As 3 dicas que você quer ouvir antes de conhecer Rise of the Resistance, na Disney

A entrada de Rise of the Resistance – ou o início da sua missão

A visão da Disney sobre o universo Star Wars está oficialmente aberta ao público em sua totalidade. O Walt Disney World, na Flórida, foi o primeiro parque do grupo a inaugurar toda a expansão, com direito a duas novas atrações. A primeira delas, Millennium Falcon: Smugglers Run, a fuga a bordo da espaçonave mais famosa da franquia, foi aberta em agosto passado quando a área foi inaugurada – o meu relato com as primeiras impressões sobre o espaço, à época ainda exclusivo da Disneyland, na Califórnia, você lê aqui.

Em dezembro foi a vez de Rise of the Resistance debutar, dessa vez na Flórida, e a cobertura completa foi ao ar tanto no Portal PANROTAS quanto na Revista PANROTAS, com matérias assinadas pelo editor-chefe Artur Luiz Andrade e por mim. Como eu já havia falado bastante sobre Galaxy’s Edge, a área em si, resolvi aqui no blog relatar minha experiência ao mergulhar na grande novidade, Rise of the Resistance.

Com uma programação atribulada dividida entre experimentar a nova atração, realizar entrevistas, fazer fotos e publicar o material, é de se imaginar que aquela euforia de quem está a passeio não foi a mesma que a minha. Na prática, não foi assim que rolou. Mesmo dividindo o espaço e o tempo com centenas de jornalistas do mundo todo, tive a oportunidade de curtir Rise of the Resistance mais de uma vez. Foi tempo de sobra para me surpreender com a primeira visita, obviamente, mas também pude voltar para definir minhas partes favoritas e analisar detalhes e mais detalhes. Com tanta coisa para ver, separei aqui três pontos que o visitante deve ter em mente ao embarcar nessa nova aventura.  

Um modelo do carrinho utilizado em parte da aventura

Sai fora, spoiler

Diferentemente das atrações a que estamos habituados, que especificam como será a experiência (se haverá quedas, se iremos tomar sustos, ou nos molhar), Rise of the Resistance usa de certo mistério para envolver seu visitante. A história por trás da atração coloca o passageiro como um membro da Resistência em uma missão secreta interceptada pela Primeira Ordem. Este é o mote, mas ele não diz muito. Por isso minha primeira dica é: tente fugir de spoilers. Eu imagino a ansiedade dos com passagem comprada ou ainda aqueles que planejam a tão aguardada visita. Segurem as pontas, vai ser mais bacana se você estiver “no escuro”.

Ainda assim, se foi impossível evitar os stories no Instagram e você já sabe de uma coisa ou outra, relaxa. Toda a imersão em Rise of the Resistance dura cerca de 15 minutos e, ao vivo, tenho certeza que a atração ainda lhe renderá momentos incríveis.

A patrulha da Primeira Ordem

Deixe a imersão te levar

Você não entra em Rise of the Resistance para ser um mero espectador. Se não protagonista, o visitante é pelo menos parte importante da história que está sendo contada ao longo da atração. Isso parece óbvio em uma expansão que desde sua origem bateu na tecla da interação entre público e personagens, como é o caso de Star Wars: Galaxy’s Edge e, de uma forma mais ampla, como tradicionalmente acontece nos parques Disney.

No entanto, a Disney não poupou esforços para que você embarque na aventura como se realmente fosse um membro da Resistência e estivesse em uma cena dos filmes da franquia, ao lado de Rey ou Finn. Por isso, minha sugestão é que você abrace a ideia, aceite a missão e não tenha vergonha de se imaginar, por alguns minutinhos que seja, vivendo em outra galáxia – mesmo que isso signifique olhar torto para os mal-encarados guardas da Primeira Ordem.

