Minha visão de Toy Story Land, em Disney’s Hollywood Studios

Toy Story Land, em Orlando

Quem acompanha o Portal PANROTAS viu que o Walt Disney World Resort, em Orlando, inaugurou recentemente, no parque Hollywood Studios, uma expansão com temática exclusiva ao universo da franquia Toy Story. Eu estive por lá nessa cobertura, que rendeu a capa da edição #1328, falando de questões operacionais, dando dicas e mostrando detalhes da área. Achei válido também reservar um espaço aqui no blog para minhas percepções pessoais de Toy Story Land.

Toy Story é algo muito caro a mim e quem me conhece há algum tempo sabe disso. Aos cinco anos me colocaram na frente de uma televisão para assistir ao VHS do primeiro Toy Story: fascínio imediato, obviamente. Em 1999, veio uma sequência que deu prosseguimento à adoração ao filme, mas que não era tão boa quanto a estreia, é preciso pontuar. Dez anos mais tarde, a consagração surgiu com a terceira produção – que tirou lágrimas do jovem Renato na poltrona do cinema.

Na inauguração, muito sol, suor e papel picado colado na testa

Talvez eu seja o perfil exato do espectador que a Disney buscava ao lançar a franquia. Se não isso, pelo menos faço parte da geração que cresceu vivendo os personagens e se vendo na figura de Andy, o garotinho dono dos bonecos que ganham vida. Dos cinco aos 20 anos, idade que eu tinha entre primeiro e último filmes, e agora com 28, Toy Story se manteve relevante mesmo sendo mais ou menos presente.

Para criar algo tão grandioso quanto uma área de parque temático, é preciso de um diálogo muito profundo e sincero com as pessoas que irão passar pelo local. A Disney sabe, como ninguém no mundo, disso. Toy Story Land é feita para mim, o cara que hoje beira os 30 e viu o filme nascer. Toy Story Land é feita para meu priminho, que tem três anos e é fascinado por Woody e Buzz. Toy Story Land é feita para avós, como a minha, que vai se deliciar pela área vendo neto e bisneto, 25 anos de diferença, curtindo o parque como iguais.

Cada visitante terá seus motivos para gostar do espaço, seja pelas novas atrações, seja pelos minuciosos detalhes, seja pela interação com os personagens. Tudo isso é muito válido para mim, acreditem, mas há aqui uma questão resolvida que é minha parte favorita nessa inauguração. Explico.

Em 2016 estive em Hollywood Studios, também pela PANROTAS, e confesso ter me frustrado um pouco com o que (não) vi relacionado a Toy Story. Pô, eu gosto da franquia, eu queria enxergar os filmes no parque, entrar numa loja enorme cheia de bugiganga, ver bonecos gigantescos dos personagens.

Com Toy Story Land eu me senti “ouvido”. Vi a franquia ser prioridade do grupo, receber investimento e surgir como o grande produto do parque neste verão. Isso me foi suficiente – além do que estão lá o filme, as bugigangas e os bonecos enormes.

Slinky Dog Dash

Em imagens

Um episódio rápido dessa minha primeira experiência em lançamentos da Disney. Os caras são muito organizados, é incrível. Tudo está ali para que você possa fazer o seu trabalho da melhor forma possível. Por exemplo, equipes de filmagem que te auxiliam durante entrevistas e em gravações nas atrações.

O resultado pode ser visto no vídeo abaixo, da PANROTAS, que apresenta Toy Story Land. Além de mostrar detalhes da área, acompanhados de entrevista com a querida Paula Hall, relações públicas da Disney, também tem o jornalista em questão passando vergonha, sentado no carrinho da montanha-russa, tal qual gente famosa se divertindo em gravação para o Domingo Legal.

 

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Os termômetros chegaram a 40 graus na Europa

Praia de Matosinhos, em Portugal (Flickr/alopzm)

Quem não lembra das notícias sobre a série de altas temperaturas que dominou o verão europeu no ano passado? Em 2017, Portugal sofreu muito com o calor, seja no desconforto para a população (e visitantes), seja nos devastadores incêndios em áreas florestais. O que parecia ser ato isolado, “temperaturas mais altas dos últimos anos” ou acidente de percurso, ganhou uma incômoda sequência neste 2018.

