). A suíte tem 230 metros quadrados.

OUTRAS ATRAÇÕES


O restaurante do hotel é o Ting, no andar do lobby. Dividido entre salão principal e lounge para chá da tarde, oferece vistas em 270°, tão espetaculares à noite quanto durante o dia. Funciona para almoço, jantar, chá da tarde e café da manhã no estilo buffet – com opções a la carte também.

O buffet de café da manhã tem muitas opções asiáticas de diversos estilos. O público de países como Hong Kong, Singapura e China, aliás, era preponderante entre os hóspedes do hotel nos dias que passei por lá.

Para almoço e jantar, há gastronomia é internacional. E o restaurante atrai não só o público do hotel, mas diversidade de turistas e de moradores de Londres.

Experimentamos o menu de três pratos, com entrada, principal e sobremesa, além de acompanhamento. Há peixes, carnes e fruto do mar, tudo acompanhado por vinhos escolhidos de maneira personalizada pelo sommelier, que explica aos clientes a melhor forma de harmoniza-los com cada prato e todos os detalhes do produto.

No 52° andar há o bar Gong, de coquetéis, com direito a noites embaladas por DJs. Os drinks são homenagens a grandes invenções da humanidade. Usam e abusam da criatividade, em uma carta muito bem feita. O em homenagem ao rock, por exemplo, vem em um copo em forma de guitarra.

Já o bar 31 fica no térreo, investe em produtos da região para drinks e atrai o pessoal de Londres para happy hours. Tem um terraço temático: no momento, traz o quintal do gim, com variedades de drinks com o produto. Em breve, será substituído pelo tema Oktoberfest.

Há ainda uma piscina panorâmica e aquecida, rodeada por um belo lounge, e sala de ginástica muito bem equipada, que funciona 24 horas.

GOSTEI

Vistas, serviços, banheiro e quarto, restaurante

NÃO GOSTEI

Por causa dos ventos fortes nos andares altos, o hotel é todo fechado. Faz falta um ambiente ao ar livre, especialmente no verão. A potência do secador de cabelos poderia ser melhor