A interação com personagens em Star Wars: Galaxy’s Edge é um dos pontos altos da visita

Não pisque

Difícil essa, eu sei. Mas é que são tantos cenários que seria um pecado deixar para trás algum daqueles detalhes que só os mais atentos visualizam. Rise of the Resistance mescla vários tipos de atração em uma só, e cada parte da missão tem momentos que valem destaque. Você irá se deparar com simuladores, animatronics, guardas e até hologramas. Então tenham os olhos sempre abertos para poder aproveitar ao máximo – até porque as filas não devem estar pequenas nesses primeiros meses pós inauguração e, muito provavelmente, essa vai ser a única visita a Rise of the Resistance no dia.

Naquela caminhada pelos corredores de saída da atração, em que amigos e familiares se reúnem e compartilham suas experiências, minha sugestão é que vocês comentem sobre pequenos detalhes que conseguiram notar. Aposto que vocês ouvirão relatos diferentes um do outro – e esse é um dos grandes feitos de Rise of the Resistance.

Bob Chapek, presidente da Disney Parks, se juntou à Resistência na inauguração de Rise of the Resistance

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O que achei de Star Wars: Galaxy’s Edge, na Disneyland

A icônica Millennium Falcom, em tamanho real, na Disneyland (Richard Harbaugh/Disney Parks)

Star Wars é um daqueles feitos contemporâneos que extrapolam a cultura pop. A saga saiu da cabeça de George Lucas na década de 70 e, desde então, acumulou legiões de fãs por todo o mundo. É difícil pensar em uma história ficcional que seja levada tão a sério por tantas pessoas há tanto tempo. Star Wars, para muitos, é religião. Por isso era tão delicado o trabalho da Disney quando anunciou que levaria o universo do filme para seus parques temáticos. Não havia, e não há, espaço para erros.

Começo explicando como eu caí de paraquedas em Star Wars: Galaxy’s Edge logo na primeira semana após a inauguração. No início deste mês, estive em Anaheim, Califórnia, para a edição 2019 do IPW – a cobertura completa da feira está no Portal PANROTAS e na edição #1377 da Revista PANROTAS. Sediado na terra escolhida por Walt Disney para hospedar seu primeiro parque, o IPW aproveitou a deixa para promover a festa de abertura justamente na Disneyland e, mais especificamente, na terra do Star Wars, que havia sido inaugurada dois dias antes. Trato neste post, então, de algumas impressões que tive neste primeiro contato com a tão aguardada novidade da Disney Parks.

Eu e o editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade

Discutindo com amigos após a visita, comentei que há de certa forma um paradoxo na criação da área. O universo Star Wars não existe, é ficcional, mas está há tanto tempo alimentando nosso imaginário (mais de quatro décadas!) que o exigente fã da saga sabe exatamente o que ele quer ver em um espaço como esse. Ou seja, a vantagem que o pioneirismo dava a Disney era muito pequena diante do ônus de não poder falhar com os entusiastas. Mas fiquem tranquilos, a Disney não falhou.

Galaxy’s Edge se passa no remoto planeta de Batuu, em um entreposto comercial que está ocupado tanto pelo aparato da Primeira Ordem como pelas forças rebeldes. Como interação é uma das principais apostas da Disney para este espaço, não raro você irá cruzar com patrulhas de stormtroopers e o líder Kylo Ren buscando informações sobre rebeldes em fuga – ou o contrário, poderá ajudar rebeldes a escaparem na surdina dos oficiais. A área ainda conta com apresentações ao longo do dia, como um chamado de Chewbacca para encontrar no público alguém que possa lhe ajudar em suas próximas missões.

Chewbacca pertinho do público, para interagir e tirar fotos (Disneyland Resort)

Tudo isso acontece em um cenário que abusa de detalhes para ser convincente. As construções, seja no interior ou no exterior, são trabalhadas à exaustão. A minha impressão é que a Disney mirou num parque temático e acertou em um set de filmagem. Os espaços são tão “reais” que algumas cenas das próximas produções de Star Wars poderiam muito bem utilizar o parque como locação. Quando eu falo em detalhes, pense em oficinas mecânicas completas para podracers, pense em droids abandonados aqui e ali, pense em staff vestido de acordo com a função que exerce, pense na imensa Millennium Falcon estacionada bem diante dos seus olhos.

