Venda por Minuto, a novidade da comercialização hoteleira

Você ainda nem embarcou na onda da venda por hora? Pois saiba que, após o Check-in e Check out 24 horas,  a novidade do momento é a venda POR MINUTO.

A ideia surgiu na incubadora de tecnologia JetBlue, criadora do aplicativo Recharge. A ideia é simples, o hóspede paga o quarto apenas o tempo que precisar, nem um minuto a mais. Tudo surgiu da observação de Emmanuel Bamfo, um jovem de 26 anos, que viu os motoristas de aplicativos como Lyft e Uber, que rodavam a cidade o dia todo, sem um lugar legal para se refrescar e descansar.

Em NYC, cidade piloto do aplicativo, os preços por minuto variam de USD 0,83 e USD 2,00 (mais 14,75% de imposto). Se alguém quiser tirar uma soneca de 20 minutos, por exemplo, o valor ficará entre USD 20 e USD 46.

Em pouco tempo de implantação, os proprietários hoteleiros estão impressionados como a ideia foi bem aceita por mães que precisam amamentar, alunos, e principalmente executivos que precisam de um lugar tranquilo para finalizar apresentações antes de suas reuniões, etc. Detalhe: o foco do aplicativo são somente hotéis de luxo.

Como funciona:

  1. Baixe o aplicativo (gratuito)
  2. Encontre o hotel mais próximo e clique ‘reservar agora’.
  3. O ciclo de faturamento começa 30 minutos após o registro, ou quando a chave o quarto é entregue, o que ocorrer primeiro. Termina quando o hóspede apertar o ‘check out’ no aplicativo. 
  4. Se tentar trapacear, finalizando o botão ‘check out’ mais cedo, é cobrada uma taxa ‘overstay‘.

Possíveis problemas:

       1. Sites como Dayuse.com, Dayuse.net.br, HotelQuando.com.br, e HotelsbyDay.com já não são novidades no segmento hoteleiro, e são concorrentes de peso.

RESPOSTA: ‘A premissa, também diferente da venda por hora, não se baseia em inventário não vendido, e sim na ocupação de quartos que estão desocupados pelo menos parte do dia, graças ao início check-outs e check-ins tardios. Mesmo em hotéis que estão 100% vendidos, tem cerca de 35% do seu inventário vazios durante o dia.’

2. Clientes ‘duvidosos’, ‘prostitutas’, etc.

RESPOSTA: ‘Permitimos que os hotéis avaliem os clientes, como Uber e Lyft permitem que os passageiros avaliem os passageiros. Dessa forma, se um hotel não está satisfeito com a clientela, o infrator não será permitido mostrar rosto lá novamente.’

3. Esse não seria somente mais um recurso para gigantes como Expedia, Hotel Tonight e Airbnb construirem facilmente?

RESPOSTA: “O aluguel de curto parzo está longe do core business para que eles priorizem agora. Até porque o Airbnb, por exemplo, teria problemas em convencer as pessoas a abrir suas casas para visitantes de curto prazo, devido aos casos de uso negativo que vêm à mente das pessoas.”

Veja o vídeo de 5 minutos de Emmanuel Bamfo, CEO do Recharge:

Dia Bamfo: “Nossos concorrentes não são esses sites, mas lugares como Starbucks, por exemplo. É como se colocássemos uma cama, banheiro exclusivo, chuveiro, mesa de trabalho, e todo o conforto e privacidade de um hotel em um café, que você pára durante o dia para trabalhar ou descansar.”

O que os hoteleiros que já estão usando o aplicativo dizem sobre isso”? “Recharge atende a comunidade local e defende visitantes que não precisam de uma noite inteira de hospedagem. Além disso, é uma oportunidade única de abraçar pessoas que não são cliente tradicionais, e a comunidade local, enquanto aumenta o número de walk ins e, consequentemente, seu faturamento.”

Por fim, ficam 2 perguntas:

  1. Você acredita que funcionará no Brasil?
  2. Quanto tempo até alguém copiar por aqui. “Queridas startups, se tiverem a ideia por esse blog, quero royalties (rs)”
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Expedia agrega Realidade Virtual e Análise Facial para vender seu hotel

Se você ainda não se preocupa com a experiência do hóspede durante o processo de compra, saiba que as OTAs  investem muito tempo e dinheiro exatamente nisso.

A novidade do momento é o anúncio da Expedia, que decidiu acabar com a decepção de alguns hóspedes ao chegar no quarto de um hotel e não ser aquilo que eles imaginavam. A ideia é tornar a experiência de compra mais imersiva para seus clientes através da realidade virtual.

Artur Chapin, VP Sênior da Expedia pergunta: “Se você vai tomar a decisão de [reservar] um cruzeiro, não seria legal se você pudesse checar o navio antes de gastar seu dinheiro?”

Que consumidor não deseja isso? Pois o mesmo se aplica aos hotéis.

A realidade virtual vai desempenhar um papel vital daqui para frente para ajudar as pessoas a tomarem suas decisões de viagem. Os usuários poderão até interagir com os arredores, abrindo portas e saindo para a varanda.

A empresa de viagens também está olhando para dispositivos de voz inteligentes como o Echo da Amazon para ver como eles poderiam ser usados ​​para ajudar no processo de reserva de viagens.

“Eu acho que a voz é algo que vai se tornar parte de como as pessoas interagem com viagens. Então, continuamos a experimentar com voz e chatbots – não só do lado do consumidor, mas também do lado do parceiro (hotel, navio, etc), para que nossos clientes possam interagir conosco através de bate-papos”, disse Chapin.

A Expedia, que gastou mais de USD 1 bilhão em investimentos em tecnologia no ano passado, diz que é crucial fazê-lo, porque de outra forma, seria “muito difícil manter o ritmo“.

Além da VR (Virtual Reality), o novo laboratório de inovação da Expedia está usando tecnologia de eletromiografia (EMG). As máquinas EMG permitem que os cientistas acompanhem a resposta emocional ao seu site através dos músculos faciais, ajudando a indicar se há partes do processo de reserva que podem frustrar os usuários. Genial, não?!

A Expedia, que foi nomeada a maior empresa de viagens on-line do mundo, anunciou em 2016 que quer aumentar para USD 100 bilhões seu faturamento até 2020. Levará algum tempo antes que a VR seja implementada em uma escala mais ampla para as propriedades listadas no site, mas a empresa aposta nessa nova tecnologia para tornar sua venda mais assertiva, e claro, aumentar suas vendas.

Pergunta: O que você está fazendo nesse momento para melhorar efetivamente a experiência de compra do consumidor através do seu site?

Fique ligado nas tendências e NÃO PERCA O RITMO DO MERCADO!

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