A Copa do Mundo na Disney

Telas e mais telas com programação esportiva para todos os cantos

Nessa semana eu vim parar no Walt Disney World Resort para a cobertura do lançamento da Toy Story Land, que vocês podem acompanhar no Portal PANROTAS e, em breve, também na Revista PANROTAS. Quando me passaram as datas da viagem, havia um conflito que na minha cabeça seria difícil de resolver: a programação rolava durante a última rodada da primeira fase de grupos da Copa do Mundo!

Como disfarçar que minha cabeça estava em dois lugares enquanto o Brasil jogava sua vida para garantir uma vaga na próxima fase do torneio? A solução veio com a programação oficial, que além de permitir que assistíssimos à partida, nos deu a oportunidade de conhecer esse lado “fã do esporte” do universo Disney.

Se você está na Disney, em Orlando, durante algum evento esportivo global, não se preocupe. Existe o ESPN Club e ele é tudo o que um viciado em esportes como eu precisa por estar longe do sofá e da TV de casa. O bar é aberto a qualquer visitante, estando ou não hospedado em hotéis ou com tíquetes para parques da Disney.

O telão principal, para onde todos os olhos estiveram voltados durante a partida

O ESPN Club fica localizado no famoso e aconchegante Disney’s Boardwalk e tem a estrutura dos sonhos para o espectador mais exigente. São quase 100 (sim, uma CENTENA) de telas, que podem se dividir em diversas modalidades que estejam sendo disputadas ao mesmo tempo. No centro do bar, um telão transmite a programação mais importante do dia – no meu caso, é claro, a vitória do Brasil sobre a Sérvia.

Telas no banheiro, tanto na pia quanto acima dos vasos sanitários

Para eventos concorridos como o jogo do Brasil, é recomendada a reserva prévia de lugares – dessa forma, garante-se as melhores mesas da casa, com vista privilegiada para o telão principal. Ainda assim, mesmo de última hora, é capaz de você conseguir lugares no balcão do bar. Lembrando que aos Sábados e Domingos não são aceitas reservas.

Toda a estrutura do ESPN Club é feita de maneira que você não perde nenhum lance do jogo. No caso de não estar olhando diretamente para o telão principal, com certeza na outra direção terá uma tela mostrando o que se passa na partida. Mesmo no banheiro, caso você precise se ausentar, lá terão mais telas garantindo que você não fique alheio/a aos lances.

O delicioso sanduíche de frango grelhado

No caso do jogo da última quarta-feira, a sensação era de que eu estava em um bar no Brasil. Os brasileiros tomaram o bar com as camisetas da seleção, cantaram o hino nacional, ensaiaram gritos de arquibancada e comemoraram muito os gols de Paulinho e Thiago Silva.

Tudo isso regado a muita bebida e acompanhado de diversas entradinhas e sanduíches. No ESPN Club, são pelo menos oito tipos de cerveja na pressão, com valores que variam US$ 6,75 a US$ 8,50 (copo) ou de US$ 18 a US$ 25 (“pitcher”, a jarra).

O lado gastronômico não pode ser ignorado. As incríveis asinhas de frango (ESPN Wings) custam US$ 12 e o prato de nacho e acompanhamentos (Club Nacho), US$ 14. Os sanduíches são famosos e eu experimentei o caprichado sanduíche de frango grelhado (Grilled Chicken Sandwich), a US$ 15.

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A Copa do Mundo na boca do português

O craque Cristiano Ronaldo, em ação pela seleção de Portugal (André Sanano/FPF)

A Copa do Mundo enfim começou. Gostemos ou não de futebol, o maior evento esportivo do ano invariavelmente mexe com o ritmo de nossas vidas. Para quem ama o esporte, esse aguardado mês será de muita emoção em frente à televisão. Para quem não é tão fã, uma iniciativa aqui do Porto mostra que é sim possível se divertir com a competição mesmo que de maneira um tanto quanto inusitada.

O Café CCOP propõe neste mundial “comer” os adversários da seleção portuguesa. As partidas de Portugal no torneio servem de desculpa para o que o restaurante chama de “Fair Play culinário”. No dia dos três jogos da primeira fase, o cardápio do Café ganha o reforço de pratos típicos dos adversários.

Integrante do grupo B da Copa, Portugal tem à frente seleções com uma gastronomia invejável. Logo na estreia, que acontece hoje (15), a equipe de Cristiano Ronaldo pega a rival Espanha – chance clara para paellas e sangrias.

Na rodada seguinte, na quarta-feira (20), o time enfrenta Marrocos – couscous, por que não? Os portugueses fecham sua participação na primeira fase, no dia 25, contra o Irã – podemos talvez ter porções de abgusht, um cozido com carne de cordeiro típico do país.

O CCOP não divulgou exatamente quais serão as iguarias contempladas nos cardápios especiais para a Copa. “Não temos receios da digestão de receitas alheias”, é como o restaurante, no evento criado para o encontro, se mostra preparado.

A ideia poderia ser replicada no Brasil. Suíça, Costa Rica e Sérvia são os adversários certos, na primeira fase. Se chegar à final, a Seleção enfrentará sete equipes ao longo do torneio, chance enorme para um bom tour pela gastronomia internacional.