É sobre a espaçonave de Han Solo e Chewbacca que se passa uma das atrações de Galaxy’s Edge. O Millennium Falcon: Smugglers Run é um simulador que te coloca dentro do cockpit da Millennium Falcon em uma missão de fuga. Aqui devo fazer uma ressalva. Por ser a grande novidade dos últimos anos, eu imaginei que a Disney colocaria na área tudo o que tinha de melhor à disposição. Mas não é isso o que se vê em Smugglers Run.

Toda a ambientação do brinquedo é incrível, desde a decoração ao longo das filas até a sala de espera dentro da própria espaçonave. Mas a atração em si, o simulador, é legal – e só. Se comparada a outras experiências do próprio grupo, como o Flight of Passage de Avatar, a Millennium Falcon fica para trás. A segunda atração de Galaxy’s Edge é a Star Wars: Rise of the Resistance, que abrirá nos próximos meses e promete levar os visitantes a um mergulho ainda mais denso no universo Star Wars, “confundindo a linha entre fantasia e realidade”, em uma batalha envolvendo Primeira Ordem e rebeldes.

O cockpit da Millennium Falcon em Smugglers Run (Joshua Sudock/Disney Parks)

Por fim, não dá pra ser Disney sem duas coisas: comidas e souvenirs. A primeira está bem representada com opção de restaurante, snacks, bar (drinques na casa dos US$ 20) e um divertido blue milk – uma brincadeira com a famosa bebida da saga (US$ 7,99 o copo). O segundo item, bem…a Disney caprichou nesse. São nove lojas e cerca de 700 itens a venda no parque.

Galaxy’s Edge tem o potencial de acabar com o orçamento das suas férias. Se seu sonho é fazer cosplay de Star Wars, por exemplo, você tem ali absolutamente todos os aparatos para sair como um perfeito jedi – com direito a cinto, traje, sabre, bolsa etc. Você quer ser Princesa Leia? Pois bem, compre uma PERUCA dela na Disney. Além de trajes, no espaço há miudezas, bonecos, utensílios…enfim, uma gama enorme de produtos e muitos deles exclusivos da área.

Para quem quer dar um passo adiante, há ainda o Droid Depot. Nesta loja com ar de fábrica e oficina mecânica, você pode montar o seu próprio droid e levar para casa – pela bagatela de US$ 99 (mais uns extras se você quiser personalizá-lo). É possível escolher modelo, cor e até personalidade do robozinho. Por bluetooth, esse droid consegue interagir com outros similares e com ambientes ao redor de Galaxy’s Edge. Ele pode ser controlado por controle remoto.

Entrada do mercado de Black Spire, cidade do planeta Batuu, onde está Galaxy’s Edge (Richard Harbaugh/Disney Parks)

Dentre essas ofertas todas de compras está uma das áreas que mais gostei de Galaxy’s Edge, o mercado de Black Spire. Com lojas sem portas e vendedores convidando os passantes a entrar, essa galeria comercial tem uma decoração fantástica e uma movimentação que passa de forma autêntica a ideia de que você está cruzando um mercadão, desses que topamos em grandes cidades.

A partir do próximo dia 24, Star Wars: Galaxy’s Edge, em Disneyland (Califórnia), estará aberta ao público sem a necessidade de agendamento prévio. A Disney não fala em números, mas a expectativa é de que o espaço esteja abarrotado de gente – apesar dos mais de 50 mil metros quadrados de área construída, o que é bastante coisa. Por isso, a minha sugestão é fazer um passeio sem pressa, tentando enxergar todos os mínimos detalhes, interagindo com personagens no meio do caminho e fazendo pausas para um blue milk.

O Star Wars: Galaxy’s Edge está localizado em Disneyland, na cidade de Anaheim, Califórnia. O Walt Disney World, em Orlando, na Flórida, também ganhará sua expansão de Star Wars, que promete ser idêntica (ou muito similar) à irmã, ainda este ano. A inauguração está marcada para 29 de agosto.

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