Essa introdução toda para dizer que está um calor quase que insuportável por aqui. A onda chegou de vez na Europa e, em um primeiro momento, mostra que será tão extrema quanto a anterior. Aqui no norte de Portugal a situação é até mais “amena”, com termômetros chegando aos 35 graus, mas não indo além disso.

Temperaturas em Portugal nesta sexta-feira, 3 (Reprodução/O Tempo.pt)

Mais ao sul do país a situação piora. A máxima de hoje para Lisboa é de surreais 42 graus, com a manutenção das temperaturas acima dos 40 graus por todo o final de semana. Nas regiões vizinhas de Ribatejo, Alto Alentejo e Baixo Alentejo, os termômetros podem marcar até 43 graus!

O mesmo acontece na Espanha, com altas por todo o país. O Norte, assim como em Portugal, está um pouco menos severo. Em Zaragoza, por exemplo, termômetros marcam 38 graus. Na região central, a capital Madri enfrenta 41 graus, enquanto que no sul, de Sevilha, as temperaturas estão em 42 graus.

Todo o noticiário local tem focado nas temperaturas extremas, divulgando focos de incêndios controlados (ou não) ou repetindo os alertas de segurança passados pelas autoridades. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) declarou que o país está e irá se manter pelos próximos dias em alerta vermelho, o mais grave da escala.

Além dos possíveis focos de incêndio, a preocupação do órgão é com o risco elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV). Por isso, a recomendação é de que a população utilize óculos de sol, chapéu, camisetas, guarda-sol e protetor solar.

Se você está a caminho da Europa, principalmente Portugal e Espanha, se prepare. A massa de ar seco e quente proveniente do Norte da África, razão pela qual as temperaturas estão tão extremas, deve se manter pelo continente por mais alguns dias. Se proteja do calor, bebam muita água, procure atividades internas (como museus) e deixe para caminhar a céu aberto quando o sol estiver mais baixo (por volta das 20h/21h).

Para aqueles que viajam por esses países de carro, não deixem de checar o portal fogos.pt. O site mostra em tempo real a situação em áreas de risco de incêndio, que podem fechar estradas ou ameaçar regiões povoadas.

Caso esteja pela região, deixe nos comentários os seus relatos de como têm enfrentado esse calor. Acompanhe a jornada do Viajante 3.0 pela blogosfera da PANROTAS e também pela conta no Instagram.

10 Festas Populares para conhecer melhor Portugal (parte II)

Como prometido, aqui está a segunda parte da lista de festas populares portuguesas que eu criei para o Viajante 3.0. No primeiro post, que você pode acessar neste link, apresentei celebrações como o São João (Porto), Sebastianas (Freamunde), Feiras Novas (Ponte de Lima), Festa dos Tabuleiros (Tomar) e Festa dos Remédios (Lamego).

Em homenagem a entidades religiosas diversas, essas comemorações têm entre si pelo menos uma coisa em comum: todas representam a data (ou uma das datas) mais importantes para estes locais. Participar de festas populares em Portugal significa estar presente no melhor dia do ano para uma grande parte da população, seja pelo viés religioso, seja pelo profano.

Abaixo apresento cinco outras celebrações que completam essa lista, escolhidas a dedo para que o leitor possa se programar e conhecer a fundo a mais autêntica experiência portuguesa.

Os desfiles na Av Liberdade são um dos pontos altos da festa de Santo António (Facebook/Visit Lisboa)

Santo António (Lisboa)

Junho é sinônimo de festa em Lisboa e a capital portuguesa não poderia ficar de fora. Santo António é o homenageado e as comemorações se espalham pelos cantos da cidade do primeiro ao último dia do mês. Em 12 de junho, no entanto, é quando a cidade realmente para em nome do santo.

A Avenida da Liberdade vira passarela para o desfile das marchas populares, cada uma representando uma área da capital. Todos coloridos, bairros tradicionais se enfeitam com luzes, guirlandas e balões, seja na Alfama, em Bairro Alto, Ajuda, Graça ou Mouraria.

Nestes locais, aliás, palcos são montados para a realização dos divertidíssimos arraiais e bailaricos – todos regados a muita cerveja e, é claro, acompanhado de sardinhas na brasa. A parte religiosa novamente está presente, com procissões nas cercanias da Sé no dia seguinte (13).

