Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2060 25,5% da população brasileira terá mais de 60 anos; e essa é a tendência ao redor do mundo. Com maiores expectativas de vida e taxas de natalidade cada vez menores, o número de idosos aumentará. Mas é preciso ficar atento ao fato de que o próprio conceito de idoso mudou. A ideia estereotipada que se tinha de pessoas nessa faixa etária não corresponde à realidade atual. Com a melhora da qualidade de vida, pessoas com mais de 60 anos estão cada vez mais ativas, envolvidas socialmente e com tempo disponível.
Pensando nisso, o setor de viagens e turismo tem buscado se adaptar ao viajante mais velho. Hotéis e aeroportos com estruturas e serviços diferenciados atraem essa parcela da população que é significativa em número e em influência econômica: de acordo com a ABAV Nacional, os viajantes com mais de 65 anos representam 15% dos pacotes turísticos vendidos no Brasil para destinos nacionais e internacionais.
Trazemos essas informações porque constantemente falamos por aqui sobre a importância de os atores de turismo conhecerem o público que desejam alcançar. Para que se atinja esse público, assim como qualquer outro, é imprescindível entender como ele se comporta e como se deve chegar até ele. Onde as propagandas do seu produto turístico estão veiculadas? Quão acessíveis são os serviços oferecidos? A estrutura ofertada é capaz de atender a essas pessoas?
Existe ainda o tema da adaptação e facilidade ao tratar com tecnologias. Os millennials estão acompanhando rapidamente o desenvolvimento das novas formas de comunicação com os clientes, mas e as dificuldades que as pessoas de mais idade têm para lidar com as novas opções de informação? Certamente a convivência de algumas formas mais tradicionais de marketing com as mais atuais pode favorecer e lembrar esse potencial cliente, o melhor deles, com tempo disponível e algum recurso para aproveitar a vida.
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