Crooked Can, o parque de diversões dos cervejeiros em Orlando

Muitas opções de cervejas, quase sempre assim, no draft

A terra da diversão tem seu próprio parque temático para os adultos bons de copo. Os apreciadores de cervejas artesanais que estiverem de passagem por Orlando, na Flórida, têm uma parada obrigatória no Crooked Can Brewery Company, cervejaria que une a arte da bebida artesanal com uma oferta bem diversa em alimentação.

A meca norte-americana da cerveja artesanal, o estado do Colorado, tem relação direta no nascimento do Crooked Can. De férias pela região, os amigos Jared Czachorowski, Andrew Sheeter e Robert Scott se apaixonaram pela cultura cervejeira do Colorado e decidiram montar sua própria versão na Flórida.

Um mercado com aspecto centenário no centro de Winter Garden, a 20 minutos de carro de Orlando, foi o local escolhido para hospedar o Crooked Can. Na parte cervejeira do estabelecimento, gigantescos tonéis ficam expostos aos visitantes por uma parede de vidro – é possível reservar tours, realizados aos domingos.

Longas mesas são ideais para famílias e amigos

No balcão, torneiras derramam nos copos todo o cardápio da produção local, que em média oferece 12 tipos de cervejas, de claras a escuras, passando por maltadas e até versões cítricas. A Crooked Can tem suas produções fixas, como a Higher Stepper (American IPA) e a Freedom Ride (Stout), mas também oferece edições especiais.

Na minha visita, a escolhida (e deliciosamente aprovada) foi a Ayuh!, uma edição limitada de New England IPA (tipo de cerveja conhecido por mesclar amargor e dulçor com corpo amarelado e turvo). Quanto a preços, as cervejas do local mantêm a média de meio pint (260ml) a US$ 3,50 e pint (470ml) a US$ 6,50.

Um dos conceitos da fundação do Crooked Can é o de proporcionar um ambiente familiar acima de tudo. É nesse sentido que entra em cena o market food local, com opções gastronômicas variadas, de pizza e hambúrgueres a sushi e vegan.

Extensas mesas de madeira, tanto dentro do mercado, quanto em um espaço aberto, são o convite perfeito para juntar os amigos em uma reunião no Crooked Can. O bar não faz reservas, por isso, se o caso for uma visita em grupo, evite horários de pico (tanto no almoço, como no jantar).

Cervejaria está em prédio histórico de Winter Garden

Os horários de atendimento variam de acordo com o dia, mas os estabelecimentos gastronômicos costumam fechar antes do que a cervejaria. Às sextas e sábados, por exemplo, o Crooked Can fica aberto até 1h – enquanto que os restaurantes fecham por volta das 23h. A recomendação é checar os horários pela internet, neste link.

O Crooked Can Brewery Company também aceita reservas para festas e eventos corporativos. Há uma sala privada (Barrell Room) para até 150 convidados e o espaço inteiro também está disponível, para eventos que recebam até 600 convidados.

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Sawgrass Mills de ônibus (e por US$ 5)

Sawgrass Mills, um dos maiores outlets da Flórida (Instagram/Shopsawgrass)

Foram pouquíssimas horas livres em Fort Lauderdale, na Flórida, onde estive para edição deste ano da feira La Cita de las Americas – cobertura que pode ser lida no Portal PANROTAS e na próxima edição da Revista PANROTAS. Com apenas uma manhã livre, e sem muita ideia do que fazer por lá, eu resolvi dar uma passada no Sawgrass Mills, o gigantesco outlet que tem no condado de Broward, na cidade de Sunrise.

Eu não sou o típico consumidor de shopping, confesso não ter muita paciência, mas me pareceu uma ideia razoável bater até lá pra comprar umas lembrancinhas pra família. Vi as opções de transporte até o Sawgrass e…senhor! Do hotel em que eu estava, o Harbor Beach Marriott Resort, até o shopping eram mais de US$ 60 (ida + volta) pelo Uber. Com o shuttle oficial, o preço caía para US$ 25 (ida + volta). Ainda assim, eu não tava muito afim de gastar esse dinheiro só pra visitar um shopping. Por isso, resolvi ir para lá de transporte público.

Sistema público de ônibus do Condado de Broward (Divulgação/BCT)

O site do BCT (Broward County Transit), empresa de ônibus local, me deu horários e informações suficientes para que eu conseguisse me virar sozinho – ajuda, é claro, a pontualidade do sistema (por garantia, esteja no ponto 5 min antes da previsão de passagem do ônibus). Nesse site descobri o tal do “All Day Bus Pass”, meu companheiro de viagem naquele dia. É possível comprar o cartão a bordo do próprio ônibus, custa apenas US$ 5 e você pode ir e voltar como quiser, fazendo baldeações ou não.