Jovens reunidos durante o Pinheiro, uma das etapas das Nicolinas (Divulgação/Município de Guimarães)

Nicolinas (Guimarães)

Fugindo ao padrão das comemorações que se aglomeram no verão europeu, as Nicolinas são festas estudantis realizadas entre 29 de novembro e 7 de dezembro, em Guimarães. Como o nome indica, o homenageado da vez é São Nicolau de Mira, padroeiro dos estudantes.

Os nove dias de festa são divididos por temas e formas de celebrar diferentes: Pinheiro e Ceias Nicolinas; Novenas; Posses e Magusto; Pregão; Maçãzinhas; Danças de São Nicolau; Baile Nicolino; e Roubalheira.

Destas, destaco três datas. O Pinheiro, dia em que os estudantes saem para jantar e no fim da noite entoam cânticos pelas ruas de Guimarães. A roubalheira, madrugada em que estudantes vão às ruas para zombar comércios, trocando placas de lugar ou tomando pertences esquecidos ao léu. E as Maçãzinhas, quando estudantes mulheres se postam em janelas e varandas para ouvir as serenatas românticas e ganhar pequenas maçãs de seus pares.

Os assustadores Caretos das Festas dos Rapazes (Flickr/Visit Porto and North/Associação Grupo de Caretos de Podence)

Festas dos Rapazes (Trás-os-Montes)

Os últimos dias do ano em Trás-os-Montes são reservados para um importante rito local. Entre Natal e Dia de Reis, os jovens da região do extremo nordeste de Portugal se vestem de forma peculiar (e, de certa forma, assustadora) para marcar a passagem para a vida adulta.

Originalmente pagã, celebrada no solstício de inverno, a festa secular foi apropriada pela igreja e hoje homenageia Santo Estevão. Nela, os garotos da cidade se vestem de Caretos, personagem que assusta os presentes com sua máscara rudimentar e roupas coloridas em verde, vermelho e amarelo.

Para marcar o momento, os rapazes vão às ruas para brincar, provocar e assustar os presentes. Muito celebrada no distrito de Bragança, a festa está espalhada por toda região de Trás-os-Montes. Por isso, vale pesquisar pequenas cidades da área e suas respectivas datas de desfiles.

De cima de carros, pétalas são atiradas no público durante a divertida Batalha das Flores, na Festa das Cruzes (Flickr/Município de Barcelos)

Festa das Cruzes (Barcelos)

Se não há santo a ser celebrado, não tem problema. Em Portugal, dá-se um jeito para comemorar. Em Barcelos, a misteriosa aparição de uma cruz negra no campo, em 1504, foi motivo para a criação de um mito que alcançou devoção e, posteriormente, ganhou sua própria festa.

A Festa das Cruzes é a “mais famosa e mais conhecida das festas minhotas” (da região do Minho), como se gabam os locais. As datas de início e término das comemorações variam de ano a ano, mas em 2018, nos primeiros minutos de 25 de abril (data que tem grande valor simbólico para Portugal), uma Salva de Morteiros marcou o início das festividades.

A programação dura até 6 de maio, cheia de cerimônias oficiais e religiosas, com missas e a Grandiosa Procissão da Invenção da Santa Cruz. O templo do Senhor das Cruzes, com seus tapetes de pétalas naturais, é visita indispensável.  Também são realizados concertos, espetáculos, arraiais e, claro, shows pirotécnicos.

A imagem da Mãe Soberana, durante procissão da Festa Grande (Divulgação/Munícipio de Loulé)

Mãe Soberana (Loulé)

Tratada por Mãe Soberana durante sua comemoração anual, a festa em homenagem a Nossa Senhora da Piedade é “a maior manifestação religiosa a Sul de Fátima”. O concelho de Loulé, no Algarve, hospeda o santuário que recebe romeiros de todo o Portugal para a celebração, que acontece no domingo de Páscoa.

Como na criação de expectativa para um ápice final, a Mãe Soberana se divide entre a Festa Pequena e a Festa Grande. De início, nesta primeira parte, a imagem da Nossa Senhora desce de seu posto no santuário, participa de uma marcha com a Filarmónica de Minerva e ruma então para a Igreja de São Francisco – onde, por 15 dias, é acompanhada de novenas e sermões.

Após essa quinzena, chega o dia da Festa Grande. Uma missa é celebrada pelo Bispo do Algarve, em Faro, e assim a imagem está pronta para retornar à casa, em nova procissão que termina com a subida da Nossa Senhora a seu posto no santuário.

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