Pouco se pode esperar de uma equipe de futebol, com um elenco considerado apenas razoável pelos críticos e que, no início de um disputado campeonato, perde um jogo por 6 a 0, para uma outra equipe que não constava sequer entre as favoritas ao título.
Dizem que determinadas coisas só acontecem ao Botafogo, o que confirma o que aconteceu no campeonato carioca de 2010. A mesmíssima equipe que sofreu a humilhante derrota para o Vasco, chegou ao título sem sequer precisar disputar as finais, ao ser campeã dos dois turnos, da Taça Guanabara e da Taça Rio.
Sem deixar dúvidas quanto à sua supremacia como equipe, o Botafogo literalmente ressurgiu das cinzas (e jogou fora as malditas camisas da mesma cor) para uma vitória final, que só não foi surpreendente para quem acompanhou o trabalho do maior responsável por este verdadeiro voo da fênix: o líder do grupo.
O técnico fez a diferença. Com a mesma equipe, sem solicitar sequer um único reforço, Joel Santana soube motivar o grupo e fazer com que Loco Abreu e Herrera superassem Adriano e Vagner Love, e o goleiro Jefferson fosse um gigante em relação ao festejado Bruno, da equipe adversária.
Eles foram importantes, mas não foram decisivos. Decisivo foi o conjunto, o grupo bem orientado, estimulado, motivado, verdadeiramente inspirado por um líder único, alguém capaz de “tirar leite de pedra”.
Mais um caso em que a motivação do grupo levou à superação individual.