A Copa do Mundo na boca do português

O craque Cristiano Ronaldo, em ação pela seleção de Portugal (André Sanano/FPF)

A Copa do Mundo enfim começou. Gostemos ou não de futebol, o maior evento esportivo do ano invariavelmente mexe com o ritmo de nossas vidas. Para quem ama o esporte, esse aguardado mês será de muita emoção em frente à televisão. Para quem não é tão fã, uma iniciativa aqui do Porto mostra que é sim possível se divertir com a competição mesmo que de maneira um tanto quanto inusitada.

O Café CCOP propõe neste mundial “comer” os adversários da seleção portuguesa. As partidas de Portugal no torneio servem de desculpa para o que o restaurante chama de “Fair Play culinário”. No dia dos três jogos da primeira fase, o cardápio do Café ganha o reforço de pratos típicos dos adversários.

Integrante do grupo B da Copa, Portugal tem à frente seleções com uma gastronomia invejável. Logo na estreia, que acontece hoje (15), a equipe de Cristiano Ronaldo pega a rival Espanha – chance clara para paellas e sangrias.

Na rodada seguinte, na quarta-feira (20), o time enfrenta Marrocos – couscous, por que não? Os portugueses fecham sua participação na primeira fase, no dia 25, contra o Irã – podemos talvez ter porções de abgusht, um cozido com carne de cordeiro típico do país.

O CCOP não divulgou exatamente quais serão as iguarias contempladas nos cardápios especiais para a Copa. “Não temos receios da digestão de receitas alheias”, é como o restaurante, no evento criado para o encontro, se mostra preparado.

A ideia poderia ser replicada no Brasil. Suíça, Costa Rica e Sérvia são os adversários certos, na primeira fase. Se chegar à final, a Seleção enfrentará sete equipes ao longo do torneio, chance enorme para um bom tour pela gastronomia internacional.

Brincadeiras à parte, daqui do Porto eu estarei acompanhando a Copa do Mundo. Já experiente na forma como nós brasileiros lidamos com o torneio, seja em vitórias ou derrotas, pretendo ir pra rua ver como o mundial é vivido por aqui. Você pode acompanhar essas e outras histórias aqui no blog ou também pelo Instagram.

Bastidores da operação de um cruzeiro de luxo

Seabourn Ovation em Kotor, Montenegro

Na semana passada eu fiquei um tanto quanto ausente aqui do blog, mas quem acompanha a jornada pelo Instagram viu que eu estava a bordo do Seabourn Ovation. O novo navio da armadora de ultraluxo deixou o estaleiro da Fincantieri, em Gênova, para sua viagem inicial – e eu fui lá cobrir esse cruzeiro para a Panrotas.

A reportagem completa sobre a visita estará em breve na Revista PANROTAS. No portal PANROTAS saíram algumas notinhas com detalhes internos do navio, como o design inteligente do premiado Adam Tihany e a gastronomia de primeira linha oferecida no cruzeiro.

Aqui para o Viajante 3.0 também resolvi escrever algumas linhas sobre o Seabourn Ovation – especialmente sobre o que acontece por trás de todo o aparato de luxo criado pela companhia. Durante a viagem, pude conhecer o interior do navio e fazer dois tours extremamente interessantes: pela sala de comando e pela imensa cozinha do navio.

Olhos atentos para o mar

Bridge tour

Bridge, na linguagem marítima, é a ponte de comando de onde capitão/capitã, oficiais e marinheiros definem coordenadas, leem mapas, calculam manobras e botam a embarcação para navegar. A tecnologia envolvida é altíssima, com equipamentos de última geração auxiliando os navegadores e motores potentes dando a força necessária. Ainda assim, o olho humano tem um papel essencial. A todo instante, ao lado dos comandantes, marinheiros checam as águas com seus binóculos, atentos para qualquer detalhe que possa surgir no horizonte.

Sala de comando, a “ponte” do navio

As escalas dos oficiais são variadas mas, em geral, eles trabalham oito horas por dia, com turnos intercalados de cinco e três horas. Ao todo, contando o capitão (que no Ovation é o norueguês Stig Betten), são nove profissionais atuando na ponte de comando.

Apesar de estar longe de ser o maior dos navios de cruzeiro, o Seabourn Ovation tem um tamanho considerável – ainda mais se for levado em conta os destinos remotos pelos quais ele passa. São 12 decks e mais de 40 mil toneladas de aço em alto mar, com capacidade de transportar confortável e luxuosamente até 600 passageiros, em 300 suítes.

Uma das estações da gigantesca cozinha

Galley tour

Come-se muito e come-se bem a bordo do Seabourn Ovation. As refeições são dignas de restaurantes conceituados em terra firme e este é um dos pontos que a armadora faz questão de investir para manter seu nível de luxo.

Galley, na terminologia da navegação, é a sala de preparo das refeições. Em um navio como o Ovation, toda a operação alimentar fica reunida em um só lugar (no deck 4). Eu visitei a cozinha no período entre almoço e jantar, então coube presenciar apenas o momento mais tranquilo da rotina dos cozinheiros.

O resultado final

Nas horas mais críticas, são cinco restaurantes e o room service enviando pedidos para as estações – que são divididas por comida quente, fria, vegetariana, doce, etc. O objetivo é entregar esses pedidos entre 7 e 12 minutos, para isso o Ovation tem à sua disposição 64 chefs!

Se alguém pensou que basta decorar o modo de produção dos pratos e ser feliz, o Chef de Cuisine executivo da galley, David Whelehan, mostra a extensa biblioteca de receitas do navio, que ele garante ser capaz de produzir menus diferentes por 42 dias seguidos. Só por curiosidade, termino o texto com o dado de que, por dia, são consumidos 2,5 mil ovos e 40 quilos de avocado.

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