Brincadeiras à parte, daqui do Porto eu estarei acompanhando a Copa do Mundo. Já experiente na forma como nós brasileiros lidamos com o torneio, seja em vitórias ou derrotas, pretendo ir pra rua ver como o mundial é vivido por aqui. Você pode acompanhar essas e outras histórias aqui no blog ou também pelo Instagram.

Denver, a cidade que respira esporte

Estampado na cabeça o fanatismo pelo Rockies, time de beisebol da cidade (Evan Semón/CBS4)

Algumas cidades têm uma aptidão para esportes maior do que outras. Em geral, grandes centros urbanos são os responsáveis pelo sucesso de equipes nas modalidades ditas “da massa”. Mas dentro da competitiva cultura de excelência norte-americana, uma capital no meio do mapa dos Estados Unidos, em um estado que tem metade da população da cidade de Nova York, fugiu à regra.

A região metropolitana de Denver, no Colorado, não chega a ter 3 milhões de habitantes. É a cidade com menor população a ter representantes em todas as quatro grandes ligas dos Estados Unidos – MLB (Major League Baseball), NBA (National Basketball Association), NHL (National Hockey League) e NFL (National Football League). Apenas outras 12 cidades americanas, em geral bem maiores do que Denver, carregam o mesmo status.

Com médias de público respeitáveis, superando a bilheteria de cidades em grandes centros, os números deixam claro o quão importante o esporte é para a região. Para se ter uma ideia, na última temporada do futebol americano, o Denver Broncos registrou a 5ª melhor média de público dentre todos os 32 times participantes na NFL.

Sports Authority FIeld lotado para partida do Denver Broncos (Visit Denver)

Aliás, competitivamente falando, talvez o Broncos seja o melhor exemplo local na atualidade. A história recente da equipe de futebol americano é vitoriosa, com títulos do Super Bowl em 1998, 1999 e 2016. Também carregando o nome da cidade, mas com um retrospecto menos glorioso, o Denver Nuggets nunca foi campeão da NBA e ficou de fora dos playoffs nas últimas cinco temporadas. O Colorado Rockies (MLB), também sem títulos no currículo, e o Colorado Avalanche (NHL), campeão nacional em 1996 e 2001, são as duas outras equipes nos chamados “major sports”.

Além dos quatro clubes nas quatro principais ligas do país, Denver também é representada no futebol americano da NCAA (National Collegiate Athletic Association), na MLS (Major League Soccer), na NLL (National Lacrosse League) e na MLR (Major League Rugby). Com menor expressão, Colorado Mammoth e Glendale Raptors são os times de lacrosse e rugby, respectivamente.

Contando jardas no campo do Broncos, durante festa da IPW 18

Representante da disputada elite do futebol americano universitário, o Colorado Buffaloes é uma das equipes mais tradicionais do país – são 128 anos de história, sendo o longínquo ano de 1890 a primeira temporada competitiva da equipe. Diversos títulos regionais e um contestado campeonato nacional, em 1990, estão na sala de troféus da universidade.

Cada vez mais forte nos Estados Unidos, o futebol começou profissionalmente há pouco tempo e Denver faz parte desta história desde o princípio. Logo na primeira temporada da MLS, em 1996, o Colorado Rapids figurava entre os clubes fundadores da liga. De lá para cá são 22 temporadas, um título nacional (2010) e média de público atual superior a 15 mil torcedores por partida.

Como você pode ver, essa predisposição de Denver para o esporte é histórica e de fato está presente no cotidiano da cidade. Mas um fator recente, intrínseco à faceta mercadológica dos esportes profissionais nos Estados Unidos, explica um pouco esse cenário atual de múltiplas equipes em múltiplas modalidades. Esse fator responde pelo nome de Stan Kroenke.

O magnata, que tem fortuna avaliada pela Forbes em US$ 8,3 bilhões, empreende em diversas frentes nos Estados Unidos, de ranchos a shoppings. Outro mercado lucrativo para o empresário tem sido o esporte – especialmente dentro do território do Colorado.

Pepsi Center, casa do Denver Nuggets e do Colorado Avalanche, equipes do magnata Stan Kroenke (Visit Denver)

Kroenke é dono ou acionista majoritário dos já citados Denver Nuggets (NBA), Colorado Avalanche (NHL), Colorado Rapids (MLS) e Colorado Mammoth (NLL) – dos major sports, apenas Denver Broncos (NFL) e Colorado Rockies (MLB) não estão sob a batuta das holdings do investidor.

Se impulsionado pela ânsia capitalista dos bilhões de Stan Kroenke ou parte fundamental da cultura da população denveriana, o que importa é que o esporte é um dos pilares da vida na capital do Colorado.

Para quem quiser acompanhar as equipes de Denver, confira abaixo as datas da temporada regular de cada modalidade presente na cidade:

Denver Broncos (NFL, futebol americano) – 9 de setembro de 2018 a 30 de dezembro de 2018, no estádio Sports Authority Field at Mile High.

Denver Nuggets (NBA, basquete) – outubro de 2018 a abril de 2019, na arena Pepsi Center.

Colorado Rockies (MLB, beisebol) – abril de 2018 a setembro de 2018, no estádio Coors Field.

Colorado Avalanche (NHL, hóquei no gelo) – outubro de 2018 a abril de 2019, na arena Pepsi Center

Colorado Rapids (MLS, futebol) – março de 2018 a outubro de 2018, no estádio Dick’s Sporting Goods Park.

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