Ainda estamos impactadas com a passagem de Viola Davis por aqui. A atriz de 57 anos veio juntamente com seu marido Julius divulgar o filme A MULHER REI que acaba de estrear nos cinemas brasileiros.
Em sua passagem bem animada pelo Brasil, além de entrevistas importantes, Viola aproveitou a viagem para conhecer mais da nossa cultura. Visitou a quadra da escola de samba Mangueira, assistiu a uma apresentação de dança afro e foi recebida na casa dos amigos Taís Araújo e Lázaro Ramos e mais convidados ilustres como Seu Jorge, Iza, Ícaro Silva, entre outros.
Ao ser recebida por Maju Coutinho em sua entrevista no Fantástico, Viola falou mais da experiência sobre descobrir sua ancestralidade através do teste de DNA, e iniciou a entrevista dizendo:
“Toda vez que vou a África, eu sinto como se estivesse indo pra casa”
A atriz também citou que fez o teste de DNA no qual revelou 96% de sua negritude com origens no Quênia, República dos Camarões, Namíbia e Botswana.
Ela complementa que sente essa conexão entre todos nós (EUA, África e Brasil) e que mesmo distantes, pessoas pretas e suas narrativas se conectam.
Viola Davis passou meses dedicada a aprender sobre a cultura e o treinamento militar das Ahosi, exército feminino africano que fez história entre os séculos XVII e XIX no Reino de Daomé, hoje Benin.
Saber sobre sua ancestralidade com certeza ajudou a atriz a mergulhar ainda mais no mundo das Ahosi. Ela afirma que passou meses pesquisando e estudando e aprendeu muito com as guerreiras sobre empoderamento e espírito feminino.
O filme ainda nos brinda com um elenco majoritariamente preto e mulheres pretas retintas!
“Muitas mulheres negras não se enxergam como pessoas valiosas e, assim como aconteceu comigo, esse filme as ajudará a verem a sua força e vulnerabilidade. Elas terão uma chance de se enxergarem de um jeito que nunca viram antes.”
Viola Davis.
A vontade de viajar para o continente africano e conhecer as suas raízes e histórias dos povos originais de lá transpassa Hollywood e entra cada vez mais na mente do viajante negro e negra de classe média. Que o Afroturismo venha como um abraço nesses viajantes que tiveram que esperar tanto para conhecer o continente mãe da maneira como merecem.
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Adupé e até a próxima!
Texto de Cris dos Santos e Bia Moremi.
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