Qual o limite das taxas?

Quem já tomou aquela água de R$ 15 assim que entrou no quarto achando que era cortesia, vai saber o que estou falando…” Assim começou o artigo que apresentava uma pesquisa sobre taxas em hotéis.

Para quem acha que aquela lata de refrigerante superfaturada do mini bar é o principal assunto do post, se enganou. Nos últimos anos, a onda dos ‘extras’, já conhecida nas cias. aéreas, invadiu a hotelaria, tornando a previsão do valor total da hospedagem cada vez mais difícil para o hóspede.

De acordo com a Hanson Research, 2014 registrou 6% de aumento das taxas extras da hotelaria, e quase o dobro de 10 anos atrás. Elas representam somente 2% de aumento na receita, mas a pesquisa também mostra que essa quantia é puro lucro. Tá explicado o ‘apego’ que os hoteleiros tem pelas suas taxas.

No mercado americano, a criatividade impera:

  • “O check out é às 12hs e seu vôo só após o jantar? Sem problemas, senhor, por R$ 5 cada mala, guardamos sua bagagem.
  • Receber encomenda no hotel? R$ 25 à R$ 60 por pacote, dependendo do peso.
  • Cofre no apto? R$ 3 /diária.
  • Internet (funcionando mais ou menos)? R$ 15 à 35/noite – leia mais no post “Wifi básica é rápida e gratuita“.
  • Reabastecer o frigobar? 18% por produto
  • Imprimir seu cartão de embarque no Concierge? R$ 14,50
  • Taxa de ‘uso pessoal’ do frigobar (se o hóspede colocar produtos comprados por ele) – R$ 55 / dia
  • Quer passar na frente no check in em hotéis grandes, como em Las Vegas? R$ 66.
  • Quer que seu quarto seja limpo? Leia um post exclusivo sobre o assunto: “Limpar ou não Limpar?

E a ‘Taxa de Turismo’? Não é raro eu perguntar aos recepcionistas o que é a ‘tal’ taxa de turismo. Até hoje, em 100% das vezes, ouvi: “É opcional”. Só! O gap pode estar em vários pontos, desde a comunicação dos Convention Bureaus, passando pela capacitação dos recepcionistas, até o (real) repasse da arrecadação pelos hotéis. Enquanto isso não é trabalhado adequadamente, continuo minha busca pela resposta ‘mágica’.

“Mas e aquela ‘conversinha ao pé do ouvido’ com os recepcionistas no check out?” A pesquisa também mostrou que eles estão mais treinados para, educadamente, dizer não. As taxas também estão melhor comunicadas, desde o momento da reserva. Ou seja, elas vieram para ficar!

Claro que alguns hotéis, principalmente os de alto padrão, estão contrariando essa tendência. Ao incluir na diária, serviços e produtos que elevam a percepção do cliente, eles associam ‘generosidade’ as suas marcas.

Em resumo, é preciso ponderar essas decisões. A percepção de ‘valor’ x preço é o que, muitas vezes, definirá o retorno do seu cliente. Para um assunto que desperta paixão (dos hoteleiros) e repúdio (dos hóspedes), a melhor recomendação é BOM SENSO!!!

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Retrospectiva 2014 Panhotéis em Debate

2014 foi um ano repleto de novos projetos. Entre eles, o “Panhotéis em Debate” foi especial. Adorei os temas abordados, e foi interessantíssimo bater papo com esses incríveis profissionais. Reveja os 3 primeiros programas, e aguarde pelos novos, pois em 2015 tem mais!

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1 – Hospedagem Alternativa e Seus Impactos

Qual o impacto de sites como Airbnb, Homeway, Couchsurfing e outros tantos na hotelaria? Afinal, estamos falando de um novo conceito de hotelaria ou um novo meio de distribuição? Não perca!

Convidados: Heber Garrido (Transamérica Hospitality Group) e Dr.Marcelo Oliveira (ABAV – Advogado especialista em Turismo)

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2 – Reforma ou Retrofit?

Qual a diferença entre esses conceitos? Além de ficar clara e definição de cada um, falamos sobre exemplos reais e as principais tendências do setor. Está imperdível!

Convidadas: Lara Teixeira (Unih) e Marina Dillon (Arquiteta IHG)

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3 – Eventos na Hotelaria

São Paulo é realmente um ‘case’ dos eventos corporativos. Conheça os segredos para o Centro de Convenções WTC e do Anhembi se manterem lotados e, principalmente, lucrativos. E o que outras cidades brasileiras podem aprender com a experiência do turismo de negócios paulistano?

Convidados: Alexis Pagliarini (WTC Events Center) e Luciane Leite (SPTuris)

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