O assistente pessoal da KLM funciona? O Viajante 3.0 testou

Assistente pessoal da KLM acompanha o viajante em Amsterdã (Divulgação/KLM)

Como expliquei no post inaugural do blog, o enfoque no Viajante 3.0 é apresentar novas formas de explorar destinos e, logo na minha ida, eu já pude experimentar algo extremamente inovador da indústria. Saindo de Guarulhos a bordo da KLM, com o Porto (Portugal) como destino final, a ideia de parar em Amsterdã para um Stopover foi irrecusável.

Eu teria menos de 24 horas na capital holandesa, por isso minha escolha foi caminhar sem muito rumo pelo centro da cidade – e, para me ajudar, eu tinha em mãos o Care Tag da KLM. A companhia aérea disponibiliza aos passageiros esse dispositivo que funciona como um guia (ou até mesmo um “cuidador” de turistas, e explico o porquê).

Equipado com um GPS off-line, o Care Tag reconhece o posicionamento do usuário e dá recados e dicas ao alcançar determinadas localizações. Em resumo, é um assistente pessoal voltado para pontos de interesse turístico de Amsterdã.

Segundo a KLM, foram gravadas centenas de mensagens para localidades em toda a cidade – e a voz do assistente foi emprestada por comissários e comissárias da própria companhia aérea.

Atento às dicas do Care Tag da KLM

Parece coisa do futuro, mas o aparelhinho funciona de verdade. É só carregar ele antes de sair (duas horas, se possível) e amarrá-lo onde o som possa ser escutado com facilidade (eu prendi numa bolsa, mas pode ser mochila, alça da câmera e até nas mangas de um casaco dobrado sobre seu corpo).

Pressionando um único botão ele já estará ligado e esperando que você entre nas áreas registradas. Confesso que eu esperava dicas “padrão”, dessas que a gente ouve de guias turísticos ou lê em panfletos, como datas, nomes e episódios.

Mas não! A KLM parece estar mais preocupada com que seu passageiro tenha uma visita “segura e agradável”, como o próprio aparelho afirma ao ser ligado. E ele de fato faz isso, com recados como “preste atenção no cruzamento, esta é uma rua muito movimentada e tem muitos ciclistas” ou “sempre olhe duas vezes ao atravessar a rua quando o sinal estiver verde. Porque para muitos ciclistas holandeses, vermelho em geral quer dizer verde”.

Na própria Dam Square, que é a principal praça de Amsterdã, o Care Tag não fala sobre o monumento às vítimas da 2ª Guerra Mundial ou o Palácio Real datado do século 17 – essas são informações fáceis de se conseguir. O aparelho traz algo muito mais útil ao viajante comum, como “linda praça, não é? Mas também fique de olho nos seus pertences pessoais”.

Obviamente que o assistente não se restringe a fazer comentários sobre segurança. As dicas são variadas e podem sugerir desde passeios de barco (ao passar ao lado do canal Damrak) a snacks locais (como as máquinas de croquete da Febo).

O único ponto que exige cuidado do viajante é a bateria. Para melhor funcionar, o Care Tag deve ficar o tempo todo ligado durante as caminhadas ao ar livre. Por isso, não esqueça de desligá-lo ao entrar em estabelecimentos ou no metrô e, quando parar para um lanche, carregue ele mais um pouco (o aparelho tem entrada micro-USB e acompanha cabo para carregamento da bateria).

Detalhes do sistema, que funciona off-line (Divulgação/KLM)

Criado em 2017 com um sistema em inglês, o Care Tag ganhou este ano versões em português, chinês, alemão e russo. Qualquer passageiro KLM pode solicitar o assistente (neste link), porém é melhor se apressar porque o número de aparelhos disponível é limitado. A aérea também sugere que o pedido seja feito 30 dias antes do seu voo.

Feito para o viajante que está a pé ou em cima de uma bicicleta, facilita e muito estar hospedado por perto das grandes atrações da cidade. No meu caso isso não foi problema pois pernoitei no Best Western Dam Square Inn, que fica bem no coração de Amsterdã.

Se alguém chegou nesta página em busca de mais informações sobre o Care Tag da KLM, deixe suas dúvidas nos comentários, farei o possível para respondê-las. Se você já usou o assistente pessoal, comente sobre sua experiência.

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O que pretende um Viajante 3.0?

O embarque

O Viajante 3.0 pretende ser um espaço de descoberta. Sem dúvidas assim será para mim, que escrevo esse blog, mas principalmente para você leitor que acompanhará nas próximas postagens minhas peripécias por destinos internacionais.

Baseado em Portugal, no Porto, meu foco principal estará em cidades europeias – apesar de que destinos fora do Velho Continente também podem ser uma constante. Às vésperas de me tornar um trintão, a minha ideia aqui é dialogar com os meus, viajantes que já possuem alguma experiência mas que buscam inspiração para ir além na próxima viagem. O “3.0” no nome indica um momento de vida, mas não o delimita.

Atualmente, segmentos dos mais variados ganharam a alcunha “3.0” para descrever uma atuação mais conectada à realidade das práticas atuais (e futuras, por que não?). Na indústria de viagens não foi diferente e o “Turismo 3.0” remete à exploração de destinos de forma consciente, amparada por tecnologia e inovação.

O Viajante 3.0 quer trazer ao público essa experiência na prática, mesclar Turismo e Lifestyle de um jeito não óbvio, sem ignorar por completo a estrutura turística tradicional e também não fechar os olhos para o novo. A pretensão neste espaço é transitar entre o novo e o velho mundo – e mostrar que cada um pode viajar à sua maneira, fugindo dos padrões “de sempre” (ou não, se assim preferir).

Entre meus irmãos, em frente ao Hotel Doce Mar, em Búzios/RJ

Sobre mim

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, já rodei pelas mais variadas redações, de setores segmentados à grande mídia. Nestas andanças, variei também de temas e, há cerca de dois anos, ao me tornar repórter da PANROTAS, uni o trabalho ao prazer por viajar.

Tradição familiar desde que me conheço por gente, as viagens de verão aconteciam praticamente ano a ano – e, durante minha infância, sempre em destinos nacionais (já que a estrada é um dos prazeres do meu pai). Desde então foram 12 Estados e o Distrito Federal visitados.

Cruzar fronteiras logo se tornou uma prioridade e, então, comecei a me aventurar fora do País. Argentina, Holanda e Estados Unidos foram os países que visitei enquanto ainda era um estudante de jornalismo. Há três anos morei por uma temporada em Dublin, Irlanda, e assim consegui conhecer outros cantos do Velho Continente. No passaporte, constam atualmente carimbos de 15 países.

Alguns carimbos mais virão, só que agora com o blog e Instagram (@viajante3.0) ficou mais fácil de acompanhar. Vejo vocês por aí.