Imagine uma grande reserva, espécie de parque, cheia de videiras, plantações de lavanda, vinícolas e cidadezinhas medievais. Tudo isso em um lugar que também se destaca pela alta gastronomia.
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Assim é o Luberon, o lugar mais especial da bela Provença. Na região das lavandas e do vinho rosé, há muito mais a se visitar. A cidade que é campeã de hospedagem é a universitária Aix-en-Provence.
Há ainda Avignon, onde o destaque é o Palácio dos Papas. Por alguns anos, a cidade francesa foi sede do papado. Marselha, segunda maior cidade do país, é o ponto de chegada à Provença para quem desembarca de avião na região.
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Por lá, também há algumas coisas a se ver, como a antiga prisão Chateau d’If, que os amantes de literatura conhecem pelo romance – também adaptado ao cinema – “O Conde de Monte Cristo”.
Já as Calanques de Cassis são um espetáculo natural raro, que reúne cânions e mar. Podem ser visitadas por meio de passeio de barco ou percorrendo trilhas leves ou pesadas.
Com tudo isso – e muito mais -, a região de Provença merece dez dias para ser explorada por completo. A melhor data? Entre o fim de junho e julho. Só assim dá para garantir que os belos campos de lavanda estarão em seu auge.
Em breve, vou preparar um guia completo de Provença. Desta vez, vou falar sobre o delicioso Luberon, que merece pelo menos dois dias de visita.
DESTAQUES DO LUBERON
Para conhecer Provença direitinho, o ideal é fazer duas bases. Uma delas pode ser no Luberon, ou nas imediações. A melhor maneira de explorar o parque é de carro, porque as opções de transporte coletivo são ruins.
Fiz minha base de L’isle-sur-la-sorgue, conhecida pelas feirinhas provençais e ao lado do Luberon. Da cidadezinha até o parque, são cerca de dez minutos de carro.
No Luberon, a primeira parada foi Gordes, que também tem algumas opções de hotéis bacanas para se hospedar. O vilarejo provençal fica no alto de uma montanha, e já pode ser visto da estradinha estreita e rodeada por videiras e lavandas que dá acesso a ele.
O local é dominado pela arquitetura típica da região, com inspiração medieval, além de hotéis e restaurantes charmosos. No primeiro caso, o mais badalado é o La Renassaince, ao lado da famosa fonte do vilarejo.
A abadia e o chateau de Gordes são visitas obrigatórias.
No caminho de Gordes a Bonnieux, você verá alguns campos de lavanda. Visite a vinícola Chateau La Canorgue, cenário de “Um Bom Ano” (leia mais abaixo). Faça degustação e escolha o vinho topo de linha, que custa 20 euros e é excelente.
Já Loumarin é para visitar galerias de arte, comprar sabonetes da Provença e jantar. Eu fui ao restaurante do simpático hotel Le Moulin, um dos melhores em que já estive na vida. Paixão total.
Aliás, apesar de ser marcada pela excelente gastronomia provençal, os restaurantes da Provença têm preços baixos, quando comparados aos das demais regiões do sul da França.
VIDA PACATA
Antes de visitar o Luberon, recomendo assistir ao filme “O Bom Ano”, com Russell Crowe e Marion Cotillard. O longa retrata bem a vida lenta e pacata que é gostosa de se degustar no parque, curtindo os detalhes sem pressa.
Por isso, se possível, vale passar até três dias por lá, entre o fim da primavera e o verão. Acordar, degustar café da manhã, curtir a piscina e depois sair para desfrutar feirinhas, lojas e diversos restaurantes é uma ótima receita. Some a isso visitas a vinícolas, para degustar vinho rosé e algumas opções de tintos.
Tudo o que se vi no filme está no Luberon. Há as estradas estreitas e lindas, com muitas árvores e, nessa época, diversos ciclistas. O tour de France passa por lá, mas os amantes de bikes estão sempre na região.
Campos de lavanda há aos montes, e Gordes é o vilarejo que empresta seus cenários ao longa. É lá, em um restaurante, que trabalha a personagem de Marion Cotillard.