Abertura leva o primeiro cartão vermelho da Copa

Tenho sérias ressalvas sobre a Copa no Brasil, mas realmente estava empolgada para assistir a festa de abertura. Não tinha o peso de uma abertura de Olimpíadas, mas os tópicos eram Futebol e comemoração…íamos arrasar!

Quem trabalha com marketing sabe que uma marca deve ser construída com sólidas “reasons to believe”. E por isso mesmo eu estava tranquila, pois não faltam razões para acreditar no sucesso da nossa festa.

Afinal, temos Débora Colker, Rosa Magalhães, Rodrigo Pederneiras, Paulo Barros, temos Parintins e Carnaval, temos música empolgante, energia contagiante, natureza exuberante, e o povo mais alegre do mundo.

Por tudo isso, fiquei esperando o ápice, a surpresa, a explosão de cores e de alegria a qualquer momento.

E acreditem, minha esperança continuou firme, mesmo durante o incômodo de ver o tapete enrugado, a falta de sincronismo nas coreografias, as luzes apagando, os míseros 3 segundos dados ao incrível exoesqueleto, a Cláudia Leite “descendo até o chão” (Oi?), o palco da Jennifer Lopez emperrado.

E o tempo para retirar a bola do centro do gramado? Só conseguia pensar nos 9 minutos de montagem e desmontagem do show do intervalo do Super Bowl.

Não, essas coisas não “acontecem”, não é normal, e foi sim uma vergonha! A Fifa (responsável pelo “show”) reduziu todo nosso talento a uma piada mundial de R$ 18 milhões. Mais que imperdoável, foi incompreensível! 

Captura de Tela 2014-06-12 às 23.22.59Me projetei totalmente no papel do menino que deu cartão vermelho para todos saírem de campo!

E o Fuleco, gente? Será que desistiu da Copa e aderiu às manifestações?

E os comentários dos estrangeiros nas redes sociais?

  • “Probably saving the budget for the Olympics.” 
  • “Sniffs! This nature section was totally lifted from the Sydney 2000 opening ceremony playbook. Even the flowers look like Aussie natives.”
  • We’re listening to ambient music. It all represents the Brazilian love affair with nature. Or the Brazilian love affair with psychedelic drugs. One of the two.”

Espero que possamos comemorar a festa de encerramento na sua plenitude. Que ela seja menos bege, com menos cara de ensaio, e repleta de brasilidade, paixão, ousadia, criatividade, muito mais Brasil.

Talento temos de sobra!

Diga-me como precificas teu hotel, e te direi quem és.

Como você define seus preços?

Para muitos hotéis, o desenvolvimento de estratégias de preços eficazes continua sendo uma questão complexa. Cada vez mais, os hoteleiros experientes estão contratando gerentes de receitas especializados em maximizar receita e lucro, enquanto criam fortes relacionamentos com intermediários. E é justamente o RM (Revenue Management) que está desmistificando a precificação, tendo como primeiro passo o entendimento da demanda de cada tipo de quarto do hotel.

A cultura de precificação no Brasil é recente, e encontramos poucos profissionais especialistas no assunto. Como auxilio muitos hotéis na construção de seus tarifários e políticas comerciais, chego à conclusão que o parâmetro ainda mais utilizado é o valor do concorrente. Exemplo disso foi a precificação para a Copa. Muitos hotéis esperaram o concorrente definir seus preços, e “foram atrás”.

Minha pergunta é: Quem garante que seu concorrente sabe o que está fazendo?

Acredite, com alguma experiência, é possível saber se existe estratégia assertiva somente analisando os movimentos de preço que um hotel faz online, e através de sua central de reservas.

Para não cair mais nessa “armadilha”, em um processo de precificação adequado, seu preço deve:

  • Ser definido a partir do valor percebido por cada indivíduo, ou cada segmento de mercado.
  • Ser dinâmico, atendendo a demanda do comércio eletrônico e otimizando a sazonalidade do nosso setor.
  • Maximizar margem ou participação de mercado.
  • Basear flexibilidade nos principais critérios de decisão de compra e comportamento do consumidor.

Passo a Passo + Dicas

1) Entender a importância da precificação – Desenvolver uma estratégia de preços que coloque sua marca e seus produtos em uma determinada posição em relação à concorrência.

Dica: Envolva Marketing nesse process, afinal Preço faz parte do mix de marketing, e está diretamente ligado ao posicionamento da marca.

2) Definir o objetivo dos seus preços – Qual a proposta da sua marca? Quer maximizar receitas de curto prazo ou focar no lucro? Busca maiores margens de lucro em um mercado de alto padrão, com menor volume? Precisa se diferenciar mais para aumentar market share? Ou está em um momento onde precisa simplesmente que o negócio sobreviva?

Dica: Sem um plano estratégico, ficará mais difícil obter essas respostas com o embasamento necessário.

3) Criar a matriz Valor x Preço

Dica: Existem metodologias específicas para essa matriz ser criada, mas a definição dos seus concorrentes “reais” são de vital importância no trabalho. Nada de superestimar ou subestimar seu hotel na hora de definir a concorrência, mantenha seus “pés nos chão”.

4) Definir tarifário e política comercial  – sem esquecer da elasticidade do mercado (leia post sobre o assunto aqui), e da rápida volatilidade que o comércio eletrônico incorporou aos preços.

Dica: Crie um tarifário com várias categorias de tarifas para cada categoria de apto., assim será possível flutuar. Mas de nada adianta se não houver um profissional competente para  gerenciar esses preços on e offline. 

Para finalizar, saiba que a maneira como você precifica revela muito sobre sua habilidade de ganhar dinheiro. Nem o melhor vendedor do mundo terá sucesso com um estratégia de preços errada.

Uma boa habilidade para ser desenvolvida!  

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