Carta Aberta de um Y para os Hotéis

“Caros Hotéis,

Como membro da geração Y (ou Millenials), não consigo entender porque não posso tomar café da manhã às 15:00 horas. Acha um absurdo? Pra mim é normal.

Sabe o que mais? Minha paciência é “zero” para sites que não abrem instantaneamente ou não funcionam corretamente no meu smartphone.

Peço desculpas pelas palavras, mas minhas expectativas são altas.

Faço parte dos nativos digitais, nasci entre 1980 e 1995 e, em algum momento durante o milésimo jogo de vídeo game, essa destreza digital passou a ser inerente a minha natureza. Por isso, quando chego até seu site e ele não é amigável, não consigo ver boas imagens ou saber o que serve em seu restaurante, isso me deixa extremamente frustrado. Estou procurando ofertas especiais, informações sobre atrações locais interessantes e fotos vibrantes. 

Consigo fazer muitas coisas enquanto estou no celular, ele faz parte do meu dia a dia mais do que você imagina. Andar a pé? Celular. Comer? Celular. Cadeira do dentista? Sim, celular.

Portanto, quando planejo viagens, pode apostar que a jornada começa com meu smartphone, assim como para os outros 79 milhões da minha geração.

Gostamos de viajar e gastar mais do que os Boomers e a Geração X. Vamos superar esses caras até 2030!

De acordo com estudos, vocês têm apenas 4 segundos para capturar um usuário online, mas isso soa uma eternidade para mim. Em média, entro em pelo menos 10 sites diferentes antes de reservar online.

Ajudem-me a ajudá-los!

Além de pular seu site caso ele não seja rápido e abra com perfeição em todos meus dispositivos, nem pense em deixar conteúdo desatualizado. Não quero saber do prêmio que você ganhou em 2010. Estamos em 2014, tudo mudou!

Outra coisa: seja capaz de trabalhar com reservas de última hora. Reservo hotéis 18 dias mais tarde do que viajantes mais velhos. De acordo com Orbitz e Travelocity, mais de 60% das reservas feitas por smartphone acontecem em até 24 horas antes do check-in.

E sua presença nas redes sociais deve incluir pelo menos o Facebook, para eu ter certeza que você existe. Sou fiel às marcas, e 63% dos jovens da minha geração quer se comunicar com elas pelas redes sociais. Se gostarmos de você, vamos compartilhá-lo. De nada!

Não nos ignore depois do check-out. Mantenha o ritmo com a tecnologia.

Espero falar ‘Nossa!’ pelas razões certas na próxima vez que visitar o seu site!”

O texto acima foi um jeito inovador da Buuteeq promover seu negócio de marketing digital na nuvem para hotéis.

Obs.: Em tempo, isso não é uma propaganda da empresa, mas somente um exemplo dos dois fatores essenciais na comunicação hoje em dia: criatividade e conteúdo. Preparado?

 

O QI DIgital da Hotelaria

A venda direta on-line ganha mais impulso e a dependência das OTAs diminui. Com um share de 55% em 2010, os sites dos hotéis devem alcançar 59% de participação em 2014.

Esse é um dos resultados reveladores da recente pesquisa Digital IQ Index Hotels 2013, realizada pela L2.

Durante muitos anos, o investimento no digital não foi prioridade para a hotelaria. Entretanto, o cenário está mudando, e rápido. A pesquisa é americana, mas revela muito do futuro (próximo) do Brasil.

Entre as 48 marcas analisadas, somente Best Western e Holiday Inn ganharam a avaliação máxima, alcançando um QI de 140, e se enquadrando na categoria Genius.

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Outro dado interessante é sobre os sites de busca. Dos clientes que entram no funil de vendas dos hotéis, 56% chegam através do Google. Já para as OLTAs (On-line Travel Agencies) esse percentual cai para 8%.

Já as reservas feitas por smartphones devem aumentar 30% até 2017. Em 2012, as OTAs captaram 64% de todas as reservas via mobile, e muitas plataformas para last minute bookings ainda vão surgir, como Hotel Tonight e Hotel Hoje. A rede Whyndam foi lembrada na pesquisa como a marca hoteleira mais preocupada com a otimização da sua plataforma mobile para reservas de última hora.

E não podemos esquecer dos tablets, que tiveram um aumento de 70% nas reservas nos últimos 16 meses. Entretanto, mesmo vendendo 7% a mais que os smartphones, somente a rede DoubleTree by Hilton apresentou um aplicativo customizado.

Para finalizar, o impacto dos reviews on-line é alto (31%) nos usuários entre 21 à 34 anos. A partir dessa idade, somente 18% dos entrevistados se deixam levar pelos comentários nos sites especializados.

E o cuidado com os jovens consumidores deve mesmo ser redobrado. Afinal, eles também revelam que estão mais pré dispostos a falar negativamente de um hotel, caso não saiam satisfeitos.

 Como está o QI Digital do seu hotel?

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Obs1.: Faça download do estudo da L2 e aproveite para conhecer minha página no Slideshare (plataforma para compartilhamento de slides), com muitos outros estudos disponíveis sobre nossa indústria AQUI.

Obs2.: Esse post foi o divulgado no Jornal Panrotas para promoção dos blogs do Panhotéis. Grande prazer fazer parte desse time!

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