ENTRE SER FELIZ OU TER RAZÃO…

Defender sua opinião ou evitar confronto?

Insistir com suas convicções ou aceitar outros argumentos?

Impor seu ponto de vista ou aquiescer à posições diferentes?

Teimar ou ceder?

Dependendo da situação, temos que encarar essa decisão todos os dias e, às vezes, algumas vezes por dia.

Independentemente de ter ou não razão, de estar certo ou errado (e muitas vezes não há como precisar isto), a opção de “brigar” pela sua opinião (com argumentos, claro) muitas vezes é substituída pelo conforto do “deixa pra lá”… ou não…

E isso ocorre no relacionamento pessoal e no profissional, quando muitas vezes percebemos que determinado assunto está tendendo a um caminho completamente diferente da sua opinião sobre ele e você tem que decidir se vale a pena discutir ou “deixar rolar pra ver no que vai dar”.

Algo parecido com o empresário que cede aos fracos argumentos do cliente, pois imagina que “melhor ganhar pouco e manter o cliente do que abrir espaço para o concorrente”.

Ou com o marido ou esposa que, diante da teimosia do cônjuge diante de assunto banal, resolve que, entre ser feliz ou ter razão, a primeira opção é a mais importante…

E então, você é mais conciliador ou tem orgulho de sua teimosia?

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DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA É BOM PRA QUEM?

A multicapilaridade da cadeia de distribuição de produtos de viagens e turismo, associada aos diversos casos de parcerias, fusões e aquisições de empresas neste mercado, tem gerado situações curiosas.

Uma operadora que se associa a uma consolidadora (já são alguns casos no mercado) poderia optar por distribuir seu produto de forma exclusiva através do sistema de seu parceiro?

Tecnicamente sim, mas ao privilegiar este canal específico, acabará restringindo seu mercado consumidor aos compradores por um único sistema, fortalecendo diversas outras operadoras com bons sistemas de distribuição online, pela abertura do crescente mercado de sistemas integradores.

Há mais de 10 anos as cias. aéreas vem demonstrando, ao buscarem múltiplos canais de vendas sem privilegiar GDS, sistema integrador, portal próprio, OTAs ou agências de viagens, que exclusividade não combina com distribuição.

O dono do conteúdo e o mercado consumidor são beneficiados quanto mais capilar for a rede de distribuição, cabendo a cada player desta rede fazer a sua parte para conquistar o cliente, seja através de preço, funcionalidade ou capacidade de penetração comercial em determinado nicho de mercado.

Limitar a distribuição de um produto a um único canal, ou mesmo a alguns poucos canais, tem demonstrado ser a estratégia mais eficaz para fortalecer a concorrência.

Fazer o caminho inverso pode custar caro e tornar-se comercialmente complicado.

Distribuição exclusiva pode ser muito bom…, mas bom pra quem, cara-pálida?

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DILMA, A ESFINGE…

No fim de semana passado, escrevi um post sobre a Presidenta do Brasil – DILMA: QUEM VAI ENCARAR? – que recebeu comentários de grande valor para a análise de sua personalidade, do ponto de vista do cidadão.

Mas um comentário específico, inserido no início da tarde desta 6a. feira, levou-me a retornar ao tema logo neste post seguinte, fato inédito no Blog Distribuindo Viagens (dois textos seguidos sobre o mesmo assunto).

É que o comentário do João Ferreira Bastos, alusivo a uma matéria da revista Fórum sobre o livro “A Vida quer é Coragem” merece, a meu ver, um post exclusivo:

“Prezado Vabo

A revista Forum deste mês traz uma resenha do livro “A vida quer é coragem” que conta parte da trajetória de nossa Presidenta, que tomo a liberdade de colar uma parte aqui em seu espaço.

“…Como a trajetória de Lula era quase do conhecimento público quando assumiu a presidência, seus movimentos eram de compreensão mais inteligível. No caso de Dilma, ainda se vive um processo de “decifrar a esfinge”. E o livro de Amaral é, até o momento, o trabalho mais completo nesse sentido.

Nele, aparecem detalhes de como Dilma lidou com a relação que o então marido teve com Bete Mendes enquanto ela estava presa. Ao também ser preso, Araújo decide revelar em uma mensagem para a mulher em uma carta de “letra miúda, papel fino, dobrado e redobrado até caber num chiclete mascado, escondido no fundo do maxilar do portador”, a relação que teria tido com a então famosa atriz. Carlos viria a reencontrar a companheira logo depois. “Foi uma emoção enorme aquele reencontro”, lembra. E completa na narrativa do livro: “Ela nunca me perguntou sobre o caso com Bete que eu contei naquela carta.”

A foto que acabou se tornando a contracapa do livro de Amaral, e que Fórum publica nesta edição, talvez seja o retrato mais completo da atual presidenta. O olhar de quem sabe o que está acontecendo e do que está por vir. Um olhar profundo de quem não se autopenitencia pela situação vivida. Muito pelo contrário. De uma jovem que tinha a exata dimensão do tamanho do combate do qual era uma das muitas personagens cuja vida estava em jogo.

Mas há outros trechos reveladores no livro. Não se pode deixar de tratar do momento em que foi informada sobre o câncer pelo médico Roberto Kalil Filho, quando ao final do telefonema, olhou para o seu secretário Anderson Dorneles e disse: “A vida não é fácil. Nunca foi.”

Esse parece ser um mantra de Dilma. Algo que ela parece repetir a todo momento para si. “A vida não é fácil. Nunca foi”. Nos momentos mais duros do governo, essa frase parece ser a válvula de escape para lidar com certas situações. Se “a vida não é fácil e nunca foi”, Dilma acaba arriscando, mesmo sem parecer que assim o faz. E faz isso muito mais do que Lula, mesmo sem parecer.

A vida quer é coragem é fundamental para começar a compreender a alma de Dilma. Veja bem: “começar a compreender”. Para entendê-la de fato, outros trabalhos contando sobre os bastidores do seu governo serão fundamentais.”

Obrigado pela participação, João Ferreira Bastos.

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