Passe diário

No meu caso, eu precisei pegar dois ônibus por trecho e demorou um pouco mais de uma hora para chegar. O ônibus 36 te deixa na porta do Sawgrass Mills e vai praticamente em uma (longa) linha reta. Você pega ele no final da N Fort Lauderdale Beach Blvd, neste ponto aqui. Para chegar na parada eu precisei pegar o ônibus 40, mas isso era específico do meu roteiro, dada a localização do meu hotel.

Uma vez no ônibus, sente e espere. Eu aproveitei para conhecer uma parte de Fort Lauderdale que eu não teria conhecido, em regiões longes dos holofotes turísticos, dividindo o espaço com a população local. O sistema de som e um letreiro no ônibus anunciam todas as paradas, o que facilita para quem não é de lá (algo importante na volta, para saber em qual ponto descer).

No canto superior esquerdo, destaque para o ponto de chegada/partida do ônibus 36

Ao chegar em Sawgrass Mills, o ônibus para exatamente na entrada da Praça de Alimentação do setor amarelo. Guarde essa saída, porque é de lá que o próprio #36 sai para sua viagem de volta. Faça uma pesquisa antes de deixar o hotel – principalmente se, como eu, você estiver sem 4G no celular. Tenha anotado números dos ônibus, horários aproximados e paradas onde descer/trocar de ônibus.

A conclusão é que é possível e relativamente fácil ir para Sawgrass Mills de ônibus. Mesmo sem 4G no celular, me bastou uma pesquisa prévia e alguns printscreens das rotas que eu precisava pegar para chegar lá. Obviamente que esse é um passeio para quem não tem muita pressa em chegar cedo (ou a necessidade de ir embora tarde), e, principalmente, que não vá voltar de lá empanturrado de sacolas de compras.

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Entendendo o “encerrado para férias”

Antes de sair de férias, floricultura faz promoção para desafogar o estoque

Parece inconcebível para os que passam por Portugal em agosto que, em pleno verão, comércios troquem turnos duplos e casas cheias de turistas endinheirados pela tranquilidade de suas próprias férias. Agosto é o mês que escancara a maneira própria dos portugueses em gerir seus negócios, algo um pouco difícil de entrar na cabeça daquele brasileiro, digamos, mais capitalista.

Por aqui, muitos e muitos bares e restaurantes são geridos por famílias. Mesmo aqueles pontos mais tradicionais, que se tornaram clássicos ou “visitas obrigatórias”, não raro têm no comando até hoje os fundadores originais ou parentes próximos. É uma mistura de orgulho, zelo e desconfiança que impede que eles deixem seus negócios nas mãos de terceiros.

Ao mesmo tempo, como qualquer bom profissional que ralou durante o ano todo – e já enfrentou (e faturou) os movimentados meses de maio, junho e julho -, há de se reservar algumas janelas do calendário para o próprio descanso, que em geral acontece ao longo do mês de agosto.

Aí que surge o conflito. Há quem, racionalmente, com números e fórmulas, irá argumentar que é preciso se manter aberto o maior tempo possível na alta. Talvez até aumentar o horário de funcionamento e contratar temporários para maximizar os lucros da temporada.

Fui almoçar e…

No outro lado da argumentação, além do cansaço acumulado por tocar uma operação em ritmo frenético nestes cerca de quatro meses, trabalhar até o fim do verão significa ter para as férias pessoais o outono (que é lindo, mas…), um período menos convidativo, de dias cada vez mais curtos e temperaturas cada vez mais baixas.

Confesso que não foi fácil entender de cara essa opção pelas férias. Mas, pessoalmente, eu respeito muito essa escolha. Fechar seu estabelecimento no meio da alta temporada é tanto um reconhecimento aos funcionários que deram duro nos meses anteriores, quanto um recado a todos de que ali há pessoas que priorizam conforto e bem-estar ao invés de dinheiro.

Dei como exemplo bares e restaurantes, mas isso acontece de uma forma meio que geral pelos mais variados tipos de serviços. Fecham-se papelarias, drogarias e floriculturas (como a da foto). É difícil encontrar dentistas ou advogados atendendo, por exemplo.

Enfim, pode ser bem frustrante dar de cara com a porta fechada e um recado comunicando a data de retorno, mas eu não vou julgar aquele que só quer tirar um tempo para descansar e estar com os seus.

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